Laços de Guerra - 2ª Temporada

Tempo estimado de leitura: 1 hora

    12
    Capítulos:

    Capítulo 7

    Capítulo 6 - Brigados

    Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Spoiler, Violência

    Primeiro capítulo de 2014 êêêêê o/ Feliz natal atrasado e feliz ano novo para todos! Espero que agora que eles já estão em Hogwarts, eu tenha mais ânimo e clima para escrever a fanfic. Whatever! Espero que não tenham me abandonado :)

    PS: Também tem notas finais no capítulo.

    1º de Setembro de 1995 - Expresso de Hogwarts.

    Amber levantou o olhar do livro quando viu alguém correndo no corredor.

    ― Quem...? ― começou Hermione, olhando para a porta da cabine.

    Amber suspirou e se levantou.

    ― Não acho que seja uma boa ideia ― disse Ginny, mas Amber ignorou.

    ― Não me esperem! ― disse, saindo da cabine.

    ***

    Sarah abriu a porta de uma cabine.

    ― Ei! Já estamos aqui! ― disse uma garota da Ravenclaw, que estava dentro da cabine.

    ― Saiam! Agora! ― gritou Sarah, as expulsando da cabine.

    As amigas da garota saíram da cabine assustadas e Sarah puxou a garota pelo braço já que ela permaneceu imóvel.

    ― Ai! Sua grossa! ― protestou a Ravenclaw.

    ― Nossa! Me ofendeu! ― ironizou Sarah, fechando a porta na cara delas.

    Ficou em silêncio, esperando a voz das quatro garotas sumirem no corredor antes de começar a chorar. A porta da cabine se abriu e ela tentou limpar as lágrimas rapidamente.

    ― Sarah! O que aconteceu? ― disse Amber, fechando a porta da cabine.

    ― Nada ― respondeu com a voz tremida.

    ― É óbvio que aconteceu alguma coisa! Você está chorando!

    ― Eu não sei porque estou reagindo assim, foi só uma briga idiota.

    Amber se sentou do lado de Sarah, abraçando-a de lado.

    ― Isso se chama TPM, amiga ― brincou Amber.

    ― Vai se ferrar! ― murmurou Sarah, entredentes.

    ― Admita que você está gostando do Fred.

    ― No dia que você admitir que gosta do Oliver.

    ― Por que você é tão teimosa?

    ― Não é teimosia! Mas eu não gosto dele desse jeito...

    ― Por que brigaram?

    ― Ah! Eles ficam de segredinhos!

    ― Você tem noção de que está agindo como uma namorada ciumenta, certo?

    ― Vai se ferrar!

    ― Disco arranhado.

    ― Também te amo!

    As duas começaram a rir.

    ― E o que você vai fazer agora? ― perguntou Amber, se ajeitando na cadeira.

    ― Ignora-los até que me peçam perdão ― disse Sarah, decidida.

    ― Isso vai demorar...

    ― Azar o deles!

    ― Sério... Você levou isso tudo muito para o lado pessoal.

    ― Eu sei, mas odeio que me escondam as coisas ou que me ignorem... Eu já fico com ciúmes porque você mal anda comigo desde que chegamos em Hogwarts.

    ― Eu só acho que passamos as férias inteiras juntas! Não é porque temos nossos próprios amigos que deixamos de ser amigas...

    ― MELHORES amigas.

    ― Te conheço há 14 anos, não dá para substituir...

    Sarah deu um sorriso de canto e limpou o rosto.

    ― Quem deve estar se sentindo sozinha é a Ginny ― disse, depois de alguns minutos.

    ― Por que? ― perguntou Amber, confusa.

    ― Quando não estamos juntas, eu estou com os gêmeos e você com o Trio...

    ― Sim, mas ela fica com a Luna.

    ― Quando você não estiver perto de mim, ficarei com a Ginny...

    ― É a mesma coisa com a Hermione e a Ginny...

    ― Isso é diferente! Hermione é a melhor amiga do irmão da Ginny e a Ginny é a irmã do melhor amigo da Hermione. Sem contar que são as únicas meninas em The Burrow.

    Sarah olhou pela janela, suspirando.

    ― Acho que já estamos chegando ― disse Amber.

    ― E você vai descobrir qual é a da monitoria ― disse Sarah.

    ― Eu realmente espero que tenha outra monitora chefe na Gryffindor.

    ― Impossível! Já sabe quais são as regras...

    ― A regra é monitora - chefe só no 7º ano.

    ― Assim que ano que vem e no próximo não terá nada a fazer ou permanecerá no cargo?

    ― Não tenho a mínima ideia.

    ― O melhor que fazemos é nos trocar...

    ― Er... Eu já me troquei.

    Sarah olhou para Amber atentamente.

    ― Como? ― perguntou Sarah ― Quando entrou aqui estava com roupas trouxas normais.

    Amber franziu o cenho.

    ― Não sei do que está falando! ― disse ― Estou com vestes bruxas desde que Neville resolveu aprontar com uma Mimbulus Mimbletonia.

    ― Não ― insistiu Sarah ― Tenho certeza de que você estava com vestes trouxas agora há pouco! Eu só me virei um segundo...

    Amber revirou os olhos.

    ― Se veste logo de uma vez! ― disse um pouco impaciente.

    ― Tudo bem... ― disse Sarah, desconfiada.

    O trem começou a parar assim que Sarah terminou de colocar as vestes.

    ― Vem, vamos diminuir esse inchaço ― disse Amber, sacando a varinha.

    ― Eu não me importo, de verdade ― disse Sarah.

    ― De jeito nenhum! Ninguém tem que saber que você chorou.

    Amber fez alguns feitiços e elas esperaram o número de alunos nos corredores diminuir para poderem descer do trem.

    ― Pelo menos esse ano não está a mesma tempestade do ano passado ― resmungou Sarah.

    ― Isso foi só porque você veio para Hogwarts!

    Vaya! Mas eu não fui a única!

    Amber deu de ombros, enquanto elas pegavam uma carruagem, que dividiram, a contragosto de Sarah, com duas Slytherin e duas Hufflepuffs (que pareciam tão contrariadas quanto Sarah).

    Amber não pôde deixar de notar que, quando entraram na carruagem, as duas Slytherins estavam discutindo, mas quando os outros entraram, elas se silenciaram, uma olhando para os pés com um olhar triste e a outra fingindo que esta não existia.

    Durante a caminhada, Amber descobriu que as duas Hufflepuffs eram Megan Jones e Hannah Abbott e que as Slytherins eram Daphne e Astoria Greengrass. Enquanto conversava com Hannah e Megan, ignorava os deboches silenciosos de Daphne. Astoria continuava calada, olhando para os seus pés.

    ― Só eu notei que Hagrid não estava recebendo os alunos? ― perguntou Sarah, quando desceram da carruagem.

    ― Não ― admitiu Amber ― Eu também. Espero que não tenha acontecido nada a ele.

    ― Pois eu espero que tenha sido demitido ― disse Daphne.

    ― É mesmo, Greengrass? ― verbalizou Megan ― Pena que ninguém perguntou.

    ― Não estou falando com você, Hufflepuff ― disse Daphne, com a voz desagradável.

    ― Então vai admitir que estava falando com uma traidora do sangue? ― perguntou Sarah, com os braços cruzados.

    Daphne mordeu a língua e se afastou, esbarrando no ombro de Sarah de propósito.

    ― Imbecil ― disse Sarah.

    ― Desculpe por isso ― murmurou Astoria, antes de entrar no castelo.

    Sarah olhou para Amber com os olhos arregalados e a boca aberta.

    ― Uma slytherin me pediu desculpas? ― perguntou.

    Amber suspirou.

    ― Eu já tinha ouvido falar sobre Astoria... ― confessou ― Dizem que ela é diferente dos outros.

    ― Isso é impossível! Ela é uma Slytherin! ― disse Sarah.

    ― E daí? Você é uma Black e nem por isso caiu na Slytherin.

    Assim que alcançaram o topo da escada, a professora McGonagall estava aguardando, mesmo que elas não tenham sido as últimas a entrar.

    ― Me acompanhe, senhorita Potter ― disse e logo se virou, andando na direção oposta.

    ― Nos vemos daqui a pouco ― Amber se despediu de Sarah.

    Sem opções, Amber seguiu a professora McGonagall enquanto Sarah seguia para o Salão Principal com as Hufflepuffs.

    ***

    ― O que aconteceu? ― perguntou Ginny, sentada ao lado de Sarah, na mesa da Gryffindor.

    ― Nada. Por que a pergunta? ― disse Sarah, se servindo.

    ― Não está sentada com Fred e George.

    ― Não aconteceu nada. Só quero passar um tempo com a minha amiga, não posso?

    ― E a Amber?

    ― Foi discutir algumas coisas sobre a monitoria chefe com a McGonagall.

    ― Monitoria o que?

    ― Longa história...

    Ginny ia comentar que a professora McGonagall já estava no Salão Principal há algum tempo, quando a Amber chegou apressada.

    ― O que eu perdi? ― perguntou, bebendo um copo de suco de abóbora.

    ― O Sorting Hat deu um aviso que o perigo se aproxima, a Grubbly-Plank está aqui e uma mulher estranha também ― resumiu Sarah.

    ― Ela consegue ser mais estranha que Augusta Longbottom ― disse Amber, olhando para a mulher na mesa dos professores ― Sem ofensas, Neville.

    ― Vovó é estranha mesmo... ― concordou Neville.

    ― Se o Sorting Hat está dando um aviso, os alunos deveriam perceber que realmente alguma coisa está acontecendo ― continuou Amber.

    ― Eles nem devem prestar atenção na seleção direito. Vão estar ansiosos para chegar a hora do jantar ― disse Ginny, olhando especificamente para Sarah que assobiava, fingindo não ter escutado nada.

    ― Sem contar que eles pensariam que foi Dumbledore quem pediu ao chapéu para dizer aquelas coisas ― disse Sarah, parando de assobiar e voltando a comer.

    ― Dumbledore não faria isso... Quem escreve as canções do chapéu é o próprio chapéu ― disse Amber.

    ― Vai entender a cabeça dessa gente... O chapéu não deve ter muito a fazer durante o ano letivo, não é mesmo?

    ― Raras as vezes em que os alunos são transferidos de outras escolas... Ainda mais no meio do ano letivo. As escolas muggles dão um caso especial a militares...

    ― O que são militares? ― perguntou Ginny, com o cenho franzido.

    ― É um tipo de profissão, como se fosse auror. É muito perigosa, por isso volte e meia os militares e suas famílias se mudam. Às vezes isso acontece no meio do ano letivo, por isso os colégios aceitam inscrições desse tipo de estudante ― disse Amber.

    ― E como você sabe disso?

    ― Eu estudava em uma escola muggle...

    ― Só você?

    ― Consegue imaginar Sarah em uma escola muggle?

    ― Ei! ― protestou esta.

    ― Não ― respondeu Ginny, solenemente.

    ― Então, a madrinha ensinava ela em casa. Noções básicas...

    ― Minha mãe deixava eu fazer magia quando ela estava por perto...

    Amber deu um tapa no braço de Sarah.

    ― Não fale de boca cheia! ― bronqueou.

    ― Desculpe ― respondeu, depois de engolir.

    ― Sortuda ― disse Ginny, com inveja ― mamãe nunca nos deixa fazer magia nas férias.

    ― Claro. Fred e George seriam capazes de destruir a casa.

    Ginny e Amber riram, mas Sarah fechou a cara e continuou comendo.

    ― Alguém está de mal humor... ― Ginny sussurrou para Amber.

    ― Parece que brigou com os gêmeos, eu não sei ― Amber sussurrou de volta.

    Então, Amber resolveu mudar de assunto, voltando a voz normal para que Sarah se distraísse um pouco.

    ― Ginny, você que é puro-sangue... ― começou.

    ― Obrigada pela parte que me toca ― ironizou Sarah.

    ― O que sabe sobre as irmãs Greengrass? ― continuou Amber, ignorando Sarah.

    ― Ah! Não vai começar com isso de novo, vai?

    ― Isso o que? ― perguntou Ginny, confusa.

    ― Só me responda ― insistiu Amber.

    ― Bem, ao que saiba não são Death Eaters... ― disse Ginny, pensativa ― Mas já vi, de longe, várias discussões entre Daphne e Astoria.

    ― Mas por que elas discutem se são irmãs?

    ― Ao que parece, tem opiniões contrárias em relação aos mestiços e tudo o mais... A própria Astoria é meia - irmã de Daphne, acho que ela é mestiça. O pai dela não é exatamente desse tipo que é viciado em sangue - pureza, mas a mãe de Daphne...

    ― Faça-me o favor! ― disse Sarah ― Querem que eu acredite que existem Slytherins diferentes?

    ― Peter Pettigrew era um Gryffindor ― rebateu Amber.

    Touché ― disse Sarah, se dando por vencida.

    Os lábios de Ginny tremeram levemente.

    ― Do que você está rindo? ― perguntou Sarah.

    ― Você se deu por vencida ― disse.

    ― Se eu não me desse, continuaríamos essa discussão até amanhã. Eu ainda mantenho minha opinião sobre os Slytherins...

    Amber revirou os olhos, exasperada.

    ― Uma guerra está prestes a começar! Precisamos estar unidos! ― protestou.

    ― E os Slytherins serão os primeiros a ir para o lado de Voldemort ― disse Sarah e Ginny estremeceu ― Ah! Faça-me o favor! Você é nossa amiga, deveria estar acostumada ao nome.

    ― Nós duas só ficamos juntas durante as aulas, fora isso você sempre está grudada no Fred e no George ― retrucou Ginny ― Por isso, eu também me aproximei bastante de Luna. E a Amber só de vez em quando, já que é um ano mais velha.

    ― Foi mal, okay? ― disse Sarah ― Vou te chamar para marodear pelo castelo um dia desses.

    ― Obrigada.

    As três riram.

    ― Não tenha medo de Voldemort. Se ele te odiar, ele vai te matar, quer você diga o nome ou não ― disse Amber.

    ― Muito reconfortante ― brincou Sarah.

    ― No seu caso, seria mais provável eles te torturarem para que você se tornasse Death Eater.

    ― Até parece! Com Bellatrix Lestrange no círculo íntimo, ela me mataria de uma vez... Eles teriam que me lançar uma Imperius, de qualquer maneira, porque eu jamais seria uma Death Eater.

    ― Dá para retornamos a um assunto mais agradável? ― pediu Ginny.

    ― Não ― respondeu Amber.

    ― Nossa! ― exclamaram Ginny e Sarah surpresas.

    ― Não é isso! É que Dumbledore...

    Nessa hora, os sussurros e murmúrios sumiram completamente do Salão Principal, Dumbledore havia se levantado para dar o usual discurso de início de ano letivo.

    O professor Dumbledore voltou a avisar que ir a floresta proibida, fazer magia nos corredores e ter milhares de itens (anexados no escritório do zelador Argos Filch) eram proibidos. Como se pessoas como Sarah fossem obedecer, o que a mesma lembrou a Amber quando revirou os olhos entediada.

    ― Nós tivemos duas mudanças na equipe de professores esse ano ― continuou ― Estamos muito felizes em dar as boas-vindas de volta à professora Grubbly-Plank, que estará dando aulas de Care of Magical Creatures.

    ― O que será que aconteceu a Hagrid? ― Sarah sussurrou para Ginny e Amber.

    ― Não tenho a mínima ideia ― sussurrou Ginny.

    ― Shhhhh! ― fez Amber.

    ― ...professora Umbridge, nossa nova professora de Defense Against the Dark Arts.

    Sarah se aprumou para escutar sobre os testes para o time de quidditch, mesmo que não pretendesse se inscrever, quando Umbridge limpou sua garganta, indicando que queria fazer um discurso.

    Amber olhou a nova professora, completamente ultrajada.

    ― Mas que falta de respeito! ― murmurou revoltada ― Nunca nenhum outro professor teve a ousadia de...

    Mas Amber pareceu ter sido incapaz de continuar devido a sua revolta.

    Amber não sabia como explicar que odiou a professora no primeiro instante que a viu na mesa dos professores. Tinha péssimos pressentimentos quanto a ela e odiou cada detalhe da aparência e atitudes de Umbridge. Normalmente não julgava as pessoas antes de conhece-las, mas aquela professora...

    ― Já vi que as aulas dela serão como as do Binns ― murmurou Sarah ― O pior é que ela não tem cara de quem vai me deixar dormir...

    Então, o discurso acabou e poucos alunos aplaudiram, enquanto os outros ainda estavam em um estado de torpor.

    ― Você ouviu essa babaquice toda? ― perguntou Sarah surpreendida a Amber, que tinha o olhar tão perdido que parecia Luna Lovegood.

    ― Ela é do Ministério ― murmurou.

    ― O que?

    Mas o Salão Principal se encheu do som de cadeiras se arrastando, conversas altas e pessoas saindo.

    ― Vamos ― disse Ginny, puxando as duas pelo braço.

    ― E como é isso de monitoria - chefe? ― perguntou Sarah, vendo Hermione e Rony tentando liderar os novatos ― Não deveria estar com eles?

    ― É bem simples, na verdade. Eu vou repassar as informações que McGonagall me passar ― disse Amber, um pouco mais entusiasmada ― Eu vou me reunir com os monitores - chefes das outras casas e vamos decidir quando será a ronda dos nossos monitores e em quais lugares eles rondarão... Esse tipo de coisa!

    ― Esse tipo de chatice.

    ― Não é chatice!

    ― A única parte boa é poder sair a noite e ter a desculpa de que é monitor para se safar da detenção.

    ― Eu jamais faria isso!

    ― Por isso que McGonagall, Sprout e Flitwick escolhem alunos como você... Bem, seria mais útil se Harry emprestasse o mapa para vocês três.

    ― Sabe a senha da Gryffindor? ― perguntou Ginny.

    ― Sim, eu sei. E acho que Neville se lembrará dela pela primeira vez na vida.

    ― Está de zoeira! O Neville só não perde a cabeça porque está colada no corpo ― disse Sarah, cética.

    ― Igual a você.

    Ginny gargalhou e Sarah fechou a cara.

    ― Pelo menos eu lembro as senhas... ― murmurou, mal humorada.

    ― E qual é? ― perguntou Ginny.

    ― Mimbulus Mimbletonia ― respondeu Amber ― Neville é ótimo em Herbology, o problema é que ele não tem coragem para levantar a mão. Supera até Hermione.

    ― Quem diria... ― disse Sarah, um pouco surpresa.

    ― Pois é!

    ― Vocês se aproximaram? ― perguntou Ginny, curiosa.

    ― Só um pouco... Pelo menos já sei sobre o que podemos conversar quando nos encontrarmos.

    ― Isso me lembra... Vai fazer um misto de casas, por um acaso? ― perguntou Sarah, com um leve tom sarcástico na voz.

    ― Não entendi...

    ― Você é amiga da Luna da Ravenclaw. Se deu bem com a Megan e a Hannah Abbott da Hufflepuff e está toda defensora da Astoria Greengrass.

    ― Eu apenas não julgo as pessoas pela sua casa ou pela sua família.

    ― Hoje é um dia para ser lembrado... ― murmurou Ginny, divertida ― Sarah está levando tantos foras.

    ― Ah! Cala a boca! ― reclamou Sarah.

    ― Não estou dando fora nela ― exclamou Amber, surpresa ― Desculpe se fui grosseira, só estou apresentando meu ponto de vista.

    ― Cuidado para não ficar igual ao Percy ― disse Ginny.

    Sarah gargalhou e elas chegaram ao quadro da Fat Lady logo atrás de alguns Gryffindors

    ― Mimbulus Mimbletonia ― disseram e a Fat Lady abriu o retrato novamente.

    ― Estou morta de sono... ― murmurou Sarah, subindo as escadas com Ginny e Amber atrás dela.

    ― Poderíamos, nas férias de Natal, ficarmos juntas no mesmo dormitório ― sugeriu Ginny.

    ― Esse ano iremos para... ― Amber se deteu ― ...The Burrow esqueceu?

    ― Ah! É mesmo! Então, ano que vem?

    ― Se não acontecer o mesmo...

    ― Eu preferia ficar aqui do que escutar os gritos daquela velha ― murmurou Sarah.

    ― Você deveria se aproximar mais do seu pai ― aconselhou Amber.

    ― Estou me aproximando...

    ― Bem... Não parece ― disse Ginny.

    ― Eu não sou muito boa em demonstrar sentimentos e, ao que parece, ele também não... Se eu fosse você, Amber, teria cuidado. Como irmã do Harry... Você já sabe... ― disse Sarah, um pouco receosa.

    ― Azararei o primeiro que chamar meu irmão de maluco ― resmungou Amber, deixando as amigas no dormitório do 4º ano.

    ― Ela tem Hermione no mesmo dormitório ― murmurou Ginny, enquanto assistiam a amiga subindo para o dormitório do 5º ano ― Se ela ceder ao temperamento ruivo, Mione vai fazê-la voltar a razão.

    ― Vou torcer para que você esteja certa ― disse Sarah, por fim, entrando no quarto.


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