Postmortem

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    14
    Capítulos:

    Capítulo 11

    Punição

    Drogas, Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    O local estava todo destruído, a grande mansão havia sucumbido às chamas da lâmina flamejante do anjo, Azazel. Lâmina esta que agora se encontrava empunhada por Drake, ainda em sua forma demoníaca. Azazel se arrastava no chão, fraco e ferído, com sua energia sendo sorvida por algo... ou alguém. ?Mas o quê?!? Se perguntava o anjo caído. O quê... ou quem, estaria sugando a energia de Azazel? De uma coisa ele sabia: Isto não poderia ser obra de Drake. Ele não deveria ter poder o suficiente para fazer essas duas coisas, lutar e sugar energia, ao menos não simultâneamente.

    ? O que vai fazer, Azazel? Você provavelmente nem conseguiria levantar esta espada nesse estado. ? Provocava Drake enquanto se aproximava de Azazel aos poucos. ? No entanto, você nem merece usar esta espada, ela originalmente nem te pertence, não é mesmo?

    Azazel por um momento se recorda de sua luta contra o portador original da espada de fogo, o arcanjo Uriel. Ele se sentia orgulhoso por ter vencído e executado Uriel usando sua própria arma, mas agora o mesmo estaria prestes a acontecer com ele. Sua vida seria apagada com apenas um golpe da espada, seu sangue cobriría a lâmina e se juntaría ao sangue de todos os outros que ele matou com um sorriso vil e orgulhoso. ?NÃO!? Pensava Azazel, recusando esse destino. Forçando-se a usar suas ultimas forças, Azazel se levanta e revela duas grandes asas. As asas eram certamente assimiláveis às de um anjo, no entanto, eram negras como as de um corvo. Com muito esforço, ele toma vôo e quando estava alto o suficiente, sustentou-se no ar e olhou em direção às ruínas da mansão, procurando aquele que havia absorvido sua energia. Após alguns segundos, Azazel avistou um homem de longos cabelos louros que trajava um terno preto. Sem dúvida alguma, seria ele quem estava atrapalhando Azazel. Já não havia mais motivo para enfrentar Drake, a refém escapou. Mesmo se ele conseguísse derrotar Drake, sua missão já havia falhado. O certo a se fazer seria voltar para a Torre Oblivion e reportar tudo a Lúcifer. Azazel decidio fazê-lo, e então vôou em direção à torre.

    ? Vai fugir mesmo?! Sabia que você não era tão diferente de todos estes demônios! Se acha o poderoso mas no fundo é apenas um cachorro assustado! - Gritou Drake para seu inimígo indo embora.

    Drake reverteu sua transformação e logo retornou à sua forma humana enquanto observava Azazel voando para longe. O homem de terno se aproximou de Drake.

    ? Muito bem, outro inimigo derrotado. ? Disse o homem.

    ? Heh, o de Londres foi mais difícil. E além disso, eu nem cheguei a matá-lo. ? Pronunciou Drake ainda encarando Azazel à distância.

    ? Em Londres você não estava tão poderoso como agora, e mesmo que você não tenha o matado, é indubitável que ele não voltará por um bom tempo.

    ? Damien... North, né? Esse é o seu nome? ? Dizia Drake enquanto direcionava seu olhar ao homem.

    ? Sim, é melhor parar de se esquecer.

    ? É estranho te chamar assim mas, de qualquer modo, não sabía que você ainda tinha um poder assim. Quer dizer, sugar energia? Isso não é pra qualquer um.

    ? Existem coisas que até meros humanos como eu podem aprender. Por falar em humanos, é melhor você voltar para a base de operações do grupo. Sem dúvidas eles irão ficar felizes com seu retorno, vão se sentir vitoriosos e mais incentivados a continuar lutando. Então, volte. ? Explicou Damien enquanto saía dos destroços da mansão, indo embora.

    ? Espera! ? Falou Drake.

    Damien parou e olhou para Drake, aguardando o que ele tinha a dizer.

    ? O garoto... ele tem alguma ligação com... bem, tudo isto? ? Questionou.

    Com um sorriso, Damien respondeu.

    ? Você saberá em breve. ? E com isso, Damien voltou a caminhar, deixando o local.

    Drake olhou para a espada que empunhava, percebendo que seria agora o novo dono da mesma. A espada se transformou em chamas e desapareceu, deixando uma marca formando um triângulo na palma da mão de Drake. Ele agora poderia ?chamar? a espada sempre que precisasse, esta nova arma certamente o ajudaria nas batalhas contra o império.

    ? Bem, acho que esta história fica um pouco mais séria daqui pra frente... e sem demora, eu espero. ? Comentou Drake consigo mesmo enquanto começava seu caminho de volta para o QG.

    Pouco tempo depois, Torre Oblivion...

    Lúcifer, sentado em seu grandioso e tenebroso trono, ouvía à explicação de Azazel sobre o que havia ocorrido na mansão onde enfrentou Drake. Lilith, ao lado do trono, apenas observava Azazel ajoelhado perante a Lúcifer tentando se explicar. Ela aparentava estar decepcionada com o fato da missão ter falhado. Ao menos ela podia se sentir aliviada sabendo que a culpa não havia sído dela.

    ? Onde está a espada de Uriel, Azazel? ? Perguntou Lúcifer, contendo sua raiva e interrompendo as palavras do anjo.

    ? E-eu tive que deixá-la para trás, meu senhor. Drake tomou posse dela, eu estava fraco demais para tentar recuperá-la.

    ? Você não poderia simplesmente invocá-la? A espada deixa uma uma marca na mão de seu mestre, o que permite que ele a invoque à vontade. Você deveria saber disso já que sempre sentiu inveja de Uriel por ter tal arma à sua disposição. Quando lhe foi dada a chance de matá-lo, a primeira coisa que deve ter passado por sua mente foi o fato de que poderia roubar a espada, não é? Eu permiti que você a usasse, então como ousa perdê-la agora!? ? Dizia Lúcifer levantando-se de seu trono, furioso.

    ? Eu tentei! Foi aí que percebi que minha energia e poderes estavam sendo sugados! Eu eventualmente consegui ver o responsável por isso. ? Explicou Azazel nervoso com a reação de Lúcifer - Ele não era alguém normal! Para conseguir absorver minha energia com tanta rapidez, ele sem dúvidas se tratava de alguém poderoso! Ele possuía longos cabelos loiros e trajava um terno preto. ? Disse Azazel enquanto se levantava.

    Lúcifer, pensatívo, olhou para baixo. ?Um homem de terno!? Não, não poderia ser...!? pensava. Lúcifer voltou a olhar para Azazel e, irritado com sua presença, decidiu mandá-lo embora.

    ? Saia daqui e volte para sua torre! Se você vai sair de lá para dar mais problemas ao império, é melhor que não saia!

    ? M-mas... me dê mais uma chance! Só preciso me recuperar e em breve irei encontrar a garota, derrotar aquele miserável e recuperar a espada! ? Suplicou Azazel.

    ? Já teve sua chance, verme! Já lhe mandei sair daqui. Você não é mais necessário para este império, apenas continue em sua torre brincando de rei.

    Um silêncio repentino seguído das palavras perfurantes de Lúcifer tomou conta do local.

    ? ...o quê aconteceu? O senhor tem agído de forma estranha ultimamente, todos já perceberam isso. É como se- AGH!

    Antes que conseguísse terminar sua frase, Lúcifer estendeu sua mão a Azazel, fazendo-o sentir-se como se estivesse sendo estrangulado. Azazel não conseguia se mover, apenas tentava gritar mas sua voz não saía direito.

    ? É como se... o quê? Como se eu estivesse mais frio? Talvez eu esteja, talvez eu tenha finalmente me entregue de corpo e alma às trevas. E foi exatamente isso que fiz! Eu me tornei um só com a mais profunda escuridão! ? Sangue negro começava a sair da boca, ouvidos e olhos de Azazel, que sofria com uma enorme dor, enquanto Lúcifer falava e fechava sua mão lentamente. Conforme ele fechava a mão, a dor de Azazel aumentava. - Quero que todos saibam que eu não estou brincando, eu não sou um vilão de histórias fictícias! Eu sou uma força superior! Todos aqueles que questionarem ou se oporem às minhas ações devem desaparecer, juntos de suas podres almas! Eu sou aquele a quem todos devem obedecer e se ajoelhar! EU SOU A MORTE! EU SOU O CAOS! EU... SOU... ? Lúcifer fechou sua mão rapidamente fazendo o corpo de Azazel estremecer e uma grande quantidade de sangue sair do mesmo. O anjo perdeu sua consciência e caiu no chão, morto. Lilith apenas olhava chocada com a cena que havia presenciado. - ...deus.


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