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Questionário
perguntas precisam de respostas...
? Por Paola Tchébrikov
? Você demonstra gostar bastante de dar aula aqui ? comentou Kotarou, tomando um gole de seu chá ? o horrível chá feito por Yahisa.
? Sim, eu gosto muito! ? retorquiu o outro. ? Os jovens daqui são cheios de energia, sempre alegres e ativos.
? Você é um professor bastante entusiasmado ? emendou o primeiro.
? Entusiasmado até demais ? comentou o terceiro, mal-humorado.
? Iku! Não o trate desse modo. Ele gosta do que faz ? disse Kotarou amavelmente.
? Eu já estou acostumado, Hoshizuki-sensei ? disse Haruki, bebendo um gole de seu chá.
? É mesmo? ? perguntou o mais velho, olhando simpático para o menor.
? Ele é bastante agitado, não? ? questionou Kotarou enquanto caminhavam até em casa.
? Chega a ser irritante ? disse Iku, ajeitando os óculos no rosto.
? Ah, não faça parecer que você não gosta de dar aula lá. ? comentou o enfermeiro divertido. ? Você gosta, não?
? Em partes sim, em partes não ? respondeu Iku sucinto, recebendo um acenar negativo do outro, que era como um irmão mais velho para si.
? E o que acha dos alunos? ? voltou a questionar, parando para procurar as chaves de seu apartamento nos bolsos.
? Tirando o fato de que praticamente todos são garotos, e há uma masculinidade muito grande no ambiente, não vejo mal algum ? disse Iku sincero, entrando no elevador junto do outro.
? Então, além do fato de que não há garotas no colégio, mais nada te incomoda? ? indagou Kotarou curioso.
? Há uma garota lá ? disse distante.
? Yahisa? Bem, ela é muito inocente e boba para ser tratada como uma opção ? comentou Kotarou suspirando.
? Como assim? ? questionou Iku confuso, irritando-se quando o outro suspirou, caminhando até o apartamento sem responder sua pergunta. ? Responda Kotarou!
? Yahisa nem nota os garotos ao seu redor! ? começou, uma veia saltando em sua testa. ? É a única garota cercada por dezenas... centenas... praticamente milhares de garotos, e quantas vezes ela demonstrou interesse em algum? Quantas vezes ela demonstrou notar os olhares sobre ela?
Diante daquelas palavras Iku ficou quieto, pensativo.
Era verdade, Yahisa era muito inocente para notar a malícia do mundo. Aliás, era exatamente como sua irmã.
Iku ergueu os olhos, no mesmo momento que Kotarou, e o brilho nos olhos de ambos mostrou que haviam pensado na mesma coisa.
Yahisa, Yui, ausência de malícia, inocência.
Garotas puras como elas eram raras como pedras de ônix e pérolas, e ambos sabiam que preferiam que as coisas continuassem daquele modo.
Garotas ingênuas...