Xeque-mate, a virada

  • Finalizada
  • Aanonimaa
  • Capitulos 31
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 9 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 23

    Vigésimo terceiro ato ? Papo reto

    Álcool, Estupro, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Vigésimo terceiro ato ? Papo reto

    Lady Abel Oblivion Araghon

    ? O que você está achando, General? ? questionou Kadaj ao lado do líder, com uma prancheta em mãos e os olhos vidrados na cena diante de si.

    ? Ele parece apto ? disse Sephiroth interessado, observando o homem que atacava o outro com uma sequência rápida de ataques.

    ? Pare de fingir que está interessado! ? repreendeu Vincent divertido, fazendo o General gargalhar.

    É claro que seu melhor amigo saberia que ele não estava interessado em nada daquilo. Sua mente estava focada na reunião que teria com um Ministro e um General de um exército de Deserto. Aquela seria uma chance única de mostrar suas capacidades como Senhor de FF.

    Cid, impressionado, elogiava os dois homens na arena. Aquela era a última etapa da seleção para escolher um Tenente-Coronel e, na opinião de Sephiroth, qualquer um dos dois serviria.

    Havia verificado os registros dos dois. Históricos de família, criminal e até onde haviam estudado. O ruivo possuía uma pequena vantagem sobre o outro competidor, mas, para ele, qualquer um dois seria ótimo.

    E foi no segundo seguinte que Sephiroth soube quem trabalharia consigo.

    Com um ataque surpresa, rápido e eficiente, o ruivo, cujo nome era Reno, venceu o outro homem. Todos no local aplaudiram, alegres, e o Coronel e o Capitão desceram à arena, cumprimentando animadamente o novo Tenente-Coronel. Sephiroth foi atrás, em passos calmos, acompanhado por Kadaj, seu secretário.

    ? Bem-vindo a Final Fantasy, Tenente-Coronel Reno ? saudou o General, apertando firmemente a mão do ruivo. Eles se encararam por alguns segundos antes de Sephiroth virar-se em direção à saída, acompanhado de Kadaj.

    ? Não dê importância aos maus modos dele. Está pensativo e ansioso porque terá uma reunião importante daqui alguns minutos e mal se aguenta sentado. Venha comemorar sua vitória e inclusão em FF ? disse Vincent animadamente, levando o rapaz consigo para perto dos soldados, que bombardearam-no com perguntas.

    As vezes em que o Tenente-Coronel e o General se encontraram, naquela semana, foram mínimas ? sendo exatas três vezes. Sephiroth notou de imediato como o rapaz o observava, como se analisasse o líder. Dando de ombros, Sephiroth acreditou que, ou ele estivesse curioso ou mal podia acreditar que estava ali, na presença do General.

    Oh, Sephiroth não era assim esnobe. Era só que, conhecido em vários países como um homem que sabe o que quer, e que está liderando muito bem um exército, mesmo sendo novo, Sephiroth sabia como as pessoas viam-no.

    Mas o General não podia imaginar o quão oposta era a situação com o Tenente-Coronel.

    Algum tempo depois, o General notou que, sempre que as atividades dentro de FF estavam calmas, Reno estava por perto. Em reuniões do grupo informais ele sentava perto do líder e sempre estava ali, atento.

    Várias vezes Sephiroth pegara-o olhando-o, ou em algum lugar que não devia estar, mas que fora apenas por causa do mais velho.

    De início, estranhou, pensando em várias hipóteses. Entre elas: ele era gay e estava de olho no General, ele estava tentando se tornar amigo do General, ele estava indeciso e perdido e, discretamente, observava o General, para que pudesse melhorar sem precisar de ajuda.

    Enfim, todas as conclusões de Sephiroth foram só iniciais. Se pensasse cinco minutos na possibilidade, já estava descartando-a.

    Com a pulga atrás da orelha, o General continuou seus afazeres, notando cada vez mais a frequência com que encontrava o outro. Começou a achar que era pura paranoia de sua mente.

    Mas ao, uma vez, pegar Reno em um corredor que ele não devia estar, vasculhando alguns quartos, começou a desconfiar firmemente dele.

    E então a perseguição tornou-se uma brincadeira onde dois podiam brincar.

    Sempre que pôde, Sephiroth solicitou a presença do Tenente-Coronel. E quando estava livre começou a procurar pistas sobre o rapaz, seu comportamento, responsabilidades.

    Descobriu muitas coisas, inclusive que ele era muito bom no que fazia e que todos o admiravam. Era de uma cidade pobre, tinha uma família normal ? mãe, pai e dois irmãos ? e, embora houvesse se envolvido em brigas de rua, não fizera nada além disso.

    Reno parecia ser uma pessoa normal.

    Bem, ele era, o que só levou Sephiroth a cansar-se daquilo e esquecer o episódio.

    Até que, em um dia calmo de verão, ao entrar em seu quarto, Sephiroth encontrou Kadaj no chão, com um ferimento pequeno no braço. Ajudou o rapaz, cuidou de sua ferida e questionou-o, mas tudo o que ele conseguia lembrar-se era de a porta sendo aberta e um movimento rápido sendo feito.

    Um vulto, um ataque, um ferimento, um homem; era basicamente isso.

    A ira de Sephiroth agora estava acesa. Tudo bem soldados terem pequenas richas dentro do grupo, mas machucar um ao outro já era inadmissível.

    Trincando os dentes, o General saiu do quarto, deixando o Subtenente de folga pelo resto do dia e começando a sua busca pelo responsável.

    Vasculhou cada canto daquela mansão, perguntando às pessoas, mas nada foi encontrado. Recorrendo ao seu último movimento, ligou para a central de câmeras internas que vigiava toda a mansão e recebeu as imagens que precisava.

    Não foi surpresa alguma para si descobrir que o responsável pelo ataque havia sido Reno. Sephiroth não sabia qual era a intenção dele, mas estava começando a ficar irritado com o homem. Segui-lo de um lado a outro é uma coisa, mas atacar um colega por causa de uma obsessão já era passar dos limites.

    E a situação de Reno com o General ficou pior quando o soldado que deixara vigiando Cloud contou que o Tenente-Coronel fora dar as boas-vindas ao novato.

    Sephiroth sabia que não era bem assim. Ele não iria até o quarto para saudar o menino. Nem queria imaginar o que havia acontecido a Cloud, mas, ao chegar ao quarto e encontrar tudo normal, e ele não citar nada sobre o ocorrido, deixou quieto.

    Mas não descansou, iria descobrir o que o Tenente-Coronel estava armando e puni-lo.

    ? Mas, Sephiroth, se você estava desconfiado dele, por que não tirou-o de Final Fantasy? ? questionou Cloud com o cenho franzido.

    ? Eu precisava de provas. Não vou mandar alguém embora sem que haja provas de sua culpa ? disse o General suspirando.

    ? Mas você tinha ? contestou o Sargento.

    ? Eu tinha a minha palavra e ele tinha a dele. Era isso. Eu não posso usar a minha posição para impor a minha vontade. Foi por isso que Vincent ficou tão furioso. Eu nunca fiz algo egoísta como exigir que minhas vontades fossem feitas, independente dos outros, embora, como General, eu possa fazer isso ? explicou ele, fechando os olhos ao suspirar.

    ? Porque você é um ótimo General ? comentou o rapaz amavelmente, fazendo o outro rir.

    ? Um General que vive sendo salvo por seu amante. ? disse rindo, sendo acompanhado pelo outro. ? Não sei o que faria sem você.

    ? Você daria um jeito, já disse ? Cloud deu de ombros.

    ? Hum, mas até que não é tão ruim ter você me salvando... ? murmurou maliciosamente, se inclinando sobre o rapaz e beijando-o nos lábios lentamente.

    Cloud sorriu contra os lábios do líder, segurando-lhe o rosto com as mãos e deixando que a língua aventureira explorasse sua boca. Gemeu de leve, sentindo seu corpo ser inclinado para trás lentamente, uma mão do General estava em suas costas, levando-o a deitar-se na maca.

    Sephiroth arqueou o corpo sobre o do rapaz, apoiando-se em um braço enquanto beijava-o profundamente, sua outra mão se aventurando pelas roupas de Cloud, penetrando-as, encontrando a pele alva e macia.

    Não havia nada melhor do que estar os dois ali, compartilhando daquele delicioso momento. Cloud abraçou o líder, apertando-lhe as costas, lágrimas escorrendo por seu rosto, deixando o beijo salgado e molhado, atraindo a atenção do General, que parou de beijá-lo no mesmo momento.

    ? O que foi, Cloud? Você se machucou? ? perguntou o General preocupado.

    ? Não... Eu só... Ah, estava tão preocupado com você! E se Reno fizesse algo sujo... ? começou o rapaz, mas foi calado pelo General.

    ? Como atirar em mim? Bem, ele fez. ? brincou, vendo a carranca no rosto do outro. ? Entenda, Cloud. Quando Reno entrou no grupo ele era um bom rapaz, mas alguns sentimentos ruins invadiram-no. Ele sentia inveja de mim, sentia remorso e queria provar a todos que era melhor do que eu.

    ? E precisava daquele exibicionismo todo? ? questionou irritado. ? Todos ficaram muito preocupados com você ? bufou, soluçando levemente por causa do choro.

    ? Cid e Zack pareciam se divertir ? contestou propositalmente, levando um tapa no ombro que fê-lo rugir de dor, o que só divertiu o rapaz.

    ? Kadaj e Vincent estavam muito maus ? comentou baixinho.

    ? E você? Meu querido amante não ficou temeroso por seu General? ? disse irônico.

    ? Eu fiquei em estado de choque! Mal conseguia me mexer, piscar, e até respirar era difícil ? contou dramático.

    ? Mas você foi bem rápido com aquela arma. Aliás, ainda bem que eu havia te ordenado a andar sempre com ela ? disse o General aliviado.

    ? Ainda bem que eu te obedeci, isso sim! ? contestou Cloud também aliviado. ? Bem, o meu corpo reagiu quando a arma foi apontada para você, mas até o segundo anterior eu estava em choque. Aliás, você precisa tomar mais cuidado! ? brigou.

    ? Preciso? ? questionou o líder rindo.

    ? Eu estou falando sério! ? repreendeu o Sargento.

    ? Certo, certo. E por que eu preciso tomar mais cuidado? ? perguntou, deitando seu corpo sobre o do rapaz e apoiando-se no cotovelo, deixando seus rostos bem próximos.

    ? Você teve uma sobrecarga de cansaço, o que provocou a queda dos seus poderes ? comentou ácido, fazendo bico.

    ? Mesmo? ? questionou o General interessado.

    ? Sim. Na batalha você usou muito dos seus poderes, e nos dias que se seguiram você mal descansou, vindo a lutar novamente hoje. Era evidente que os seus poderes não durariam muito tempo ? explicou, mordendo os lábios.

    ? Se você sabia, por que não disse antes? ? perguntou Sephiroth franzindo o cenho.

    ? Porque eu achei que a luta seria de minutos! Quem ia imaginar que vocês dois ficariam horas lutando? Quando eu tive certeza disso, entrei em pânico, o que me levou ao estado de choque ? contou Cloud.

    ? Bem, eu precisava que ele, ao menos, lutasse comigo de verdade. Ele queria isso desde o momento em que entrou em FF ? disse Sephiroth dando de ombros.

    ? E pra isso você precisava arriscar a sua vida!? ? gritou Cloud, voltando a chorar como um bebê.

    Se preocupara tanto com ele! Temera tanto pela vida do General e olha lá ele, achando graça de toda a situação! Como se a vida dele não estivesse em risco! Como se aquelas horas não houvessem sido uma tormenta.

    Bufando, Cloud empurrou o líder para o lado, descendo da maca e arrumando suas roupas. Ficou de costas para o General, não querendo olhá-lo nos olhos.

    ? Ei, Cloud, o que está fazendo? Volte aqui! ? disse Sephiroth sério.

    ? Não. Enquanto você agir como uma criança mimada, não se importando com a sua vida e arriscando-a como se ela não fosse nada, como se ninguém fosse se preocupar com você, eu não falarei com você ? decretou o rapaz, decidido.

    ? Pare de bancar o bonitinho e volte aqui. Eu não pedi para ninguém ficar se preocupando comigo. Eu faço o que quiser, como quiser. Se não estiver gostando... ? Sephiroth dizia tudo com uma frieza cruel, mas calou-se quando Cloud virou o rosto, encarando-o com olhos tão magoados que o General engoliu em seco.

    ? Você tem todo o direito de fazer o que quiser, Senhor. Apenas pense nos sentimentos dos seus soldados, como eles ficariam sem um General e como as coisas ficariam feias para FF quando os inimigos descobrissem que o líder está morto. Peço desculpas pelo meu comportamento, Senhor, com licença ? Cloud virou-se, prestando reverência ao líder, com o queixo erguido, mesmo que lágrimas abundantes escorressem por seus olhos e, a passos rápidos, saiu da arena.

    Todos que viram a cena olharam do Sargento ao General, balançando a cabeça negativamente.

    ? Você pegou pesado, Sephiroth ? disse Zack ao lado do General.

    ? Ele só estava preocupado com o Senhor ? comentou Tseng, também ao lado do General.

    ? Eu não pedi para ninguém se preocupar comigo ? murmurou o líder, cruzando os braços.

    Cid, Kadaj e Vincent vinham na direção do líder. O Capitão, que estava na frente, ouviu a conversa, balançando a cabeça em negação.

    ? O quê?! ? rugiu Sephiroth, fazendo o homem assustar-se.

    ? O que o que, Sephiroth? ? questionou Vincent, desinformado.

    ? Nada ? respondeu o General emburrado.

    ? Sephiroth e Cloud acabaram de brigar ? fofocou Zack, recebendo um olhar assassino do líder.

    ? Ah, todos os casais têm algumas brigas ? disse Kadaj calmamente.

    ? A culpa foi do General. ? comentou o Major, sorrindo quando o Subtenente e o Coronel fitaram o líder com um olhar assassino. ? Quando Cloud disse que ele devia maneirar em suas loucuras, que todos ficaram muito preocupados com ele, o General foi frio, dizendo para ele parar de criancice, que a vida era dele e faria o que quisesse.

    ? O quê? ? grunhiu Vincent.

    ? O General rejeitou ele ? disse Kadaj, suspirando.

    ? Não é à toa que ele estava chorando ? disse Brucios, que havia parado ao lado deles sem que notassem.

    ? Espera! Eu não rejeitei ele nada! É só que ele estava me irritando com a sua conversa... ? o General disse, mas foi cortado pelo som de um soco.

    Fora Vincent quem desferira o golpe na maca, que rangeu fortemente, assustando todos ao redor.

    ? Você é idiota ou o quê? ? gritou o Coronel, inconformado. ? Você não viu como ele estava! Você nem se importou com as pessoas ao seu redor, preocupadas com você! Mas dizer isso em voz alta...

    ? Vincent ? chamou Kadaj, tentando acalmá-lo.

    ? Você é um tolo! Está perdendo alguém que te ama de verdade por sua teimosia e cinismo. Cloud te ama, mas o amor se esfria, Sephiroth. Ele estava tão em choque que ninguém teve coragem de dirigir-lhe a palavra. Eu, que sou amigo dele, não soube como ajudá-lo ? disse o Coronel. Cid, Kadaj e Zack concordaram com a cabeça.

    ? Você deveria desculpar-se, General. ? aconselhou Kadaj piedosamente. ? Cloud é um bom menino e se preocupa muito com você. Vocês se dão bem juntos e merecem serem felizes mais do que qualquer um de nós. Não perca a sua chance por causa de uma bobagem.

    ? E pare de achar que não é querido! ? brigou Zack, dando um forte tapa nas costas do General, o que fê-lo gemer de dor. ? Todos nós queríamos ter entrado naquela arena e matado aquele verme, independente do motivo para aquela briga. Mas você estava lutando com o orgulho de um General que zela por seu exército ? explicou o homem, sorrindo divertido para o líder.

    ? Vá atrás dele, Senhor. ? disse Cornélius suavemente, fitando a porta por onde Cloud havia passado. ? Antes que seja tarde demais...

    Dando um pulo da maca, Sephiroth arrumou o sobretudo sobre seu ombro e saiu, indo na direção que Cloud fora. Todos os soldados prestaram continência ao líder quando ele passou, mas o General não deu a mínima atenção, sua meta era única: encontrar seu amante e desculpar-se por sua estupidez.

    É claro que tudo aquilo era mais pela influência dos amigos do que por sua própria vontade, mas reconhecia que havia sido muito indelicado com o amante. Ele havia se preocupado consigo, por isso lhe chamara a atenção, e o que Sephiroth fizera?

    Dissera coisas feias ao rapaz.

    Suspirou, passando a mão no cabelo, nervoso. Cloud não era uma pessoa difícil de se conviver, mas fazia tanto tempo que não tinha que dar satisfação a alguém que simplesmente não sabia como agir.

    Sorriu para si mesmo. Aquele garoto estava deixando-o de cabelos em pé.

    ? Cloud? ? chamou Sephiroth ao abrir a porta do quarto.

    Entrou, fechando-a. Seus olhos vasculharam o quarto, a cama, o sofá, o chão e o guarda-roupa. Tudo estava no lugar, mas não havia nenhum sinal do Sargento ou de que ele estivesse ali. Caminhou até o banheiro, abrindo a porta e entrando, procurando na banheira e no box, não encontrando nada.

    Franzindo o cenho, parou para pensar. Onde Cloud podia estar, se não estava ali? Pensou no jardim, na cozinha, no quarto de Vincent, mas nada lhe parecia bom o suficiente.

    Bufando, saiu do quarto, ainda pensando em onde procurá-lo. Até olhar para o longo corredor e lembrar-se do quarto que fora preparado para o Sargento, mas que ele raramente usava.

    Sorriu para si mesmo, pensando que era um idiota por não ter aquele quarto como sua segunda alternativa. Riu, caminhando calmamente na direção do quarto, hesitando ao colocar a mão na maçaneta, mas, dando de ombros, virou-a, vendo que estava aberta.

    Estranhou, semicerrando os olhos. Em um impulso abriu a porta, e qual foi sua surpresa ao ter a linda visão das nádegas durinhas de seu amante...

    Sorriu malicioso, fechando a porta silenciosamente e se aproximando da cama.

    Deitado nela ? ou melhor, jogado ? estava Cloud. O rapaz vestia apenas a cueca boxer branca, deitado de bruços na cama, o rosto escondido nos braços, apoiados no travesseiro. Ele fungava, resmungando algo que Sephiroth não entendeu direito, mas que notou ser em outra língua.

    Voltou a sorrir para si mesmo, sentando-se ao lado do rapaz e cruzando a perna, de lado, perto da cintura fina. Sentiu o corpo ao seu lado enrijecer e, para acalmá-lo, resolveu se pronunciar:

    ? Shii ? foi só o que Sephiroth disse, e foi o necessário para que ele voltasse ao normal. Quer dizer, soubesse que era o líder ali e não uma outra pessoa.

    Hipnotizado pelo corpo ao seu lado, Sephiroth encheu a mão com uma das nádegas do rapaz, deslizando o polegar para cima e para baixo. Riu rouco ao ver como ele se arrepiara, e Sephiroth deixou que sua mão brincasse com o corpo do menino.

    Os dedos foram às coxas, às costas, deslizando pelas pernas finas e pela coluna levemente aparente. Sephiroth já estava quase arqueando-se sobre o amante para beijar sua nuca, quando o corpo dele se remexeu, rejeitando o carinho do General.

    Sephiroth suspirou.

    ? Você está bravo comigo? ? perguntou ele, vendo o rapaz balançar a cabeça negativamente. ? Vai me abandonar? ? ele acenou negativamente de novo. ? Hum... Mas está magoado comigo? ? dessa vez o aceno foi positivo.

    Um sorriso triste formou-se nos lábios do General, mas Cloud não podia vê-lo. Só de pensar no rapaz magoado sentia seu coração apertar-se, e saber que a culpa era dele só fazia a sensação ser pior.

    ? Eu nunca precisei dar satisfação a ninguém. ? começou a falar, fitando o teto. ? Meu pai era General e minha mãe muito doce, eles me davam toda a liberdade que um jovem quer. Eu não me metia em confusões, então eles não tinham porque me questionar. Quando você disse aquelas coisas eu... Eu nem sei o que pensei. Eu só reagi. Reagi mal. Meus instintos me levaram a me defender. ? disse distante. ? Você está ouvindo?

    ? Sim ? respondeu Cloud contra o travesseiro.

    ? Eu peço desculpas, eu me comportei mal. Desculpe-me. É só que é difícil entender que as pessoas estão preocupadas comigo... ? murmurou sério.

    ? Por que? ? perguntou o Sargento abafado.

    ? Por que? Bem, muitas pessoas ao meu redor são interesseiras. Eles estão comigo pela minha posição, e não por quem eu sou ? respondeu Sephiroth verdadeiramente.

    ? Mas há pessoas que gostam realmente de você ? disse o rapaz baixinho.

    ? Eu sei Cloud, eu sei. ? murmurou o General suspirando, subindo em cima do corpo do rapaz e beijando-lhe o pescoço. ? E é por isso que eu estou aqui, para pedir desculpa pelo que eu disse. Todo mundo brigou comigo por causa do que eu disse ? confessou emburrado.

    ? Foi? ? questionou Cloud divertido.

    ? Uhum, eles disseram que eu havia agido mal. Você vai me perdoar? ? perguntou fazendo uma voz tristinha.

    Beijando levemente a orelha de Cloud, sentindo ele arrepiar-se, Sephiroth riu. Suas mãos deslizavam pelo corpo alvo e ele pressionou seu quadril contra as nádegas do rapaz, fazendo-o sentir perfeitamente como Sephiroth se excitou depois de uns cinco minutos beijando-o, acariciando-o, mordendo seu lóbulo e seu ombro.

    Gemendo levemente, Cloud virou o rosto, deixando que Sephiroth beijasse fortemente seus lábios, explorando sua boca com sofreguidão.

    Afinal, a graça da briga é a reconciliação.


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