Xeque-mate, a virada

  • Finalizada
  • Aanonimaa
  • Capitulos 31
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 9 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 22

    Vigésimo segundo ato ? Fim merecido

    Álcool, Estupro, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Vigésimo segundo ato ? Fim merecido

    Lady Abel Oblivion Araghon

    ? Tsc, patético! ? reclamou Cloud, guardando a arma nas costas e pulando na arena, indo na direção do General, que encarava-o sorrindo satisfeito.

    Os espectadores encaravam a cena diante deles com espanto e até alívio. Muitos estavam sentados, suspirando com a mão no coração devido ao susto. Cornélius, que sentira as pernas fraquejarem, era mantido em pé por Brucios, que olhava também satisfeito para o Sargento.

    E Reno, bem, ele estava morto.

    Quando Cloud vira o revólver ser erguido contra o General, seu corpo agiu no automático, saindo do transe. Suas mãos pegaram a arma que carregava para onde ia e sua reação não foi outra se não atirar no Tenente-Coronel.

    Vincent, em sua cadeira, abaixou a cabeça, escondendo as lágrimas que haviam se formado em seus olhos diante do susto de ter seu melhor amigo morto. Ao seu lado, Kadaj acariciou-o nos cabelos, beijando-os em seguida, as lágrimas escorriam livres por seu rosto.

    Sephiroth, na arena, sorriu abrindo os lábios quando Cloud se aproximou, mas a reação do rapaz surpreendeu não só a ele, mas também a todos.

    Cloud, ao estar de frente com o General, desferiu-lhe um tapa no rosto, não demorando a abraçá-lo forte, as lágrimas escorrendo fartas por seu rosto enquanto dava um sermão no mais velho.

    ? Você é um idiota! ? gritou batendo os punhos no peito do General, não vendo a expressão de dor que se apoderou momentaneamente do rosto dele. ? Seu descuidado! Louco! Queria me matar do coração? O que estava pensando ao...

    Mas o Sargento foi calado pelos lábios do General, firmes, possessivos, intensos. Ele explorava a boca do Strife com volúpia, desejo. Malicioso, não demorou em colar os corpos, esfregando sua ereção no corpo do rapaz que, aliviado, riu contra os lábios de Sephiroth.

    Os lábios molhados do General foram à orelha dele, lambendo e beijando antes de ele falar:

    ? Eu também senti medo. ? assumiu, afastando-se do outro, sorrindo para ele. ? Obrigado por salvar a minha vida novamente ? disse, esfregando seu nariz no dele.

    ? Certo, certo. Agora vamos cuidar desses seus ferimentos antes que você morra de hemorragia ? comentou Cloud sério, repreendendo o General. Ele riu, bagunçando os fios loiros.

    ? Iremos sim, mas antes eu preciso dizer algo ao meu exército ? disse, vendo o Sargento acenar positivamente.

    Sephiroth virou-se, encarando os soldados com um olhar sério. Aos poucos eles iam se acalmando, sentando e aquietando-se. Não demorou muito para Cornélius aparecer na arena, carregando um banquinho, colocando-o diante do General que, acenando positivamente, agradeceu.

    Ele sentou-se, relaxando. Cloud parou atrás dele, segurando os fios albinos e entrelaçando-os, prendendo-os em uma trança folgada. O General esperava que seus soldados se acalmassem para começar a falar.

    ? Como vocês podem ver, tivemos um pequeno problema interno no nosso sistema. ? começou, pegando a mão de Cloud e entrelaçando seus dedos quando ele parou ao seu lado. ? Vamos acabar com as especulações explicando tudo o que andou acontecendo sem que vocês tivessem conhecimento. Nem mesmo o Coronel está ciente ? apontou com a cabeça para o amigo que, erguendo a cabeça, acenou positivamente.

    ? Não sei de nada ? confirmou, prestando atenção nas palavras de Sephiroth.

    ? Tudo começou mais ou menos um ano depois que Reno havia se tornado Tenente-Coronel. Ele parecia estar obcecado por mim, fazia suas obrigações, mas sempre que estava livre e podia, estava no mesmo ambiente que eu. No começo eu não me importei, mas depois começou a me incomodar. ? suspirou, coçando os olhos. ? Ele chegou a atacar o Kadaj, na época em que ele era o meu secretário.

    ? Eu não estou sabendo disso ? afirmou Vincent, encarando o amante com olhos cerrados.

    ? Eu não sabia que havia sido ele... ? murmurou o Subtenente apreensivo.

    ? E então, repentinamente, nossa barreira começou a enfraquecer. ? os olhos de todos crescem muito, assustados com a notícia. ? Eu procurei descobrir quem estava por trás na época em que começou, mas não foi possível. Eu só deduzi que havia alguém dentro de FF querendo destruir nosso exército. Mas Reno não conseguiria sabotar a barreira sozinho.

    ? Alguém do laboratório estava ajudando ele ? murmurou Cornélius entre dentes.

    ? Sim, foi o que eu pensei. Mas não havia como descobrir quem era, então eu deixei quieto. ? confirmou o General. ? Depois disso tudo continuou normal. A barreira enfraquecendo, alguns pequenos acidentes acontecendo. Mas tudo mudou quando dois fatos aconteceram. Primeiro meu mensageiro trouxe a mim um documento com o destinatário a Reno. No documento havia segredos de Estado, dados sobre Final Fantasy e tudo sobre a minha família.

    ? Já estava passando dos limites... ? murmurou Brucios para si mesmo.

    ? Estava saindo de uma simples obsessão para se tornar falta de sanidade. ? corrigiu o General. ? Estava na hora de dar um jeito nele, mas não havia provas. O documento sumiu do meu quarto, não havia uma pista sobre quem estava ajudando-o dentro do grupo e não havia nada que o incriminasse. A única coisa que eu pude fazer foi deixar as coisas quietas e esperar tudo correr normalmente, fazendo parecer que eu não sabia de nada.

    ? Mas era perigoso deixar alguém como ele solto em FF! ? protestou Kadaj exasperado.

    ? Logo após isso Cloud foi achado na fronteira. ? continuou o General, ignorando o amante de seu amigo. ? Minha atenção focou-se nele, mas não demorou muito para eu saber que Reno também investira contra ele, sendo o segundo fator do estopim ? seus dentes se trincaram.

    ? Como? ? questionou Vincent surpreendido.

    ? Você foi? ? perguntou Kadaj a Cloud.

    ? Você sabia? ? quem estava mais surpreso era Cloud.

    ? Por que eu não saberia? Acontece que eu havia deixado alguém de olho em você e essa pessoa me avisou que Reno havia ido até o quarto para saudar o novato, o que obviamente era um equívoco por parte dele. A questão é que aquilo me fez voltar à busca de algo que incriminasse Reno. Demorou, mas eu consegui. Na verdade, foi Cloud quem descobriu a cartada final ? contou, beijando a palma da mão do Sargento.

    ? Eu? ? perguntou o Strife, surpreso.

    ? Sim, Cloud ?sonhou? com a cena do Reno e seu cúmplice conversando. ? disse, fazer aspas com as mãos ao falar sonho, afinal, o nome para o que ele havia feito era outro, mas os soldados não entenderiam. ? Eu fui atrás dele e fiz ele confessar tudo.

    ? Albert, você sabe o que eu sou, certo? ? questionou Sephiroth da porta da sala mal-iluminada.

    ? Si-Sim Senhor, o Senhor é o Mestre dos Ventos ? respondeu o Pesquisador-Chefe, hesitante acerca daquilo.

    ? Ótimo, agora imagine o Mestre dos Mestres, meu Senhor. ? disse o General, acendendo um cigarro. ? Consegue imaginar?

    ? Si-Sim Senhor, embora seja pouco provável ? confirmou Albert, ainda hesitante.

    ? Então, essa pessoa é Cloud. ? explicou, suspirando diante da surpresa do homem. ? Ele teve uma experiência extra corpórea, e não me pergunte quantas ele já teve, e viu você conversar com Reno. A não ser que tenha uma tara em ver órgãos internos, acho bom você começar a falar ? decretou o General, assoprando a fumaça lentamente.

    ? Ge-General, eu... ? começou Albert, mas parou quando Sephiroth desencostou-se da porta e aproximou-se dele com passos felinos.

    ? Eu não gosto que mintam para mim, Albert ? disse o líder, levantando o queixo do homem para fazê-lo encarar seus olhos de um verde afiado e frio como o gelo.

    ? Não estou mentindo... ? começou em pânico.

    ? Talvez eu deva pressioná-lo mais, para que não tente me enganar ? sussurrou o General para si mesmo.

    Ignorando o apelo do homem, Sephiroth virou-se, indo até um armário que havia ali e abrindo-o, vasculhando cada canto até encontrar um estilete. Sorriu, pegando o objeto e girando entre os dedos, voltando sua atenção a outra pessoa presente no local.

    Albert não teve tempo de pensar, quando viu, o General rasgava sua camisa branca, deixando seu peito desnudo e, sem esperar, arrastou a ponta da arma na pele de seu peito, na altura dos mamilos até o umbigo, de leve, causando um enorme arranhão que, aos poucos, foi ficando vermelho.

    Não satisfeito, o General subiu, encostando a ponta afiada com mais força contra o colo do Pesquisador-Chefe, fazendo-a entrar, arrastando de um lado ao outro, causando um ferimento de onde jorrou sangue.

    Albert contorcia-se de dor, resmungando para si mesmo que sabia que as coisas ficariam feias se o General descobrisse. Sabia que a fúria de Reno era um gatinho perto do leão que rugia e avançava em forma de General.

    Gritou de dor quando a lâmina deslizou em volta de sua aréola, cortando a pele, de onde filetes de sangue escorreram.

    E quando o General pareceu satisfeito, ele enfiou o estilete no meio do peito arfante, segurando seu cigarro entre os dedos e soltando a fumaça no rosto de Albert.

    Ele tossiu, aflito, sentindo a lâmina entrar mais em sua pele.

    ? Ok, eu conto! Mas, por favor, tire ? pediu ele, os olhos se enchendo de lágrimas, mas não deixou-as cair.

    ? Como poderei confiar em você? ? questionou o General retoricamente. ? Tirarei quando minhas perguntas forem respondidas. E espero respostas satisfatórias ? comentou Sephiroth impiedoso, apoiando-se na parede perto da cadeira.

    ? Tudo bem, pode perguntar. ? disse Albert nervoso, Sephiroth manteve-se quieto, os olhos fechados, o cigarro entre os lábios, os braços cruzados. ? E-Eu serei sincero ? voltou a falar, desesperado.

    ? Esteve conversando com Reno mais cedo dentro da sala de pesquisas ? murmurou o General desinteressado. Não era uma pergunta.

    ? Sim, ele veio questionar se alguém havia descoberto que a barreira estava sendo enfraquecida e se eu o havia denunciado ? disse, sabendo que o General já sabia da informação.

    ? Certo, então você e Reno estavam trabalhando para enfraquecer a barreira? ? questionou, trincando os dentes, mas esperando a resposta.

    ? Reno me pressionou, dando uma quantidade de dinheiro abundante para que o trabalho fosse feito. Eu só alterava os dados de envio de energia. ? respondeu, pensando o quanto havia sido tolo em aceitar a oferta do Tenente-Coronel, que afirmava que ninguém nunca descobriria. ? Mas desde quando o Senhor sabe?

    ? Quem faz as perguntas sou eu! ? rugiu Sephiroth, abrindo os olhos e estreitando-os perigosamente. ? Ele contou o motivo para enfraquecer a barreira?

    ? Não Senhor. Tudo o que eu sei é que devia enfraquecer a barreira ? respondeu Albert de prontidão.

    Sephiroth afastou-se da parede, caminhando até o Pesquisador-Chefe e parando diante dele. A expressão fria causou um arrepio de medo no outro.

    ? Ele contou o que pretendia fazer no futuro? ? aquela era a sua verdadeira pergunta, para o resto já possuía todas as respostas.

    ? Nã-Não Senhor. Ele apenas murmurou algo como ?irei acabar com aquele generalzinho fajuto de uma vez por todas, quem sabe até tome o seu lugar? uma vez, enquanto eu reduzia a energia enviada à barreira ? explicou Albert, começando a se incomodar com tudo aquilo e tentando esquecer a lâmina que dançava em seu peito, rasgando cada vez mais sua pele.

    ? Deixei-me entender: a barreira estava sumindo porque, tecnicamente, estava sugando energia, mas não estava se reabastecendo? ? perguntou o General, vendo o outro afirmar positivamente. ? Você tem ciência da consequência desse enfraquecimento? Sabe que, se os inimigos soubessem o quanto estávamos impotentes aos seus ataques, nos atacariam com todas as suas forças, e muitos soldados de FF seriam mortos? Responsabilizar-se-ia por essas mortes?

    Abaixando a cabeça, Albert manteve-se em silêncio. Não queria o peso de milhares de mortes em suas costas. Deus, onde estava com a cabeça quando aceitou a proposta de Reno? Bem, sua cabeça estava no mesmo lugar. O maior problema fora a ameaça do Tenente-Coronel de matar sua família caso não fizesse o que ele mandava.

    Suspirando, o homem preparou sua próxima fala, mas ela morreu em sua garganta quando Sephiroth, sem qualquer aviso, bateu com a palma de sua mão contra o estilete em seu peito, fazendo ele entrar muito no peito de Albert.

    O pesquisador gritou aflito, amaldiçoando o dia em que fora encurralado pelo Tenente-Coronel e pelo General. Um segundo balde de água fria foi jogado em seu corpo e Sephiroth afastou-se, abrindo a porta da sala e falando antes de sair:

    ? Vou deixar você pensando em seus atos por hoje. Ficará aí e, quando amanhecer, voltarei para que possamos conversar como pessoas civilizadas. Você irá ajudar a acabar com a porra que está envolvido. ? disse ameaçadoramente, tragando uma última vez o cigarro antes de jogá-lo no chão, pisando nele. ? Ah, e pode começar a se preparar para a mudança para a área dos soldados. Está destituído de seu cargo de Pesquisador-Chefe. Você voltará ao seu cargo anterior, Cabo Albert ? e saiu, fechando a porta.

    A última coisa ouvida antes de o General fechar por completo a porta foi uma fungada profunda.

    Albert havia estragado sua carreira como militar.

    A multidão olhava para um Albert quieto, no canto da arena, com olhos reprovadores. Sephiroth contara a todos o que nem mesmo Cloud sabia. Estivera muito curioso sobre como Albert havia reagido ao interrogatório, mas não conseguira coragem para perguntar.

    Pensando bem, preferia não saber. Não queria nem imaginar as cicatrizes eternas no corpo do outro. Toda vez que olhasse para o próprio peito, lembrar-se-ia de sua traição e das consequências.

    Era um fardo muito pesado.

    ? Por favor, não o odeiem. ? brincou o General ao ver como os soldados reagiram. ? Ele se redimiu de seus pecados ao me ajudar a capturar Reno. Infelizmente seu cargo e minha confiança foram perdidos, assim como as marcas em seu corpo serão eternas. É um bom preço, não acha, Albert? ? questionou o General divertido.

    ? Sim Senhor ? murmurou ele prontamente.

    ? Ótimo, é essa a história. Reno estava armando contra mim e foi punido. Há provas, quem quiser vê-las, basta me procurar. Eu não os avisei antes porque Reno não podia desconfiar que eu sabia de tudo desde o início. ? continuo, suspirando e coçando a testa. ? Desculpem pelo episódio, também peço desculpas ao Conselho e aos Cinco Grandes por não ter os consultado. Era uma situação urgente que pedia por soluções extremas.

    ? Bem, agora que todos estão informados e satisfeitos... ? começou Cloud, tomando a palavra. ? Devem estar famintos. Desçam aqui, estaremos fazendo uma pequena comemoração ? informou, apontando para o cozinheiro que entrava acompanhado de vários soldados, trazendo mesas, panos para cobri-las, talheres e, principalmente, comida.

    Quando todos vibraram, Sephiroth riu, satisfeito com o rumo que tudo havia tomado. Era um alívio ver que seu exército aceitara tudo facilmente.

    Quando os soldados que estavam na plateia desceram para a arena, tudo ficou muito movimentado e barulhento. Não tardou para que Cornélius aparecesse trazendo uma maca, onde Cloud ajudou Sephiroth a deitar-se, e Brucios trouxe todos os equipamentos médicos necessários para que Tseng cuidasse das feridas do General.

    Cloud ajudou-o a despir-se e sentou-se no banquinho, ao lado de Sephiroth, segurando sua mão e conversando animadamente com ele. Foi uma boa distração para o General, que sofria pelas impiedosas mãos de Tseng, decidido a cuidar dos ferimentos dele o quanto antes.

    Vários minutos se passaram, onde Brucios dava uma pequena bronca em Cornélius, de modo discreto, parados ao lado do General. Sephiroth e Cloud observaram tudo e, quando o Cabo fez um sutil carinho na mão do Soldado, os dois trocaram um olhar cúmplice, entendendo que havia algo entre eles.

    Zack e Cid apareceram logo depois.

    ? Você foi muito bem, Sephiroth! ? comentou o Major divertido. ? Apanhou muito, quase foi morto pelo inimigo, mas foi salvo no último momento pelo seu amante. ? ironizou, gargalhando quando o General fez uma carranca. ? Acho que vou arrumar um desses para mim. Aliás, se você enjoar dele e quiser dispensá-lo, eu o aceitarei de braços abertos ? brincou.

    O General, bufando, tentou levantar para brigar com o amigo, mas ao mexer o corpo sentiu todos os músculos reclamarem.

    ? Pare de se mexer, Sephiroth! ? brigou Tseng, dando um tapa em um dos ferimentos do General, o que fê-lo urrar de dor.

    ? Fique quieto e deixe ele cuidar de você ? disse Cloud, deitando o líder de volta na maca. Sephiroth aceitou obediente, entrelaçando sua mão na do rapaz.

    ? Acho que a Tifa vai adorar saber sobre isso ? comentou o General, vendo Zack arregalar os olhos, assustado.

    ? O que eu vou adorar saber? ? perguntou a moça, aparecendo ao lado do namorado.

    Todos, inclusive Tseng, caíram na gargalhada ao verem o pulo que Zack dera, puxando a namorada para longe, para que pudessem conversar sozinhos. O Major não tinha jeito mesmo. Todas aquelas brincadeiras sempre faziam-no envolver-se em encrenca.

    ? General. ? saudou Kadaj ao aproximar-se do líder, observando o trabalho de Tseng de costurar os ferimentos complicados no corpo de Sephiroth. ? Se me permite dizer, o Senhor está mal, hein! ? brincou, fazendo o líder bufar.

    ? Mal é apelido. ? comentou Vincent ao abraçar o amante por trás. ? Ele está um fiapo, nem parece o General de FF. Está enferrujado, Sephiroth! ? brincou o Coronel, vendo a expressão fechada do amigo.

    ? Deixe só eu levantar que mostrarei quem está enferrujado ? ameaçou, pronto para levantar-se, mas teve seu rosto virado para o lado e seus lábios capturados por Cloud, que beijou-o lentamente, diante de todos.

    ? Pare de criancice e fique quieto! Vou buscar algo para você beber. ? disse o Sargento, levantando-se e caminhando na direção da mesa de bebidas. ? Cuide dele, Tseng!

    ? Bastante mandão o seu amante, hein! ? comentou Kadaj sorrindo.

    ? Pois é. E eu que imaginava impossível haver alguém pior do que você! ? devolveu o General, rindo.

    ? Ei! ? reclamou Vincent.

    ? Mas ao menos Cloud me dá o que eu quero ? insinuou o líder com zombaria, olhando com cinismo para seu ex-secretário.

    ? Ei! ? dessa vez quem reclamou foi Kadaj.

    ? Você parece convencido de que acredito que Cloud te deu o que quer. Não se esqueça que eu e ele somos amigos. ? comentou Vincent rindo, ouvindo uma reclamação do General, dizendo ser injusto tudo aquilo. ? Desculpe-me pelo surto que tive, Sephiroth. Eu não sei o que deu em mim. Eu devia ter confiado mais em você, afinal, se você estava fazendo algo, era porque era necessário ? comentou o Coronel humildemente.

    ? Não, você está certíssimo em não aceitar prontamente coisas que não entende. Não quer dizer que, por eu ter julgado algo como ruim, ele o seja ? disse o General, aceitando as desculpas do amigo ao seu modo.

    ? Ok, só acho que você não precisava ter dito aquelas coisas que disse ? reclamou Vincent, levando um beliscão do namorado, que repreendia-o.

    ? Você é um pé no saco! Se tivesse mantido a matraca fechada, eu não teria explodido daquele jeito! ? devolveu Sephiroth, rolando os olhos. ? Não aceitar algo não significa agir como um retardado e sair gritando aos sete ventos sua frustração ? apontou, fazendo o amigo sorrir amarelo.

    Os dois ficaram conversando por algum tempo, jogando conversa fora. Kadaj, Tseng, Cornélius e Brucios logo estavam metidos na conversa, que tornou-se rapidamente uma discussão saudável.

    Quando Cloud voltou com duas bebidas, uma para ele e a outra para o General, Tseng havia terminado de cuidar dos ferimentos de Sephiroth. Foi-lhe dado seu sobretudo, que Cloud colocou nas costas dele ao ajudá-lo a sentar-se na maca, sentando-se ao seu lado.

    Os dois beberam em silêncio por longos minutos, apenas observando o movimento. Os soldados brincavam, riam, comiam, ignorando tudo ao redor deles. Não havia perigo ou medo, apenas satisfação, alegria e patriotismo.

    ? É por minha culpa que Reno se transformou naquilo ? confessou o General, suspirando e fitando o chão.

    Cloud manteve-se em silêncio, engolindo em seco ao registrar mentalmente que Sephiroth começaria a contar algo sobre o passado.

    O que será que viria a seguir?


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!