Suntuoso Passado: A história de amor de Serenity e Endymion

  • Darin
  • Capitulos 10
  • Gêneros Amizade

Tempo estimado de leitura: 1 hora

    16
    Capítulos:

    Capítulo 9

    Impossível...

    Nudez

    Foi rápido, né? =D

    Capítulo, mais uma vez dedicado a Letícia =D

    Espero que gostem.

    - Mercury-sensei, o ponto que estávamos vigiando sumiu... ? escuto a voz de Mariner*, meu braço direito, dizer após demoradamente observar o monitor.

    - Sério? ? é impossível, aquele meteoro gigantesco não pode ter sumido... tento rastreá-lo do meu computador, nada... Sorrio de alívio e preocupação, mas isso é um fato. Olho para minha equipe e anuncio. ? Pessoal, o meteoro sumiu, mas não vamos abaixar a guarda... Algo com um poder tão grande não pode sumir de uma hora para outra...

    Lembro-me do fragmento que a princesa trouxe... Aquele fragmento estava inquieto, havia assumido uma tonalidade negra intensa e movia-se descontroladamente pela cúpula de vidro temperado e sagrado que eu e Mars havíamos colocado.

    Todos balançam a cabeça afirmativamente, olho novamente para meu braço direito ? Mariner*, vá até o templo e verifique as condições do fragmento que a Princesa trouxe ? respiro fundo -- Agora tenho aula com ela, por favor, quero um relatório completo sobre o movimento do meteoro... Ele estava muito próximo do astro rei...

    -- Mercury-sensei, já fiz o relatório ? Mariner, sempre muito eficiente, me entrega uma pasta ? O meteoro sumiu após a chuva de meteoros que ocorreu ontem mais ou menos às 11 da noite.

    Olho para os olhos carmim de Mariner ? Obrigada, então leve este relatório para Mars e questione sobre o fragmento que com ela está.

    Nada mais poderia fazer, por enquanto. Agora tenho que me ocupar da princesa. Enquanto ando apressada volto minha atenção para o que farei hoje com ela... Precisamos coletar vegetais para porções e iremos à joia azul...

    Sim, terei que levar a princesa para ?conhecer? o local, está no plano de ensino dela, não posso fugir a isso. Apesar de, que pelo que Venus nos informou, a Princesa Serenity já é PhD em planeta Terra.

    Apaixonada por um homem terrestre, pior, por um homem de Elysion, a princesa visitou muitas vezes a joia azul. Mas o que acontecerá com este romance? A Deusa irá morrer de preocupação se souber disso... Ninguém teve coragem de falar com ela, nem mesmo de falar com a princesa...

    Já imagino a crise que isso ocasionará... Serenity é grandinha e, na medida do possível responsável com seu título e a lua, mas não aguentaria ver lágrimas nos olhos celestes dela... Sem falar que ela é teimosa e arrumará um jeito de se encontrar com aquele homem...

    Mas isso vai contra todas as regras!! A terra é somente uma fonte de matéria prima para os lunares, não um lugar para habitarmos... A concentração de energia vai destruir o planeta, é o que dizem os registros antigos.

    Este romance é impossível.

    Quando dou por mim, já estou na porta do quarto da princesa da Lua. Como a porta está aberta, entro sem bater.

    -- Bom dia, princesa.

    -- Oi Mercury ? o sorriso esboçado no rosto de Serenity era prova de que ela fora a terra ? Estou pronta para iniciarmos a aula ? ela eleva-se da cama e vai até sua mesa ? O que faremos hoje?

    - Algo que gostará muito. ? ela me olha com interesse, eu respiro fundo e completo -- Estamos com deficiência de alguns artigos para porções, iremos fazer um trabalho de campo.

    - Sério? Para qual planeta iremos? Poderia ser outra galáxia? ? Serenity corre para o closet e começa a arremessar roupas na cama. Sim, ela adora viajar, sorrio com a ideia ? Será um lugar frio ou quente...

    - Não... Iremos para a joia azul ? sussurrei em meio a chuva de roupas que Serenity fazia. Mas mesmo que o que eu disse fosse quase inaudível, a princesa parou e ficou sem palavras de emoção.

    Nada mais falamos. O círculo de energia me envolve e sinto o vento da minha amada lua em meus cabelos. Sempre gostei deste tipo de viagem, as estrelas no céu e a joia azul cada vez mais próxima.

    Tocamos a superfície da terra e Serenity sorria com familiaridade.

    - Estamos na terra! ? ela dar uma volta feliz ? Estamos na terra!

    - Sim, princesa, mas viemos somente coletar alguns vegetais...

    - Eu sei... Mas isso não muda o fato de estarmos aqui ? ela sorri de forma sapeca ? de respirarmos este ar puro... de pisarmos na grama e sentirmos o sol... Esta será a melhor aula!!

    - Princesa, não percebes quão quente é este planeta?

    - Como assim?

    - São raras as vezes que vieste durante o dia, ou engano-me? ? ela move-se para negar que aqui esteve outras vezes, mas desiste. É óbvio que eu sei.

    - Gosto do clima da terra...

    - Dependendo do horário e do local em que se encontra a temperatura pode ser superior a 30 graus, uma temperatura absurda, para nós, seres da lua...

    - Mas a lua é muito fria...

    - É o clima ideal para sobrevivermos...

    - é... eu sei...

    A princesa mostrava-se descontente, porém, nada eu poderia dizer... Então decidi iniciar nossa aula. Falei sobre a composição dos minerais que necessitávamos e das suas importantes propriedades. Serenity segurava a cesta com algumas folhas que ela coletara depois que eu falava. Demonstrava pouco interesse, olhava em volta como se procurasse alguém.

    - Princesa, depois realizaremos a coleta, o que estou a dizer é fundamental... ? a princesa ficou estática, parada a três passos do local onde eu estava.

    Se aproximando de nós vinha um belo rapaz de porte nobre, cabelos negros, olhos e pele claros. Serenity corre a seu encontro e sinto que os dois se prenderam em um lugar além.

    Ao fundo, vejo que uma dama de cabelos ruivos desmaiou e está cercada pelas servas. Quando modulo a questão que estava em meus olhos, Serenity o puxa até mim. A ruiva ao fundo se recuperara sem atenção alguma do casal apaixonado.

    - Mercury, Mercury ? a voz de minha princesa tinha algo que eu somente via quando ela estava a patinar, era uma felicidade extrema ? Este é Endymion.

    O rapaz estava sem graça, fez uma reverencia simples e beijou a minha mão ? É um prazer, jovem guerreira.

    Suas roupas possuíam símbolos que reconheci ser de Elysion, o mundo dos sonhos. Olhei para o rapaz ruivo, aparentemente era o guardião de Endymion, que, sem dúvidas, era o príncipe que Venus havia nos relatado.

    - Em tempos anteriores os governantes de Elysion não visitavam a superfície do planeta... ? o rapaz ruivo me olhou com interesse e se pôs de forma mais ameaçadora ao lado de Endymion.

    - Pelo o que vejo conhece nosso reino... ? o sorriso de Endymion continha culpa.

    - Conheço a história que vós permitis a nós ? ia acrescentar ?seres lunares?, mas percebi a aproximação do restante da comitiva. A ruiva fitava Serenity com extremo rancor ? conhecer ? sorrio sem graça, enquanto Serenity se agarra mais ao braço do príncipe e a ruiva chega a nós.

    - Quem são vocês? ? há algo estranho naquela mulher, meu instinto somente queria afastar minha princesa daquela criatura. Respiro fundo e fico mais próxima de Serenity.

    - Somos pesquisadoras, viemos coletar alguns materiais que somente há nesta região.

    - Este é o meu reino, nada ? ela bate a mão na cesta que Serenity carregava e as folhas despencam no chão ? pode ser retirado daqui sem a minha permissão!!!!

    - Lady Beryl ? Endymion se adianta ? estas damas são de minha inteira confiança ? ele aperta Serenity que estava em choque ? Não estou te reconhecendo.

    Aquela que ele chamou de Beryl respira fundo e sorri falsamente – Meu querido príncipe, devo preservar meu reino...

    - Seu querido? ? Serenity avança para Beryl sem que eu pudesse impedi-la, Será que minha princesa não se deu conta do poder desta mulher? ? ele é MEU NAMORADO!

    - Princesa, vamos embora, agora - enfatizei a última palavra, o clima estava ficando mais sombrio. Serenity demonstra resistência, mas, ao ver a convicção em meus olhos, cede.

    - Um momento ? ela se vira e toca seus lábios nos de Endymion ? te vejo depois, meu amor.

    O rapaz sorri e assenti.

    Deixamos o grupo sem nem mesmo olhar para a mulher ruiva.

    Depois de andarmos um tempo incalculável a pé, procuro os olhos de Serenity, ela sorri distraída ? Quem era aquela mulher? ? fico chocada com a pergunta ? Ela despendia uma forte energia negativa... Não parece ser humana.

    - Deves ficar longe dela ? minha princesa concorda, então arrisco ? De Endymion também...

    Minha princesa somente me olha, a resposta eu já sabia antes mesmo de propor algo: Ela nunca aceitaria ficar longe dele.

    - Ele parece ser um bom rapaz... ? Serenity me olha com os olhos marejados -- Educado, gentil e muito bonito. ? ela abaixa os olhos e vejo uma lágrima solitária escorrer pelo canto de seu olho -- Mas é o governante de Elysion... ? uma enxurrada de lágrimas veem aos olhos de minha princesinha ? Eu sei que você já gosta muito dele, mas ? Serenity agacha no chão, seu corpo sacode e lágrimas e mais lágrimas brotam de seus olhos, sinto-me impotente ? Logo você encontrará... ? não consigo completar a frase, a dor que Serenity demonstrava me machucava. Viro-me e anuncio ? Vou pegar um pouco de água e algumas amoras... ? vejo-a assentir e me afasto.

    Racionalmente era impossível, totalmente impossível que este romance se mantenha... é ridículo que Serenity desejasse ficar com alguém de Elysion... Isso ia contra o equilíbrio.

    Olho para o rio, quão cristalina era a água deste planeta, abro a garrafinha de cristal que comigo levava e encho-a, ao subir com a garrafinha levo comigo uma pedra e a atiro para trás antes mesmo de verificar quem estava se aproximando tão silenciosamente de mim.

    - Você é boa! ? era o rapaz ruivo - Sinto por não anunciar minha presença ? a pedra havia batido em seu braço esquerdo, no local o tecido estava manchado de vermelho, mas ele aparentava não se importar.

    - O que deseja? Não posso deixar minha princesa sozinha por muito...

    - Meu príncipe está com ela... ? ele olha para baixo como se fosse falar algo indecente ? ela está chorando descontroladamente.

    - Eu sei... ? olho para baixo e lágrimas veem aos meus próprios olhos ? Mas é impossível... Eu daria tudo para não ver minha princesa triste, mas...

    Ele foi mais rápido do que imaginei ser possível, me abraçou e senti o cheiro de orquídeas que seu corpo exalava ? Por que não transpomos o impossível?

    Olho pela primeira vez, realmente, para ele. Seu rosto era fino e delicado, tinha lindos olhos verdes, seus cabelos eram longos e presos majestosamente em um rabo de cavalo baixo. Seus lábios eram finos, nariz delicado e corpo esguio.

    Tento controlar minhas lágrimas, mas o abraço protetor deste homem que desconheço até o próprio nome me faz derramá-las mais intensamente.

    Quando meu acesso de choro cessa, vejo que ele estava me olhando nos olhos ? Sei que nossos mestres se amam e me recuso a seguir as ordens de Kunzite, o líder dos guardiões de Elysion. Apoiarei o romance deles... Não suportaria ir contra algo tão belo quanto o amor daqueles dois.

    Pela primeira vez na minha vida senti inveja, invejava como aquele garoto ruivo poderia ter tanta convicção no amor de nossos mestres. Como ele era capaz de transigir toda a lógica e razão somente por uma crença cega.

    Invejei ele e minha inveja foi tamanha que assenti e decidi auxiliá-lo no que fosse. ? Vou te ajudar. Sei que isso vai totalmente contra a lógica, mas sinto que devo ajudar, acho que mataria minha princesa se não a ajudar.

    Ele sorriu e eu retribuo seu sorriso. Foi com esta retribuição que eu me dei conta que estava ainda em seus braços e vermelha me afastei dele.

    A lógica martelava na minha cabeça ?A nós da lua somente devemos vigiar o mundo dos sonhos, nada mais...? Mas o sorriso e a lembrança do abraço de meu companheiro sem nome me fez esquecer toda a razão.


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