Find Me

Tempo estimado de leitura: 39 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 3

    Capítulo 2 - Memories

    Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Sexo, Violência

    Natsu dormiu no sofá da sala novamente, mas não sozinho. Arrastei o colchão do meu quarto até ali e dormi no mesmo cômodo que ele. Uma questão de segurança, assim poderia vigiar Natsu e dormir ao mesmo tempo. Qualquer barulho que ele fizesse me acordaria facilmente, já que eu possuía um sono muito leve.

    Minha maior preocupação não era exatamente com Natsu ― mesmo que também ocupasse boa parte dela ―, mas sim com minha casa. Tudo indicava que ele falava a verdade, mas, como diz o ditado popular, melhor prevenir do que remediar. Natsu ainda era um estranho, querendo ou não eu não conseguia confiar totalmente nele a ponto de deixá-lo sozinho ali. Sempre fui insegura demais e possuía certa dificuldade para confiar em outras pessoas.

    Durante a noite uma nova tempestade se iniciou, muito mais fraca do que a que caiu no dia em que encontrei Natsu. Os trovões não me impediram de dormir. Estava tão exausta após aquele longo dia que nada me impediria. Além do que, eu gostava de dormir com o barulho da chuva. Era agradável, como um tipo de melodia criada pela natureza que embalava o sono.

    Domingos serviam geralmente para descansar após uma longa semana e se preparar para a que estava prestes a se iniciar, mas aquele foi muito mais agitado do que um dia comum. E muito diferente de qualquer outro também. Só não sabia se de um jeito bom. Bem, não é todo dia que um estranho sem memória cai em cima de sua casa no meio de uma tempestade. Era um acontecimento um tanto quanto... incomum. Extremamente incomum, na verdade.

    Acordei no meio da noite com Natsu me chamando. A tempestade havia piorado. Os trovões faziam tremer o vidro da janela, mas não era nada com que eu já não estivesse acostumada.

    ― Lucy. ― Me chamou pela terceira vez, percebendo que eu não respondia. Murmurei um ?hum? ainda de olhos fechados, incentivando-o a continuar, porém ele ficou em silêncio.

    ― O que foi, Natsu? ― Disse dessa vez, garantindo que ele me escutasse.

    ― Não consigo dormir.

    Virei-me no colchão e abri os olhos, olhando para ele. Natsu estava deitado com a cabeça apoiada no encosto do sofá, na mesma direção em que eu estava; com as mãos repousadas sobre a barriga e o olhar direcionado para o teto, observando-o.

    ― Por que não consegue? ― Deu de ombros, como se não soubesse a resposta. ― Dia muito cheio?

    ― Acho que sim, deve ser por isso. ― fez uma pausa antes de tornar a falar. ― Será que eu vou conseguir recuperar a minha memória?

    Não havia cortina alguma na janela da sala, então a fraca luz que passava por ali iluminava bem o rosto de Natsu, permitindo a mim observar suas feições; e elas demonstravam com perfeição toda a preocupação que ele sentia naquele momento, mostrando também que esta não era pouca.

    ― É claro que vai! Tenho certeza disso. Eu, Erza e Gray iremos te ajudar a conseguir. Não fique pensando de forma negativa, pensando que não irá recuperá-la. Pensamentos negativos atraem coisas negativas.

    ― É só que isso é muito ruim. Essa sensação. ― Disse, erguendo as mãos e logo depois as abaixando novamente, parecendo frustrado.

    ― Esqueça isso e tente dormir, ok? ― Sugeri. Natsu suspirou e concordou, virando-se para o lado da parede e dando fim à conversa.

    Eu queria dar esperanças a ele, fazê-lo acreditar que ficaria bem e conseguiria voltar para sua casa, mas mesmo eu não acreditava plenamente nas chances disso acontecer. Já tinha ouvido falar sobre pessoas que perderam a memória e nunca mais conseguiram recuperá-la. E se esse fosse o caso de Natsu? E se aquilo fosse permanente e ele nunca mais se lembrasse de quem era?

    Pensamentos positivos... algumas vezes eles são tão superficiais, pois, mesmo se dizemos a nós mesmos que tudo dará certo, no fundo sabemos que não é tão simples, que a realidade é muito mais forte do que qualquer pensamento e está bem ali, à nossa frente, podendo fazer com que tudo dê errado em questão de segundos.

    E assim, refletindo sobre Natsu e a superficialidade de certos pensamentos, adormeci novamente, perdendo-me em sonhos, ou melhor, em memórias antigas. Memórias que eu nem sequer deveria ter, mas que, de alguma forma, permaneceram na minha mente.

    No meu sonho voltei para a época em que ainda era um pequeno bebê, e via tudo nessa perspectiva: a de um bebê. Eu estava consciente, sabia que era um sonho, e apenas assistia a cena, como se fosse o trailer de um jogo em primeira pessoa. Não podia controlar meus movimentos, apenas ver o que acontecia.

    Minha mãe de repente entrou em meu campo de visão, olhando para mim com os olhos brilhando. Eu chorava enquanto uma tempestade caía. Talvez fosse esse o motivo do choro. Mamãe me pegou no colo enquanto repetia:

    ― Shh, está tudo, estou com você, minha pequena Lucy.

    E na segurança daqueles braços maternos aos poucos fui me acalmando e fechando os olhos, adormecendo. Enquanto que na vida real o despertador do celular me acordou com um toque extremamente escandaloso.

    Nota mental: Mudar imediatamente o som desse maldito despertador!

    Natsu também acordou, assustado com o barulho. Ele se sentou rápido demais no sofá por causa do susto e logo depois o ouvi gemendo por causa da dor causada pelo movimento.

    ― Ótima maneira de começar o dia, não é? ― perguntei em tom sarcástico. ― Bom dia.

    ― Se essa é a ótima maneira, não quero nem saber como é a maneira ruim ― Ele resmungou, tentando encontrar uma posição confortável, o que estava parecendo uma tarefa bem difícil.

    Eu sorri e me levantei.

    Era segunda-feira, dia de trabalho, porém havia um problema: Natsu. Como eu iria trabalhar e deixá-lo sozinho em casa? Não dava, não podia fazer isso.

    Bem, um problema por vez, meu estômago pedia por alimento e, nesse caso, ele tinha prioridade.

    ― O que irá querer de café da manhã?

    ― Qualquer coisa está bom ― Respondeu Natsu levemente corado.

    Caminhei até a cozinha e peguei a primeira coisa que vi na geladeira: ovos mexidos seria o prato do dia.

    Enquanto o café da manhã não ficava pronto, voltei a pensar em possíveis soluções para o meu problema número um. Gray e Erza também estariam trabalhando, não podia pedir a eles para faltar e cuidar de Natsu por mim sendo que eu mesma estava querendo evitar fazer isso. Levy nem ao menos sabia sobre a situação, e demoraria demais até que eu explicasse a ela. Assim, só me restava uma opção...

    Peguei o telefone celular e usei a discagem rápida para ligar para o meu chefe. Ele rapidamente atendeu.

    ― Alô, Gildarts?

    Gildarts era o dono da lanchonete em que Gray, Erza e eu trabalhávamos. Ele era como um pai para nós, o líder da nossa família adotiva. Era um cara legal, e um mulherengo de primeira, tinha em torno dos trinta anos de idade, cabelos e olhos castanhos e barba rala.

    Ahn? Lucy? O que foi? ― Perguntou, reconhecendo minha voz.

    Fingi voz de doente para responder sua pergunta e deixar minha mentira mais convincente. ― Gildarts, não estou me sentindo bem, acho que não poderei ir ao trabalho hoje.

    O que você tem? É algo sério?

    Ao que parecia pelo tom que falava, eu o havia deixado preocupado.

    ― Não, não é nada sério, só uma virose, acho ― tossi forçadamente algumas vezes. ―. Ou pode ter sido algo que comi, não sei.

    Tudo bem então. Eu posso pedir para o Gray cobrir a sua parte. Descanse e melhore logo para poder voltar o mais rápido possível.

    ― Obrigada.

    Problema Natsu/trabalho: Resolvido.

    Problema café-da-manhã: Caminhando para o arruinamento de sua solução por motivo de os ovos estarem queimando na frigideira.

    Desliguei o fogo antes que aquela coisa deixasse de ser comestível e tivesse que ser jogada no lixo. Usei os últimos ovos que tinha em casa para fazer o café-da-manhã, se eles queimassem teríamos que comer apenas torradas. Eu não tinha tido tempo de fazer compras aquela semana, além de que costumava comer sempre na lanchonete, nem me preocupava em ter muitas coisas em casa.

    Coloquei o ovo torra... mexido em dois pratos e os levei até a sala, entregando um para Natsu, que agradeceu e começou a comer silenciosamente, e me sentando na poltrona com o outro. Liguei a tevê no noticiário da manhã, no momento falavam sobre os efeitos que as tempestades daqueles dias causaram em todo o estado. Quem sabe informassem lá também sobre um garoto de cabelos rosados que havia desaparecido.

    ― Lucy, me desculpe. ― Natsu disse repentinamente, e eu o olhei sem entender seu pedido de desculpas.

    ― Te desculpar pelo quê?

    ― Eu ouvi você falando. Disse que estava doente e que não poderia ir trabalhar por minha causa, não é? ― Ele adivinhou.

    O jeito como Natsu disse aquilo, a expressão em seu rosto, me fez ter vontade de mentir e dizer que não, não havia sido por causa dele, e que eu realmente estava doente. Mas não adiantaria. Minha saúde andava muito bem, ele perceberia facilmente que era mentira.

    ― Não se preocupe com isso. Eu realmente estava precisando de um tempo a mais hoje.

    Isso não era mentira. Eu precisava estudar para uma prova que teria naquela noite e faltar ao trabalho me daria esse tempo.

    ― Eu estou te atrapalhando, sei disso. ― Murmurou com o olhar baixo.

    ― Natsu ― Natsu moveu seu olhar para mim. ― Eu escolhi te ajudar. Podia ter te deixado lá em cima, mas decidi te trazer aqui e te ajudar. Fui eu quem decidi fazer isso, foi uma escolha própria. Você não está me atrapalhando, então não pense assim.

    Natsu deu um sorriso de canto e voltou a comer seu café-da-manhã.

    ― Lucy, posso ser sincero? Você irá ficar brava? ― do que ele estava falando? Assenti com a cabeça para que continuasse a falar. ― Você cozinha muito mal.

    ― Ei! ― Exclamei, jogando uma almofada em Natsu. Ele estava apenas brincando, tentando quebrar aquele clima anterior, podia ver em sua expressão divertida. Estava rindo, e eu também, afinal, o que ele dissera era apenas a mais pura verdade.

    ***

    O dia foi se passando devagar. Enquanto eu estudava, Natsu assistia tevê, somente telejornais, nada mais. Talvez ele achasse interessante acompanhar as noticias, ou talvez estivesse tentando se lembrar dos fatos recentes que aconteceram, já que sua mente se recusava a fazer isso.

    No horário do almoço pedimos uma pizza. Eu não me arriscaria a cozinhar e queimar novamente nossa comida. Não tinha habilidade e nem gostava de cozinhar. Pela tarde eu já não conseguia nem mais enxergar as letras dos livros, então me juntei a Natsu na sua maratona de noticiários.

    Ele prestava atenção em cada palavra do repórter, enquanto eu viajava dentro de minha mente, pensando em como tantas coisas tinham acontecido em apenas um fim de semana.

    Saindo dos meus pensamentos, olhei para Natsu e percebi que ele tinha apenas as roupas que Gray trouxera. Precisaria resolver aquele problema logo, e iria, assim que meu pagamento saísse, o que não deveria demorar muito já que estávamos quase no fim do mês. O dinheiro que sobrava após pagar todas as contas era pouco, mas se Natsu fosse mesmo ficar comigo precisaria de mais roupas.

    ― Natsu, não quer tomar um banho? Talvez possa te ajudar com esses ferimentos.

    Ele não estava exatamente sujo, suas roupas antigas estavam em estado muito pior, mas mesmo assim um banho não faria mal.

    ― Tudo bem.

    O ajudei a se levantar, com certa dificuldade, e o guiei até o banheiro, deixando-o sozinho lá dentro e dizendo que se precisasse de qualquer coisa era só gritar. Alguns minutos depois ouvi a água começar a cair do chuveiro.

    A única porta que dava acesso ao banheiro ficava no meu quarto, e eu fiquei por lá mesmo, após devolver o colchão ao local que ele realmente pertencia: minha cama. Assim seria mais fácil ouvir se Natsu precisasse de ajuda.

    A chuva havia quase parado. O clima estava assim havia um bom tempo. Chovia durante o dia e trovejava durante a noite. Uma boa parte da população achava aquilo ruim, diziam que a chuva atrapalhava o dia-a-dia, mas eu gostava. Tempos chuvosos eram agradáveis.

    Enquanto esperava, fiquei observando meu quarto como se não o tivesse visto milhares de vezes. Sobre a cômoda ao lado da cama havia uma foto minha e de minha mãe. Ela me segurava no colo enquanto eu estava com os braços esticados para cima, sorrindo, devia ter aproximadamente três anos na época.

    Era incrível como naqueles dias qualquer coisa me lembrava ela. Uma tempestade no dia de aniversário de sua morte; sonhos com ela, lembranças da infância; fotos. Tudo aquilo apenas aumentava a saudade que eu sentia.

    De repente a porta do banheiro se abriu e Natsu saiu de lá de dentro, ofegante e se apoiando nas paredes. Parecia sentir muita dor. Vestia apenas uma calça, da cintura para cima estava nu.

    ― Natsu!

    Eu rapidamente me levantei e o ajudei a se deitar na cama. Ele fechou os olhos e os cobriu com o braço, como se aquilo fosse aliviar a dor. Aproveitei para dar uma melhor olhada em seus ferimentos. Não pareciam profundos, mas eram muitos. Arranhões e cortes, em sua maioria. Não pude deixar de notar também que Natsu era realmente muito musculoso.

    ― Está... ardendo. ― Ele disse com dificuldade.

    Ok, talvez o banho não tenha sido uma ideia tão boa assim.

    ― Escute, se não quer ir ao hospital me deixe pelo menos chamar uma amiga que entende dessas coisas mais do que para dar uma olhada em você.

    Natsu pensou por alguns segundos e acenou positivamente, sua respiração se estabilizando aos poucos. Ficar parado parecia ajudar a diminuir a dor, apesar de não extingui-la por completo.

    Corri até a sala e peguei meu celular para ligar para Wendy Marvell, uma amiga estudante de medicina. O engraçado era que Wendy era mais velha do que eu, porém tinha a aparência de uma garota de doze anos. Wendy concordou em me ajudar e em alguns minutos estava em minha casa, examinando Natsu, enquanto eu os observava em pé, ao lado da cama.

    ― Você tem razão, Lucy. Não são ferimentos profundos, é só a quantidade que torna a situação um pouco mais complicada. Como foi mesmo que você disse que seu amigo se machucou? ― Disse Wendy.

    ― Eu não disse.

    Wendy não sabia sobre como eu havia encontrado Natsu, e talvez fosse melhor assim. A história dele era meio... complicada.

    ― Ah, então como ele se machucou? ― Ela insistiu.

    ― Foi... um acidente de moto ― Menti.

    ― Acidente de moto? ― Wendy perguntou, desconfiada. ― Mas isso não se parece com um acidente de moto.

    ― Foi um acidente feio.

    ― Ah ― ela fingiu acreditar. ― Bem, em todo caso, apenas um cicatrizante já deve ser suficiente para ajudar. Mas seria bom se ele visitasse um especialista, para ver se não há nada mais sério.

    Todos concordavam que isso era o melhor a se fazer, a parte difícil era convencer Natsu disso...

    ― Ok. Obrigada, Wendy. ― Agradeci sorrindo.

    ― De nada, se precisar de mais alguma coisa é só pedir.

    Acompanhei-a até a saída, aproveitando para fazer mais uma curta ligação, que acabou se tornando longa devido a certo amigo não querer me ajudar cuidando de Natsu enquanto eu estivesse na faculdade, mas que mudou de ideia muito rapidamente assim que ameacei contar o seu segredo que apenas eu sabia para Gildarts, segredo esse que poderia causar muito constrangimento a ele; e logo voltei até o quarto, observando Natsu.

    ― Como está? ― Perguntei.

    ― Com dor, sem memória, me sentindo perdido, fora isso, tudo ótimo.

    Sorri de canto.

    ― Eu vou ter que sair daqui à pouco, você se importa de ficar com o Gray aqui enquanto estou fora?

    ― O cara de ontem? ― Ele perguntou.

    ― Sim, o cara de ontem.

    ― Não, tudo bem.

    Gray chegou pouco mais de uma hora depois, com um ânimo tão contagiante quanto o de uma preguiça.

    ― Usar chantagem é uma estratégia muito cruel, sabia, Lucy? ― Murmurou assim que abri a porta.

    ― Sabia. ― Respondi sorrindo. Gray bufou e entrou, trazia em mãos um baralho de cartas.

    ― Então, cadê o cara?

    ― No quarto, descansando.

    Ele parou no meio da sala, olhando ao redor.

    ― Lucy, seu plano quase falhou hoje ― não entendi o que Gray quis dizer, portanto pedi para que continuasse. ―. Erza pensou que você estivesse doente mesmo, não relacionou sua suposta ?doença? ao Natsu e quase disse ao Gildarts que você estava muito bem ontem para estar doente.

    ― Mas ele acreditou em mim, não é? Diga que sim, por favor. ― Perder meu emprego era algo que estava totalmente fora de questão.

    ― Sim, acreditou, por sorte.

    Soltei um suspiro de alívio e me despedi de Gray. Estava quase atrasada.

    A noite foi extremamente cansativa. Tive sorte por ter faltado ao trabalho e utilizado o tempo para estudar, pois aquela prova foi uma das piores do ano. Talvez, se tivesse muita sorte mesmo, conseguiria uma boa nota. No fim, nem ao menos vi Levy na faculdade.

    Quando voltei para casa, logo quando subia as escadas já comecei a escutar a voz de duas pessoas praticamente gritando, e rapidamente as reconheci. Corri para o meu apartamento, pensando que estava acontecendo alguma briga entre os dois ou coisa do tipo. Porém, quando abri a porta o que vi foi no mínimo cômico.

    Gray praticamente se descabelava enquanto Natsu olhava confuso para as cartas de baralho, os dois sentados no chão da sala.

    ― Burro! Você é muito burro, cara!

    ― Ei! ― Natsu exclamou.

    ― Mas o que aconteceu? ― Perguntei assim que entrei em casa. Gray se levantou, caminhando em minha direção.

    ― Eu passei três horas tentando ensinar esse cara a jogar baralho e até agora ele não aprendeu nada! Nada! N-A-D-A!

    ― Isso é muito complicado, ok? ― Natsu se defendeu.

    ― Complicado nada! ― Gray voltou a se dirigir a mim. ― Da próxima vez, antes de me chamar para bancar a ?babá?, ensine-o a jogar, porque eu desisto disso!

    E ele saiu batendo a porta, deixando um Natsu com um olhar totalmente confuso e a mim ali, que não conseguia parar de rir da situação.


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