Justo

  • Finalizada
  • Aanonimaa
  • Capitulos 1
  • Gêneros Amizade

Tempo estimado de leitura: 7 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 1

    ... é sempre bom retribuir os favores feitos a você ...

    Homossexualidade

    Os personagens pertencem aos seus devidos donos. História feita de fan para fans, sem fim lucrativo. Plágio é crime! Crie vergonha na cara e dignidade em sua escrota vida e invente suas próprias estórias, se precisar de ajuda para isso pode contar comigo! ;}

    Justo

    ... é sempre bom retribuir os favores feitos a você ...

    ? Por Lady Abel Oblivion Araghon

    Eu me orgulhava dos meus talentos.

    Na verdade eu possuía uma capacidade acima da média.

    Afinal, eu podia fazer o que quisesse.

    ? Erga o braço um pouco mais ? instruí a Inukai, sendo prontamente atendido.

    Voltando aos meus pensamentos.

    Bem, a minha boa forma por causa do futebol motivou uma fácil adaptação ao arco e flecha, e não demorou muito para eu estar naquele tipo de situação, ajudando os outros membros do grupo.

    ? Às vezes eu me esqueço que você é bom em qualquer coisa que faz ? comentou Inukai antes de soltar a flecha, que acertou uma das últimas faixas brancas do alvo.

    Hum, aquele tiro não havia sido muito bom.

    ? Você precisa melhorar ? disse, afastando-me dele para beber água, estava bastante calor.

    ? É claro, por isso estou aqui treinando. Infelizmente não nasci com a mesma sorte que alguém que conheço ? disse ele cínico, insinuando que eu não precisava de treino.

    ? Não tem nada a ver com sorte. Tem a ver com treino. Treine mais e você melhorará ? comentei, dando de ombros.

    ? Eu não quis dizer isso! ? defendeu-se ele. ? É só que você aprende tão rápido! Eu queria conseguir fazer isso...

    Mas como ele era ingênuo! Não havia nada de aprender rápido, ter sorte ou sei lá mais o quê. Era uma questão de esforço. Eu treinava muito e melhorava, por que ele não podia fazer o mesmo?

    ? Você só precisa treinar! Treine mais ? ordenei, cruzando os braços e encarando-o sério.

    ? Hai Hai ? murmurou virando-se e levantando o arco, preparando a flecha.

    Inukai era um bom amigo. Ele havia pedido que eu o ajudasse com seu treino, já que ele ainda precisa melhorar suas habilidades, que não eram lá tão ruins, mas que precisavam, se ele quisesse ir bem no campeonato, melhorar um pouco.

    Eu não via qualquer dificuldade em auxiliá-lo, e foi por isso que vim até aqui, em um dia que não havia atividades no clube, para ajudá-lo. Todos estavam ocupados com um trabalho de um professor, cuja data de entrega estava perto. Eu e ele já havíamos feito o trabalho.

    Havíamos adiado para que eu pudesse ajudá-lo com o treino nas três aulas livres que teríamos, com a intenção de que fizéssemos o trabalho nelas. Quem já havia terminado estava livre, como era o nosso caso.

    ? Ei, Miyaji! Ei, cara! ? saí de meus pensamentos ao ouvir Inukai me chamar. ? Nossa, eu te chamei umas dez vezes! ? reclamou com o cenho franzido. ? Veja a última flecha que eu lancei! ? apontou, sorridente.

    Movendo meus olhos dele para o alvo, do outro lado do dojo, pude contemplar a flecha, muito perto do centro. Sorri para ele, vendo-o comemorar silenciosamente. Não pude evitar de sentir sua alegria.

    Não era nada muito surpreendente, mas já era um bom começo. Ele só precisava treinar mais, como eu previra, para que seus tiros fossem melhores. Sua mão às vezes tremia e sua mira vacilava, e isso era indícios de falta de costume.

    Sentando no chão, fiquei observando ele erguer outra flecha, sorridente, preparando-se para atirar. Foram longos minutos de espera e, quando finalmente o tiro veio, foi apenas para apagar seu sorriso feliz.

    Ele sequer acertara o alvo!

    Sem conseguir me conter, deixei que minhas costas fossem de encontro ao chão e pus-me a rir. Inukai era muito engraçado. Pude ouvir ele bufar, batendo o pé no chão, e isso me fez rir ainda mais.

    Suas habilidades eram tão estáveis quanto os raios. Para cada acerto, dois erros eram cometidos, o que faria ele nunca evoluir suas habilidades. Mas, afinal, eu nunca diria para ele desistir só porque ele não era tão bom assim naquele esporte.

    ? Ah, você está rindo de mim? E que tal se eu te der um bom motivo para rir? ? a voz dele, suave e travessa, chegou aos meus ouvidos.

    Ergui a cabeça para observá-lo. Ele colocou o arco no chão e caminhou lentamente na minha direção. Quando eu entendi o que ele iria fazer já era tarde demais.

    Inukai estava sobre mim e fazia cócegas na minha barriga.

    Eu rolava de rir, tentando pará-lo, mas ele continuava, deliciando-se diante do meu ataque de gargalhadas. O fôlego já havia sumido há tempos e minha barriga chegava a doer, eu nem tinha mais forças para impedi-lo, só conseguia rir cada vez mais, com meu amigo sobre o meu corpo.

    Quando Inukai parou, fitando meu rosto com preocupação ? eu devia estar vermelho pelo esforço ?, foi um alívio. Suas pernas estavam uma de cada lado da minha cintura e suas mãos foram parar ao lado da minha cabeça, e eu olhava para ele arfante, buscando ar desesperadoramente.

    Ele sorriu, parecia ter gostado de seu feito, e uma de suas mãos passou em minha testa, afastando a mecha de cabelo que grudara no local com delicadeza.

    Não pude evitar de franzir o cenho quando seus olhos brilharam levemente e sua boca abriu-se um pouco. Os orbes verdes que fitavam-me nos olhos deslizaram para baixo, e não demorou muito para o seu rosto fazer o mesmo.

    Ele se aproximava de mim e isso era assustador e estranho.

    Eu pensei em falar algo, sei lá, qualquer coisa, mas demorei para raciocinar. Quando meus lábios se separaram, prontos para soltar as palavras que finalmente o cérebro havia registrado, fui surpreendido por lábios sobre os meus e, pior, ele aproveitou a deixa para introduzir sua língua na minha boca.

    Ah?

    O que estava havendo ali?

    Um... beijo francês?

    Meus olhos se arregalaram e minhas mãos foram ao seu peito, empurrando-o em protesto, mas ele pareceu nem ligar. Depois de afastar sua boca da minha, segurou meus dois braços com uma de suas mãos no alto da minha cabeça, usando a outra para puxar meu queixo para baixo, separando meus lábios.

    Seu rosto voltou a se aproximar do meu e, dessa vez, seus olhos verdes se fecharam no meio do caminho. Quando nossos lábios se tocaram eu não consegui manter os meus abertos, recebendo sua língua em minha boca sem qualquer intenção de detê-lo.

    Algo dentro de mim me obrigou a aceitar tudo aquilo e corresponder.

    E foi o que eu fiz. Quando senti algo tocar em minha língua, logo processando mentalmente que era a dele, gemi, remexendo meu quadril levemente, arqueando o corpo enquanto sentia o carinho que ele fazia em minha boca, como se estivesse habituado com aquilo.

    Eu nunca havia beijado ninguém antes, então não soube o que fazer de início. Mas quando sua língua passeou dentro da minha boca, explorando cada canto com calma, e seus dedos correram para a minha nuca, fazendo nossas bocas se pressionarem mais, deixei-me levar.

    Copiei seus movimentos, procurando sua língua com a minha. Toquei-a timidamente, sentindo ele sorrir contra a minha boca antes de intensificar o ósculo, soltando minhas mãos e abraçando minha cintura, fazendo nossos corpos se colarem.

    Abracei-o pelo pescoço, beijando-o fortemente, que era o ritmo que ele mesmo criara, até ficar sem fôlego. Ele afastou as bocas lentamente, mordendo meus lábios, puxando-os entre seus dentes, enquanto eu sentia sua respiração ir contra minha boca, se misturando com a minha e me arrepiando.

    ? O-O que foi isso? ? perguntei, olhando-o profundamente nos olhos. Eles eram de um tom tão bonito que me hipnotizavam.

    ? Aquele foi o meu beijo de agradecimento por me ajudar. ? respondeu ele, me dando um leve selinho. ? O próximo será para seduzi-lo ? disse sorrindo sensualmente, dando outro beijo casto em meus lábios antes de deixar que sua língua deslizasse por eles lentamente.

    Dando de ombros, deixei que ele fizesse o que queria.

    Afinal, eu não tinha do que reclamar.

    A recompensa por ajudá-lo havia me surpreendido e sido muito gratificante.


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