Xeque-mate, a virada

  • Finalizada
  • Aanonimaa
  • Capitulos 31
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 9 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 21

    Vigésimo primeiro ato ? Batalha sangrenta

    Álcool, Estupro, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Vigésimo primeiro ato ? Batalha sangrenta

    Lady Abel Oblivion Araghon

    Reno enfiou sua espada no ombro do General, fazendo-o arfar e afastar-se para trás, surpreso. Eles batalhavam há horas, em um empate que deixava claro porque o Tenente-Coronel conseguira aquele cargo. Ele era bom com a espada e não temia o poder que emanava do General.

    Correndo na direção oposta a de Reno, segurando o ombro com a mão, Sephiroth conseguiu alcançar a espada que estava presa no limite da arena, disposta a quem quisesse usá-la, e pegou-a, empunhando-a.

    O Tenente-Coronel não tardou em avançar sobre o líder, atacando-o com sua espada, mas Sephiroth se defendeu, usando com certa dificuldade apenas uma de suas mãos. Reno girou seu corpo, arrastando as lâminas das espadas até o limite e movimentando a sua, tentando atacar Sephiroth na altura do pescoço, mas inclinando a sua o General barrou-o.

    Os rostos dos dois estavam muito próximos. Reno sorriu arrogante.

    ? Onde está a sua autoconfiança agora? ? zombou o Tenente-Coronel. ? Você é um inútil, Sephiroth. Porque seu pai foi um grande General na guerra e, depois de aposentar-se do cargo, tornou-se Ministro da Segurança, você foi colocado aqui e é adorado por todos. Seus erros são encobertos por seu poderoso papaizinho ? disse ironicamente.

    ? Não, Reno. Meu pai sequer deseja saber dos meus erros. E eu não vejo motivo para informá-lo sobre eles. E é por isso que está na hora de dar um jeito em você ? comentou Sephiroth lacônico.

    ? E o que vai fazer, generalzinho? ? ironizou o Tenente-Coronel.

    Sephiroth sorriu arrogante, inspirando profundamente. ?Liberar!?, ordenou mentalmente, sentindo o poder começar a correr por suas veias junto ao seu sangue. ?Sim, mestre dos ventos.? Respondeu a voz de uma mulher, madura e suave.

    Na arquibancada, Cloud sentiu um calafrio passar por seu corpo. Exaltado, levantou-se, pronto para ir até a arena, mas Vincent barrou-o, balançando a cabeça negativamente.

    ? Você não pode. Mesmo como amante dele, seria um insulto. Quando um General entra em campo para lutar com um soldado, significa que ele fez algo muito grave e o General precisa puni-lo e honrar seu exército ? comentou o Coronel, suspirando e voltando para a sua poltrona.

    Sim, Cloud sabia daquilo, mas ninguém seria capaz de entender o que iria acontecer naquela arena.

    ?Mãe Natureza?, chamou mentalmente, aflito. ?Sim, meu menino?, respondeu ela prontamente. ?Por favor, impeça-o?, implorou, lágrimas se formavam em seus olhos. ?Sinto muito, mas eu não posso. Ele está fazendo justiça e honrando seus votos como General. Quando o escolhi como Mestre dos Ventos, sabia que um dia ele solicitaria os poderes para honrar sua posição e seu exército. É um prazer vê-lo fazendo o certo. Agora você irá sentar e assistir?, ordenou ela, pressionando o rapaz de um modo que apenas ela conseguia.

    Quando Cloud sentou-se, foi como se o seu coração tivesse sido arrancado do peito. Era necessário tudo aquilo? Reno não podia simplesmente ser levado a uma cadeira elétrica ou arrastado por cavalos pelo Deserto e jogado em algum lugar para morrer lentamente?

    Parecia que não, e Cloud soube que não havia volta quando Reno foi jogado para trás e o ar ao redor do General começou a girar, levantando poeira.

    Apertou uma mão na outra, fazendo uma rápida prece pela vida do General.

    Reno ergueu-se lentamente, fitando o General com olhos preguiçosos. Finalmente ele estava levando aquela luta a sério, mas isso não seria o suficiente. Era o melhor na luta com espadas. Não fora por causa disso que fora parar ali, com o cargo de Tenente-Coronel? Por que vencera o torneio de espadas dado por Final Fantasy, que procurava alguém capaz de ocupar o terceiro maior cargo do grupo, que só podia ser ocupado por alguém que demonstrasse, de alguma forma, ser muito bom?

    Sorriu para si mesmo.

    Achara que seria testado, depois de vencer o torneio, pelo General. Lutariam bravamente, diante de todos, para ver se o novato era realmente digno. E então Reno venceria o General e deixaria todos surpresos, e eles o adorariam e gritariam seu nome.

    Mas não. Sephiroth simplesmente apertara sua mão e cumprimentara-o. ?Bem-vindo a FF, Tenente-Coronel Reno.?

    E se fora. Não dera a mínima atenção a ele.

    Aquilo fora um insulto para Reno.

    Trincando os dentes, o Tenente-Coronel ergueu a espada, pronto para atacar Sephiroth.

    Mas o General sumira.

    ? Está me procurando? ? perguntou Sephiroth ao lado do outro, e só deu tempo de ele virar a lâmina da espada, impedindo o ataque do General usando o lado oposto da lâmina.

    Confuso, Reno fez o que pôde para segurar Sephiroth, mas ele era bem mais forte do que ele, o que obrigou-o a abaixar o tronco e pular para trás rapidamente, ou teria sido golpeado.

    Sephiroth lambeu os lábios, satisfeito com tudo aquilo. A ferida em seu ombro ardia, mas não era nada que pudesse atrapalhá-lo.

    A dor estava distante e longe, podia ser ignorada.

    Deu um passo para frente, e foi só naquele momento que Reno notou que o General flutuava. Os fios albinos voavam e a espada jazia na mão direita dele.

    Reno franziu o cenho. Tinha certeza de que o General era canhoto. Mas o pensamento foi só um vislumbre, porque no instante seguinte o ruivo estava se defendendo do ataque surpresa do outro.

    Um golpe, dois, três, Reno fazia o que podia para defender-se. Sephiroth era mais forte, o que dificultava as coisas para ele quando as espadas estavam sendo pressionadas. Reunindo toda a sua força, conseguiu impulso, empurrando o General para trás.

    Avançou sobre ele, sua espada indo na direção do coração do General. Seu peito encheu-se de arrogância ao decretar a si mesmo que seria o fim de Sephiroth, mas foi surpreendido quando ele usou a bainha para anular o golpe, deixando o Tenente-Coronel abismado.

    A mão vazia do General ergueu-se, e foi só quando algo pontiagudo tocou em sua garganta que Reno notou a espada que jazia na outra mão do General.

    ? Você fez algo de errado, Reno. Nunca se distraia no campo de batalha. Enquanto você viajava, não notou eu criando uma espada, usando o ar ? explicou o General, notando que o outro estava surpreso.

    A espada que ele segurava era de um tom de cinza claro, da cor das nuvens, e correntes de vento cercavam-na. Ao ser pressionada contra o Tenente-Coronel minimamente, um filete de sangue fino escorreu do lugar onde ela tocava.

    Como o ar podia ser mortal, o fio daquela espada também era. Sem ter outra escolha Reno vacilou para trás, sua mente trabalhava a mil em um modo de vencer aquele cara arrogante.

    Suspirando, Reno deslizou a mão pelo fio de sua espada, colocando-a em seguida na bainha. Estava na hora de mostrar para o generalzinho de onde havia vindo.

    Sephiroth assistiu pacientemente Reno guardar sua espada na bainha e recitar algo baixinho, ele não conseguia entender ou ouvir o que o Tenente-Coronel dizia, mas sabia o que era. Respirando fundo, apertou a bainha da espada que segurava, desfazendo a outra, mas deixando o vento disposto, para que pudesse recriá-la rapidamente.

    Quando o General ergueu os olhos, foi o tempo necessário para que Reno terminasse o que estava fazendo. Posicionando-se com a mão na espada, ele abaixou levemente o corpo, dobrando uma das pernas e arrastando o pé para trás.

    No instante seguinte, metade do caminho entre ele e Sephiroth havia sido percorrido, e erguendo a sua espada, o General preparou-se para vencer a velocidade de Reno.

    O primeiro ataque não foi um ataque. O Tenente-Coronel parou bem na frente do General e sumiu. O líder girou o corpo, bem no momento em que Reno parou ao seu lado, mas ele não atacou, e sim sumiu novamente.

    E eles seguiram nesse ritual. Reno sumindo e aparecendo e Sephiroth na defensiva, sempre acertando onde ele apareceria.

    Reno, achando que havia ganho, apareceu já tirando a espada da bainha para atacá-lo, mas Sephiroth acertara novamente a posição do outro, defendendo-se. Empurrou uma espada contra a outra e atacou o Tenente-Coronel, desferindo-lhe um golpe, mas antes de ele acertar o outro, ele já havia sumido.

    Mas, quando o rapaz apareceu, Sephiroth estava mais adiantado e atacou-o.

    Só deu tempo de ele se defender.

    A sequência de golpes que o General deu depois fez Reno ficar na ofensiva.

    Na plateia um misto de sentimentos deixava todos inquietos.

    Cloud, por algum motivo que fez Kadaj franzir o cenho, estava rezando. Seus olhos não deixavam a arena, mas ele sussurrava uma reza em outra língua e suas mãos estavam diante de seu peito, em formato de oração.

    Vincent, sentado ao lado do amante, apertava sua mão fortemente. Não estava gostando daquilo desde o início e não entendia porque os dois estavam brigando. Ainda estava irritado por Sephiroth ter tomado decisões sem consultá-lo e por não ter contado o motivo por ter decidido batalhar com o Tenente-Coronel.

    O Coronel procurou em sua mente algum evento em que Sephiroth demonstrara qualquer sentimento negativo para com Reno. Quer dizer, se ele não gostava do rapaz, podia tê-lo mandado para outra unidade do exército, não? Ou pedido para algum outro exército recrutá-lo.

    Os dedos de Kadaj envolviam os de Vincent com segurança. Aliás, o rapaz estava bastante seguro da vitória de seu líder. Quer dizer, sabia muito bem do que Sephiroth era capaz. Não duvidava em momento algum dele.

    A verdade é que não havia como o homem que o havia salvado do mundo e de si mesmo perder, muito menos para aquele mosquito, que era o Reno. Kadaj não entendia porque o rapaz era Tenente-Coronel. Nunca havia lutado com ele, haviam conversado apenas coisas formais, não tinha nada contra ele.

    Mas não achava que ele era capaz.

    Já vira o Tenente lutando e imaginava que Zack merecia muito mais do que ele ter o terceiro maior cargo de FF. Ele mesmo não queria o cargo e não se considerava capaz.

    Mas Reno parecia muito menos digno. E havia algo de sombrio nele.

    Zack e Cid gargalhavam enquanto assistiam à luta. O mais novo narrava tudo com uma voz esganiçada e repleta de gozação. Também faria comentários sobre posições comprometedoras, caretas engraçadas e sobre como o General ficava sexy com o cabelo preso em um rabo de cavalo e com roupas de batalha.

    Nem parecia que o General e o Tenente-Coronel estavam tendo uma briga feia que causaria uma confusão enorme em Final Fantasy e em Avalanche caso Sephiroth, por algum motivo impossível de se prever, perdesse.

    Já a plateia mantinha-se em um silêncio que poderia ser considerado estranho se não fosse o fato de que, na verdade, todos estavam perdidos.

    A batalha que se desenrolava ali estava muito boa, uma ótima atração aos soldados, mas o fato de que o anúncio dela havia sido agitado e inesperado, repentino, e o fato de que o clima na arena estava tenso, e Reno e Sephiroth pareciam lutar muito sério, deixava tudo muito estranho.

    Por que aqueles dois estavam lutando?

    Ninguém havia feito nenhum anúncio, dito nada, e não havia boatos ou rumores. Entre eles alguns faziam apostas sobre o motivo daquela batalha, mas ninguém tinha certeza de nada.

    Parecia que, de uma hora para a outra, o General havia se cansado do Tenente-Coronel e queria que ele sumisse do grupo.

    Mas isso não fazia sentido.

    Nunca haviam visto os dois se desentendendo e sabiam que, se o General não quisesse alguém no grupo, retirá-lo-ia imediatamente. Ele não precisava da permissão de ninguém, nem provar para o seu exército que Reno não devia estar em FF.

    Cada vez mais tudo aquilo parecia uma loucura imensurável. Chegou até a alguns dizerem que era uma batalha de boas-vindas, apenas para entreter os soldados depois daquele trágico episódio.

    Na verdade, muitos estavam acreditando naquilo. Na falta de algo melhor, de uma explicação ou de um motivo plausível para tudo aquilo, o que fosse menos trágico seria o que seria mais fácil de acreditar e processar.

    E no meio de todas aquelas pessoas confusas estava Albert, pensando seriamente que podia ser ele naquele momento, naquela arena, já morto pelo General.

    Era um pensamento muito mesquinho, mas, engolindo em seco, ele agradeceu por ter apenas perdido seu cargo.

    Já Reno, diante do que Sephiroth lhe dissera, perderia algo muito maior.

    Foi diante de toda aquela agitação silenciosa que algo surpreendente aconteceu.

    Quando, em uma sequência de ataques com sua espada, Reno, em um último golpe, acertou Sephiroth no peito, o ar na arena pareceu sumir.

    Todos olhavam surpresos para um Sephiroth com a mão na ferida, encarando-a. E quando Reno chutou-o, fazendo-o cair no chão, Cloud levantou-se da cadeira onde estava, mas não conseguiu fazer nada além daquilo.

    O ar voltou ao normal, principalmente o que estava em volta do General. Como se o poder dele houvesse sumido.

    E era basicamente isso o que havia acontecido.

    Aliás, era o que Cloud temia.

    O sangue jorrou dos dois ferimentos de Sephiroth ? um no ombro e um no peito ? quando ele levantou com certa dificuldade. Sentia o peso de seu corpo como um fardo, como nunca havia sentido antes, enquanto contemplava o olhar cínico de um Reno confiante de si mesmo.

    ? Dizem que o prêmio para quem derruba um General é o seu cargo ? comentou o Tenente-Coronel, gozando da condição de Sephiroth.

    O outro possuía alguns cortes pelo corpo e algumas partes de sua roupa rasgada. Parecia, aos olhos de quem via, que Sephiroth era um inseto diante de Reno.

    Aquilo era bisarro.

    Vendo como o General estava fraco, Reno sorriu sacana, aproximando-se dele e dando-lhe um belo soco no estômago que fê-lo arquear-se. Quando Sephiroth se recompôs, outro golpe foi desferido, mas, dessa vez, em seu rosto.

    O General vacilou para trás, mas manteve-se firme. A mão no rosto tampava o lugar onde fora atacado. Ele ficou minutos em transe, mas quando piscou, voltando ao normal, seus olhos verdes brilhavam como adagas afiadas.

    Sephiroth estava irado.

    Vincent engoliu em seco.

    Havia visto uma única vez aquela expressão.

    Eles estavam andando pela cidade, indo com suas mães comprar algo ? que não lembrava o que era ?, quando viram um homem chutando cruelmente um cão. Posteriormente descobriram que ele estava doente, por isso, mesmo sendo de uma raça perigosa e fosse grande, não possuía a menor chance de se defender.

    Eles deviam ter uns 16 anos, mas já eram altos. Mais altos do que suas mães ? naturalmente altas e esbeltas.

    Nem deu tempo de ele fazer algo. Quando Vincent viu, Sephiroth já havia virado o homem e lhe dado um belo soco que fê-lo ir ao chão. O olhar do rapaz era de alguém capaz de matar.

    Desnorteado, não tardou em sair correndo, e Sephiroth pegou o cão com todo cuidado e tratou dele como se fosse seu.

    Haviam passado por situações complicadas dentro e fora de FF, mas, nunca, a não ser naquele dia, Sephiroth havia ficado furioso.

    Ele era calmo e controlado por natureza, mas quando adquiria aqueles olhos?

    O próximo soco do Tenente-Coronel, na arena, foi barrado pela mão firme do General. Ele deteu-o corajosamente com o braço que fora machucado.

    Na plateia os soldados se ergueram, não aguentando mais tudo aquilo.

    ? Chega! Parem vocês dois! ? Cornélius gritou do andar inferior da arquibancada, sendo segurado firmemente por um Brucios sério. ? Me largue! Eles estão se matando sem motivo! ? comentou para o outro, mas ele apenas olhou-o repreensivo, cerrando os olhos.

    Por incrível que pareça, Sephiroth havia avisado o Cabo sobre isso. Disse que ficasse perto dele, porque Cornélius era temperamental e iria querer parar a batalha, e, se ele fizesse isso, seria expulso de FF no mesmo instante.

    Brucios não queria aquilo, e foi por isso que segurou todo o tempo o braço de Cornélius, detendo-o.

    Na arena, Sephiroth soltara a mão de Reno brutalmente, segurando firmemente sua espada, erguendo-a em posição de luta.

    Foi a cena mais intensa da batalha.

    Todos sentiam que um deslize seria o fim para um dos dois. Quem fraquejasse perderia e, no fundo, todos queriam que Sephiroth não perdesse. Seria um problema para o grupo e para o próprio Sephiroth.

    Não queriam um General depressivo e desmotivado.

    Em um momento de loucura, alguém gritou ?Sephiroth!? várias vezes, sendo logo acompanhado por outros até todos gritarem ?Sephiroth!? em uníssono. Zack e Cid acompanharam a gritaria, Kadaj e Vincent mantiveram-se quietos e Cloud ainda estava em choque, em pé, imóvel.

    Trincando os dentes, Reno avançou contra o General com sua espada, mas Sephiroth barrou-o com a sua, não tardando em contra-atacá-lo. Seu golpe fez as lâminas se chocarem, mas o som do tilintar foi ocultado pelos gritos dos soldados, afoitos em ver seu General vencer.

    Os motivos não mais importavam. Independente do que Sephiroth fazia, eles o apoiariam firmemente, mesmo que isso custasse suas vidas.

    Era claro que a condição do General era séria, e que seus ferimentos estavam fazendo seus golpes serem mais lentos e menos fracos. Reno o continha facilmente, e sorria diante daquela proeza.

    Quando em um ataque o General empurrou Reno para longe, todos vibraram, mas Reno riu satisfeito, fazendo Vincent trincar os dentes.

    Se Sephiroth conseguira empurrar um pouco Reno, significava que ele estava fraco e que, se as coisas continuassem daquele modo, perderia feio. E não seria do Tenente-Coronel que Sephiroth perderia, mas sim para a sua condição física.

    Em um surto que fez todos calarem-se, Sephiroth ergueu sua espada, deixando-a reta, na direção do ?inimigo?. Balançou-a algumas vezes, mostrando a Reno que pretendia atacá-lo de frente.

    Foi um aviso mudo de que aquele seria o último golpe. Ou Sephiroth acertava ou perderia suas últimas forças.

    Sorrindo, Reno aceitou o desafio. Ergueu sua espada, deixando-a do mesmo modo que Sephiroth deixava a sua, e deu um passo à frente.

    Ele deu dois passos, Sephiroth deu um. E logo os dois corriam, um na direção do outro.

    As espadas erguidas, as expressões sérias e fechadas, os olhos determinados.

    Quando os dois se cruzaram no centro da arena, passando de um lado ao outro, foi um silêncio mortífero. Respirar era um desafio. Criar um ruído, um crime.

    O momento pareceu durar horas, mas não passara de segundos. As pernas do General cederam, fazendo ele cair de joelhos, arfando. Apoiou sua espada no chão, usando-a para manter-se naquela posição, e uma primeira exclamação de horror foi solta.

    Foi Kadaj quem expressou-a.

    Ele segurava fortemente o ombro de Vincent, apreensivo.

    Mas o corpo de Reno indo ao chão fez todos se surpreenderem ? naquelas poucas horas aquilo havia acontecido muito.

    Ele caiu de bruços, a espada voando para longe.

    Quando o General ergueu os olhos, sorrindo cansado para a plateia, todos gritaram seu nome com muita empolgação. Kadaj suspirou, aliviado, e Vincent manteve-se tenso, olhando para o General com hesitação.

    Reno, com dificuldade, virou-se, ficando com o enorme ferimento em seu peito exposto. Todos estavam muito vidrados em acompanhar o General erguer-se lentamente.

    E quando o Tenente-Coronel levou a mão às costas e retirou algo de lá, não houve surpresa, espanto, nem gritaria.

    Quando o revólver foi apontado na direção da cabeça do General foi que alguém na multidão notou o que acontecia.

    Esse alguém foi Cornélius. Ele gritou ?não!? tão alto que todos foram obrigados a olharem para Reno, e Brucios, surpreso, soltou o braço do loiro.

    Mas era tarde demais, não dava tempo de chegar no Tenente-Coronel.

    O disparo de um tiro refletiu em todo a arena e fez todos arregalarem os olhos.


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