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Tempo estimado de leitura: 3 horas
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Fiz com carinho, espero que gostem.
Boa leitura!
Ligou câmera:
? Hello, hello, minna-san! ? saudou mostrando seu sorriso colgate. ? E aí? Sentiram saudades de eu? Hum... Acho que não, mas enfim, hoje eu lhes trago informações sobre a minha missão, hoho... Mas antes eu gostaria de deixar-lhes a par de algumas coisas... ? pigarreou. ? Bem! Tio Ita-kun disse que ficaria dois dias, mas acabou enrolando por duas semanas aqui em casa... Sasuke-kun já estava em tempo de se matar ou matar o irmão! Ita-chibi entrou em depressão por conta da dieta que lhe fora receitada. Eles não estão mais aqui em casa, foram embora ontem! E adivinhem só... Os dois se foram e a comida dessa casa também! ? falou com uma poker face ?a la Ita-chibi?. ? Bem, a informação sobre a missão que eu mencionei é que... Como não tem comida aqui em casa, o Sasuke-kun me pediu para ir no mercado fazer compras! ? contou com os olhinhos brilhando. ? Vocês podem achar que não é lá grande coisa, mas tipo, ele confiar o seu cartão de crédito a mim? Eu estou tão feliz... Bom minna, eu tenho que desligar agora, porque tenho de ir checar o que está faltando e fazer uma lista! Afinal eu tenho um limite para gastar e não posso ultrapassá-lo, senão... ? olhou para um lado e para o outro certificando-se de que não havia um certo Sasuke escutando-o. ? Ele me afoga na privada... ? confessou baixinho.
Desligou a câmera.
(...)
Enfrente a enorme porta da geladeira estava um mini Sasuke tentando abrir a mesma:
? Ahhhr! ? fazia força para empurrar a porta, não conseguindo. ? Hadouken! ? imitou o golpe de Ryu, sem o ?poder? é claro, tentando com os punhos abrir a porta, não obtendo sucesso. ? Ka-me-ha-me-haaaa! ? gritou pausadamente imitando o Goku, enquanto fazia força para a porta abrir. ? Puff! ? fez tanta força que soltou um pum. ? Oops! ? disse colocando um dedo na boca envergonhado. ? Espero que ninguém tenha escutado. Aff... Mas que droga de geladeira, essa maldita não abre de jeito nenhum! ? resmungou logo calando-se ao notar algo mais acima. ? Hãn? ? inquiriu se aproximando, então fez uma poker face. ? Er... Agora que eu vi, me lembrei de que o Sasuke-kun havia trancado a geladeira com corrente e cadeado... Affs, culpa daquele Ita-chibi que tava assaltando a geladeira pela madrugada. Enfim, acho que a chave tá em cima da mesa... ? disse para si mesmo.
Seguiu até a cadeira, subiu pelas pernas da mesma, já em cima dela, agarrou-se na toalha de mesa, escalando-a, ficou em pé sobre ela, avistou a chave, pegou-a, no entanto era muito grande para descer com ela em uma de suas mãos. Olhou ao redor e viu um rolo de linha perto do vaso de centro da mesa, pegou um pedaço e amarrou a chave em sua cintura. Desceu até a cadeira cuidadosamente, logo foi para o chão. Seguiu novamente até a geladeira e notou uma coisa.
? Er... Mas que merda! ? falou irritado ao notar que o cadeado estava muito alto.
Precisava subir na pia que ficava ao lado para encaixar a chave no bendito ?buraco?.
? Como eu vou fazer isso? ? inquiriu-se. ? Eh... Vejamos... ? disse olhando ao redor. ? Já sei!
Aproximou-se do gabinete da pia, na parte das gavetas, começou a escalá-las segurando-se nos ?puxadores?. Ao chegar ao topo, ficou em pé e se aproximou da geladeira, desprendeu a chave e aproximou-a do cadeado.
? Vamos, Sasuke-chi! Está quase lá, só mais um pouquinho! ? o cadeado estava um pouco fora de seu alcance, se ele aproximasse mais seu corpo, cairia da pia. Então lhe restava esticar mais os bracinhos e tentar encaixar a chave. ? Ar... Só mais um pouqui... ? foi interrompido pelo susto.
A chave caiu de sua mão, direto no chão, ele quase caiu também, mas se segurou no escorredor de pratos.
? Mas que desgraça... ? gritou enfurecido. ? Vai lá eu fazer tudo isso de novo... Aff ? resmungou descendo novamente.
Foram várias tentativas mal sucedidas.
Duas horas depois...
? Ahhh... Agora eu tô puto! ? falou fazendo cara de mal. ? Essa será minha última tentativa e irá dar certo. Humpf! ? bufou irritado. ? Um... Dois... Três! ? contou logo saindo em disparada, correndo rumo ao cadeado e saltando com a chave em mãos.
Conseguiu encaixar a chave, ficou pendurado com a mesma fixada no cadeado. Após alguns segundos balançando no ar, sentiu a chave rodar, assim abrindo o cadeado e fazendo com que eles caíssem no chão.
? Ahhhhh... ? berrou enquanto caía. ? Ai meu bumbum! ? reclamou esfregando a mão no mesmo.
Olhou para cima e pôde ver a corrente cair ao chão, então tentou abrir a porta novamente, e dessa vez conseguiu com facilidade.
? Até que enfim! Bem, vejamos o que falta... ? interrompeu-se pasmo. ? Eh... Falta tudo! ? observou com uma poker face ao notar que só havia água na geladeira. ? Abri essa porcaria à toa... ? concluiu olhando para o lado.
(...)
Algumas horas depois, no caminho do mercado.
? Ahhh! Meu Deus, como isso é longe... ? desabafou cansado e ofegante, enquanto caminhava sob o sol do meio-dia.
Estava tão quente que se jogasse um ovo cru na rua, ele fritava rapidinho. Então o pequenino se aproximou da sarjeta para atravessar a rua, do outro lado tinha mais sombras na calçada. Olhou para os dois lados, o sinal estava verde, então seguiu tranquilamente, no entanto, dois minutos depois, quando já estava no meio da rua o sinal ficou vermelho, logo avistou vários veículos enormes se aproximando em alta velocidade.
? Ahhhhhhh! ? gritou saindo correndo em disparada.
Em um breve momento em câmera lenta:
? Socorroooo! ? corria com toda a sua velocidade.
Olhou para o lado e viu uma lesma lhe ultrapassando, olhou pra frente e viu que estava quase alcançando a outra calçada, no entanto o pneu de uma moto estava quase lhe encostando.
? Ahhh! ? berrou desesperado, em seguida o pneu encostou em sua bunda, o impacto o fez voar sobre a lesma e pousar sobre a calçada.
A lentidão acabou.
? Hehe... ? riu soberbo, se virando para a lesma paralisada, mostrando seu sorriso colgate. ? Eu sou demais!
O pequeno então continuou o seu trajeto rumo ao mercado. Chegando lá, ficou admirado ao adentrar o enorme local. Sasuke-kun nunca o levara para fazer compras consigo, era sua primeira vez em um lugar daqueles.
Caminhava pelas prateleiras de doces com os olhinhos brilhando, no entanto, entrara em estado de choque quando avistara uma prateleira especial, era a parte onde ficavam os tomates, sim, super vermelhinhos e suculentos.
? Ahhh! ? a baba caia de sua boca e formava uma poça sobre o piso.
Era época de colheita, a quantidade de tomates era absurda, tinha três fileiras enormes reservadas apenas para eles.
? Estou no paraíso... ? disse para si mesmo.
O menor permaneceu parado admirando a vista por alguns minutos, enquanto algumas pessoas quase pisavam nele.
? Então, posso ajudar? ? inquiriu uma moça que trabalhava lá, se abaixando para falar com ele.
? Sim...
(...)
Já de noite...
O moreno chegou cansado, abriu a porta, adentrou a casa, ia seguindo até o quarto quando escutou um barulho. Aproximou-se da porta da cozinha:
? Sasuke-chi?! É você que está aí... ? ficou estático ao ver a cena.
O pequeno com a barriga quase explodindo, em cima da mesa dormindo encostado em um tomate que continha algumas marcas de mordida, havia muitos, muitos tomates espalhados pela mesa, pia, encima do fogão, a geladeira estava mal fechada. O maior se aproximou da mesma e quando abriu tinha tanto tomate que chegou a cair vários de dentro. Arregalou os olhos ao abrir os armários e ver também que só tinham tomates.
? Droga! ? resmungou para si mesmo enfurecido. ? Sasuke-chi! ? gritou fazendo com que o mesmo acordasse assustado.
? Hãn? Hãn?! O que foi? ? indagou com os olhinhos inchados e com a baba escorrendo no canto da boca.
? Como assim ?o que foi?? ? perguntou se aproximando do pequeno com olhos malignos. ? Você... Você só comprou tomate com todo aquele dinheiro que eu te dei?
? Eh... É época de colheita, tinha muito tomate e tava barato... Tu mesmo que me disse para economizar comprando o que tivesse na promoção! ? explicou inocente.
? Ah tá! E só tinha tomate na promoção? Aliás, não era pra pegar só o que tava na promoção, eu disse como um exemplo pra você economizar, sua praga! ? vociferou irritado.
? Perdoa eu, Sasuke-kun! Eu fiquei admirado com o tanto de tomate que tinha naquele mercado enorme, minha barriguinha falou mais alto naquela hora, a carne é fraca, eu não fiz por mal... Ah buáhhh! ? disse tudo de uma vez começando a chorar.
? Er... N-Não é pra tanto... ? disse olhando para o lado. ? M-Mas, enfim, você vai ter de me ajudar a comer todo esse tomate pelas próximas duas semanas, daí eu faço outra compra... Humpf! ? bufou seguindo a passos pesados até seu quarto, adentrando o mesmo e fechando a porta.
? Hãn? ? engoliu o choro, secando as lágrimas e sugando pra dentro o catarro que escorria do nariz. ? Ele... Não vai me afogar na privada ou algo assim? ? perguntou-se logo esboçando um enorme sorriso. ? Ahhh Sasuke-kunnn! Eu te amooo! ? gritou descendo da mesa e correndo até o quarto.
Agarrou-se no cobertor e subiu até ficar em cima do maior.
? Aff... Sai de cima de mim! ? ordenou irritado, virando-se para o canto.
? Posso dormir aqui com você? ? inquiriu docemente.
? Er... Tudo bem, mas não se acostume não. Humpf!
? Eu te amo Sasuke-kun! Mesmo você sendo quase sempre malvado comigo... ? confessou se aninhando na nuca do maior. ? Durma bem... Sasuke-kun!
? Hum... ? esboçou um breve sorriso leve.
E ambos dormiram feito anjos a noite toda.
No dia seguinte...
? Sasuke-chi?! O que tem pro café? ? perguntou entediado se aproximando da cozinha.
? Er... Vejamos, sopa de tomate; suco de tomate; purê de tomate; tomate flambado, patê de tomate, tomate em cubos, torta de tomate, tomate à milanesa... er; molho de tomate e para a sobremesa temos pudim... de tomate é claro! ? terminou dando um sorriso colgate de orelha a orelha.
? Monstrinho... ? rosnou furioso. ? Você não tem ideia do quanto eu te odeio! Sua praga... AMATERASU! ? gritou logo incendiando toda a comida sobre a mesa.
? Vish! Hoho... Sasuke-kun, se você queria churrasco de tomate também, devia ter me falado ou então usado apenas o ?katon?, porque esse fogo negro aí não apaga de jeito nenhum... ? alertou com a poker face.
? Não é pra apagar mesmo... Humpf! ? bufou e saiu do local.
? Ufa... Ainda bem que eu não coloquei tudo sobre a mesa... ? pegou um pergaminho e selou as chamas negras. ? Ah, mas tudo bem! No fundo, bem lá no fundo mesmo, eu sei... Ao menos eu acho que ele me ama, no entanto... ? disse se virando para um tomate que estava perto. ? Tomate-sama... Você é o amor da minha vida! ? declarou-se com os olhinhos brilhantes abraçando o redondinho.