É por amor.

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    16
    Capítulos:

    Capítulo 12

    Seguindo em frente.

    Álcool, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Olá pessoal!

    Nháaa... O capítulo de hoje está intenso! *0*

    Sim, fortes emoções os aguardam, especialmente a partir do segundo tempo da estória ( depois da metade do capítulo + ou -)

    Bom, o tema musical de hoje é a música How ou remind me - Avril Lavigne (deixarei postado nas notas para que possam ouvi-la :3)

    Link: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=weeluzD_hxk

    Notas:

    Nee-sama - Forma respeitosa de se chamar a irmã mais velha.

    Owan - Vasilha oriental.

    Yoshi - Lá vou eu/Certo/Tudo bem, então.

    Boa leitura!

    A partir daquele dia, ela iria se esforçar ao máximo para recolher os cacos de seu coração estilhaçado e aos poucos reconstruí-lo, de maneira que pudesse outra vez, refazê-lo completamente, repleto com a felicidade que no passado, o menino que morava na casa ao lado da sua, em um triste dia lhe tomou.

    (...)

    Um novo dia havia chegado e com ele, a segunda-feira, primeiro de abril trouxera consigo o início de mais um ciclo estudantil na vida de milhares de alunos no Japão.

    Junto com o nascer do sol, o pequeno relógio posto sobre o criado mudo, ao lado da cama da jovem de longos cabelos loiros, despertou:

    ? AH! ? ela gritou assim que abriu os olhos e sentou-se sobre a cama. ? É HOJE! ? berrou para si mesma, motivando-se.

    Ágil, a garota saltou da cama e sem sequer calçar as pantufas, descalça, deixou o seu quarto e seguiu até o quarto vizinho, batendo à porta:

    ? ACORDA Tenten, já amanheceu! ? avisou e saiu correndo, seguindo rumo às escadas.

    ? Qual é loira? Ainda são seis da matina! ? resmungou a jovem de cabelos castanhos surgindo sonolenta na porta de seu quarto. ? Ué? Cadê ela... ? olhou para os lados e só avistou o vulto da amiga subindo às escadas. ? Báh! Que maluca... ? ironizou dando meia volta e fechando a porta novamente, iria dormir mais um pouco.

    ? SAKURA! HINA! ? ela passou gritando os nomes em sequência assim que batia na porta de cada uma. ? Acordem meninas, já é hora de levantar! ? anunciou tornando a correr rumo às escadas.

    ? Ai meu Deus, aconteceu alguma coisa? ? indagou a rosada toda descabelada que surgiu na porta de seu quarto, de olhos arregalados.

    ? Nháaa... Né nada não Sakura-chan, ela deve ter se esquecido de tomar o remedinho! ? advertiu com os olhos ainda fechados, a morena que apareceu na porta de seu quarto, sendo rodeada por um de seus gatinhos.

    ? R-Remedinho? ? a menina de cabelos róseos inquiriu curiosa.

    ? Ino-chan é sempre ansiosa assim nos primeiros dias de alguma coisa... Foi assim também quando ela conseguiu o emprego na revista de moda! ? comentou bocejando preguiçosamente. ? Ai, ai... Ainda são seis da manhã! Mas né, ela não vai deixar ninguém dormir mesmo, então vou aproveitar para organizar as minhas coisas e você Sakura-chan? ? explicou e perguntou posteriormente, notavelmente sonolenta.

    ? Já arrumei as minhas coisas ontem à noite, portanto vou descer para preparar o café da manhã! ? respondeu esboçando um leve sorriso.

    ? Opa... Vou arrumar tudo rapidinho aqui pra dá bastante tempo pra eu enche a pança! ? contou adentrando o quarto e fechando a porta.

    A menina riu baixinho do que a outra dissera e ainda vestida com seu fofo pijama, de pantufas, passou a caminhar pelo corredor em direção às escadas.

    Já no térreo, a loira eufórica havia adentrado o banheiro e se trancado no mesmo, em seu ritual de embelezamento matinal quando Sakura desceu às escadas e foi até a cozinha:

    ? Será que Hoshiko já acordou? ? indagou-se murmurativa e seguiu até a porta dos fundos, que dava acesso ao jardim. ? Hoshi?! ? ela aproximou-se do amigo deitado debaixo de uma cadeira no alpendre e agachou-se ao lado dele. ? Ai, ai... Que dorminhoco! ? ela apanhou a enorme pata do cão, ergueu-a, soltando-a a seguir e mesmo que o cão tivesse ameaçado acordar, ignorou, permanecendo a dormir profundamente.

    Embora ela houvesse decidido no dia anterior que iria se esforçar em reconstruir o seu coração, ainda assim, às vezes, quando ela observava aquele precioso amigo era quase impossível ela não pensar no passado e dessa forma, ela sempre acabava se recordando daquele alguém, e mesmo que tentasse evitar, não apenas as coisas boas, as lembranças ruins vinham-lhe atormentar.

    No entanto, ela sabia que era normal, afinal, mesmo que no fundo ela sempre soubera que aquela amizade havia acabado há anos atrás, ainda assim ela esteve iludida com sua boba esperança, por muito tempo e por causa disso, não iria simplesmente apagar todas as coisas ruins de seu coração de uma vez. Entretanto, assim como sempre fizera na vida, não iria deixar transparecer os seus sentimentos.

    Em poucos segundos, a jovem pensativa emergiu de seus devaneios e desvencilhou os olhos da direção do amigo, notando que o comedouro estava quase vazio:

    ? Bem, deixe-me ir lá trocar a água e pegar a ração! ? murmurou se alto motivando, pegou as duas enormes ?vasilhas? azuis que estavam em um canto e voltou para a cozinha.

    Logo a jovem de cabelos róseos colocou a ração e a água para o cão e passou a preparar o café da manhã para as amigas.

    Após algum tempo o relógio analógico pendurado na parede apontava às seis horas e trinta minutos daquela manhã, a rosada já havia terminado o preparo da comida e servido à mesa assim que a morena de olhos aperolados surgiu na porta da cozinha:

    ? Nháaa... Até que não demorei tanto, vai dá tempo de tirar a barriga da miséria! ? comentou sentando-se à mesa e apanhando uma owan de arroz e outra de caldo de vegetais, começando a comer com gosto.

    ? É... Mas onde estão a Ino-san e a Tenten-san? A cerimônia da Universidade começa às oito da manhã e precisamos pegar o trem das sete e vinte pra chegar lá a tempo! ? expôs preocupada e sentou-se à mesa também.

    ? A Ino-chan provavelmente está escovando os cabelos e a Tenten-chan deve estar dormindo ainda! ? deduziu a Hyuuga, falando de boca cheia.

    ? Hum... Não podemos nos atrasar no primeiro dia, senão daremos uma péssima impressão a todos! ? a jovem de cabelos róseos levantou-se antes mesmo de começar a comer e seguiu até a porta. ? Vou lá chamar a Tenten-san e dar um toque na Ino-san! ? avisou deixando a cozinha.

    ? Boa sorte! ? a morena mostrou um belo joia sapeca com o polegar e prosseguiu devorando sua comida.

    ? Bom, vamos lá! ? a rosada engoliu a seco, foi até a porta do quarto da chinesa e bateu. ? Tenten-san? Levante-se, já está na hora! ? advertiu um pouco acanhada.

    ? Hum... Só mais dez minutinhos! ? murmurou a jovem que parecia ainda estar deitada na cama.

    ? Levante-se e venha comer antes que o café da manhã esfrie ou a Hinata-san coma tudo e não deixe nada pra você... ? foi interrompida pela porta que foi aberta de supetão e a jovem de cabelos castanhos saiu correndo a toda velocidade na direção da cozinha.

    ? HINATA! Não se atreva! ? começou a berrar ainda no meio do corredor, com um olhar maligno.

    ? N-Nossa... Só assim pra ela levantar! Espero que não aconteça nada grave... ? a menina proferiu assustada com aquela reação. ? Mas bem, só falta a Ino-san agora! ? respirou fundo e caminhou até o banheiro, batendo à porta. ? Ino-san, venha logo tomar o café para não nos atrasarmos!

    ? Eu estou escovando os meus lindos cabelos, depois eu tomo o café! ? informou a outra, sem abrir a porta.

    ? Bem que a Hinata-san disse... ? pensou admirada. ? Se nos atrasarmos para a cerimônia, daremos uma péssima impressão ao reitor e as nossas cartas de recomendação não serão das melhores quando terminarmos o curso, logo será mais difícil para você conquistar o mundo! ? argumentou entediada.

    ? Você tem toda a razão! ? a loira arreganhou a porta do banheiro com violência e com o secador ainda em mãos. ? Toma! Preciso ir comer... Pra conquistar o mundo! ? entregou o objeto nas mãos da rosada e saiu correndo, rumo à cozinha.

    ? S-Sim... ? olhou assustada para a amiga. ? Bom! Todas foram comer... Então missão cumprida! ? concluiu entrando no banheiro e guardou o secador no armário posteriormente.

    Logo a menina voltou para a cozinha, afinal, ela também precisava se alimentar bem, pois o dia seria longo, seu primeiro dia de aula na universidade e também o seu primeiro dia em seu novo trabalho, na escola de música.

    Rapidamente, todas elas finalizaram a refeição e foram se arrumar para irem à universidade.

    Já era quase sete horas e vinte minutos da manhã, as quatro amigas prontas, já aguardavam na estação de trem:

    ? Ai, eu estou tão ansiosa! Será que terão muitos gatinhos da capital? ? inquiriu a loira agitada.

    ? Nháaa quem sabe, mas Ino-chan... Concentre-se em estudar e não caçar um marido rico na Universidade! ? advertiu a morena de olhos aperolados esboçando um sorriso cínico.

    ? Haha... Eu sei disso Hina, aliás, eu conquistarei o mundo com o meu próprio esforço! Embora arranjar um marido gato e rico seria maravilhoso também... ? comentou com um brilho intenso nos olhos.

    ? Ai, ai... Ino-chan não tem jeito mesmo! Ainda bem que não tenho interesse em romances no momento, só quero estudar bastante para cuidar dos bichinhos da clínica veterinária do Pet shop onde trabalho! ? esboçou um mega sorriso animado.

    ? Que legal Hinata... Quando foi que se interessou por cuidar de animais? ? inquiriu a jovem chinesa, curiosa.

    ? Ah, meu primeiro bichinho de estimação foi uma pequena tartaruga... Na época eu tinha oito anos e ela era a minha melhor amiga, só que um dia ela mordeu o meu dedo e morreu... Desde então eu decidi que seria veterinária e curaria todos os animais doentes que eu pudesse! ? expôs com orgulho.

    ? Espera... Ela morreu porque mordeu o seu dedo? Jesus, o que tinha no seu dedo? ? a garota de coques indagou espantada.

    ? Às vezes a Hina diz coisas sem sentido! ? alertou a Yamanaka entediada, olhando para o lado.

    ? Não morreu por morder o meu dedo, ela já estava doente antes... ? a Hyuuga foi interrompida.

    ? Deixa essa historinha pra lá, o trem já chegou! ? a loira anunciou pondo-se a seguir para dentro do trem.

    Rapidamente as quatro entraram em um dos vagões e sentaram-se nos bancos das laterais. Quase oito horas da manhã, elas chegaram a Nakano e logo adentraram a Universidade de Tokyo.

    ? Uau, quanta gente! ? admirou-se a garota de olhos aperolados parando junto das outras na entrada de um dos pátios para pegar as instruções para os calouros.

    ? É... Cuidado para vocês não serem arrastadas pela multidão! ? advertiu a loira enfadada.

    ? Pode deixar! ? a rosada acatou e logo que pegou a sua instrução, passou a caminhar à frente das outras três, que permaneceram por mais alguns minutos paradas, conversando. ? Que enorme! Nunca vi uma escola tão grande assim antes! ? admirou-se observando a grandeza de um dos inúmeros prédios.

    De repente, duas meninas que vinham caminhando lado a lado, notaram a pequena menina de cabelos róseos e reconheceram-na:

    ? Oi, espera... Lembro-me de você! ? mencionou uma delas, a jovem de cabelos castanhos.

    ? Hãn? ? Sakura olhou para trás para ver se a garota estava realmente falando consigo.

    ? É você mesma! Você é aquela Ojou-sama do colégio lá em Hinode! ? comentou com um cínico sorriso estampado de orelha a orelha.

    ? Nossa, é mesmo! Cadê aqueles óculos enormes? ? inquiriu a outra, de cabelos pretos, com ironia.

    ? Nossa... Você continua do mesmo jeito, baixinha e magricela, nem parece que saiu do fundamental! ? zombou segurando a risada.

    ? S-Sinto muito... ? a rosada abaixou a cabeça e logo foi surpreendida pela jovem de olhos aperolados que se aproximava e ouviu a conversa.

    ? Sakura-chan é uma graça de pessoa! Aliás, como duas patetas iguais a vocês duas passaram na prova de admissão da Universidade? Ah, é mesmo... Provavelmente os pais influentes devem ter dado uma mãozinha para as filhas ignorantes se dizerem universitárias! ? ironizou a Hyuuga esboçando um sorriso ainda mais cínico que os das duas.

    ? Olha só se não é a vaca peituda, digo, Hyuuga Hinata que está falando... Qual é? Ponha-se no seu lugar, seu airbag ambulante! ? retrucou a garota de cabelos castanhos irritada.

    ? Boa Kyoko! ? a outra ao lado bateu na mão dela.

    ? Claro né, Aya... Afinal de contas é a Hinata, impossível perder pra ela! ? sorriu descaradamente.

    ? M-Meus peitos não são tão grandes... ? a morena de olhos aperolados gaguejou, intimidada.

    ? Bonito hein! ? a loira que se aproximava ao lado da chinesa, pronunciou com o seu ar de superioridade. ? O que as marmotas bregas pensam que estão fazendo com as minhas amigas? ? indagou olhando-as com repulsa.

    ? Ora, nós... ? Kyoko foi interrompida pela loira que surtou.

    ? Só eu posso tirar onda com os peitos da Hinata e chamar a Sakura de magricela! ? berrou furiosa, chamando a atenção de algumas pessoas que passavam ao redor.

    ? Nossa... Como você é escandalosa! Nem sabe ser elegante... ? foi interrompida pela chinesa que agarrou as duas pelos colarinhos de suas blusas, erguendo-as do chão.

    ? Olha só... É a minha vez de falar! Na casa onde eu fui criada tudo se resolve na porrada! Então se amam esses rostinhos que pesam dez quilos só de maquiagem e não querem que eu deixe vocês duas parecidas com o Chucky, isso é se por debaixo de toda essa massa corrida já não forem, é bom nem olharem para nós! Aliás, nem respirem o mesmo ar que nós se as duas quiserem permanecer vivas! ? ameaçou com os olhos mais intimidadores que as garotas já haviam avistado na vida.

    ? S-Sim... Nós não vamos mais falar com vocês, né Aya? ? inquiriu olhando para o lado, trêmula.

    ? C-Claro, agora solte a gente, por favor! ? pediu assustada e assim que a chinesa soltou as duas, logo saíram correndo, chorando de medo.

    ? Uau... Eu não sabia desse teu potencial, Tenten! ? surpreendeu-se a loira. ? Pensando bem, você seria uma boa ajudante na minha conquista do mundo! ? murmurou com chamas nos olhos.

    ? Nháaa... Tenten-chan, Ino-chan! Obrigada por terem me salvado daquelas duas bruxas! ? a morena de olhos aperolados agradeceu abraçando as duas.

    ? É... O-Obrigada a todas por me defenderem! ? a rosada curvou-se em reverência as outras.

    ? Ah sua fofa, vem cá! ? a loira puxou a menina de cabelos róseos para aquele abraço coletivo. ? YOSHI! Esforçaremo-nos para os próximos quatro anos serem os melhores de nossas vidas! ? ela anunciou com os olhos brilhantes.

    ? Isso aí! ? as outras três confirmaram em uníssono e dispersaram-se do abraço.

    ? Nossa! A cerimônia já vai começar... Anda meninas, vamos! ? a loira informou apavorada.

    Assim, rapidamente as quatro amigas dirigiram-se a uma das enormes quadras desportivas do campus onde seria realizada a cerimônia de entrada da Universidade.

    (...)

    O sol já estava alto e o relógio sobre o criado mudo ao lado da enorme cama ao centro do quarto, já apontava às oito horas e dez minutos daquela cálida manhã de primavera.

    A claridade que adentrava pelas vidraças da janela, rumada nos olhos do rapaz deitado ao lado de sua antiga câmera fotográfica, aos poucos o despertava:

    ? Hum? ? ele abriu os olhos lentamente, olhou para a câmera ao seu lado, ligou-a e esboçou um fraco sorriso, deprimido ao observar uma das fotos que apareceu. ? Droga, eu fiquei vendo as fotografias de ontem até tarde da noite... ? ele calou-se ao olhar para o relógio sobre o criado mudo. ? MALDIÇÃO! ? ele pulou da cama, abandonando sua câmera sobre a mesma.

    Estava incrivelmente atrasado para a cerimônia de abertura da Universidade e claro, o seu pai provavelmente iria se zangar e no pior das hipóteses, iria pegar ainda mais em seu pé e afogá-lo em um mar de sermão e não... Ele definitivamente não queria isso!

    ? Merda, merda... ? ele correu até o banheiro e começou a se arrumar.

    Quinze minutos depois, pronto, ele deixou o banheiro, apanhou suas chaves sobre o criado mudo, saiu do quarto e sem sequer tomar o café da manhã, deixou o apartamento e desceu até o estacionamento do prédio para pegar o carro:

    ? Ótimo, não vejo a Karin em lugar algum! ? ele comemorou ao procurar pela ruiva ao redor e não encontrá-la.

    Rapidamente ele adentrou o automóvel e pôs-se a seguir em alta velocidade até Nakano, e assim que chegou, estacionando o veículo no lugar apropriado, ele seguiu correndo pela Universidade, chegando ao local da cerimônia todo suado, o relógio preso em seu pulso já marcava oito horas e quarenta e cinco minutos da manhã:

    ? Bom... ? ele adentrou sorrateiramente a quadra. ? Pelo menos vou assistir os últimos minutos dessa chatice! ? murmurou caminhando por entre as fileiras, quando notou que a ruiva, que aparentemente também estava atrasada, o avistou e acenou, começando a se aproximar dele. ? TSC... Porque ela não morre? ? ele pensou estampando a cara feia mais apavorante que a sua beleza lhe permitira e começou a andar a passos velozes.

    ? Hey, espera! ? ela sussurrava irritada, seguindo o rapaz.

    ? Amém! ? ele finalmente achou uma cadeira vazia para se sentar e percebeu que todos os lugares ao redor dela estavam ocupados. ? Beleza! Perto de mim essa coisa não senta! ? ele olhou para trás e sorriu vitorioso, mostrando língua para a ruiva posteriormente.

    ? Ai que ódio! ? ela rosnou fula de raiva e teve de ir para o outro lado da quadra, onde havia uma cadeira vaga para ela se sentar.

    ? Dessa vez eu venci! ? ele murmurou contente, no entanto, assim que voltou a olhar para frente, o sorriso se desfez ao notar a pessoa que estava sentada na cadeira à sua frente. ? Não acredito... Estão conspirando contra mim, não é possível! ? ele pensou arregalando os olhos, enquanto observava os cabelos róseos da jovem sentada na fileira da frente.

    Por sorte, Sakura como boa aluna exemplar que era, mantinha-se fiel ouvinte das palavras do reitor que discursava com sua voz irritante, assim, em nenhum momento ela ousou olhar para trás, entretanto, até o fim daquele falatório, o rapaz permaneceu com o coração acelerado:

    ? Enfim, sejam todos, calouros e veteranos, bem-vindos a mais este ano na Universidade de Tokyo! ? o reitor finalizou o discurso. ? Todos de pé... ? ele ordenou e olhou para o relógio em seu pulso que mostrava que ainda faltava um minuto para as nove horas da manhã.

    Todos os estudantes se levantaram em silêncio, esperando o reitor se manifestar:

    ? Céus, esses foram os dez minutos mais longos da minha vida! Ainda bem que cheguei atrasado... ? pensou engolindo a seco, desejando desesperadamente que a garota de cabelos róseos não olhasse para trás.

    ? Todos dispensados! ? o reitor finalmente disse as palavras mágicas e o moreno caiu sentado na cadeira.

    ? Maldita pontualidade japonesa... Achei que o meu coração fosse sair pela boca! ? ele suspirou aliviado, permanecendo sentado para esperar todos saírem primeiro, para não deparar-se com sua velha amiga.

    ? Sakura! Venha, vamos! ? a loira surgiu no meio das pessoas em frente à rosada e a puxou pela mão.

    ? S-Sim, Ino-san! ? ela deixou a fileira onde estava e sem olhar para trás, passou a seguir ao lado da amiga.

    ? Sakura... ? ele sussurrou o nome dela, olhando-a sumir em meio à multidão. ? É... Tenho de ir procurar minha sala! ? lembrou-se se pondo de pé e passou a caminhar em direção a saída da quadra.

    Mais adiante, a loira apressada seguia puxando a amiga pelo braço, rumo a um dos pátios:

    ? Ino-san, onde estamos indo? ? perguntou confusa.

    ? As meninas estão nos esperando perto da praça de alimentação, onde está tendo a exibição dos clubes da Universidade! Precisamos ir escolher os nossos! ? notificou eufórica.

    Assim que as duas chegaram ao destino, encontraram as duas outras que pareciam analisar cuidadosamente os panfletos que seguravam, enquanto tomavam sucos, sentadas a uma das diversas mesas:

    ? Yo! Chegamos... ? anunciou a loira sentando-se também e logo a rosada sentou-se junto.

    ? Nháaa... Está difícil de escolher! Eu queria mesmo era entrar em um clube onde eu pudesse apenas dormir! ? comentou esboçando um sorriso divertido.

    ? Como o esperado de você, Hina! ? a Yamanaka se manifestou. ? Já eu, sei exatamente o que quero! Algo relacionado à moda... Clube de moda! ? ela começou a procurar pelos panfletos.

    ? Não há um clube assim Ino-chan! ? a Hyuuga avisou enfadada.

    ? Como não? ? inquiriu aterrorizada.

    ? Não havendo, ora! Mas você desenha, então entre em um clube de desenho! ? sugeriu tranquilamente.

    ? Bom... Até que não é uma má ideia! ? a loira sorriu pensativa e retirou o panfleto do tal clube de desenho do meio de todos os outros e se levantou da mesa. ? Vou lá pegar o formulário para preencher! ? alertou as outras amigas.

    ? Tudo bem! Daqui a pouco, assim que escolhermos os nossos clubes também iremos buscar pelos formulários e nos encontraremos novamente nessa mesa aqui, certo? ? a chinesa indagou.

    ? Ok! ? a loira passou a seguir em meio a multidão.

    ? Tenten-chan? Já escolheu o seu clube? ? a menina de olhos aperolados perguntou curiosa.

    ? Sim! Vou entrar para o clube de vôlei feminino! ? anunciou com chamas nos olhos.

    ? O esperado vindo de alguém que vai cursar educação física! ? a morena comentou e voltou a olhar para os panfletos, até que achou um que lhe chamou a atenção. ? KYAH! Esse clube foi feito pra mim! ? ela mostrou o papel que dizia ?clube das flores? para as outras e levantou-se da cadeira. ? É algo que gosto e estou precisando melhorar minhas habilidades para cuidar melhor do nosso jardim! ? expôs alegre.

    ? Legal! Unir o útil ao agradável... ? comentou a chinesa pondo-se de pé. ? Bom, já achei o panfleto do clube de vôlei, então já vou indo buscar o formulário! ? deu de costas e começou a caminhar.

    ? Eu também já estou indo procurar pelo meu! ? a morena anunciou, no entanto, antes de partir ela olhou para a rosada que ainda fitava os panfletos, calada, embora os seus olhos verdes parecessem estar distantes da realidade. ? Hey, Sakura-chan... ? ela estalou os dedos em frente aos olhos da amiga.

    ? Hãn? ? ela emergiu de seu momento de transe, olhando assustada para a outra.

    ? Você já decidiu em qual clube entrará? ? questionou preocupada.

    ? Ah, sim! Vou cursar literatura... Então entrarei no clube de leitura! ? respondeu mais calma.

    ? Hum... Tudo bem então! Já vou indo caçar o meu formulário, boa sorte em sua busca! ? sorriu mascarando sua desconfiança. ? Sakura-chan está estranha... ? pensou dando de costas e indo para o meio da multidão.

    ? No final da cerimônia... Aquele cheiro era tão nostálgico, será que ele... Não, deve ter sido minha imaginação! ? pensou inquieta e levantou-se da cadeira. ? É... Eu preciso aprender a deixar o passado enterrado no passado! ? repreendeu-se irritada consigo mesma e com o panfleto em mãos passou a seguir em meio à multidão, em busca de seu formulário.

    Um pouco distante dali, o rapaz sentado sozinho a uma das mesas da praça, já preenchia o seu formulário:

    ? Pronto! ? murmurou para si mesmo e deixou a caneta de lado. ? Aquele velho pode até ter me obrigado a vir estudar economia contra a minha vontade, mas ao menos o clube eu posso escolher por mim mesmo! ? expôs um pouco contente. ? Clube de fotografia... ? ele releu o que estava escrito no papel, satisfeito.

    ? SASUKE! ? a ruiva berrou, aproximando-se do rapaz que escondeu o papel atrás de si. ? Em qual clube você vai entrar? ? interrogou curiosa.

    ? Não te conto nem morto! ? ele levantou-se da cadeira e pôs-se a correr. ? Maldição... Será que irei passar os próximos quatro anos da minha vida fugindo dessa ruiva psicopata e me escondendo daquela maldita rosada? ? questionou-se mentalmente transtornado.

    ? Teme? ? um jovem loiro que esperava na fila, para pegar o seu formulário do clube de culinária, indagou reconhecendo o moreno que corria. ? TEME! ? gritou ao confirmar que era o mesmo em carne e osso, e saiu correndo em direção ao velho amigo que não via há alguns anos.

    ? N-Naruto? ? gaguejou arregalando os olhos. ? TSC... Mas que desgraça! Isso não é possível... O passado está me perseguindo, o mundo está conspirando contra mim! ? pensou enfurecido e deixou de olhar o outro.

    ? ESPERA! ? agarrou o Uchiha pela parte de trás da gola da camisa, quase o enforcando. ? Sasuke, de quem você está fugindo? ? indagou curioso.

    ? Não sei do que você está falando, deve estar me confundindo com outra pessoa! ? mentiu, tentando não olhar nos olhos do loiro.

    ? Né, você é uma cara conhecida na mídia japonesa! Aliás, embora faça tempo que não nos vemos você ainda parece o mesmo... Só que mais alto! ? o garoto contou com cara de tacho.

    ? Ah, é você d-dobe! ? disfarçou após aquele comentário, fingindo que não o havia reconhecido. ? Sabe como é né? É chato quando sou perseguido e querem me interrogar sobre os assuntos profissionais... ? justificou rindo um pouco sem graça.

    ? Hum... Entendo! Ainda bem que nunca fui ligado aos negócios da minha família! ? mencionou exibindo um sorriso amigável.

    ? Sorte a sua... ? murmurou com uma ponta de inveja.

    ? Mas, enfim... Quando foi que você voltou pro Japão, o que vai cursar aqui na Universidade e... O que... O que... ? começou um imenso interrogatório, colocando um de seus braços sobre os ombros do Uchiha, como se ainda fossem amigos íntimos.

    ? Tá certo! Acho que já posso me matar! ? pensou revirando os olhos, enquanto era praticamente arrastado para algum lugar desconhecido pelo outro, que o questionava sem parar.

    De volta à mesa da praça de alimentação, as quatro amigas já haviam se reunido após buscar e preencher os seus formulários:

    ? Nháaa... As veteranas do clube pareciam tão legais! ? a Hyuuga comentou animada.

    ? É... Todos parecem legais no primeiro dia, afinal, são necessários novos membros para manterem os clubes de pé! Só quero ver daqui a uma semana se o tratamento será o mesmo! ? confessou a loira enfadada.

    ? Nossa Ino-chan! Quanto pessimismo, você que é sempre tão mente aberta e otimista dizendo isso! ? admirou-se a morena preocupada. ? Aconteceu alguma coisa que te deixou assim? ? perguntou desconfiada.

    ? Ex-namorado bom é ex-namorado morto, fala sério! ? ela olhou para o lado, irritada.

    ? Hum... Entendi! Mas anda e diga qual deles... ? foi interrompida pela loira furiosa.

    ? Não fale assim Hina, soa como se eu fosse uma vadia! ? vociferou com olhos malignos.

    ? Não, não Ino-chan... Como você mesma costumava a dizer no colegial, você é apenas uma garota moderna que sabe aproveitar o que a vida tem de melhor! ? a amiga a imitou.

    ? Maldição... Não use as minhas próprias palavras contra mim! ? ralhou um pouco mais calma. ? É o Gaara, ele é veterano no clube de artesanato, que por coincidência fica ao lado da sala do meu futuro clube! Ou seja, vou ser obrigada a vê-lo todos os dias... ? suspirou derrotada, caindo de cara sobre a mesa.

    ? Meus pêsames! ? a garota de olhos aperolados confortou a outra.

    ? Ah, que se dane! Vamos meninas... ? a loira recuperada do golpe, se levantou. ? Vamos à área de economia! Preciso apresentar uma pessoa a vocês... ? pegou a mão de Sakura e posteriormente a de Tenten, passando a arrastá-las.

    ? Esperem por mim! ? a Hinata pôs-se a caminhar ao lado delas.

    Quase dez minutos depois, elas chegaram ao destino e a Yamanaka avistou o rapaz de cabelos loiros que parecia muito consigo:

    ? Então Sasori, hoje, assim que você avistar essa tal de Sakura, você vai colocar em prática tudo o que aprendeu no treinamento, hum? Nada de amarelar! ? advertiu ao outro.

    ? Irmãozinho querido! ? a loira acenou, libertando as outras duas e correu até o garoto que fingia não ouvi-la.

    ? Droga... ? ele olhou para o lado do amigo ruivo, que estava ao seu lado. ? O que você quer Ino? ? indagou irritado.

    ? Eu nasci antes de você, tolinho! Então pra você é NEE-SAMA! ? ela rugiu com um olhar assustador, abraçando o menino.

    ? S-Sim senhora! ? ele engoliu a seco. ? Pois então, o que a nee-sama deseja, hum? ? perguntou tentando se libertar dos braços da jovem.

    ? Vim apresentar as minhas amigas a você! Ah, Sasori, que bom que você também está aqui... ? ela desgrudou do irmão e foi até o ruivo.

    ? Yo! ? ele saudou sorridente e logo que avistou a rosada em meio às outras meninas, seus lábios perderam a cor e seu rosto empalideceu.

    ? Oi Deidara-kun, essa daqui é a Tenten-chan e essa aqui é a Sakura-chan! ? a morena que já conhecia o irmão da amiga, apresentou as outras duas.

    ? Ah, então ela é a Sakura, hum? É... Ela tem os seus encantos! ? ele pensou surpreso. ? Prazer em conhecê-las! Estarei aos seus cuidados... ? ele curvou-se para as duas, em cumprimento.

    ? O prazer é todo nosso! Nós também estaremos aos seus cuidados! ? as duas pronunciaram em uníssono, curvando-se ao mesmo tempo.

    ? Nossa! Isso foi estranho, as duas ao mesmo tempo... ? a morena de olhos aperolados confessou.

    ? Céus, você está bem? ? a Yamanaka chacoalhou o amigo estático.

    ? Ah, sim... Eu acho que sim, só preciso de uma transfusão de sangue! Vou ali, ver se acho algum doador! ? desnorteado, ele tentou seguir para longe dali, mas foi impedido pelo loiro.

    ? Espera Sasori! ? o amigo correu até a ele, segurando-o pelo braço. ? Aquela é a Sakura, hum? Então vá lá e faça jus ao tempo que eu desperdicei te treinando cara! ? exigiu enraivecido e praticamente jogou o amigo na direção da rosada.

    ? O-Olá... ? cumprimentou sentindo o sangue voltar com tudo a sua face, queimando-a em rubor, gaguejando e o amigo se surpreendeu.

    ? RAIOS, esse não é o Sasori que eu conheço hum... Que pateta! Ele travou literalmente... ? indignou-se em pensamento e arregalou os olhos, pasmo. ? Mas não, ele vai ter de conversar com ela... Preciso dar um jeito de me livrar das outras! ? pensou elaborando um plano de emergência. ? Nee-sama querida! Vamos, precisamos conversar sobre algumas coisas, hum... ? ele caminhou até a irmã, enlaçando-a com um dos braços e assim, com o outro, passou a arrastar as outras duas. ? Vocês duas também, Hina e Tenten! ? ele sorriu e deixou os outros dois a sós.

    Assim que o garoto se afastou, levando consigo a irmã e suas amigas, ele começou a suar frio:

    ? Parabéns pra mim! Consegui tirá-las de lá, mas não pensei no que exatamente preciso conversar com elas... ? pensou e engoliu a seco.

    Enquanto isso, a menina de cabelos róseos respondeu para o ruivo:

    ? Olá! Então você é o Sasori-san, o amigo de infância da Ino-san e neto da Chiyo-san! Prazer em conhecê-lo... ? ela curvou-se com delicadeza e esboçou um grande sorriso.

    ? S-Sim, o prazer é todo meu... Estarei aos seus cuidados! ? ele curvou-se com rapidez.

    ? Pois bem, onde os outros foram? ? ela olhou ao redor, não tinha prestado atenção no que o irmão de Ino havia dito antes.

    ? N-Não sei... Quem sabe? ? ele olhou acanhado pra ela. ? O que diabos eu estou fazendo? Desde quando sou tão tímido assim? ? indagou-se mentalmente, incrédulo consigo mesmo.

    Naquele instante, o rapaz de cabelos negros que havia conseguido se livrar do velho amigo que o questionava sem parar, caminhava por entre a área de economia da universidade, entretanto, assim que avistou a garota de cabelos rosados, conversando com alguém, passou a passos lentos aproximar-se dela, por trás, ouvindo o que falava com o sujeito de cabelos vermelhos:

    ? Hum... Então vou indo, Sasori-san, até mais! ? ela deu de costas para o jovem.

    ? Espere, Sakura! ? ele proferiu em alto e bom som.

    ? Hum? ? ela questionou, voltando a olhá-lo, confusa.

    ? E-Eu, eu estou apaixonado por você! ? ele anunciou agressivo. ? O que diabos eu acabei de dizer? Como sou estúpido... Ela mal acabou de me conhecer e eu já solto essa bomba! ? ele se arrependeu instantaneamente do que dissera em pensamento.

    No entanto, naquele momento, quem ficou pálido foi o rapaz que próximo a eles, escutava boquiaberto o que eles conversavam:

    ? S-Sasori-san? Você está bem? ? pasma, a menina perguntou olhando-o surpresa.

    ? N-Não, isso foi uma, uma pegadinha... Haha, p-primeiro de abril, sabe como é... Eu, hãn... ? ele tentava inventar uma desculpa plausível e aos poucos se afastava da garota. ? Eu, eu tenho que ir... É, até mais! ? ele deu de costas e saiu andando rapidamente, um pouco tonto.

    De certa forma aquilo havia a surpreendido, no entanto, quando ele justificou e ela lembrou-se que realmente, era o dia da mentira, ela meio que suspirou aliviada.

    Entretanto, antes que ela saísse dali, ouviu alguém gritar:

    ? SASUKE! ? a ruiva surgiu por detrás do moreno e berrou o seu nome em alto e bom som.

    Aquilo tirou o rapaz do transe no qual se encontrava olhando fixamente para a rosada de costas, que assustada, virou-se de repente para ele.

    ? Sasuke-kun?! ? a menina indagou-se mentalmente, olhou para trás e os seus olhos verdes foram de encontro aos olhos negros do garoto.

    ? Ora, se não é a esquisita do aeroporto! ? a mulher de cabelos vermelhos comentou com sarcasmo. ? Até que enfim te achei, querido! ? ela projetou-se ao lado do Uchiha.

    ? S-Sa... ? ele não conseguia finalizar o nome dela. ? Porque aquele cara a chamou de forma tão íntima? ? naquela situação, com o corpo imóvel, ele apenas conseguia manifestar-se em pensamentos.

    ? Hey, Sasuke, o que foi? Anda, temos de ir à nossa sala! ? Karin alertou, entediada, estalando os dedos para chamar a atenção do rapaz.

    Arrependido de ter se apartado, o jovem ruivo desistiu de fugir no meio do caminho e voltou para perto da rosada:

    ? S-Sakura, desculpa ter saído sem mais nem menos eu... ? ele calou-se notando que ela olhava para o garoto à sua frente.

    ? Sasuke, você disse naquele dia que não conhecia ela... Porque está olhando-a assim? ? a mulher questionou irritada. ? Hey, acorda... Eu estou falando com você... ? ela rugiu nervosa.

    ? Sakura, você o conhece? Quem ele é? ? o ruivo perguntou confuso e tirou a garota daquele estado de choque.

    ? Não! ? inexpressiva, ela deixou todo o espanto e os seus sentimentos de lado e passou a olhar o mais fria que pôde nos olhos de seu velho amigo. ? Não é ninguém importante! ? ela cuspiu as mesmas palavras de indiferença que recebera dele quando o reencontrou no aeroporto e desvencilhou os olhos para o rapaz ao seu lado. ? Vamos, Sasori-san... O pessoal deve estar nos esperando! ? ela deu de costas e passou a se distanciar dali.

    ? Hum... Tudo bem! ? o garoto passou a acompanhá-la.

    ? Ninguém importante? ? o rapaz pensou transtornado e imóvel.

    Definitivamente aquelas palavras que saíram da boca da garota que tanto amara na vida, fincaram-se como estaca em seu peito e por mais que tentasse a todo custo manter-se indiferente e ignorar tudo, fingindo que nada havia acontecido, aquele golpe havia sido mais forte do que podia suportar e contra a vontade de sua razão, a sua emoção obrigou os seus olhos marejaram-se e deles desprenderam-se algumas lágrimas, embora ele estivesse mudo.

    ? Você está chorando? ? a ruiva apartou-se assombrada, afinal, nunca o tinha visto chorar na vida. ? B-Bom, eu vou te esperar lá na sala... ? assustada, sem saber como reagir, ela deu de costas para ele e deixou-o sozinho.

    Embora houvesse pessoas ao seu redor, o rapaz parecia não notar nada a sua frente além da menina de cabelos róseos, que aos poucos, acompanhada de um estranho, sumia em meio à multidão, deixando-o para trás com aquelas palavras afiadas que lhe rasgaram peito à dentro e suas lágrimas. E só assim, ele finalmente percebeu o quão era doloroso ser tratado com tanto desdenho, frieza e ser ignorado pela pessoa mais importante de sua vida.


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