What's this?

  • Finalizada
  • Aanonimaa
  • Capitulos 1
  • Gêneros Angst

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 1

    ... a question that can not be silent ...

    Álcool, Drogas, Estupro, Heterossexualidade, Nudez, Sexo, Violência

    Os personagens pertencem aos seus devidos donos. História feita de fan para fans, sem fim lucrativo. Plágio é crime! Crie vergonha na cara e dignidade em sua escrota vida e invente suas próprias estórias, se precisar de ajuda para isso pode contar comigo! ;}

    What's this?

    ... a question that can not be silent ...

    ? Por Paola Tchébrikov

    Ele não gostava do que via. Ao passar pela porta, que rangeu como aquelas portas de filmes de terror, já sentiu um calafrio eriçar todos os pelos de seu corpo, anunciando as sensações seguintes.

    Acendeu a luz pelo interruptor que ficava ao lado da porta, porém arrependeu-se logo em seguida ? a lâmpada era tão fraca que mal iluminava o pequeno local.

    Deu um passo para dentro, não deixando que as primeiras impressões fizessem-no desistir, mas as duas sensações seguintes foram horríveis. Primeiro veio um cheiro de podre às suas narinas. Era uma mistura de bebida, vômito, urina, fezes e de comida estragada. Depois foi o desconforto ao dar um passo para dentro e deparar-se com uma montanha incontável de lixo.

    Havia de tudo: latas de cerveja, garrafas de vidro de bebidas quebradas, copos descartáveis, caixas de pizza, roupas, sacos de papel, garrafas pet de refrigerante, embalagens de lanches do Mac Donald?s. E o pior de tudo: camisinhas.

    Várias, e usadas. Jogadas de um lado ao outro como se fosse algo legal e ?todo mundo faz?.

    Tampou o nariz, pensando consigo mesmo que aquilo podia ter sido evitado se ele fosse um pouco melhor em jan-ken-pô, mas não era, e por ter perdido fora o encarregado de entrar ali, naquela espelunca.

    Embora parecesse mais com um pedaço do inferno do que com uma casa.

    Acreditava piamente que nem mendigos viviam daquele modo.

    Prosseguiu em sua busca, desviando de tudo o que fosse possível e olhando para tudo, cada canto, cada detalhe, qualquer pedacinho de coisa insignificante que diminuísse o tempo que precisaria ficar procurando.

    Tudo parecia muito rock n? roll.

    ?Tão típico?, ironizou rolando os olhos, desejando não ter feito isso.

    Ao seu lado estava uma poça de uma gosma branca, e virando o rosto para o outro lado, teve ânsias de vômito, tossindo e engasgando, mas, por estar de estômago vazio, nada saiu.

    Cobrindo a boca e desejando silenciosamente não ter ido ali, e amaldiçoando em sua mente cada um de seus amigos, decidiu que era hora de ir, antes que algo mais desagradável resolvesse aparecer.

    Olhou mais uma vez para frente, na direção das janelas e cortinas meio fechadas, se perguntando o que realmente havia acontecido ali.

    E seus olhos captaram algo que ele preferia não ter visto.

    Ali no chão, na frente da janela, estava ela.

    Seu corpo antes muito pálido e magro estava esquelético e repleto de hematomas. E o rosto antes muito bonito estava deformado por machucados e inchaço. O cabelo castanho-claro, sempre preso de modo elegante, estava totalmente bagunçado e o corpo desnudo e jogado no chão deixava claro o que havia acontecido ali.

    A bagunça no terceiro andar chegara claramente ao décimo, e foi o que fez ele estar ali naquele momento, curioso em saber o que havia acontecido no apartamento da bela moça mestiça de francês e americano.

    Sua missão era descobrir e informar e seus amigos estavam aguardando as novas em seu apartamento.

    Mas ao se aproximar alguns passos da moça e ver o modo como ela estava, ou melhor, notar a falta de movimentos dela, ele deu um passo para trás.

    Um líquido transparente que parecia bebida e um esbranquiçado que parecia esperma estava sobre ela, em seu corpo, em partes íntimas e cobrindo grande parte de seu corpo.

    Ao redor do corpo inerte havia várias cápsulas de drogas, alguns restos da mesma e coisas que ele mesmo não sabia o que era.

    Porém, só de olhar para tudo aquilo ele soube: o calafrio que sentira fora um aviso de que não deveria entrar.

    Ignorara e agora pagava ao ver uma cena que podia ter ignorado.

    Engolindo em seco, caminhou para fora do apartamento, desceu o lance de escadas para o saguão e alcançou o telefone, ligando para a polícia para avisar que havia tido uma festa em um apartamento perto do seu e tudo parecia muito estranho no dia seguinte, e que havia um corpo jogado no apartamento.

    Depois de dar todos os dados necessários, sem querer identificar-se, desligou, voltando ao lance de escadas e, dessa vez, subindo até o décimo andar, tendo em mente o discurso que daria aos amigos.

    E ele começaria com ?nem queiram saber como está o apartamento 34B?.


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