Xeque-mate, a virada

  • Finalizada
  • Aanonimaa
  • Capitulos 31
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 9 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 20

    Vigésimo ato ? Prestando contas

    Álcool, Estupro, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Vigésimo ato ? Prestando contas

    Lady Abel Oblivion Araghon

    ? Sephiroth, você pode ter a benevolência de me explicar o que está acontecendo aqui? ? questionou Vincent exaltado. Ao não ser respondido, seu olhar cruel caiu sobre Cloud, que encolheu-se, desviando os olhos. ? Cloud, faça algo! Diga algo! Explique! ? ordenou começando a alarmar-se.

    Mas tudo o que Cloud fez foi abraçar seu próprio corpo e morder os lábios, olhando para a janela, onde não havia ninguém.

    Além do General, do Coronel e do Sargento, também estavam no quarto Kadaj, Zack, Cid, Tseng, Brucios, Cornélius e Albert. O último possuía vários hematomas no corpo e segurava um dos braços com a mão, mantendo-se quieto e hesitante ao lado da porta fechada.

    ? Cloud? ? começou Kadaj, pronto para dizer para o rapaz que não irritasse Vincent ao deixá-lo sem resposta, mas calou-se quando um murmúrio saiu dos lábios do General.

    Sephiroth passou a mão pela espada na cintura, mostrando que estava claramente irritado, e aproximou-se do Sargento, abraçando-o pela cintura e descansando a cabeça dele em seu peito.

    ? Se você continuar gritando com ele assim vou cortar sua língua e então você não vai poder enfiá-la na goela do Kadaj! ? disse Sephiroth irritado, vendo o Coronel e o amante corarem.

    ? Mas General? ? começou Cid, mas foi abruptamente interrompido pelo líder.

    ? Sem mas! ? grunhiu impaciente.

    ? Pare de criancice, Sephiroth ? murmurou Zack em um canto, os braços cruzados e os olhos fechados mostravam que ele não temia pelo modo como tratara o outro.

    Sephiroth bufou, ficando cada vez mais irritado. Odiava quando as pessoas o pressionavam para saber seus motivos. Se havia tomado uma decisão, estava tomada, e se havia feito algo e não havia dito para ninguém o porquê, então significava que eles não precisavam saber.

    Aquele povo era tão chato!

    Os dedos que seguravam os braços finos de Cloud eram como ferro, marcando-o e pressionando-o fortemente. O Sargento ergueu os olhos, fitando o rosto do General. Ele trincava os dentes e franzia o cenho, como se pensasse em algo desagradável. Suspirou, segurando no sobretudo dele e puxando-o para baixo lentamente.

    Os olhos atentos e verdes fitaram os azuis profundamente, e quando Sephiroth entendeu o que o rapaz faria sorriu, soltando o aperto e enlaçando-o pela cintura. Debruçado sobre o rapaz, Sephiroth deixou que ele o beijasse ali, na frente dos principais membros de FF.

    E o momento íntimo entre o General e o secretário do mesmo foi intenso e de certo modo vergonhoso. Deixou quem assistia surpreso. O beijo que Cloud dava no mais velho era forte e profundo, e como se gostasse daquilo Sephiroth mantinha-se submisso, apertando o corpo do rapaz contra o seu e deixando que ele comandasse os movimentos.

    As sobrancelhas de Kadaj e de Vincent se franziram quando eles trocaram um olhar estranho, como se um perguntasse ao outro silenciosamente o que acontecia ali, mas não havia resposta.

    As mãos na nuca de Sephiroth mantinham-no na posição que Cloud queria e os dedos brincavam com a pouca pele exposta.

    Arfantes os dois amantes se afastaram. O Sargento recebeu um carinho na bochecha do líder enquanto arrumava as roupas dele, preparando-o para o que viria a seguir.

    ? Está mais calmo? ? questionou o Strife suavemente.

    ? Sim, estou ? respondeu Sephiroth, a voz havia voltado ao tom sereno de sempre.

    ? Ótimo, você precisa estar controlado para o que fará hoje ? comentou Cloud, o sorriso malicioso nos seus lábios fez surgir um igual nos do General.

    Aquele elo que havia sido criado entre eles era assustador até mesmo para eles. Cloud, com a convivência, descobriu cada um dos sentimentos que o líder sentia só por observar um pequeno gesto ? franzir do cenho, morder do lábio, desviar dos olhos. E também descobrira como livrá-lo de alguns sentimentos ruins.

    Como fizera naquele momento.

    O General havia ficado furioso por causa da falta de fé de seus soldados, e quando Vincent pressionara Cloud, apenas irritou-o ainda mais. O Sargento descobrira sem querer que, bastava tomar as rédeas das carícias para que o General ficasse mansinho.

    Por isso beijara-o daquele modo possessivo e firme, porque era daquilo que Sephiroth precisava naquele momento: extravasar.

    Quando Cloud sentiu que ele agora estava bem, e poderia resolver toda aquela situação com calma, entrelaçou seus dedos nos dele, beijando a palma da mão morna e puxou-o levemente na direção da porta, sendo acompanhado pelos olhos de todos em si.

    Não ligou, e sorriu quando foi abraçado pela cintura pelo General, que envolveu-o com o braço livre, beijando cada um dos nós de seus dedos enquanto caminhava colado ao menor, sorrindo satisfeito.

    ? Venham! ? ordenou Sephiroth rapidamente ao sair pela porta, ouvindo o barulho de vários pés atrás dele.

    Para onde eles iam? Para a arena de combate onde Cloud e Kadaj haviam lutado uma vez, no teste de ingresso do rapaz.

    ? Para onde vamos? ? questionou Cid desorientado.

    ? Para a arena ? respondeu Cloud prontamente.

    ? E por que vamos para a arena? ? tornou a perguntar, agora curioso.

    ? É o que estamos tentando descobrir: os motivos do General ? replicou Vincent irritado, cruzando os braços sobre o peito.

    ? Basta que vocês obedeçam ao General, nada mais importa ? murmurou Albert baixinho, atraindo a atenção de todos ? menos do casal de pombinhos que ia na frente, eles estavam muito focados em si mesmos.

    ? Por que ele está aqui? ? questionou Zack olhando para Vincent enquanto apontava o homem careca com o queixo. O Coronel deu de ombros.

    ? Quem é ele? ? perguntou Cid confuso, olhando do Coronel e do Tenente para Albert e Tseng. Ninguém respondeu, o que fez Kadaj suspirar.

    ? É Albert, Pesquisador-Chefe do laboratório geral de FF ? explicou o secretário do Coronel.

    ? Ex-Pesquisador-Chefe ? exclareceu Sephiroth indiferente. ? O Pesquisador-Chefe atual é a Tifa Lockhart.

    ? Como é? ? perguntou Zack, surpreendido ao ouvir o nome de sua namorada.

    ? Não está feliz? Ela foi reconhecida por sua ajuda eficiente no grupo ? comentou o General ácido.

    ? Não, quer dizer? ? começou Zack embaraçado, mas foi cortado pela exclamação de fúria do Coronel.

    ? Você retirou Albert de seu posto e colocou a Tifa sem nos consultar? ? gritou Vincent.

    ? Acha que ela não está apta? ? questionou o General curioso, virando o rosto para fitar o amigo.

    ? Acho que você está abusando do seu poder. Essas decisões são tomadas em conselho, não quando você bem quer? ? Vincent estava soltando seu sermão de ?somos um grupo todos opinam?, mas os fatos a seguir o obrigaram a calar-se.

    Em um instante Sephiroth estava abraçado a Cloud, no outro ele estava pressionando Vincent na parede. Os dois possuíam a mesma altura e porte físico, talvez até mesmo a força fosse igual, mas em quesitos como poder e presença, Sephiroth ganhava.

    Kadaj até tentou ir socorrer o amante, mas foi barrado por Cloud, que acenou negativamente, segurando-o pelo pulso.

    O resto dos presentes encarava a cena com certo espanto. Nunca haviam visto os dois amigos brigando, o que não significava que eles não brigassem, mas sim que elas aconteciam longe de olhos curiosos.

    Afinal, se o General e o Coronel brigassem, a confiança dos soldados na união do grupo seria abalada.

    ? Escute aqui, seu mimadinho fraco e gay. ? começou Sephiroth, deixando todos, até Kadaj e Cloud, surpresos. ? Sou eu quem mando nessa droga e, se eu disser lamba a sola do meu sapato, você vai lamber. Agora trate de calar a boca ou eu vou fazer o mesmo que pretendo fazer naquele campo de batalha com você! ? ameaçou, soltando o outro e andando para a frente do grupo, pisando duro.

    Surpreso, Vincent deixou que seu corpo relaxasse, e foi amparado por Kadaj, que segurou-o ao abraçá-lo, ou o Coronel cairia no chão, em choque. Cid engoliu em seco, Zack soltou um riso contido ao ver como o Coronel ?tremera de medo? diante do General, Albert balançou a cabeça negativamente e Tseng, pela primeira vez, se pronunciou:

    ? E todos os esforços de Cloud para aliviar a tensão do General foram por água abaixo. ? e aproximou-se de Cloud, chamando-o para continuarem caminhando. ? Deixe o General um pouco sozinho, ele tentará se acalmar.

    Cloud concordou, conversando sobre outro assunto com Tseng, mas seus olhos não abandonaram em momento algum as costas do General, que andava alguns passos à frente, sério e perdido em seus próprios pensamentos.

    Albert, Zack e Cid foram rapidamente atrás dos três, e Kadaj e Vincent ficaram mais atrás, caminhando mais devagar. O Subtenente fez o que pôde para distrair o amante, e até funcionou, fazendo-o rir algumas vezes, mas o Coronel estava distante e meio pensativo.

    Kadaj sabia que não era hora de questioná-lo, julgá-lo ou brigar com ele por causa de seu comportamento. Era melhor deixar ele mesmo analisar o que havia feito. Ter ido contra o General, questionando seus atos, fora um erro. Todos sabiam o quanto Sephiroth priorizava a opinião geral e, se ele fizera algo por si mesmo, sem consultar ninguém, era porque fora realmente necessário.

    O Subtenente acreditava no líder e sabia que ele explicaria em breve o que estava acontecendo.

    Sephiroth era justo e leal aos seus.

    Tseng parou ao lado do General e observou a arena à sua frente.

    ? Já está tudo pronto, Senhor ? disse em voz alta, calando-se diante do acenar positivo do líder.

    ? Ótimo. Vocês: vão para os seus lugares. ? ordenou encarando Zack, Vincent e Cid. Eles assentiram, caminhando até as cadeiras onde sentaram na última vez que entraram na arena. Kadaj parou ao lado da cadeira do Coronel, onde era o lugar do secretário dele. ? Como eu não estarei sentado na minha poltrona, permitirei que você, como meu amante, sente-se nela para apreciar o show ? disse Sephiroth para o Sargento.

    ? Você tem certeza de que é necessário tudo isso, Sephiroth? ? questionou Cloud apreensivo. A mão grande que acariciou seus cabelos loiros passava conforto.

    ? Eu não tenho certeza de mais nada, Cloud. ? contou o General baixinho, abraçando forte o rapaz, procurando consolo. ? A única coisa que quero é proteger esse grupo com unhas e dentes. Independente do que for necessário fazer por ele, eu farei. Eu sinto pelo modo como as coisas acabarão, mas não vejo outra alternativa.

    ? E como está o seu coração? ? questionou o rapaz, erguendo os olhos para que eles se fixassem nos do General. Sephiroth sorriu resignado, não conseguia ganhar daquele rapaz.

    ? Ele sobreviverá para contar a história. Eu sei que você ficará de prontidão para recolher os cacos dele. ? respondeu divertido, achando fofa a carranca de Cloud. ? Eu estou contando com você. Não hesite em detê-lo, puni-lo ou barrá-lo. Pense que, independente do que ele é, fez algo que não devia e que, se tivesse dado certo, teria prejudicado uma nação.

    A última frase do General entrou pelo ouvido do rapaz e ricocheteou por todo o seu corpo, mente e alma, repetindo-se diversas vezes para que ficasse cada vez mais clara.

    Cloud não havia pensado nos efeitos que aquele ato causaria em Avalanche.

    Mas Sephiroth havia pensado, e era por isso que ele estava ali, preparando-se para fazer algo que nunca imaginou que faria. E também era por isso que ele era o General de FF.

    O jovem Sargento notou o quão patético era em comparação ao General. Aquele homem altivo e caridoso não deixara nenhum detalhe escapar. Carregava um fardo enorme em suas costas, um fardo que nem Cloud podia imaginar.

    Balançou a cabeça, afastando qualquer pensamento tido anteriormente.

    Sephiroth estava certo em fazer o que faria e precisava do apoio dele. Era o único que sabia o real motivo por trás do que aconteceria naquela arena.

    Decidido, aproximou-se do General, apoiou-se no peito dele, erguendo-se na ponta dos pés, e deu-lhe um beijo longo e casto nos lábios, antes de dizer ?tome cuidado? e marchar até a ala dos cinco grandes de FF e sentar-se na poltrona maior que havia, a poltrona do General.

    Aquilo causou um burburinho na multidão, que não acreditava na ousadia do mísero Sargento em sentar-se na cadeira do Senhor de FF.

    Mas a falação não demorou muito para acabar. No momento em que um Reno com roupas de batalha foi escoltado por Brucios e Cornélius para o centro da arena todos aquietaram-se.

    Fazia uma semana desde a última vez que Cloud o vira.

    Depois do dia da batalha contra o exército CI, de Tempestade, de todos os acontecimentos que se sucederam à batalha, e da descoberta de Cloud, sete dias haviam se passado.

    Era o primeiro dia desde que os soldados haviam decidido voltar para a mansão de FF, cansados da folga dada devido à batalha. Alguns haviam chegado três dias atrás, outros um dia atrás e alguns apenas há algumas horas, mas a decisão de Sephiroth em reunir todos na arena foi ?repentina? e seus motivos desconhecidos por praticamente todos.

    Tseng, que fora o responsável pelo anúncio e pela ordem de escolta a Reno, apenas sabia o que todos sabiam. O único ciente dos motivos era o amante do General. E, aliás, todos desconfiavam que ele sabia. Ele existia para isso: ser o receptor das reclamações do General.

    O que Cloud sabia não era muito mais do que todos sabiam, a única diferença era os pequenos detalhes que faziam tudo se encaixar.

    Por exemplo: Cloud sabia que Sephiroth pretendia matar Reno ali no campo de batalha, diante de todos, e sem lhes dizer nada. Depois, quando todos estivessem chocados, contaria tudo a eles.

    Bem, o Sargento não sabia o que era tudo, mas sabia que envolvia o que ele havia revelado, o que Albert revelara e o que ele já sabia sobre Reno ? parecia que o General andava desconfiado do Tenente-Coronel.

    Aquele meio tempo em que os soldados estiveram longe de FF foi bem diferente de todos os dias que Cloud havia passado ali. Sephiroth levantava cedo, se arrumando com roupas casuais. Se despedia lenta e deliciosamente do Sargento e saía, deixando o rapaz sozinho ali.

    Eles não se viam até o almoço, onde Sephiroth não estava em canto nenhum da mansão ? não nos que Cloud procurara ? e o rapaz ficava procurando-o por ali ? apenas nos dois primeiros dias.

    Almoçavam juntos, conversavam um pouco e Sephiroth sumia novamente, voltando só no jantar. Os dois jantavam, namoravam e depois iam dormir. Seguiram aquela rotina que, na verdade, não era ruim, porém incomodava o rapaz. Quer dizer, toda vez que perguntava onde o General estivera ele dizia que estava ocupado resolvendo algo.

    Quando Cloud questionou o quer era, Sephiroth manteve-se quieto. E, em um momento de aflição, o Sargento explodiu. Perguntou se o problema era ele, se o líder se cansara dele, se não era melhor os dois se afastarem.

    E o mais velho riu. Riu muito, chegando a tossir pela falta de ar que lhe acometera logo em seguida ao riso.

    Ainda rindo o General puxou Cloud para si, cobrindo-o de pequenos beijos, sorrindo aliviado para o rapaz. Puxou-o para a cama e deitou-se, colocando o rapaz sobre si.

    ?Eu estou resolvendo todos os preparativos para a retirada de Reno do nosso meio?. Disse o General indiferente. ?Tudo está sendo feito para ser exibido publicamente, na presença dos soldados de FF e para que não haja nenhuma dúvida sobre a minha decisão.? Explicou dando fim à conversa.

    Quando Cloud viu Reno ser deixado na arena, e Cornélius e Brucios saindo por uma porta lateral, indo para a arquibancada, juntando-se aos outros soldados, soube que, naquele momento, tudo mudaria.

    ? Olá a todos. Sejam bem-vindos à batalha épica entre o General Sephiroth e o Tenente-Coronel Reno de FF. A batalha do momento será de vida ou morte. Quem vencer sai vivo da arena ? anunciou Sephiroth à arquibancada, sorrindo satisfeito ao ver a expressão de confusão no rosto dos soldados.

    ? O que está havendo? ? perguntou alguém na multidão.

    ? Reno almeja vencer o líder de FF. Ele se diz mais forte do que eu e mais capacitado, ao ponto de derrubar o Senhor das Guerras. Eu estava dando-lhe o privilégio da dúvida, mas, como preciso de uma diversãozinha, deixá-lo-ei lutar comigo e descobrir que o seu lugar é embaixo dos meus pés ? respondeu o General cinicamente, ouvindo um murmurar por parte de Reno.

    ? Você está muito confiante de que ganhará ? comentou Reno sorrindo falsamente.

    ? Tanto quanto você, mas, ao contrário de você, que é um perdedor, todos sabem que eu sou forte ? anunciou o líder, apontando para o brasão em seu uniforme que indicava que ele era o General.

    ? Passando por cima do sistema com a ajuda do paizinho quem não se torna General? ? ironizou Reno, dando um passo para trás ao ver a expressão de fúria no rosto de Sephiroth.

    Vincent se remexeu onde estava, inquieto. Não entendia o que aquilo queria dizer; quer dizer, o General e o Tenente-Coronel brigavam, mas sabia que o comportamento de Sephiroth estava estranho. Contudo, o que o deixou realmente apreensivo foi o comentário de Reno. Sabia que ele havia tocado em um assunto muito delicado e que acordaria a fúria de Sephiroth.

    ? Muito bem. Saque sua espada e veremos se eu cheguei onde estou, e principalmente se me mantive onde estou por tanto tempo, por causa do poder do meu pai. Aliás, até mesmo no quesito berço você é um fracassado ? disse Sephiroth friamente.

    Foi a faísca que faltava para que o fogaréu se tornasse uma queimada. Aquela troca de carinhos era a última gota d?água em um copo já no seu limite.

    E quando as chamas tocaram o céu, e a água escorreu do copo para a superfície onde ele estava apoiado como a água de uma cachoeira chega ao rio, foi quando aquela batalha que, para todos não havia sentido, começou.

    Reno, com sua espada desembainhada, correu na direção do General, atacando-o de frente, porém seu ataque foi absorvido por um de Sephiroth. Os fios das espadas causavam um tilintar que ecoava pela arena.

    Não havia um pio. Ninguém dizia nada, e as respirações eram soltas lentamente. Os cinco grandes de FF ? que não estavam em cinco ? mantinham seus olhos vidrados na cena que se desenrolava diante deles. Ninguém entendia nada.

    O que estava havendo? Por que o General e o Tenente-Coronel estavam brigando? Quais eram os motivos que levaram Sephiroth a manter Reno preso em seu quarto, sendo escoltado ao sair dele, vestir o uniforme de batalha e empunhar sua espada para lutar com ele? O que havia acontecido em FF nos dias em que todos estiveram fora, inclusive o Coronel, seu amante, Zack e Cid?

    O que havia acontecido entre o General e o Tenente-Coronel enquanto o exército de FF estava de férias que fez uma batalha formal ser solicitada valendo a cabeça do perdedor?

    Todos se perguntavam, mas nenhuma resposta era dada. E enquanto eles assistiam à luta confusos, Sephiroth e Reno trocavam golpes no centro da arena.


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