Nunca irei te perder

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    Capítulos:

    Capítulo 2

    Angústia de um sonho

    Nunca irei te perder

    Capítulo 2: Angústia de um sonho

    No sonho Sakura corre por uma longa floresta com enormes e tenebrosas árvores. A escura floresta a faz cair pela falta de luminosidade. No chão, ela se senta, imóvel, em silêncio, fitando uma sombra que se aproxima e vai tomando forma, revelando a figura de um garoto com vestimentas chinesas, ao qual Sakura reconhece só ao sentir sua presença, que passa de mãos dadas com uma garota, a qual ela apenas consegue ver o sorriso. O pequeno rapaz passa por ela sem lhe encarar, baixa a cabeça e fala enquanto segue caminhando:

    Syaoran: Desculpe, nada posso fazer...

    Quando Sakura vê seu amado sendo levado por outra, ela desaba em prantos, tentando reverter a angustiante situação.

    Sakura: Não Syaoran! Volte!! Não me deixe! Não vá! Eu suplico!!

    O garoto apenas se vira e lhe dá o mais confortante sorriso que poderia, voltando a caminhar em direção ao fundo da floresta, e desaparecendo através da escuridão, ao lado de uma garota que não era ela. Syaoran, seu pequeno lobo, amava outra.

    Sakura: Não!!! Syaoran!!! Volte!!!

    O pesadelo fazia Sakura se debater e chorar desesperadamente em cima da cama, onde Kero foi socorrê-la.

    Kero: Acorda Sakura, é só um pesadelo!

    Sakura continuava gritando por Syaoran, fazendo Kero perceber o que estava acontecendo.

    Kero: Maldito clã... Acorda Sakura! Acorda!!!

    Sakura acorda com um sobressalto, e encharcada de suor observa a preocupada face de Kero.

    Sakura: O... o que... o que houve?

    Kero: Calma Sakura, foi só um pesadelo... calma...

    Sakura: Pesadelo? Pesadelo? Sonho... foi só um sonho...

    Pela mente da aflita garota passa novamente e novamente a imagem tão angustiante que vira.

    Sakura: Não...não foi sonho Kero! Foi uma previsão! Kero! Foi uma previsão!!

    Kero: Mantenha a calma!! O que você viu? Me conte...

    Depois de Sakura ter contado tudo.

    Kero: Hum...

    Sakura: Foi Kero! Foi uma previsão! Foi horrível! Eu nunca me senti tão desesperada em toda a minha vida! Me ajuda, Kero!

    Ao ver Sakura em tamanho desespero, Kero teve que mentir para suavizar a aflição da garota.

    Kero: Sakura! Não entre em pânico! Você pode ter previsões nos sonhos, mas isto não quer dizer que você também não possa ter sonhos e pesadelos normais, como outra pessoa qualquer.

    Passando suavemente a manga do pijama pela face, ela secava o suor, rezando para qualquer força suprema que o que seu guardião estava dizendo pudesse ser verdade.

    Kero: Você está bem, Sakura?

    Sakura: Tudo bem agora Kero, não se preocupe.

    O coração de Sakura parecia que a qualquer momento iria saltar pela boca.

    Kero: Sakura, você ainda tem mais uma hora antes de seu pai te chamar para tomar café e ir para o colégio.

    Sakura: Eu sei, acho melhor já ir me levantando e fazer meu próprio café.

    Kero: Aproveite e durma mais um pouco.

    Ela realmente não tinha vontade alguma de continuar dormindo, tamanho tinha sido o susto. Mas ela se mantinha o mais normal que podia, para não preocupar seu querido guardião.

    Sakura: Não, eu não tô mais com sono. Quer alguma coisa pra comer, Kero? Aproveita que eu vou lá na cozinha.

    Kero: Há, há, há, há! Tá perguntando pro macaco se ele quer banana! Ainda sobrou um pedaço daquele pudim que seu pai fez ontem?

    Sakura: Ai Kero, você vai comer pudim a essa hora da manhã??

    Kero: Sakura, querida Sakura, pudim pra mim poderia ser refeição de hora em hora.

    Sakura: Tá... eu vou ver se tem...

    Ela põe as pantufas e desce devagar as escadas, para não acordar seu pai, mas, para sua surpresa, seu pai já estava acordado, e com o café quase pronto.

    Fujitaka: Já acordada tão cedo, pequena Sakura?

    Sakura sorri.

    Sakura: Bom dia papai!

    Ela vai até a pia, fingindo que toma um copo de água.

    Sakura: Pai, eu vou subir pra me arrumar.

    Fujitaka: Tudo bem, filha.

    Sakura sobe as escadas correndo e vai até o quarto, onde fecha a porta e se dirige até o armário, de onde tira o uniforme, enquanto fala com Kero.

    Sakura: Sinto muito Kero, mas seu pudim vai ter que esperar até depois do almoço. Meu pai já está acordado, e vai achar estranho eu pegar um pudim e trazer pro quarto, dizendo que é pra mim comer.

    Kero: Aaaah.... que pena! Então...

    Sakura: Ai, ai, ai, então o quê, Kero??

    Kero: Você vai ter que me dar DOIS pedaços depois do almoço pra compensar o de agora, né?

    Sakura: Tá... tá bom... êta gula!

    Sakura de se vestir e desce até a cozinha.

    Fujitaka: Se vestiu rápido, hein?

    Ela sorri e se senta à mesa, mas estranha não ver Touya.

    Sakura: Papai, o Touya ainda não acordou?

    Fujitaka: Daqui a pouco ele deve estar descendo, é que foi você que madrugou, né?

    Sakura dá uma risadinha sem graça. Ela ouve passos descendo as escadas e presume ser Touya. Aproveitando a chance única, pega a xícara em uma mão, o jornal na outra, e fazendo um tom superior, imita Touya.

    Sakura: Bom dia, monstrengo, atrasado como sempre. Falando nisso, você poderia ser mais sutil? Parece um rinoceronte descendo as escadas, e o papai não tem dinheiro prá ficar consertando os degrais que você quebra todos os dias.

    Ela acaba a imitação e ri satisfeita com a própria imitação de Touya.

    Touya: Há! Há! Há! Nunca ri tanto na minha vida...

    Fujitaka: Parece que hoje inverteram os papéis, hein?

    Sakura dá um sorriso e começa a tomar o café junto com seu irmão e seu pai. Depois de acabar, se levanta e vai até a pia, colocando a louça lá, voltando para a mesa e retirando a mochila da cadeira, colocando-a a segir nas costas.

    Touya: Já vai? Mas ainda é cedo!

    Sakura dá um sorrisinho sem graça.

    Sakura: Eu sei, eu vou dar uma passeada para pensar um pouco.

    Fujitaka: Mas não se atrase pra escola, minha filha!

    Sakura: Pode deixar, papai.

    Sakura põe os rollers antes de sair, e vê Touya se aproximar.

    Touya: Você vai ir sozinha mesmo?

    Sakura: Vou...por quê?

    Touya: Não sei, é que você sempre quer ir comigo pra...hmm... ver o Yukito.

    Sakura: Não se preocupe, Touya, eu só vou dar um pequeno passeio. Dá um oi pro Yukito por mim, tá?

    Touya: Hmm... tá...

    Sakura abre a porta, sai e a fecha, deixando um Touya um pouco preocupado em casa. Touya volta para a mesa para ajudar seu pai com a louça.

    Touya: Podia ser qualquer coisa, qualquer outra coisa, mas não, tinha que ser o maldito moleque...

    Fujitaka: Falou algo, Touya?

    Touya: Não pai, nada... não disse nada.

    Touya parece que sabe o que a nossa querida Card Captor está sentindo, mesmo sem ter mais seus poderes. Será coisa de irmão ou ele ouviu algo durante a noite? O que espera Sakura no primeiro dia de aula na 7ª série?

    Essas e outras respostas no próximo capítulo...

    CONTINUA...


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