Arrest The Memory

Tempo estimado de leitura: 44 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 3

    Impulsos

    Bissexualidade, Heterossexualidade, Homossexualidade, Incesto, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Suicídio, Violência

    HUEUEUHEUHEUHEUH` agora eu dei de atualizar essa estória em longos períodos de tempo XD

    mas eu tava pensando no desenrolar dela kkkkkk pra quem a acompanha, por favor, não fique zangado ^.^'

    e também.. eu estava assistindo D-Gray Man. Fiquei concentrada u_u

    vou fazer o melhor que posso pra deixá-la legal '3'

    aah kkkkk pelo título do capítulo ja se tem uma ideia do que vai acontecer, né? XP

    Tá, chega de enrolation!

    Se houver algum erro de português, POR FAVOR, me corrijam.

    Boa leitura! o9

    Eu fecho meus olhos, sabendo que é tarde demais.

    3 horas antes da viagem

    Todos estavam na residência de Miku arrumando suas malas. Decidiram que fossem juntos de lá para que não houvesse tempo a perder indo de casa em casa buscando tantos vocaloids, já que mais de 14 vocaloids iriam.

    O local estava uma bagunça! Rin e Len corriam pelos corredores da enorme mansão atrás de um gambá que haviam achado no jardim; Meiko roubava todo o estoque de bebida alcoólica do barzinho da casa; Luka jogava todos os livros da biblioteca no chão, pois estava "separando" dos demais os que já havia lido; VY2 estava nos varais de roupas procurando lençóis rosa; Gumi estava brigando com Mikuo pela televisão, já que a menina queria usá-la como karaokê e o irmão de Miku queria usá-la para jogar vídeo-game; Prima estava desenhando no chão - porque os papéis ao seu lado já estavam lotados, e Miku corria atrás de Gakupo e Kaito - que brigavam por um motivo, aparentemente, sem noção - enquanto tentava manter a ordem na casa. Tentava.

    Kiyoteru subiu na mesa da cozinha e tocou uma espécie de gongo que fez todos pararem o que estavam fazendo e olharem para ele, que sorriu ajeitando os óculos. Miku subiu ofegantemente na mesa e ficou ao seu lado.

    - Eu só queria perguntar se todos já arrumaram as malas. - sorriu sem graça.

    - Já! - disseram em coro e voltaram a fazer o que faziam antes.

    Uma gota desceu pela testa da garota que pôs ambas as mãos no rosto e sentou-se, ajeitando a franja atrás da orelha. Novamente, uma pessoa tocou o gongo mas esta foi VY1, que olhou para todos de uma forma assustadora.

    - Se querem agir como animais melhor procurarem um zoológico. - disse e sentou-se na mesa, começando a meditar.

    Miku sorriu e agradeceu imensamente a garota ao seu lado e virou para os outros.

    - Temos que decidir quem vai dirigir ambas as vans. Não podemos levar mais de 14 pessoas em um carro só.

    - Eu! Vou virar Ayrton Senna na rua! - VY2 pôs a língua do lado de fora e tocou sua guitarra, que antes estava ao seu lado.

    - Acho que não precisamos de tanta pressa assim, VY2-kun - Miku sorriu forçadamente.

    - Então, eu! Eu, Miku-chan - Len levantou o braço e sorriu.

    - Gomen, Len-kun. Você só tem 15 anos. - Miku passou a mão nos cabelos do mais novo, que fez um bico de indignação.

    - Então, eu. - Kiyoteru levantou a mão, ainda sorrindo. - Aprendi a dirigir apenas lendo meus livros.

    - Eu também! - Luka irritou-se. - Acha que lê mais do que eu, tch. - virou o rosto para o outro lado.

    - Então.. - Miku puxou uma prancheta de Deus sabe onde e marcou um "x" nesta - Kiyoteru-kun dirige a primeira van. Quem vai dirigir a segunda?

    - Eu! - Gakupo e Kaito disseram ao mesmo tempo e se olharam irritados.

    Gumi e Rin caíram cansadas no chão, uma gota descia da testa das duas.

    - Até nisso, meu Deus. Deem folga à essas discussões, por favor.

    Miku apoiou o queixo em uma das mãos e o cotovelo na mesa e analisou os dois.

    - Hmm.. Kaito-kun! Você dirige. - sorriu timidamente.

    - Há! Toma! - Kaito apontou para o outro, que o olhou irritado.

    - Calado, BaKaito!

    Todos da sala caíram no chão, exceto os dois.

    - Que raios de apelido é esse? - Luka massageava as têmporas.

    Miku chamou os dois para ajudarem a levar as malas para dentro das vans.

    Ficou decidido que Kaito e Kiyoteru iriam guiar as vans, e 8 pessoas iriam em cada uma, contando com os motoristas.

    10 minutos antes da viagem.

    Kaito estava no quarto de Miku arrumando a bagunça dos gêmeos Kagamine. Sua cabeça estava longe, e uma pequena vontade parecia não lhe abandonar. Quando terminou, saiu do quarto e foi até a cozinha pegar um copo d' água. Quando se virou, ouviu duas vozes conhecidas e virou um pouco o pescoço, vendo Luka e Gakupo chegar com caixas para bebidas e comida. Permaneceu de costas.

    - Gackpoid-kun, você vai comigo, né, né? - sorriu Luka, se abraçando ao braço do outro.

    - Hã... S-sim. - Gakupo sorriu docemente. - Em qual van você vai?

    - Aah, qualquer uma. A que você quiser. Ja ne! - ela colocou as caixas vazias em cima da bancada, beijou o rosto do outro, e saiu saltitando.

    Segundos depois, Kaito deixou o copo cair. Gakupo se virou assustado e, só percebendo a presença do outro agora, sorriu sadicamente.

    - Ah. Bakaito. Então era aqui que você estava? - se ajeitou sentando em cima da bancada, junto das outras caixas. - Eu quero perguntar uma coisa.

    Kaito pegou uma pequena vassoura e pôs-se a juntar os cacos de vidro, e nada respondeu.

    - Qual a van que você vai dirigir? - Gakupo perguntou.

    - A preta.

    Havia uma van preta, que pertencia à Miku, e outra verde, que pertencia à Mikuo.

    - Ah! - suspirou - Então eu vou na verde. - Gakupo riu. - Ass...

    Kaito olhou para ele com um olhar assustadoramente sério para alguém de personalidade explosiva e alegre. O outro engoliu em seco.

    - ...A-assim você vai se livrar de mim. - ele continuou saindo da bancada.

    Kaito normalizou a expressão e mudou para uma divertida.

    - Ótimo! Assim eu não preciso ficar na mesma que você! - riu. - E nem ouvir sua voz de gripado.

    - O quê? Oras seu... - Gakupo pegou na gola do outro e ia lhe dar um soco, quando Rin apareceu.

    - Nãão~ - tentou separar os dois. - Miku-sama está nos chamando. - Rin disse, com os olhos já marejados.

    - "Miku-sama"? - Kaito arqueou a sobrancelha. - Menina.. Você está sendo feita de escrava? - pôs as mãos sobre o rosto em sinal de espanto.

    - Não, idiota. - Gakupo socou a cabeça de Kaito. - Ela só é mais respeitosa que você.

    - E mais decente que você! - retribuiu furioso.

    - E mais educada que você!

    - E mais.. - Kaito foi interrompido pelas mãos de Meiko que puxaram sua orelha, e as de Gakupo também.

    - Que saco! Não posso deixar nem mesmo uma menininha perto de vocês dois que já infernizam a vida da coitada, droga! - Meiko os arrastou pra fora onde todos já iam para suas respectivas vans. Rin os seguiu, saltitando.

    - Ah! Kaito-kun, Gakupo-kun e... - Miku sorriu, mas logo outras gotas desceram pela sua testa ao ver o estado de Meiko. Ela estava bêbada antes mesmo de começar a viagem. - ...Meiko-chan.

    Os dois rapazes ficaram de costas um pro outro, irritados. Luka chamou Gakupo, que foi até ela rapidamente. Kaito virou-se e seus olhos, por um instinto, arregalaram-se levemente. Meiko o puxou para onde os dois estavam e o obrigou a dirigir a van.

    - O quê? Gakupo vai nessa van? - Kaito gritou.

    - O quê? Eu vou nessa van? Vamos, Luka - Gakupo a puxou para a verde, mas Miku os empurrou.

    - Não, não! A outra está lotada. - mostrou a van verde, onde VY2 tocava sua guitarra, deixando até mesmo os vizinhos surdos.

    Ele entrou sem questionamentos e observou quem estava dentro.

    Lá se encontravam Rin, Len (obviamente), Meiko, Miku, Luka, Gumi, Kaito e ele próprio. 8 pessoas, seus amigos mais íntimos.

    - Pisa fundo, sorvete ambulante! - Meiko gritou e Kaito riu, pisando até o fim no acelerador.

    6 horas depois

    A duração de viagem até as florestas do Canadá seria de 2 dias. Kaito e Luka trocavam de turno a cada 2 horas, já que o azulado cansava rápido demais. E do jeito que as coisas iam, provavelmente, a van não aguentaria aquela desordem até lá.

    - Socorro, Miku-sama! Len já vomitou 10 vezes aqui! - Rin chorava alto, ao lado do irmão no pequeno banheiro na van.

    - Ninguém mandou esse pirralho comer tanto Cheetos. - Kaito riu, observando tudo pelo retrovisor.

    - Espera, estou indo, Rin-chan. - Miku "escalava" o tanto de malas que tinha no corredor da van. Só as de Meiko, que era bem vaidosa, já dava 2/4 do total de malas.

    - Aah não! Eu sou emetofóbica! - Luka se agarrou ainda mais à Gakupo, o que já estava fazendo há horas, e tapou os ouvidos.

    Gakupo suspirou e passou a mão em seu cabelo. Kaito guiou os olhos pelo retrovisor até os dois.

    - Tá tudo bem, ele não vem pra cá. - sorriu Gakupo.

    - Mas o som... Hidoi~ - Luka o abraçou.

    Miku voltou do banheiro e caiu cansada no banco do passageiro, ao lado de Kaito. Botou o cinto e o observou timidamente e discretamente. Depois de um tempo, viu que seu olhar ia da estrada para alguém atrás de si, e ele já começava a ficar com uma expressão fria. Virou lentamente sua cabeça para trás e viu as insinuações de Luka com Gakupo.

    - Gackpoid-kun~ Você gosta de Romeu e Julieta?

    - Hã... Sim. É uma história bonita. - o garoto sorriu sem graça, aquilo não tinha fim?

    - Sim~ - Luka sorriu, mas mais parecia miar do que falar. - Ne, Gackpoid-kun...

    - O-oi?

    - Posso beijar sua bochecha? - Luka sorriu timidamente e batendo os dois dedos indicadores.

    - Er... Eu-

    Quando Gakupo ia responder a van sacudiu de um lado pro outro, em zigue-zague. Miku caiu pra trás e pra cima das malas. O mesmo aconteceu com Luka, que foi parar do outro lado. Gakupo se segurou com força na janela, e só caiu de mal jeito quando o movimento parou.

    - Foi mal, tinha um gato, um elefante, um leopardo, um pato e um rinoceronte passando na pista e eu não quis atropelá-los. - Kaito sorriu.

    Àquela altura, Len já estava recuperado e se espantou com a desculpa mais do que obviamente inventada de Kaito. Rin estava quase inconsciente do seu lado, e foi a vez de Gumi ir pro banheiro. Meiko se levantou de debaixo das malas e começou a estapear Kaito, que quase bate a van em uma árvore.

    Len se levantou e sorriu em direção à Gakupo, que o olhou confuso.

    - O que foi, bananinha?

    - N-a-n-d-e-m-o-n-a-i. - Len soletrou e pôs um dedo na boca, rindo cinicamente.

    Miku se escondeu olhando para todos.

    - Vocês fizeram algum pacto com o demônio?

    - Nós que perguntamos isso. - Meiko jogou o sapato de Gakupo (?) na testa da garota de cabelos verdes. - Você é a mais famosa daqui e depois diz que nós vendemos a alma pro capeta em troca de fama?!

    - D-desculpem-me. É que eu os achei muito... - olhou curiosamente para Kaito - alterados hoje.

    2 horas faltando para o acampamento

    Luka e Kaito trocaram de turno.

    - Meu Jesus Cristo, que tédio! - Len falava com a boca pra fora. - Meus dedos estão com calos só de jogar vídeo-game.

    - E pensar que você faz isso o dia inteiro lá no Japão. - Luka sorriu forçadamente.

    Kaito 'fingia' ler uma revista de notícias canadense. Não sabia ao menos falar inglês, o que atraiu mais olhares desconfiados de Len. Kaito observava o samurai de cabelos roxos, que dormia tranquilamente em um futon branco, no canto da van. Já estava escuro e logo todos foram dormir, permanecendo apenas Luka acordada. Havia uma pequena janela que separava o local onde estava o motorista de onde estavam os passageiros, e esta se encontrava fechada, impossibilitando Luka de ver os amigos e o mesmo para estes.

    No meio da noite, Kaito se levantou vagamente e foi até Gakupo. Observou o rosto sereno do samurai ao dormir. "E pensar que alguém tão calmo dormindo virava o demônio acordado", Kaito sorriu com estes pensamentos. Uma mecha de cabelo caía em direção ao nariz do outro, Kaito a ajeitou e seguiu o olhar deste local até os lábios do maior. Tocou-os com a ponta dos dedos, eram levemente finos e podia sentir sua respiração calma saindo destes. Gakupo fez um leve movimento, o que fez Kaito se assustar e cair pra trás.

    Olhou para trás para ver se não havia acordado ninguém. Ninguém se mexeu. Olhou para Gakupo e este somente se ajeitou melhor. Sorriu serenamente e voltou para seu futon, dormindo alguns minutos depois. Len que observou Kaito sair de perto daquele com quem mais discutia, no meio da noite, sorriu sadicamente. Acabara de confirmar suas suspeitas.

    - Hn? Onii-san? ? Rin levantou o rosto e virou para o irmão. ? Tudo bem?

    - Ah. Sim. ? Len sorriu e beijou a testa da irmã. ? Volte à dormir.

    Ambos se viraram e voltaram à dormir.

    Chegada às 6h30 da manhã

    Luka respirou fundo e gritou com todas as forças:

    - Acordem, seus preguiçosos!

    Observou o estado dos amigos e viu apenas Gakupo sair do banheiro, com o rosto aparentemente molhado e bem disposto. Meiko jogou dois travesseiros na amiga de cabelos rosas e outro, mesmo ainda sem se saber o motivo, em Miku. Rin levantou primeiro com as pernas, seu corpo continuou deitado. Len se assustou e tremendo, pegou um crucifixo do bolso, apontado para a irmã. Kaito moveu apenas a ponta dos dedos, mais parecia estar morto e enfiado no meio de um monte de bichos de pelúcia. Miku coçou os olhos e e esticou os braços para o alto, arrumou o enorme cabelo e sorriu para todos.

    - Bom dia, minna-san! - quando abriu os olhos, uma gota desceu pela sua cabeça ao ver a situação, que permanecia a mesma. Já começava a achar que precisaria contratar um psicólogo.

    Quase 1 hora depois

    Todos das duas vans já estavam de pé, mas não totalmente bem dispostos, principalmente Kaito, VY2 e Meiko. Miku disse que primeiro precisavam armar as barracas no local para depois irem brincar e se divertir, todos suspiraram cansados. As folhas caíam na areia úmida pela água da chuva, havia chovido noite passada. O ar era refrescante e leve, e as árvores se encontravam bem próximas de onde todos estavam. Os galhos atingiam elevadas alturas e se ramificavam como raízes, mas com folhas que ainda insistiam em aparecer ao alto. Foi essa paisagem que Kaito observou por alguns segundos, inspirou e expirou o ar calmamente e virou-se pronto para o escândalo.

    - Com quem eu vou ficar? - todos o olharam por um instante e logo continuaram seus respectivos trabalhos, o que formou uma gota na cabeça do vocaloid azul.

    Miku havia definido que os vocaloids ficariam em grupos de dois nas barracas, já que não havia barracas o suficiente para todos. Rin e Len seriam exceção, já que eram menores, e ficariam com Meiko.

    Gumi veio trazendo várias lenhas para formar uma fogueira no meio de todas as barracas, e Kaito foi correndo até ela.

    - Ne, ne, Gumi-chan. - arfou. - Kiyoteru me disse que você estava com a organização dos grupos... - tentava normalizar a respiração. - Onde está?

    - Ah.. Isso? - olhou para o lado - Está com ... ele. - sorriu forçadamente e apontou para Gakupo.

    - 'Cê tá de brincadeira, né? - Kaito grunhiu.

    - Se quiser saber, vá lá pegar dele - fechou os olhos e continuou seu trabalho.

    Kaito andou a passos pesados até Gakupo, que se encontrava com uma expressão não muito boa. Na verdade, péssima.

    - K-K...Kamui Gakupo! - Kaito disse entre dentes.

    O outro virou a cabeça com se fosse um robô e o olhou como se estivesse vendo um fantasma ali na sua frente.

    - Que foi? Nunca me viu, não? - Kaito ainda cerrava os dentes.

    - V-Você... - Gakupo adquirira uma expressão extremamente furiosa.

    Kaito se assustou, mas continuou irritado e pegou rudemente a planilha das mãos do outro. Ao ver em que barraca estava olhou para Gakupo da mesma forma. Logo ouviu-se um grito de raiva na floresta inteira, que chegou a espantar pássaros.

    Os vocaloids olharam os dois correrem até Miku e gritarem com a garota.

    - Quem foi a porcaria que fez a porcaria desses grupos??? - Kaito gritou a plenos pulmões.

    Miku estava de olhos arregalados e tremendo. Sentia-se minúscula perto daqueles dois quando estavam com raiva.

    - F-fo...

    - Eu vou matar esse (a) desgraçado (a)! - Gakupo estava com um olhar assustadoramente macabro.

    - Por que estão com tanta raiva? - Miku bateu na testa dos dois, afinal não tinha tanta força para empurrá-los, como Meiko, e nem coragem.

    - Me botaram na mesma barraca que esse bastardo! - ambos falaram em coro e apontaram um pro outro.

    Miku ficou paralisada. Era muita sincronização para dois seres.

    Len surgiu gargalhando alto e apertando a barriga de trás da barraca de Miku. Os três olharam o menino, incrédulos e confusos.

    - Meu Deus, eu não imaginava essa reação maluca! - Len caiu no chão rindo.

    Miku pôs as mãos na boca e virou para os dois ao seu lado, com uma péssima sensação do que estava por vir.

    Gakupo e Kaito estralaram os dedos das mãos e olharam sorrindo malignamente para o garoto loiro.

    - Foi. Você. Não. Foi? - falaram pausadamente e em coro.

    Len parou de rir e viu que estava ficando sério. Havia uma aura negra muito forte em torno dos dois à sua frente, e ambas as borboletas às orelhas estavam piscando e ficando vermelhas.

    - Mata você ou mato eu? - Kaito perguntou para Gakupo, com uma voz demoníaca.

    - Matai-vos! - o sorriso do outro aumentou de orelha a orelha. Len gelou dos fios do cabelo até os últimos vasos sanguíneos dos pés.

    O resto do dia os dois perseguiram e bateram em Len, que à noite precisou de serviço médico urgente por deformações no rosto e queimaduras no corpo.

    À noite, 22h43

    Os vocaloids reuniram-se ao redor da fogueira e estavam conversando e contando histórias de terror. Kaito estava perto de Gakupo, e vez ou outra o olhava, algumas vezes seus olhares se encontravam, e Kaito corava intensamente. Em algum momento, Len inventou uma brincadeira ? após analisar todos presente - que fez os outros rirem, mas concordarem. Ele disse que deitariam um nos ombros dos outros que estivessem ao seu lado direito. E era exatamente onde Gakupo estava, ao lado direito de Kaito.

    Miku pediu para trocar de lugar com Gumi, que estava ao lado de Kaito, que aceitou. Assim, ela deitou no ombro esquerdo de Kaito e sorriu timidamente. Quando olhou pro rosto deste percebeu que ele não prestava atenção à quem estava do seu lado, e estava com o rosto muito vermelho e suando. Rin correu até eles e apontou.

    - Ne, Ne, Miku-sama! Gakupo-kun e Kaito-kun não estão cumprindo as regras do jogo!

    Miku olhou para o lado e viu que Kaito deveria estar deitado no ombro de Gakupo. Este, por sua vez, não tinha ninguém ao seu lado direito. Estava encostado em uma árvore. Miku empurrou levemente Kaito, que olhou para ela assustado. Miku sorriu e seu rosto atingiu um tom rubro ? era um incentivo.

    Kaito encostou-se no ombro de Gakupo, hesitantemente. O samurai o olhou de olhos arregalados, mas o outro nada disse. Len olhou a cena de longe e um sorriso surgiu no canto da sua boca. Kaito completamente vermelho e fixando um ponto qualquer no chão, segurava firmemente a manga da camisa preta do homem ao seu lado. Gakupo, de vez em quando, virava para olhá-lo, seu rosto estava levemente corado e com as mãos em forma de meditação.

    0h00 do outro dia

    Foi preciso que VY2 acordasse todos com sua guitarra, porque a maioria dos vocaloids resolveu dormir na fogueira. Acordaram assustados e, como sempre, brigando. Kaito se dirigiu primeiro à barraca e arrumou suas coisas no canto da mesma, para depois trocar-se. Gakupo entrou na barraca logo depois, com uma expressão de tédio ou sono, que o outro não conseguiu diferenciar. Na frente do outro, Gakupo tirou a camisa preta e soltou os cabelos, que iam até a metade do joelho, ficando apenas com uma calça adidas.

    Kaito arregalou os olhos e paralisou.

    Nunca havia visto o amigo mostrar qualquer parte de seu corpo. Se estivesse com suas borboletas, estariam piscando novamente. Gakupo virou-se e pode ver Kaito descer os olhos de seus ombros até seu abdômen, o que o deixou envergonhado.

    - Oe, BaKaito.

    Aquele tórax definido, onde ele o conseguiu? Havia uma tatuagem de uma cobra soltando fogo no peito esquerdo, bem visível e grande. Os braços fortes e sem pelos, assim como o tronco. As mãos com contornos perfeitos e os vasos verdes e roxos apareciam pela cor tão branca da pele. Os dedos longos, finos e brancos combinavam com a coloração, roxa e típica, das unhas. Kaito desceu o olhar.

    - K-Kaito? ? Gakupo virou-se, quase que completamente, para o outro.

    O vocaloid azul pôs a mão na cabeça, não acreditava que estava tendo esses pensamentos com o corpo de alguém com quem brigava a cada minuto e há anos. Não pode evitar, desceu os olhos até as coxas e depois até os pés? que estavam descalços ? e observou as unhas também roxas ali. Como seriam aquelas coisas por trás da calça? Percebeu o que havia pensado e seu rosto mais pareceu uma pimenta. Nesse momento, Gakupo chutou sua barriga com força e ele quase foi parar fora da barraca.

    - Por que raios você está olhando pra mim desse jeito, seu capeta de asas?! ? gritou.

    Kaito levantou cambaleando com uma mão na barriga e a outra na cabeça. Arregalou os olhos e começou a gritar também.

    - Eu não estava olhando pra você, gelatina de uva!

    - Ah, não? Então agora você tem visão Raio-X?! Ou ficou estrábico?!

    Ambos estavam com o rosto vermelho de vergonha.

    Gakupo se virou e pegou um kimono branco e amarrou com uma faixa roxa e escura. Kaito permaneceu com a expressão inalterada no lugar, mas logo foi se deitar e cobriu o corpo até a boca com o lençol. Havia perdido o sono.

    Ficou acordado até algumas horas da madrugada, não sabia dizer ao certo. Não tinha relógio e seu celular havia descarregado ? esqueceu-se de carregá-lo em casa. Olhou no de Gakupo e estes marcavam:

    3h45 da manhã

    Kaito pensou em não sair dali já que o mínimo movimento poderia acordar o samurai, que parecia gostar muito de filmes de luta e treinava seus instintos, por mais que Kaito achasse isso absurdo. Apenas pensou e logo se moveu dali, indo até o centro das barracas. Não havia ninguém do lado de fora. Deitou-se no chão cheio de folhas mesmo e olhou para o céu.

    Somente ali as estrelas poderiam ser observadas, já que as luzes da cidade o impediam. Eram lindas e via de cores diferentes de branco. Havia lido em um dos livros da Luka uma vez que as cores eram as responsáveis por indicar a temperatura de uma estrela, geralmente a branca é uma estrela mais fria do que uma vermelha. Bateu na cabeça e riu por não ter memória tão falha assim. Ficou mais alguns minutos ali e ouviu um barulho.

    Levantou-se em um salto e pegou um galho no chão.

    - E-Eu não tenho medo de ursos, nem de veados, nem de gambás, nem de esquilos, nem de...

    - E de mim? Você tem medo, Kaito-kun? ? Miku surgiu de trás de uma das barracas, sorrindo.

    - Ah! ? ele sorriu envergonhado e coçou a nuca. ? N-Não. ? Riu.

    - O que faz aqui há essa hora? ? Miku ficou ao seu lado. Estava carregando um cobertor e coçando os olhos.

    - Eu... ? parou. Não poderia dizer a ninguém porque estava ali, já que ele mesmo não sabia o porquê. ? Er... É insuportável ficar com o Gakupo. ? riu sem graça.

    - Meu Jesus! Vocês realmente se odeiam né? ? Miku sorriu com a mão na boca.

    Kaito ia responder quando uma dor estranha atingiu seu peito. Ele ficou tonto e sentiu seus olhos arregalarem-se e encherem-se de lágrimas. Miku arregalou os olhos e o fez se apoiar no seu ombro.

    Sentiu que iria desmaiar e caiu no chão. A última coisa que viu foi um par de pernas andando em sua direção, vindo de sua barraca, do outro lado.

    .........

    Podia sentir um frio gelado bater em seu rosto. Não sabia onde estava e nem por que estava ali. Olhou ao redor e não encontrou seus amigos e nem ?ele?. Mas por que pensara logo ?nele?? O odiava afinal. Viu que estava sem seu cachecol e segurava alguma coisa que não conseguia ver o que era. Olhou novamente ao redor e viu o chão tornar-se negro ao seu redor. Deixou cair o que estava segurando e pôs as mãos no rosto, sentiu sua mente perturbada. Suas mãos tremiam e lágrimas desciam compulsivamente pelo seu rosto, mas estas não aliviavam a dor que estava sentindo no peito. O que era aquela dor? E por que não conseguia olhar sequer para si mesmo? Quando finalmente pode ter um vislumbre do que estava ao seu redor, viu sangue. Muito sangue. Vermelho. Frio. Olhou para suas mãos e viu que estavam cheias deste. Havia matado? Como? Por quê? Quem?

    Foi então que olhou para sua frente. Havia uma pessoa deitada ? leia-se estirada - no chão, mas não teve tempo de ver quem era. As lágrimas vieram com mais força.

    .........

    De manhã

    - Acorda Kaito!

    Sentiu algo muito frio atingir seu corpo e levantou-se num pulo. Viu que havia muitas pessoas perto de si e que havia sido atingido por um balde de água fria. Olhou ao redor e reconheceu sua própria barraca.

    - Tudo bem, Kaito-kun? ? Miku chegou perto de si, seus lábios tremiam.

    - Como dá trabalho, mal chegamos aqui e já sai desmaiando que nem menininha! ? Meiko jogou um sapato em Kaito, que desviou facilmente.

    - O-o que aconteceu? ? Kaito resmungou.

    - Você desmaiou, aneue. ? Rin chorava, abraçada ao amigo.

    - Foi tipo assim... ? Len apontou para o céu e posou. ? De repente!

    - Quem me trouxe até aqui? ? massageava as têmporas.

    - Gackpoid-kun. ? Luka sorriu.

    Kaito levou a mão ao peito. Seu coração havia acelerado. Imaginou a cena de Gakupo lhe carregando e corou intensamente. Levantou-se e o procurou desesperadamente.

    - Onde ele está? ? murmurou mais para si mesmo do que para os outros.

    - Kamui-kun? ? Kiyoteru brotou do chão e apontou para as árvores. ? Está na cachoeira.

    Kaito corou e voltou para dentro da barraca. Novamente fantasiando coisas nada inocentes.

    - Mas tá tudo joia, mano? ? VY2 parecia preocupado.

    - Sim. ? sorriu. ? Não há com o que se preocupar. Estou bem.

    - Então vamos que estou passando fome aqui. ? Meiko se levantou e correu para fora.

    - Tão delicada. ? Luka emburrou, fazendo todos rirem.

    Todos foram para o meio das barracas. Lá que eram feitas as atividades em grupo e as refeições. Kaito pôs uma camiseta azul escuro, que combinava com a cor do seu cabelo, um calção jeans preto e pôs a franja para o lado. Miku e Rin, ao vê-lo, desmaiaram por razões desconhecidas.

    Gakupo chegou um tempo depois e Kaito, que estava comendo lámen, engasgou, sendo preciso quatro pessoas para socorrê-lo. Gakupo usava outra calça adidas, e uma camisa cinza. Seus cabelos estavam soltos. Foi a vez de Luka e Gumi desmaiarem.

    - Que diacho é isso? Quem deu sonífero pra esse bando de diacho aqui? ? Meiko gritou.

    Kiyoteru e VY1, que eram tão calmos, estavam rindo como nunca. VY2 começou a tocar músicas românticas na guitarra, sendo interrompido apenas por uma pedra que voou na sua cabeça. Kaito havia jogado.

    - Ora. ? Kaito se virou e viu Gakupo com um sorriso cínico parado ao seu lado. ? A Bela Adormecida finalmente acordou?

    Kaito rangeu os dentes.

    - Quem é você pra me chamar pelo nome de uma princesa, Rapunzel?!

    - Tch. Isso é jeito de agradecer quem te levou até a barraca? ? Gakupo cruzou os braços. ? Você tem ideia do quão pesado você é?

    - Ah... ? seu rosto atingiu um tom vermelho.

    - Vou aceitar como um ?obrigado?. ? virou-se e sorriu.

    Kaito assustou-se. Gakupo nunca havia sorrido para ele sem que este sorriso fosse cínico, sádico, maldoso, debochado ou irônico. Qualquer um que não fosse sincero. Repetiu a cena diversas vezes na cabeça. Como poderia um rosto tornar-se mais lindo do que normalmente era só com um sorriso?

    Ele já ia saindo quando, por um impulso, Kaito segurou sua camisa e o puxou. Gakupo arregalou os olhos e quando ia ver o que estava acontecendo, Kaito beijou seu rosto. Ninguém pareceu ter olhado a cena. O beijo demorou somente 5 segundos, contados minuciosamente por Gakupo. Kaito abaixou o olhar e a cabeça, soltando a camisa do outro.

    - Isso... ? Kaito sorriu timidamente. ? Pode ser considerado um ?obrigado?.

    Saiu rapidamente de perto de Gakupo e foi até a cachoeira lavar o rosto. Bateu nele várias vezes seguidas depois afundou a cabeça de uma vez só. Parou quando já estava sentindo os olhos arderem em sinal que reclamavam de tanta água entrando neles.

    - Que diabos deu em mim? ? apertou os olhos com a mão e caiu se contorcendo no chão.

    À tarde, 14h30

    Miku subiu em uma pedra no centro e avisou que iriam todos para a cachoeira tomar banho. Pediu que as meninas pegassem seus biquínis e que os meninos usassem calção.

    Kaito havia evitado Gakupo desde então. O mesmo para os dois. Algumas vezes Len ia até eles e os puxava para brigarem, mas eles rapidamente desviavam. O garoto sorria abertamente com essas reações, afinal... Ele ?vira?.

    Todos se dirigiram à cachoeira e jogaram Miku dentro da água, que levou Kaito e Rin junto. Miku se desesperou já que era bem fundo, e Kaito estava se afogando ? já que não sabia nadar. Rin nadava como uma profissional. Todos riram e se jogaram também.

    Kaito saiu da água tremendo e assustado. Meiko foi pro seu lado, e por um momento ele pensou que ela iria jogá-lo de novo, mas ela apenas lhe deu uma toalha seca e saiu. Ele pousou seu olhar em Miku. Ele costumava gostar dela como mais que uma amiga, mas ultimamente seus pensamentos e ações já lhe diziam o contrário. Não sentia nada ao olhar para ela.

    Ouviu uma música e viu que Gakupo estava no canto com VY1, Luka, Gumi, Lily, Kiyoteru e VY2 cantando Dancing Samurai. ?Aquela música é bem divertida para alguém como ele?, riu com este pensamento. Continuou observando-o por um momento. Ele não estava só de calção, trajava sua habitual roupa de vocaloid e o cabelo amarrado para cima. Fazia movimentos com a katana para a coreografia da música.

    Chegou perto, sentou de pernas cruzadas no chão e apoiou o queixo nas mãos e o cotovelo nas pernas e assistiu ao show do amigo. Len chegou por trás de todo mundo e quando Gakupo finalizou a música, o empurrou. Todos saíram de perto e ele ? que estava em uma pedra - caiu para cima de Kaito, que se levantou para correr mas não conseguiu. Quando todos abriram os olhos, viram que Gakupo havia invertido as posições na tentativa de fuga de Kaito, para se apoiar. E agora Kaito estava de quatro sobre ele. Estavam tão perto um do outro que podiam sentir suas respirações se chocando. Kaito quase desmaiou de tão vermelho e Gakupo gritou.

    As meninas que banhavam começaram a gritar e correr atrás dos dois, por algum motivo que ninguém soube dizer qual foi. Isso durou quase meia hora até que Meiko acalmasse todas, que estavam eufóricas, jogando-as água extremamente quente.

    À noite, 21h00

    Todos estavam muito cansados do dia na cachoeira e decidiram não ficar muito tempo reunidos na fogueira. Depois de um tempo, foram para suas respectivas barracas. Dessa vez, Gakupo foi o primeiro a entrar na que dividia com o vocaloid azul. Tirou a camisa o mais rápido que pôde, não queria repetir o incidente anterior com Kaito. Prendeu o cabelo e ouviu um barulho atrás de si, sentindo o corpo gelar. Seu pequeno plano não havia dado certo afinal.

    Virou-se vagamente e viu o garoto que estava evitando parado, apoiando-se na barraca e de cabeça baixa. Não conseguia ver seus olhos. Virou-se novamente e ia colocar sua outra camisa e amarrar o cordão da calça quando sentiu uma mão lhe impedir. Arregalou os olhos e foi virado bruscamente. Kaito pegou a mão esquerda de Gakupo e pôs no próprio peito, na área do coração. O de cabelos longos permaneceu parado. O coração do outro batia descontroladamente.

    - Me diga... ? Kaito ainda não levantava o rosto. ? Por que estou assim?

    A boca de Gakupo começou a tremer e ele engoliu com dificuldade. O que... Era aquilo? Ele nunca agiu assim.

    - Ultimamente... Sempre que o vejo meu coração fica assim. ? pôde ver um pequeno sorriso se formar no rosto de Kaito.

    Gakupo tentou se afastar, mas o outro o abraçou fortemente e arranhou suas costas nuas. Ele arregalou ainda mais os olhos. Aquilo não podia estar acontecendo! Supostamente, era só mais uma brincadeira de Kaito. Riu sarcasticamente e o empurrou de leve para ver seu rosto.

    - Já chega, BaKaito. Você acha que pode me... ? parou.

    Os olhos azuis estavam nublados e as pupilas estavam dilatadas de desejo. Kaito foi até o ouvido do outro e sussurrou com dificuldade, enquanto passava as mãos pelas costas de Gakupo:

    - Eu... quero... você!

    Kaito, mesmo sendo mais fraco e um pouco mais baixo empurrou, com toda a força que tinha, o samurai para o seu futon. Engatinhou até o rosto de Gakupo e roçou seus lábios nos dele, apenas para sentir a textura. Eram macios e o convidavam ? já que a boca do outro estava semiaberta. Segurou na nuca dele e o puxou para um beijo, primeiro calmo e doce que demorou um tempo para ser correspondido e quase passou para um beijo quente, se não fosse pela interrupção de Gakupo, que tentou empurrá-lo.

    A expressão dele estava séria e isso fez Kaito voltar ao normal e sentar no colo dele de frente para o mesmo. Kaito escondeu o rosto com as mãos e esperou alguma reação, furiosa ou calma, que não veio. Começou a chorar desesperadamente e tentou conter os soluços.

    - Você... ? Gakupo começou. ? me beijou.

    - D-Desculpe. ? sua voz não saía adequadamente por conta dos soluços. ? Eu não consigo mais me controlar.

    - ?Mais?? Você esteve se controlando todo esse tempo? ? Gakupo arqueou uma sobrancelha. ? Desde quando?

    - D-desde... que... ? Kaito não conseguia falar. Chorava como uma criança que havia perdido seu doce.

    - Por que você está chorando? ? retirou as mãos de Kaito do rosto e segurou uma lágrima com o indicador. ? Acha que tenho nojo de você?

    Kaito não respondeu nada, apenas olhou para ele com desejo. Gakupo arregalou os olhos novamente. O vocaloid menor o empurrou novamente e implorou, passando a língua pelo pescoço de Gakupo até chegar aos ombros. Ainda chorava.

    - Me deixe tê-lo.

    De um rosto sério, a expressão do maior passou para um sorriso sádico e beijou-o ferozmente, ficando por cima dele em seguida.

    Onde posso encontrar razão para essa dor inevitável?


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