Olá pessoal! Aqui está mais um capitulo da minha fanfic.
Num bar em Yoshiwara à noite, um homem de meia-idade usando um manto negro que lhe cobria o corpo todo, com óculos de sol e um chapéu de monge, entrou e sentou-se ao balcão.
?Duas garrafas de Dom Perignon, por favor.? Pediu ele.
?Aqui tem.? Disse a jovem mulher que estava atrás do balcão, colocando-lhe duas garrafas à sua frente.
?Obrigando.? Respondeu ele. Pegou nas duas garrafas, ergueu a cabeça, abriu bem a boca, que tinha bastantes dentes afiados, e despejou o líquido todo pela sua garganta e murmurou. ?Isto é mesmo bom.?
?Quer mais alguma coisa?? Perguntou a mulher, enquanto limpava um copo.
?Quase me esquecia. Por acaso, viu este homem?? Perguntou ele, mostrando-lhe um cartaz de procurado dos Harusame com uma foto de Gintoki.
?Sim. Esse foi o homem que salvou Yoshiwara em mais de uma ocasião. Ouvi dizer que vive como Yorozuya, no distrito Kabuki? Respondeu ela, enquanto observava o cartaz.
O homem começou a rir. ?O Gintoki salvou uma cidade. Aquela criança demoníaca cresceu bastante.? E com isso, levantou-se e dirigiu-se à porta.
?O senhor ainda não pagou.? Relembrou a dona do bar.
?Pois é.? Ele começou a remexer as roupas por baixo do seu manto. Depois deu um riso nervoso e disse. ?Bem? Parece que me esqueci da carteira.?
Então a dona pressionou um botão debaixo do balcão e duas mulheres da Hyakka apareceram e agarraram o misterioso homem.
?Temos de levá-lo até á Tsukuyo-sama.? Disse uma das mulheres.
?Apesar de eu adorar passar tempo com cortesãs, eu tenho muito que fazer. Desculpem.? Depois de dar um sorriso despreocupado, uma bomba de fumo caiu do interior do seu manto, criando uma cortina de fumaça.
Depois do fumo se dissipar, o homem já tinha desaparecido e no seu lugar estava apenas uma nota que dizia. ?Para a próxima eu pago. Assinado T.?
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No dia seguinte, a cena típica ocorria no Yorozuya, com Gintoki dormindo no sofá com uma Jump na cara e Kagura deitada ao lado de Sadaharu, comendo sukonbu.
Até que Shinpachi entrou pela porta e acordou o samurai preguiçoso. ?Gin-san acorda. O carteiro deu-me esta carta. E é para você.?
?Deve ser mais uma carta retardada do Tatsuma. Joga fora.? Falo Gintoki, sem tirar a Jump da sua cara.
?Tem a certeza Gin-san? Está carta tem perfume de mulher.? Perguntou Shinpachi, mostrando-lhe o envelope.
?O quê?? Disse o samurai, levantando-se rapidamente, pegando o envelope e abrindo-o. ?Não pode ser.? Falou ele, depois de ler a carta.
?Que se passa Gin-chan? É a carta de um velho amor de verão, que decidiu reencontrá-lo.? Perguntou Kagura.
Shinpachi pegou na carta e começou a lê-la em voz alta. ?Caro discípulo de Shouyou. Temos alguns assuntos pendentes. Reúne-te comigo nas seguintes coordenadas. Assinado T.?
?Isto parece mais uma carta de duelo, do que uma carta de encontro.? Disse o samurai com um ar sério.
?E o que vais fazer Gin-san?? Perguntou Shinpachi.
?Normalmente, eu ignoraria. Mas quem escreveu isto colhesse o nome do meu antigo sensei e algo me diz que já vi essa caligrafia antes, mas não consigo lembrar-me.? Respondeu o samurai de cabelo prateado, levantando-se e pegando a sua bokuto. ?Portanto vamos.?
E então o trio Yorozuya saiu.
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Um pouco mais tarde chegaram a um armazém abandonado nas docas e para surpresa deles, Katsura e Elizabeth estavam à frente da porta.
?O que fazes aqui Zura?? Perguntou Gintoki, cutucando o nariz.
?Zura janai, Katsura da! Mas parece que estamos aqui pelo mesmo motivo.? Respondeu Katsura, mostrando um envelope semelhante ao que Gintoki recebera.
Então os cinco entraram no armazém e viram um monte de caixas de madeira empilhadas e encima delas estava o homem de manto negro.
?Então. Por que nos querias ver?? Perguntou Gintoki.
O homem simplesmente ressonou.
?Ele está a dormir!? Exclamou Shinpachi.
Então Katsura e Gintoki empunharam as suas espadas e começaram a correr em direção ao misterioso homem.
?O que vão fazer?? Gritou o megane.
?Atacar primeiro.? Respondeu Katsura
?Perguntar depois!? Concluiu Gintoki.
Então os dois saltaram e preparam-se para atacar o inimigo. Mas ele sacou uma espada, que levava às costas, e repeliu o ataque.
Quando voltaram a pousar no chão, a bokuto de Gintoki estava cortada a rodelas. ?Não pode ser! Vou ter de voltar a gastar as minhas poupanças para comprar uma nova?.
?Devias parar de entrar em batalhas com uma espada de madeira e passar a usar uma de ferro.? Sugeriu Katsura.
?Não acho que funcionária.? Falou Gintoki, apontando para a espada de Katsura, cuja lâmina tinha sido cortada ao meio, em perfeita simetria.
?A minha Zurabimaru!? Gritou Katsura ao ver o estado da sua espada.
Elizabeth levantou uma placa dizendo. ?Incrível!?
?Ele bloqueou o ataque do Gin-san e do Katsura-san!? Relatou Shinpachi admirado.
?É mais incrível do que parece.? Falou Katsura, com um ar sério.
Então o homem continuou a ressonar e os seus óculos caíram, revelando que ele ainda estava a dormir.
?Ele bloqueou o nosso ataque, a dormir.? Reparou o samurai de permanente, também com um ar sério.
?Gintoki, só pode ser ele.? Disse o líder da facção Joui, passando um megafone parecido com a Elizabeth, para o seu antigo camarada.
?Sim. Não esperava voltar a encontrá-lo tão cedo.? Concordou Gintoki, pegando o megafone. Levou-o à boca e gritou com toda a sua força. ?Acorde de uma vez! Tokegawa-san!?
?O que aconteceu? Onde estou? Quem sou eu?? Gritou Tokegawa acordando de repente. Depois de voltar a si, retirou o seu manto e o seu chapéu e cumprimentou os seus visitantes com um descontraído sorriso. ?Gintoki! Kotaro! Há quanto tempo.? Tokegawa aparentava ter uns 40 anos, usava um kimono verde com detalhes amarelos e um cachecol negro com as pontas vermelhas, com uma pequena caveira de cada lado, ao pescoço sem o enrolar. O seu cabelo era de um castanho bastante claro, com algumas pontas vermelhas e era coberto por um gorro que se parecia com a cabeça de um lagarto. Ele tinha cicatrizes no peito e perto do seu olho esquerdo. Os seus dentes eram extremamente afiados e os seus olhos eram de um verde-claro e semelhantes aos de um réptil.
?Quem é esse velho?? Perguntou Kagura.
?Ele foi um dos samurais mais temidos durante a guerra. O samurai de sangue frio, Tokegawa Hideo. Foi o primeiro Amanto a tornar-se samurai.? Explicou Katsura.
?E foi o melhor amigo do nosso Sensei.? Completou Gintoki.
Tokegawa saltou da pilha de caixas de madeira, aterrando de forma brusca e deixando pegadas no chão de cimento. ?Então? Como estão vocês??
?Bem. Mas primeiro uma pergunta. Por que o perfume de mulher na carta?? Perguntou o samurai de cabelo prateado, um pouco chateado.
?Se não fosse assim, tu não abrias.? Respondeu o velho samurai de uma forma infantil.
?Mas porque raios escreveste de uma forma tão enigmática?? Perguntou Gintoki, com uma veia pulsando na testa.
?Para aumentar o suspense.?
Gintoki agarrou o seu velho conhecido pelo seu kimono e começou a agitá-lo enquanto gritava. ?Não podes fazer as coisas de um jeito normal, pelo menos uma vez na vida??
?O normal é chato.? Respondeu simplesmente. Depois fez uma expressão de enjôo. ?Acho que vou vomitar.?
Então Katsura separou os seus antigos camaradas e avisou Gintoki. ?Já sabes que não vale a pena tentar raciocinar com o Tokegawa-san.? E depois perguntou ao seu anfitrião. ?O que querias falar conosco??
?Assim não, Kotaro.? Falou Tokegawa, cruzando os braços. ?Um reencontro de velhos camaradas deve ser acompanhado com sake. Tem algum sítio onde se possa beber??
?Não tem jeito mesmo.? Suspirou Gintoki, esfregando a cabeça. ?Vamos. Eu conheço um lugar.?
Então todos seguiram o samurai de cabelo prateado.
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Um pouco mais tarde, no bar de Otose, Gintoki estava a ser repreendido. ?Gintoki! Já te disse mais de mil vezes, para não trazeres pessoas aqui de dia! Se querem beber, voltem à noite!?
?Eu sei disso! Velha maldita! Mas não tínhamos escolha!? Gritou Gintoki.
Tokegawa surgiu detrás de Gintoki e cumprimentou Otose. ?Boa tarde, minha senhora. Então foi você que tomou conta do Gintoki, durante estes anos.? O velho samurai ajoelhou-se e fez uma vênia. ?Muito obrigado por ter tomado conta dele e peço desculpas por todos os problemas que ele lhe tenha causado.?
?Não precisa fazer isto.? Falou Otose, ajudando-o a levantar-se. ?Está bem. Eu vou abrir o bar, mas esta é a ultima vez. E vou colocar tudo na tua conta, Gintoki.?
?O quê?! Sua velha maldita!? Gritou o samurai de permanente.
Mas foi silenciado por um golpe de Tokegawa que o atirou contra o chão. ?Olha as maneiras, Gintoki.?
?Para que foi isso, velho?? Perguntou Gintoki, levantando-se com um enorme inchaço na cabeça.
?Eu sou o mais perto, que tu tens, de uma figura paterna. É a minha obrigação educar-te.? Respondeu Tokegawa.
Então todos se sentaram numa das mesas do bar e começaram a conversar.
?Vocês dois realmente se rodearam de pessoas interessantes. Um Renho, uma garota Yato e um par de óculos.? Disse Tokegawa enquanto bebia sake.
Shinpachi começou a ser rodeado por uma aura de depressão e murmurou. ?Até os novos personagens acham que não passo de um par de óculos. Parece que todos se esqueceram das coisas legais que já fiz como lutar contra o Hijikata-san ou ter derrotado a Pirako-chan. Eu devia ir para um anime sobre óculos.?
Gintoki bateu na cabeça de Shinpachi e disse. ?Para com isso. E o que querias, velho??
?Já me esquecia.? Falou Tokegawa, colocando dois cartazes de procurados dos Harusame, com as fotos de Gintoki e Katsura, na mesa. ?O que vocês fizeram para serem procurados pelos Harusame??
?Bem? Tivemos alguns conflitos no passado? E matamos alguns dos seus membros.? Respondeu Gintoki.
Katsura pegou os cartazes e perguntou. ?Tokegawa-san. Onde arranjou isto??
?Não vos contei? Agora sou um caçador recompensas.? Respondeu o velho Amanto no seu tom descontraído. Depois ficou sério e colocou na mesa outro cartaz. ?E não são apenas vocês. O Shinsuke também é procurado por eles?.
?Como assim?? Perguntou Gintoki interessado.
?Ao que parece, ele aliou-se a um Yato extremamente poderoso, chamado Kamui e juntos traíram os Harusame.? Explicou Tokegawa.
A notícia chocou todos os presentes, especialmente Gintoki e Kagura.
?Irmão maldito.? Murmurou a pequena Yato.
?Irmão?? Falou Tokegawa, fitando Kagura. ?Não me digas que? És a Kagura-chan!?
?Sim.? Respondeu a garota confusa. ?Como sabe??
?É que eu e o Umi-kun somos amigos.? Respondeu o velho samurai.
Gintoki quase se engasgou com o sake e falou. ?O quê? Tu conheces o velho careca??
?Sim. Encontramo-nos várias vezes nas nossas missões e tornamo-nos amigos. Ele me mostrou bastantes fotos da Kagura-chan e do Kamui-kun. A última vez que o vi, ele estava a treinar o jovem Kamui-kun. E pensar que uma criança tão simpática como ele, se tornou num assassino psicopata.? Contou Tokegawa olhando para o seu copo como se estivesse recordando algo. ?Mas voltando para o assunto anterior. Vocês deviam ser mais cuidadosos com os Harusame, eles têm membros bastante perigosos. Especialmente com o?? E na parte em que todos estavam a prestar mais atenção, o velho samurai adormeceu e todos caíram para trás.
?Ele voltou a adormecer.? Falou Shinpachi.
?Sim. Ele costuma fazer isso quando não quer falar sobre algo.? Explicou Gintoki, que voltou a pegar no megafone para gritar no volume máximo. ?Vê se acordas!?
?Já me esquecia!? Gritou Tokegawa abrindo os olhos de repente.
?O que foi agora?? Perguntou Shinpachi.
?Esqueci-me que hoje tinha um duelo com um dos meus alvos. O caçador de samurais, Raiden.?
?Raiden?!? Disse Katsura.
?Você colhesse, Katsura-san?? Perguntou o samurai megane.
?Sim. Ele é um Amanto do clã dos cães, que lutou na guerra e ficou conhecido por ter matado mais de cem samurais. Eu e o Sakamoto já o enfrentamos uma vez, mas tivemos de nos retirar.? Respondeu Katsura.
?E agora é procurado por continuar a caçar samurais, matando-os e roubando as suas armas.? Acrescentou Tokegawa levantando-se e dirigindo-se à porta. ?Bem tenho de ir. Se quiserem ver o duelo, venham comigo.?
E foi o que fizeram.
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O duelo era num descampado onde algumas pessoas se reuniram para ver a luta entre os dois adversários que se encontravam frente a frente.
?Chegaste atrasado.? Falou Raiden, colocando-se numa posição de combate.
Tokegawa estava descontraidamente observando uma borboleta voar e pousando numa flor.
?Hei! Estás-me ouvindo?? Gritou o cachorro humanóide de pelo negro e olhos brilhantes como os de um lobo.
Tokegawa encarou o seu adversário durante alguns minutos e disse. ?Oh! Um cachorro gigante.?
?Qual o problema deste tipo? Ele já me está a irritar.? Pensou Raiden, enquanto avaliava o seu adversário.
Enquanto isso se passava, Gintoki, Shinpachi e Kagura tinham montado uma banca de apostas.
?Venham senhores e senhoras! Apostem no vosso favorito! Quem ganhará? Apostem e vejam!? Anunciou Gintoki, atraindo assim uma multidão, onde a maioria apostava no Raiden.
?Gin-san. Que tipo de Amanto é o Tokegawa-san?? Perguntou Shinpachi.
?Se bem me lembro, ele pertence ao clã Taiyo.? Respondeu o samurai de permanente natural.
?Clã Taiyo?? Perguntou Kagura, curiosa.
?É um saco explicar. Basicamente é o clã rival dos Yato. Têm uma força sobre-humana, maxilares extremamente fortes, pele mais resistente, não suportam o frio, gostam de lugares ensolarados e quentes e vivem o dobro que os humanos ou algo assim.? Explicou Gintoki, cutucando o nariz e com uma grande destreza, colar a meleca na cabeça de Kagura.
?Essa explicação o faz parecer um monstro.? Opinou Shinpachi.
Então Katsura chegou à banca e colocou um molho de notas a frente do trio Yorozuya e disse. ?Aposto tudo no Tokegawa-san!? Ao que parece, ele era o único que tinha apostado nele.
Elizabeth levantou uma placa que dizia. ?Não! Essas são as nossas poupanças.?
?Não te preocupes Elizabeth. Eu sei o que estou a fazer.? Respondeu Katsura confiante.
E o duelo começou. Tokegawa fez o primeiro movimento, tirando do seu kimono um osso e dizendo, enquanto o abanava. ?Olha cachorrinho. Vem buscar!?
?Mas o que raio estás a fazer?? Gritou Raiden irritado.
Tokegawa limitou-se a atirar o osso pelo ar e no momento em que este tocou o chão, Tokegawa já se encontrava atrás do seu oponente, com a sua espada ensanguentada e disse com um ar sério. ?O duelo acabou. Não podes lutar mais.?
Raiden caiu de joelhos numa poça do seu próprio sangue, remexendo-se de agonia, pois o seu braço direito tinha acabado ser cortado naquele momento. ?Como ele pode ser tão rápido?? Pensou o caçador de samurais, agarrando-se ao seu ombro.
Kagura, Shinpachi e Elizabeth ficaram completamente espantados pelo Amanto que já foi conhecido pelo nome de samurai de sangue frio.
Tokegawa aplicou-lhe os primeiros-socorros, amarrou-o e levou-o como se fosse um saco de batatas. ?Tá. Agora tenho de levá-lo para o Shinsengumi.? Falou o velho samurai, no seu tom descontraído.
A maioria dos espectadores ficou desapontada com o resultado, pois tinham apostado no perdedor. Mas Katsura estava radiante pela grande quantia que ia receber. ?Então Gintoki? Onde está o meu dinheiro?? Quando reparou, o trio Yorozuya, a banca e todo o dinheiro tinham desaparecido por completo. ?Gintoki? Onde estás? Não brinques com isto. GINTOKI!?
Elizabeth simplesmente levantou uma placa que dizia. ?Eu avisei.?
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Mais tarde, na sala de reuniões do Shinsengumi Kondo, Hijikata e Sougo conversavam com o seu visitante.
?Muito obrigado por ter capturado o Raiden. Tokegawa-san.? Agradeceu o comandante gorila.
?Não foi problema nenhum.? Respondeu Tokegawa.
?Mas primeiro.? Disse Hijikata. ?Porque raios estão estes aqui?? Gritou ele, apontando para Shinpachi, Kagura e Gintoki, que estavam sentados atrás de Tokegawa.
?Estás a falar de nós?? Falou Gintoki, que estava distraído lendo uma Jump que tinha comprado no caminho.
?Não se preocupem. São meus amigos.? Falou Tokegawa. ?Mas a algo que eu vos queria pedir.?
?Peça à vontade, Tokegawa-san.? Respondeu o gorila.
?Em vez de me darem a recompensa, podiam guardar isto no vosso armazém.? Pediu o velho samurai, apontando para o seu lado direito, onde estava uma caixa de titânio reforçado, tão grande que podia caber lá um elefante, tinha imensas correntes a volta e autocolantes colados que diziam ?perigo?, ?não abrir?, ?a sério, não abra? e ?se abrir, vai morrer? e tinha um Justaway desenhado numa das pontas.
?Aquela caixa já estava ali antes?? Perguntou Shinpachi.
?Não sei. Mas sinto uma sensação estranha quando olho para aquela caixa.? Respondeu Kagura.
?Não tem problema. Nós temos espaço suficiente no nosso armazém.? Disse Kondo.
?Kondo-san. Não acho que seja uma boa ideia.? Avisou Sougo. ?Aquela caixa transmite-me um mau pressentimento.?
?Deve ser apenas impressão tua, Sougo.? Respondeu o gorila, positivamente.
?Muito obrigado, Gorila-san.? Agradeceu Tokegawa, levantando-se. ?Bem. Já acabei os meus assuntos aqui. Vou-me embora.? E saiu bastante alegre, acompanhado pelos membros do Yorozuya.
?Espera! Ele me chamou de gorila??
?Kondo-san. Está na hora de aceitar a sua natureza.? Disse o capitão sádico, colocando uma mão sobre o ombro do seu superior.
?Detesto concordar com o Sougo, mas é verdade. Kondo-san, você tem que aceitar o seu gorila interior.? Concordou Hijikata.
?Sougo. Toshi. Até vocês?? Reclamou Kondo, já com lágrimas nos olhos.
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Tokegawa e os Yorozuya caminhavam pelo distrito Kabuki, quando Kagura decidiu perguntar.
?Hei velhote. O que está dentro daquela caixa??
?Kagura-chan. Não me chames assim. Eu não sou assim tão velho, só tenho 130 anos.? Falou o, muito velho, samurai.
?Que velho!? Pensou Shinpachi.
?Responda á minha pergunta.? Ordenou a pequena Yato.
?Eu não te posso contar que dentro daquela caixa, esta a única coisa que já fez o teu irmão tremer de medo.? Respondeu Tokegawa, que quando percebeu o que tinha dito, tapou a boca com as mãos e pensou. ?Droga! Falei demais.?
O trio Yorozuya ficou encarando-o durante um momento, enquanto processava a nova informação. Até que gritaram em simultâneo. ?O quê?!?
Mas obtiveram com resposta um ressonar que vinha do, agora já adormecido, Tokegawa.
?Ele consegue dormir e andar ao mesmo tempo?? Falou Shinpachi, pensando que mais nada podia surpreendê-lo.
?Sim.? Respondeu Gintoki, fechando a sua Jump. ?É melhor deixá-lo assim.?
E seguiram o seu caminho para casa.