Malice in Wonderland

  • Finalizada
  • Teruque
  • Capitulos 3
  • Gêneros Darkfic

Tempo estimado de leitura: 24 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Frustração

    Drogas, Suicídio, Violência

    Que tipo de irmão eu sou por ver esses maus tratos e não fazer nada?

    O que eu posso fazer?

    Mesmo não gostando de admitir também tenho medo da diretora desse sanatório.

    Não há como eu me opor contra todas as ?sombras? daquela doente.

    Eu seria morto antes mesmo de expressar minha opinião...

    - Kouyou? Vagando novamente pelos corredores? ? o tom de deboche em sua voz e aquele sorriso que eu tanto desejava arrancar. Por que dentre tantas pessoas justamente ele que resolve me aparecer?

    - Nem se aproxime de mim, Suzuki. É muita cara de pau da sua parte vir falar comigo.

    - Nossa... O que foi que eu te fiz? ? soou falso.

    - Pode parar com esse cinismo, Suzuki!

    - Ainda irritadinho só por causa do que faço com seu irmão?

    - Só?! Ele só tem onze anos, seu doente! Ruki confiou em você. E você se aproveitou de seu estado.

    - Admita Kouyou...

    - Não me chame pelo primeiro nome!

    - Tudo bem, ?Takashima?. ? se ele continuar com esse cinismo vou descer o braço nele. ? Isso não é só ciúme?

    - O que?

    - Admita que seu irmãozinho possui um corpo extremamente convidativo, mesmo tendo pouca idade. ? não continue. ? Viciaria se experimentasse.

    Senti meu sangue ferver e sem pensar nas consequências que encararia depois, atingi-lhe o rosto.

    - E não é que sabe bater... ? incrível que nem assim ele perde esse sorriso. Como ele me irrita. Pelo menos o ?rostinho perfeito? desse idiota agora está com rastro de sangue por causa do soco no nariz.

    - Eu quero você longe de meu irmão.

    - Sabe que não farei isso.

    Estava disposto a levar aquela briga a um fim nada agradável.

    Eu poderia ser punido da pior maneira depois do que estava prestes a fazer, mas aquele idiota não tocaria mais em Ruki.

    Infelizmente quando eu voltaria a avançar sobre ele. Foi impossível não me preocupar ao ouvir uma confusão vinda de um dos quartos. E o mais próximo de mim naquele momento ainda era o de Ruki.

    - Parece que atrasaram novamente os remédios do garoto, ou ele simplesmente estranhou alguma coisa. ? dizia em um tom de deboche. ? Se acaso venha a tentar fugir seria um problema.

    Não perdi mais tempo com aquele sádico.

    Por mais que eu odeie ver Ruki sempre drogado com todos aqueles remédios. Era ainda pior quando os efeitos passavam completamente.

    Não que ele chegue a ficar completamente agressivo, mas tudo acaba lhe tornando uma ameaça. Fora que é quando ele se toca do verdadeiro inferno que se encontra.

    - Me deixe em paz! ? não demorei a avistar o pequeno sendo detido por dois funcionários ao tentar sair do quarto.

    - Ruki. ? chamei com a voz branda ao me aproximar devagar. No pior dos casos ele poderia me ver como uma ameaça também.

    - Kou... Me ajude Kou... Eu não aguento mais... ? por mais que me doesse vê-lo daquela maneira, eu não sabia o que fazer.

    - Por favor, Ruki, não dificulte ainda mais as coisas... Você disse que esperaria, não é? O retorno da Rainha Branca.

    - Ela não vai voltar... Ela me abandonou aqui... Minha mãe não me quer mais...

    - É claro que ela ainda te quer... Ruki, mamãe sempre te amou...

    - Não minta pra mim! Não mais... Não você...

    - Ruki... ? não dá mais. ? Soltem-no ? aqueles subordinados hesitaram perante a ordem. ? Mandei soltá-lo. Ele não irá fugir mais. ? ditei vendo-os finalmente recuarem. ? Sinto muito Ruki. ? abracei o pequeno que se demonstrava apático. Era quase como abraçar um objeto sem vida. ? Perdoe-me... Takanori... ? há quanto tempo não o chamo pelo nome?

    - Que confusão é essa? ? e a megera da diretora saiu de sua sala. Isso não é bom sinal.

    - Di... Diretora... Um dos pacientes tentou escapar...

    - Então é isso Takanori? Pensou que poderia fugir?

    - Qualquer gostaria de fugir daqui estando em juízo normal. ? revidei, querendo protegê-lo.

    - Juízo normal? ? riu com escárnio. ? Ensinarei a ele nunca mais me desafiar.

    - Ele não fez nada contra a senhora! Quem precisa de correção é apenas a madame.

    - Ousa me desafiar também Kouyou? ? indagou em um tom ameaçador e eu me calei, porém sem recuar nem abaixar a cabeça.

    - Akira! ? gritou e logo aquele idiota estava ao seu lado com uma estranha faixa amarrada sobre o nariz. ? Para que isso?

    - Foi resultado de um pequeno desentendimento com a loira do Kouyou, senhora. ? respondeu aspereza ao se referir a mim, mas ainda submisso a diretora.

    - Kouyou querido... Você resolveu me dar trabalho também? Não é a toa que seu irmãozinho pensou que podia fazer o mesmo. Que mau exemplo. Parece que terei que dar um corretivo nos dois. ? abrindo um sorriso perturbador.

    - Diretora... Se me permite... Gostaria de cuidar de Kouyou. ? pediu Suzuki. ? Tenho contas a acertar com ele.

    - Como quiser Akira. ? cedeu. ? Quanto a nosso pequeno paciente... Talvez uma terapia de choque o faça pensar duas vezes antes de tentar fugir de novo.

    - Está louca?! ? levantei no pulo. ? Ele só uma criança! Não tem necessidade disso!

    - Levem o garoto. ? ordenou a seus subordinados, me ignorando completamente.

    - Hey! ? gritei mais uma vez não percebendo a aproximação de Suzuki.

    - Kou, seu problema é comigo agora. ? estava tão preocupado com aqueles subordinados levando meu irmão que só notei Suzuki após o primeiro chute no estômago que me fez voltar ao chão. ? Não vou deixar barato o soco no nariz. Aquilo doeu sabia?

    - Deveria ter batido com mais força... ? me levantei ignorando a dor em meu estômago, pronto a dar o troco. Porém, como já devia ser esperado, Suzuki não estava sozinho. Logo alguns subordinados apareceram para tentar me mobilizar. ? O que? Suzuki lute direito! É só eu e você!

    - Lutar? ? riu com escárnio. ? Kou, meu querido Kou... Isso não é uma luta e sim sua punição. Quem apanha é apenas você. ? sorriu abertamente. ? Tenham certeza de segurá-lo com firmeza. Ele não é tão fraquinho quanto ao irmão.

    Enquanto eu era feito de saco de pancadas, sem nenhuma brecha para revidar. Ainda conseguia ouvir Ruki gritando, mesmo que baixo e rouco. A sala da famosa sala de terapia de choque possuía uma boa acústica proposital. Para que se pudesse ouvir por todo o prédio.

    Era uma tortura e uma humilhação parar naquela sala.

    - Ruki... ? ele não vai aguentar... ? Sinto muito...

    - Kou... Eu estou aqui. ? pronunciou acertando meu rosto apenas para que minha atenção voltasse a ele.

    - Vá pro inferno Suzuki. ? ditei recebendo outro chute contra meu estômago e o gosto de sangue já tomava minha boca.

    Nem minha consciência eu conseguia manter...


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