Sons da Vida

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    Capítulo 2

    Try !

    Mais um, espero que gostem ...

    Beijos *-*

    Música tema: http://www.youtube.com/watch?v=MJwWloACjOM

    Você já se perguntou o que ele está fazendo?

    Como tudo virou mentiras?

    Às vezes acho que é melhor

    Nunca perguntar por quê

    Essa noite eu mau dormi direito, não passou de alguns cochilos, tudo porque uma ruiva não saia de minha mente. Levantei antes mesmo do despertador tocar, tomei um banho, me arrumei e sai para o trabalho.

    Meus pais ainda estavam dormindo. Andava pelas ruas calmas de Konoha, o vento gélido batendo no meu rosto, me agradava. O sol esta fraco, mais tudo esta agradável.

    Parei numa padaria perto do serviço, entrei e pedi um cappuccino, tomei apreciando o gosto daquele café. Terminei e fiquei ali, sentado, refletindo em tudo o que aconteceu em minha vida, as coisas vinham na minha cabeça, e era impossível tira-las. Ainda me pergunto o porque de tudo, porque ela me traiu, e porque justo com meu melhor amigo.

    Era tudo confuso pra mim. Levantei-me, paguei o café, e sai. Entrei em meu carro, as ruas estavam um pouco mais movimentadas. Dirigi até umas duas quadras, e entrei no estacionamento do prédio onde trabalhava. Entrei correndo, mais não pude resistir de olhar ao redor pra ver se Karin estava ali, ainda trabalhávamos juntos. Mais ela mudou de setor, foi para o andar de baixo. Não a encontrei, talvez porque eu vim muito cedo, mais tinha alguns funcionários ali. Passava por eles recebendo "Bom-dia", principalmente de mulheres, respondi apenas com um aceno de cabeça.

    Sai do elevador, e caminhei até meu escritório, quando passei por Tayuia uma de minhas colegas de trabalho e melhor amiga de Karin, ouvi ela me chamar.

    Onde há desejo, haverá uma chama

    Onde há uma chama alguém está sujeito a se queimar

    Mas só porque queima não significa que você vai morrer

    Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar

    Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar

    Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar

    ? Sasuke. - a olhei e pedi para que continuasse. - Hyuuga-sama quer ve-lo. - suspirei e dei meia volta até a sala de meu chefe.

    Cheguei e bati, escutei um entre abafado, como ordenado, entrei.

    ? Bom dia Sasuke. - cumprimentou meu chefe.

    ? Bom dia Hyuuga-sama. - devolvi o cumprimento. E o olhei esperando o motivo dele ter me chamado aqui.

    ? Coloquei alguns relatórios em sua mesa, quero eles de volta sem falta, até o fim do dia. - Acenei a cabeça. - Vou precisar deles amanhã bem cedo.

    ? Tudo bem senhor, será entregue no horário. - me despedi de forma cordial e sai.

    Ótimo, estava mais do que feliz, pelo menos tendo trabalho pra fazer, não vou ficar enchendo minha cabeça com Karin, é até uma distração.

    Passei mais uma vez por Tayuia, e esta estava com o telefone na mão, e mascando um chiclete. Essa hora da manhã fazendo fofoca,

    e trabalhar que é bom nada. Folgada. Nunca gostei dessa garota. Bufei pelo simples fato dela me lembrar de Karin, parece que tudo me faz lembrar daquela vadia.

    Abri a porta do meu escritório, tudo normal, esceto pela minha cadeira estar virada pra parede, talvez fosse a faxineira ontem, fechei a porta, observando mais um a vez a melhor amiga de minha ex-noiva. Quando me virei qual foi o meu susto ao ver a mulher dos cabelos rosados sentada ali, sorrindo pra mim. Tinha até me esquecido dela.

    ? Bom dia Sasuke-kun. - cumprimentou ela com tanta intimidade, e com aquele sorriso incrivelmente lindo e irritante. Sim, eu ainda não fiquei cego, sei apreciar a beleza numa mulher, e tinha que admitir que Sakura é linda. Não tinha reparado nela ontem, acho que por estar escuro, e ela aparecer do nada se intrometendo em minha vida.

    ? Que merda você faz aqui? - perguntei assustado e muito irritado. Queria quebrar os ossos daquele lindo corpinho dela. Maldita.

    ? Tsc ... Começou errado Sasuke, vamos fazer de novo. - disse ela batendo palmas. Virou a cadeira e se virou novamente. - Bom dia Sasuke-kun! . - me cumprimentou de novo mais alto e mais alegre.

    Olhei para ela com a expressão mais carrancuda que eu tinha, vi ela girar os olhos impaciente. Nem me lembrava mais da existencia dessa louca, e como ela sabia onde eu trabalho, não, como ela entrou aqui? Olhei pra tras e Tayuia continuava no telefone e masclando aquele chiclete nojento. Agora eu entendi, com certeza Sakura passou por ela e essa manca nem viu. Maldita.

    Me virei e Sakura estava de frente pra mim, ainda sorrindo. Mirei seus olhos, tinha que admitir, são belos olhos, parecem duas grandes jades brilhantes, e intensos. Senti minha respiração falhar por míseros segundos.

    Engraçado como o coração pode iludir

    Mais do que apenas algumas vezes

    Por que nos apaixonamos tão fácil?

    Mesmo quando isso não é certo

    ? Sasuke? - Me desviei dos seus olhos ao ouvir ela me chamando.

    ? O que você faz aqui? - perguntei nervoso. Peguei ela pelo braço e ja ia abrindo a porta pra tira-la dali. Mais ela foi mais rapida, conseguiu se livrar de mim, e correu pra minha cadeira se sentando ali. - Vá embora. - ordenei.

    ? Ja disse, estou aqui pra te ajudar...

    ? Eu não preciso de sua ajuda. - coreti ela, gritando. Passei a mão pelos meus cabelos, ela estava conseguindo me irritar. - Aqui é o meu trabalho, sua maluca. Vaza. - ordenei mais uma vez.

    ? Não se preocupe Sasuke-kun, você nem vai me notar aqui. - disse ela numa calma tão irritante, que eu me segurei pra não voar naquele pescoçinho fino dela.

    Fechei os olhos contando até dez, respirando, enquanto sentia ela me observar. Olhei pra ela, e ficamos nos encarando, ela continuava com aquele sorriso idiota no rosto. Fui até lá, e puxei ela pelo braço e a levei até a porta.

    ? Eu não vou desistir de você Sasuke-kun. - olhei pra ela antes de abrir a porta. Ela se desvencilhou de mim, e continuava a me encarar, com a expressão suave. - Te espero lá em baixo,

    pra almoçarmos juntos. - disse.

    ? Eu não quero ...

    ? Ja te disse, não vou desistir de você. - me cortou e dizendo com muita convicção. Ali eu ja percebi que não vai ser fácil me livrar dela. Suspirei cansado. - Te espero lá em baixo,

    pra almoçarmos juntos. - repetiu, abriu a porta e saiu.

    Olhei e vi Tayuia olhando pra mim e pra ela assustado, como que se perguntando quando e como ela entrou sem ser notada. Bufei e fui até minha cadeira, me sentei e relaxei.

    Olhei e os relatórios estavam ali, com certeza seria uma manhã muito cansativa.

    Suspirei cansado, estava na hora do meu almoço, e eu não tinha corajem de sair dali. Pela manhã, meus pensamentos foram dividos entre Sakura e Karin. E os relatórios, falta mais da metade

    para estarem prontos. Se continuar assim, vou ter que levar pra casa e terminar lá, pra amanhã de manhã estar tudo pronto. Recostei na cadeira cansado. Me levantei e sai, fechando a porta.

    Agora tinha que encarar aquela maluca. Sai do elevador, e fui andando calmo, mas parei bruscamente ao ouvir aquela voz que tanto me perturba, olhei para o lado e Karin estava lá, conversando animadamente com suas amigas.

    ? Sim meninas, deu positivo. - ela falava toda alegre, que saudades de seu sorriso. - Estou gravida, o Sui vai ficar muito feliz. - Gravida? Sui? Aquilo me pegou de surpresa, ainda a encarava surpreso.

    Meu coração disparava, até parece que eu ia ter um ataque cardia, minha respiração estava descompassada. Como assim ela estava gravida? E do idiota do Suigetsu. Aquilo acabou comigo, sempre quis ter filhos, e planejávamos ter um depois do casamento.

    Onde há desejo, haverá uma chama

    Onde há uma chama alguém está sujeito a se queimar

    Mas só porque queima não significa que você vai morrer

    Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar

    Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar

    Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar

    De repente ela olhou pra mim surpresa, desviou rapidamente o olhar, envergonhada. Quando, pra piorar a situação, aparece o outro traidor, chegou e deu um beijo em Karin, que ainda continuava envergonhada com minha presença. Suigetsu olhou pra mim rápido, pegou Karin e foi embora. Fui seguindo eles com o olhar até a porta da frente do prédio. A tristeza cobriu todo o meu ser, minha vontade era de sumir. Era pra eu ser o pai daquela criança. Angustia, ódio, tristeza, decepção, tudo se passava comigo. Fechei os olhos respirando fundo, para não sair quebrando tudo.

    Notei que na porta estava Sakura, me olhando com aquele sorriso de sempre, não sei porque, mais eu me senti confortável apenas em vê-la ali, esperando por mim.

    "Estou aqui pra te ajudar." Me veio na mente o que ela disse quando a conheci. "Eu não vou desistir de você Sasuke-kun." Talvez, ela pode me ajudar a tirar essa dor dentro de mim.

    Fui até ela, e chamei para almoçarmos no restaurante ali em frente. Ela aumentou o sorriso, e meu coração deu um pulo.

    Vou ver até onde isso vai dar, eu iria aceitar essa tal ajuda que Sakura queria me dar. Se eu queria tirar de vez Karin de minha cabeça, tinha que correr o risco com essa louca intrometida.

    ? Hun ... isso aqui é uma maravilha. - disse apontando para a macarronada dela. - Mais não é melhor que o macarrão penne com molho de limão que Hinata, minha melhor amiga faz. - Colocou uma quantidade em sua boca, e degustando aquela comida.

    ? Sakura. - a chamei, ela olhou pra mim, engolindo a comida. - Eu aceito sua ajuda. - falei direto, ela abriu um sorriso enorme, não sei como ela não sente dores na mandíbula.

    ? Mais com uma condição. - Ela balançou a cabeça afirmando.

    ? Pode dizer. - ela falou.

    ? Quero que me diga porque eu. - falei, sua expressão mudou, agora ela ficou séria. E não deixei de ficar assustado com isso. Vi ela suspirar. - Preciso saber porque você me escolheu.

    ? Tudo bem. - empurrou o prato para o lado, tomou um gole do seu suco de abacaxi com hortelã, e olhou para mim. - Sei o que esta sentindo. Sei o que se passou na sua cabeça quando descobriu da traição de Karin. - ela disse. Me surpreendi, fiquei curioso pra saber mais dela. Notei, uma tristeza em seu olhar. - Sou psicóloga. - ela falou.

    ? Psicóloga? Então é por isso que me escolheu? - perguntei a cortando, não deixei de ficar irritado. - Ta achando que estou louco?

    ? Claro que não. Sou psicóloga, não psiquiatra. Você não quer saber o porque de eu ter te escolhido? - perguntou, e maneei a cabeça afirmando. - Então me deixa continuar. - pigarreou e tomou mais um gole do seu suco.

    ? Como eu ia dizendo, sou psicóloga, ajudo as pessoas. - Ela parou pra pensar, notei mais uma vez que nos olhos dela havia tristeza. - Eu tinha um namorado. -Ela revelou.- Namoramos por uns quatro

    anos, foram os quatro anos mais felizes da minha vida. - Me olhou com os olhos em lágrimas, pronta para serem derramadas. - Mais, um dia eu descobri que ele não era tudo aquilo que eu pensei. A mesma coisa que Karin fez com você, Sasori fez comigo.

    ? Sinto muito. - falei pra ela, eu consegui entende-la. Consegui entender só pelo olhar dela. Aquilo machuca, dói, destrói a pessoa. - Foi por isso que resolveu me ajudar? -perguntei mais brando.

    ? Não exatamente. - ela me respondeu. Enxugou algumas lágrimas que caiam. - Eu não estava conseguindo trabalhar. Fiquei depressiva, cancelei todas as consultas, e não fui mais ao consultório. Como poderia ajudar os outros, se eu não conseguia me ajudar. - Ela revelou decepcionada. - Então naquele dia quando você entrou naquele restaurante, nervoso e gritando, por ter descoberto a traição de sua noiva, decidi te ajudar. Passamos pela mesma situação. - Olhei pra ela surpreso, então foi dai que ela soube, estava tão nervoso aquele

    dia que nem reparei quem é que estava naquele restaurante. Eu só queria matar aqueles dois. - Foi então que eu começei a te seguir, pesquisei sobre você. Sabia do horário em que você saia para trabalhar, e quando saia da empresa. Eu te seguia onde quer que você fosse, precisava saber mais sobre você. Sempre te observei, sentado, naquele banco, assistindo ao por-do-sol sozinho, chorando. Foi ai que me aproximei de você ontem. Eu preciso te ajudar, para me ajudar. Entendeu?

    Já ficou preocupado por isso poder ser arruinado?

    Isso faz você querer chorar?

    Quando você está por aí fazendo o que você está fazendo

    Você está apenas sobrevivendo?

    Diga-me você está apenas sobrevivendo

    ? Mais ou menos. - respondi assustado, ela vivia me perseguindo e eu nem notei isso. Nem senti a presença dessa mulher. - Olha, eu estou um tanto surpreso. - ri sem humor.

    ? É, eu notei.

    ? Você é louca. - apontei pra ela. - Mais eu aceito. Quero me livrar desse peso. - Sakura sorriu pra mim, mudando totalmente de humor. Como ela fazia isso? Até parece que nem sofreu a dor de uma traição. - Você é bipolar? - perguntei.

    ? Não, mais eu não posso ficar me remoendo por todo canto. - falou ela sorrindo. - Sorrir me ajuda a esquecer um pouco. Vamos experimenta.

    ? Experimenta o que? - perguntei confuso.

    ? Sorrir Sasuke-kun.

    Encarei ela, passei meus olhos por toda a extensão de sua face. Levantei fui até o caixa e paguei nosso almoço, eu não iria ficar esbanjando sorrisos por ai. Ela é louca, definitivamente. Notei ela do meu lado, me encarando. Saímos sem falar nada. Sakura me acompanhou até a porta do prédio onde trabalhava, passou da minha hora. Nos despedimos, mais quando eu ia entrar, senti seus braços me rodeando, num abraço. Aquilo me surpreendeu. O que ela estava fazendo?

    ? Nos vemos amanhã Sasuke-kun. Para almoçarmos juntos.

    ? Esta falando sério? - perguntei.

    ? Claro, você não vai se livrar de mim tão fácil.

    Acenou pra mim e saiu, fiquei ali, admirando a silhueta dela, até sumir. Será dias cansativos, pois Sakura é hiperativa, não para um minuto, sem contar aqueles sorrisos irritantes que ela fica esbanjando por ai. Ri com isso, até que seria divertido. Voltei para o meu escritório, consegui relaxar, passar esse tempo com Sakura me fez bem. Ainda mais depois de saber um pouco mais sobre ela, fiquei aliviado, ela não era uma psicopata. Louca sim.

    Onde há desejo, haverá uma chama

    Onde há uma chama alguém está sujeito a se queimar

    Mas só porque queima não significa que você vai morrer

    Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar

    Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar

    Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar


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