Espero que gostem seus lindos ...
O Sasuke esta bem dramático neste capitulo, ele não sera
aquele cara frio de sempre que consegue guardar seus sentimentos
só pra si. Sera um cara, que como todo mundo que é traído, sofre
com a traição da noiva e mostra isso ...
*-*
Música tema do capítulo: http://www.youtube.com/watch?v=fYpbxbBggJU
Estou tão cansada de estar aqui
Reprimida por todos os meus medos infantis
Já faz três meses que descobri que minha noiva me traia com meu melhor amigo, três longos meses de dor e sofrimento. Nunca imaginei que um dia isso fosse acontecer, parecíamos tão bem, de repente tudo desmorona sobre minha cabeça. Tudo estava preparado para o nosso casamento, até a nossa viajem de lua-de-mel. Isso esta me machucando muito, ainda dói na alma. Eu não a esqueci, sempre que vejo de mãos dadas com aquele cretino tenho vontade de socar os dois. Não só sofri a traição de Karin como do meu melhor amigo Suigetsu, duas numa paulada só.
Conheço eles desde pequenos, sempre fomos amigos, mais ao passar do tempo fui me apaixonando pela Karin. E então resolvemos ficar juntos. Foram sete anos de namoro, e um ano de noivado, pra daí descobrir a traição dos dois, que eu sempre achei que pudesse confiar. Já estou num estado depressivo, não consigo ouvir ninguém além do meu coração ferido.
E se você tiver que ir, eu desejo que você vá logo
Pois sua presença ainda permanece aqui
E isso não vai me deixar em paz
Ainda sinto falta dela, do seu jeito, do seu cheiro, de sua presença. Esta difícil tira-la do meu peito e da minha mente. Parece que foi tão fácil pra ela me esquecer, agir como se nunca tivéssemos tido nada, como se eu fosse apenas um conhecido.
Costumávamos sempre admirar o por do sol juntos, e agora tenho que faze-lo sozinho, é uma rotina diária, não consigo largar disso. Não consigo esquecer Karin. Mais ao mesmo tempo que sinto sua falta, sinto ódio tremendo crescendo dentro de mim, um sentimento de vingança, fazer ela sentir dor pior que a minha.
Essas feridas parecem não querer cicatrizar
Essa dor é muito real
Há simplesmente tantas coisas que o tempo não pode apagar
Fechei meus olhos para sentir a leve brisa que batia em meu rosto, deixei derramar uma lágrima no canto dos meu olhos. É doloroso demais, respirei fundo aquele ar de outono, mais na mesma hora meus pulmões doeram, não havia me dado conta de que chorava novamente. Algumas pessoas passam por mim e me olham com pena, não ligo, nunca me importei com a opinião de ninguém, apenas com a dela. Ódio, é isso que estou sentindo nesse momento, apertei meus punhos e bati no banco de madeira. Ainda não consigo entender o porque disso tudo, nunca deixei faltar nada pra ela.
Quando você chorou eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou eu lutei contra todos os seus medos
Eu segurei a sua mão por todos esses anos
Mas você ainda tem tudo de mim
Sempre presente, dando o melhor de mim, toda a atenção que uma mulher merece, todo meu carinho só para ela. E ela joga tudo assim, no lixo, como se meu amor não significasse nada, um nada, é o que eu sou pra ela.
Mais eu ainda não me desliguei por completo, ainda sinto a falta dela. Coloquei a mão na altura do coração, estava acelerado, não conseguia respirar, todo o meu corpo dói. E mais uma vez minhas lágrimas estavam caindo, mais uma vez chorando por causa de Karin.
Você costumava me cativar pela sua luz ressonante
Agora eu estou limitada pela vida que você deixou para trás
Seu rosto assombra meus únicos sonhos agradáveis
Sua voz expulsou toda a sanidade em mim
Quando penso em ir embora, sinto alguém sentando ao meu lado, nem reparei quem era, simplesmente enxuguei discretamente minhas lágrimas. Estava levantando para ir pra casa, quando essa desconhecida me chama, é uma mulher só pela voz fina.
? Uchiha Sasuke?
Olhei para o lado, nunca vi ela na vida, era uma completa estranha pra mim, o que me chocou foi como ela me conhecia e da onde? Aqueles olhos verdes me estudava como se eu significasse muito pra ela, o sorriso grande de satisfação, os cabelos rosados caindo sobre os ombros, uma calça jeans surrada e uma camisa de manga longa vermelha com um cachecol rosa.
? Quem é você? E como sabe meu nome? ? perguntei seco.
? Sei muito mais do que só o seu nome. ? se levantou e ficou de frente comigo. Observei ela e cada movimento seu, ri internamente da tentativa frustrada dela de afastar seus cabelos dos lábios com o brilho rosa, por causa do vento. ? Prazer, sou Haruno Sakura. ? sorrindo ela esticou a mão para que eu apertasse, dei uma breve olhada e depois voltei a encara-la, sem cumprimenta-la. ? É, eu sabia que isso ia acontecer. ? dito isso abaixou as mãos. E mesmo assim não tirou aquele sorriso irritante do rosto.
? O que você quer? ? perguntei irritado.
? Estou aqui para ajuda-lo. ? respondeu ainda sorrindo.
? Ajudar em que? ? perguntei curioso.
Essas feridas parecem não querer cicatrizar
Essa dor é muito real
Há simplesmente tantas coisas que o tempo não pode apagar
? Ajudar você a superar esse sofrimento todo que esta carregando consigo, sobre sua ex-noiva, Karin. ? olhei pra ela espantado, nunca vi essa mulher na vida, como ela sabia de tudo.
? Não preciso da sua ajuda. ? falei curto e grosso. ? E desde quando sabe da minha vida? Por um acaso minha mãe te mandou?
? Não. ? respondeu naturalmente.
? Karin te mandou aqui por pena de mim? ? perguntei com raiva, porque se for isso eu mato aquela vadia.
? Também não, nunca falei com ela. ? novamente respondeu calma e tranquila.
? Então como me conhece, como sabe de tudo o que aconteceu comigo? ? perguntei chegando mais perto, aquilo estava me irritando, aquela mulher estava me deixando com raiva com tanta intromissão na minha vida. ? Como você sabe que eu não superei Karin ainda?
? Faz três meses que observo você chorar aqui sentado, sozinho, sendo seu único amigo e companheiro o por-do-sol.
Quando você chorou eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou eu lutei contra todos os seus medos
Eu segurei a sua mão por todos esses anos
Mas você ainda tem tudo de mim
? Como você sabe sobre mim e Karin? ? perguntei raivoso.
? Isso não importa, o que realmente importa é que eu estou aqui para te ajudar. - sorriu. E eu queria quebrar os dentes dessa mulher enxerida.
Bufei e dei as costas pra ela, ouvi ela me chamar mais não dei atenção. Entrei no meu carro, coloquei a chave na ignição, deitei a cabeça no volante refletindo, a dor começou a possuir meu coração novamente. Apertei com força o volante, aquilo estava me matando, e ainda pra piorar aparece uma louca querendo me ajudar a superar a traição de Karin. Vá pra puta que pariu. Não preciso de ninguém pra me ajudar.
Liguei o carro e fui embora sem olhar pra tras, já estava de noite e o que eu mais queria agora é tomar um banho e dormir. Cheguei em casa meus pais estavam na sala assistindo alguma coisa, soltei um oi para os dois e fui pro meu quarto. Depois de minha separação com Karin, voltei a morar com meus pais. Vendi meu apartamento, aquele lugar só me traria lembranças dolorosas.
Eu tentei tanto dizer a mim mesma que você se foi
Mas embora você ainda esteja comigo
Eu tenho estado sozinha todo esse tempo.
Entrei em meu quarto, joguei minha maleta na cama, e fui direto pro banheiro. Liguei o chuveiro, e esperei até que esquentasse. Entrei de baixo daquela água quente, permiti que todos os meus músculos relaxassem, menos meu coração. Suspirei, ainda não consigo tirar a mulher dos cabelos rosados da mente, e como ela sabia de tudo. Talvez era uma psicopata que estuda a vida da pessoa pra depois raptá-la, deveria ter algum comparsa com ela, pois sozinha ela não iria me raptar. Ri com essa possibilidade, ela parecia tão inofensiva.
Novamente Karin veio a minha mente, fechei o punho e soquei a parede do banheiro, isso estava me cansando, não aguento essa dor no peito. Fechei os olhos forçando-os para não chorar, o ódio dominou todo meu ser de novo. Eu queria matar aqueles dois, só de pensar em tudo que faziam pelas minhas costas. Soquei mais uma vez a parede do banheiro. Quero me livrar disso, quero me livrar dessa dor, quero me livrar de Karin.
Sai do banho e ouvi baterem na minha porta, pedi pra entrarem e era minha mãe. Oportunidade perfeita pra eu saber se ela conhecia Sakura ou não.
? Filho, quer comer alguma coisa? ? perguntou ela preocupada.
? Não. ? respondi.
? Foi tudo bem hoje? ? perguntou novamente, chegando mais perto de mim, ainda com a preocupação visível
? Foi sim mãe. ? respondi terno. ? Por um acaso você conhece alguma Haruno Sakura? ? perguntei por curiosidade, fui direto. Minha mãe não sabe mentir, se foi ela que mandou Sakura, vou saber. Mais essa pergunta pegou de surpresa minha mãe.
? Haruno Sakura? Nunca ouvi falar. ? respondeu ela sinceramente. ? Porque me pergunta isso? ? me perguntou com um brilho diferente no olhar dela, parecia estar feliz. ? É algum rolo seu? ? perguntou novamente, mais dessa vez deu pra ver a felicidade e alívio estampado em sua face.
? Não, claro que não. ?respondi pro desagrado de minha mãe. Desde a traição de Karin que ela torce pra mim arranjar uma namorada. Mais eu não quero, ainda dói muito. Foi tudo muito recente.
? Ah. Tudo bem. Mais eu não a conheço. ? disse com o semblante triste. ? Vou dormir, boa noite meu filho. ? me deu um beijo na testa e saiu do meu quarto.
Quando você chorou eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou eu lutei contra todos os seus medos
Eu segurei a sua mão por todos esses anos
Mas você ainda tem tudo de mim
Deitei em minha cama, mais como sempre demorei pra dormir pensando em Karin, e ao mesmo tempo em Sakura. Como alguém que eu não conheço pode saber da minha vida. Depois de algum tempo dividindo meu pensamento entre Karin e essa tal de Sakura, adormeci.