Prólogo

As armaduras reluzem o brilho do pôr-do-sol, seus cavalos brancos marcham para um castelo onde existe uma realidade obsoleta, agora apenas suas cruzes vermelhas estampadas em seus escudos e brasões são a realidade, uma realidade assustadora e mortífera.

Um dos serviçais entra correndo, suas palavras queimam em sua respiração aturdida - O Castelo foi invadido meu senhor, os reis querem a sua cabeça. - [/i]suas lágrimas rolam por um Rei bom e de natureza desconhecida.

O Rei não se assusta[/i] - Era chegada essa hora, não temam, eles nos querem e não a vocês - a Rainha aperta sua mão e entrelaça seus dedos, sua face é de alívio.

Os passos foram se tornam cada vez mais ensurdecedores, as velas do grande salão iluminavam a face serena de seus Reis e um pequeno sorriso brilhou nos labios vermelhos daquela Rainha.

- Sonhei com esse momento a mais de 2 mil anos, senti aflição, medo e negação. - Seus olhos sorriem - Agora, meu coração transborda de Amor e esse momento só me fez enxegar o quanto eu amo vocês.

- Então minha Rainha escolheu morrer? - o Rei sorri envolvendo as suas mãos.

Ela acena positivamente - Logo que me transformei tive rancor das minhas visões, mas quando vi você tive certeza desse meu futuro e aceitei para não deixar de sentir esse Amor.

Ele se levanta e estende sua mão. - Uma ultima dança minha Amada Rainha, vamos celebrar o que vivemos, mesmo um amor que aos olhos humanos seja utópico, já que somos eternos. - seus passos são embalados pela recordação das incontáveis noites de bailes e festas daquele salão.

- Mesmo sendo um monstro me sinto abeçoada pelo seu Amor, obrigada por esse fim glorioso. - Seus lábios se tocam com a ternura da paixão pura, seus dedos entrelaçam como a primeira vez que se tocaram, seus olhos se cruzam como se nunca mais fossem se perder um do outro.

As perseguições naquela família estavam apenas começando...