OH MY LOOOOKI...só eu e meu netbook sabemos o quanto eu queria escrever essa fic, e há quanto tempo estou tentando!!
Eu definitivamente amo esses dois...um dos casais mais fofos de todos os tempos; torço dia e noite para que fiquem juntos até o final do mangá.
Enfim, essa é minha primeira fic desse casal e desse anime. Como eu já disse, já tinha a intenção de escrevê-la, mas faltava inspiração. Só que ela resolveu aparecer assim do nada e boom...olha o resultado aí!
Realmente espero que gostem, porque eu gostei muito de escrevê-la. É pequena, simples, mas foi escrita com todo carinho!
Que venha mais inspirações e mais fics deles...é um casal realmente gostoso de trabalhar!
Essa é minha primeira fanfic nesse site; primeira de muitas, espero eu.
Deixem suas opiniões a respeito da fic e, desde já, muito obrigada aos que lerem!
Bjinhos da Nana! ^.~
Era uma manhã nublada e um pouco fria de sábado quando Rin e Shiemi deixaram a
academia
Vera Cruz. Eles tinham sido escalados para uma missão em um vilarejo próximo; algo simples, mas o suficiente para deixar Rin nas nuvens e se sentindo o maior exorcista da academia.
Apesar da empolgação, Rin caminhava em silêncio ao lado de Shiemi; havia um certo clima de tensão no ar. Há pouco, os alunos da academia acabaram descobrindo o segredo de Rin e, ao contrário do que ele imaginava, passaram a olhar torto para ele e, alguns até se esquivavam quando o via aproximando-se. O boato sobre o filho de Satã espalhou-se por toda a academia e, não havia um só lugar onde Rin pudesse ficar sem ser rejeitado. Vendo o sofrimento do irmão - que evitava sair do quarto, só ia mesmo para as aulas - Yukio tratou de conversar a respeito com Mephisto, a fim de encontrar uma solução para o problema. A princípio, o diretor pareceu não se importar muito, mas, depois de Yukio insistir bastante, acabou cedendo e permitindo que Rin fosse em uma missão simples, que o deixaria fora da academia por dois dias. Porém, Mephisto pediu a Yukio que enviasse alguém de confiança junto a Rin, para evitar que ele cause algum tipo de problema durante a missão. Yukio então, como não podia ir por conta de uns assuntos que tinha que resolver na academia, pensou na única pessoa em todo o mundo que era capaz de controlar o demônio: Shiemi.
Já fazia algum tempo desde que Yukio começou a perceber como Rin ficava diferente quando estava com Shiemi. O garoto, que sempre fora tão desastrado e adorava se meter em confusão, ficava atencioso e protetor ao lado de Shiemi. Yukio logo imaginou o que isso significava, mas nunca disse nada a Rin, nem deixou que ele percebesse nada. Porém, considerando os últimos acontecimentos e a solidão do demônio, Yukio decidiu ajudar o irmão a se aproximar de Shiemi - que também vinha agindo estranho, desde que descobriu que Rin era filho de Satã. Decidiu então abrir o jogo com Shura - por quem nutria sentimentos há muito tempo, mas nunca teve coragem de se declarar -, e perguntar se agira certo em enviar os dois em uma missão. Shura, que não perdia uma só novidade, ficou empolgadíssima com a história que Yukio lhe contara e apoiou o exorcista em sua decisão, oferecendo ajuda, caso precisasse fazer algo mais para unir os dois.
Rin e Shiemi caminharam por, mais ou menos, quarenta minutos até que chegaram ao seu destino. O vilarejo era pequeno, no meio do nada, com poucos habitantes, e aparentava um certo grau de pobreza. Os dois seguiram até o hotel do vilarejo, na beira de uma estrada de terra, onde, segundo o proprietário, os hóspedes estavam sendo assombrados por demônios que ficavam nos espelhos.
- Hmm...com licença... - disse Rin para a mulher velha que estava distraída com uma revista na recepção do hotel.
- Ah, sim, em que posso ajudá-los? Por acaso estão perdidos?
- Na verdade não. Nós somos os exorcistas enviados pela Academia Vera Cruz.
- Claro, claro. Fiquem à vontade, por favor. Vou chamar o senhor Inoue.
Menos de cinco minutos depois, um homem de meia idade entra na sala.
- Então vocês são os exorcistas...fico mais tranquilo em vê-los aqui. O movimento caiu bastante, desde que os demônios apareceram. A propósito, sou o Inoue.
- Ah...eu sou o Rin e, ela é a Shiemi.
- Prazer em conhecê-los...é muito bonita Shiemi, nem parece exorcista. É sua namorada?! - Shiemi, que já havia corado com o elogio, agora parecia que ia explodir. Rin também ficou corado, e não sabia o que dizer.
- Nã-não...ela é só minha amiga. Mas, vamos falar sobre a missão...onde estão os demônios?
- Bom, eles aparecem nos espelhos e durante a noite. Já tentei trocar os espelhos, mas não adiantou. Então, pensei em removê-los, mas os demônios continuaram aparecendo nos vidro das janelas. Já não sei mais o que fazer.
- Fique tranquilo, daremos um jeito neles.
- Preparei um quarto para vocês. Espero que não se importem, mas por acaso hoje estamos lotados, um grupo que fazia uma excursão para Tóquio se perdeu e acabaram parando aqui, todos os nossos quartos estão ocupados; restou apenas um para vocês, tudo bem?!
- Claro, claro...não se preocupe com isso. - Rin falou sorrindo, tentando parecer natural, mas Shiemi parecia pouco confortável.
- Bom, vou levar as coisas de vocês para o quarto. Devem estar cansados...
- Pra falar a verdade, estou um pouco cansado sim. - Rin coçou a parte de trás da cabeça, dando um sorriso meio desconcertado.
Os dois acompanharam Inoue até o quarto e Shiemi quase desmaiou quando viu uma cama de casal. Já havia dormido com Rin uma vez, mas de uns tempos para cá, não se sentia mais confortável para fazer isso de novo.
~ Shiemi pov's on ~
Não sei quando isso começou, mas quando eu fico perto do Rin, parece que vou cair. Sinto minhas pernas bambearem e um friozinho na barriga, que quase chega a ser uma dor. Me sinto estranha...nós sempre fomos amigos; ele sempre foi meu melhor amigo. Já me sinto envergonhada só de pensar nele, mas todos os dias eu quero ficar o máximo possível perto dele. Nem sabia o que responder quando o Yukio me chamou para essa missão; fiquei feliz, é claro, mas ao mesmo tempo tive medo de ficar sozinha com o Rin em um lugar estranho. Não é medo de verdade; eu não me importo que ele seja filho de Satã ou de quem seja, para mim ele sempre vai ser o Rin. O problema é que eu não me sinto segura, não me sinto firme no chão ao lado dele. Definitivamente não podemos dormir juntos. Por Kami, será que eu gostando dele?!
~ Shiemi pov's off ~
Rin foi tomar um banho, enquanto Shiemi permanecia sentada na beira da cama. Ela parecia cada vez mais distante, e Rin tinha medo de falar com ela. Não ia suportar o fato de ver Shiemi com medo dele; ela não! Após o banho, deitou na cama e fechou os olhos, fingindo adormecer. Na verdade, estava atento à todos os movimentos de Shiemi. Ela, por sua vez, pegou um livro e passou a tarde toda lendo-o, parando apenas para um banho rápido.
Logo a noite chegou, e Rin levantou-se.
- Já está anoitecendo.
Shiemi apenas concordou com a cabeça, os olhos ainda no livro. Rin sentou-se ao lado dela, em silêncio. A língua dele coçava, querendo encher a garota de perguntas, mas tinha medo das respostas, então resolveu permanecer em silêncio. Ficaram daquele jeito um bom tempo, até que ouviu-se um barulho vindo do banheiro.
- Deve ser ele!
Rin foi andando em direção ao banheiro e Shiemi o seguiu após fechar o livro. No espelho do banheiro, uma figura pálida e desgastada de um homem estranhamente magro e assustador parecia pronto para assustá-los.
- Tudo bem, é só um espírito do mal. Isso vai ser rápido. - Rin falava baixo, evitando que o espírito ouvisse. - Preste atenção caso ele escape Shi!
- Pode deixar!
Rin foi se aproximando enquanto o espírito parecia querer sair do espelho. A essa altura, qualquer pessoa em sã consciência já estaria longe dali, mas Rin continuava se aproximando. Ao perceber isso, o espírito tentou escapar, mas Rin já dizia algumas palavras, o que o deixava cada vez mais agoniado. Quando chegou bem na frente do espelho, Rin percebeu que o espírito já estava demasiado enfraquecido, devido às suas palavras, então, pegou sua espada e quebrou o espelho em vários pedaços miúdos. Ouviu-se um grito estridente e, logo depois o clima do local parecia mais leve.
- Pronto! - Rin saiu do banheiro e guardou sua espada, com um ar triunfante.
- Bom trabalho! - Shiemi deu um leve sorriso, o que fez Rin corar.
- Vo-você conseguiu!! Nem sei como agradecer meu rapaz!! - Inoue entrou correndo no quarto e, apertou a mão de Rin com tanta força, que parecia não querer mais soltar.
- Tudo bem, não precisa agradecer. Esse aí não vai mais incomodar o senhor!
- Muito obrigado mesmo!! Olha...vocês devem estar cansados...fiquem à vontade, durmam o quanto quiserem, tudo por conta da casa!
- Obrigada senhor Inoue! - Era a primeira vez que Shiemi falava com o homem.
Inoue apenas sorriu e deixou-os sozinho.
- Então...vamos dormir, não é?! - Disse Rin, indo em direção à cama. Shiemi corou um pouco ao ver a cena. Porém, ele apenas pegou um travesseiro e jogou no tapete ao lado da cama. Depois, se deitou e virou-se para Shiemi, que o olhava paralisada.
- Boa noite, Shi!
Ela não respondeu.
- Shiemi...tá tudo bem?!
- Ah... - ela pareceu acordar de um sonho - tá sim Rin, boa noite. - Shiemi foi andando em direção à cama e deitou-se. Passou boa parte da noite virando de um lado para o outro na cama e olhando para Rin, que dormia tranquilamente no tapete.
"Ah Rin...você é tão incrível! Como pode ser tão rejeitado por ser quem é?!"
- Rin?!...Rin acorda...
- Shi? Aconteceu alguma coisa? - Rin mal conseguia abrir os olhos e falava com voz sonolenta.
- Vo-você pode dormir aqui se quiser...essa cama é grande o suficiente para nós dois. E, além disso, esse tapete não é nada confortável.
- Sé-sério Shi? - Rin despertara por completo e um largo sorriso enfeitava seu rosto. Como Shiemi gostava daquele sorriso.
- Claro...vem!
Rin nem esperou ela chamar duas vezes. Na mesma hora que ela chamou, subiu na cama e já estava muito bem acomodado. Shiemi virou para o lado na intenção de dormir, quando Rin a chamou:
- Shi?
- Sim.
- Será que...eu posso te perguntar uma coisa?
- Pode Rin! O que é?
- É que...bom...
- Fala logo Rin!
- Você também ficou com medo de mim, quando descobriu que eu era filho de Satã?
Shiemi ficou em silêncio encarando Rin. Logo ela percebeu o olhar do moreno entristecer.
- Ah, deixa pra lá Shi! Boa noite!
- Não, Rin... - Shiemi pousou uma de suas mãos no rosto de Rin, antes que ele se virasse. Ela não sabe de onde tirou coragem para tal ato, mas decidiu que deveria continuar; não aguentava mais ver Rin sofrendo. - Eu não tenho medo de você...nunca tive, nem nunca terei! Para mim você sempre vai ser o mesmo Rin, não tô nem aí se você é filho de Satã ou de quem seja. Eu sempre vou gostar de você, do mesmo jeito que eu gosto agora!
Só quando olhou a cara de espanto de Rin, Shiemi percebeu o que tinha dito. Por Kami, ela acabara de se declarar para Rin! E se ele não gostasse dela do mesmo jeito que ela gostava dele? Ah não, ele era seu melhor amigo, não queria estragar tudo; como foi burra! É claro que ele não gostava dela...olha só a cara dele...
- Shi...vo-você gosta mesmo de mim?!
Ela suspirou, como se tivesse tomando coragem.
- Sim, eu gosto. Mas, isso não importa...eu não tenho medo de você, é isso que importa!
Rin abraçou Shiemi, o que a fez corar.
- É claro que importa! Mas, eu achei que você gostava do Yukio!
- Eu também achei, mas eu gosto de você Rin...sempre foi você!
- Então é bom aquele quatro olhos ficar bem longe, porque eu também gosto de você, e não vou te perder pra ele, de jeito nenhum!
- Não se preocupe com isso Rin...eu te amo!
Rin não conseguiu dizer nada. Nunca imaginou ouvir Shiemi dizendo isso para ele. Apenas soltou-se do abraço e aproximou-se da garota. Sabia que ela não fugiria, mas mesmo assim, tratou logo de selar seus lábios aos dela em um beijo delicado, o primeiro de Shiemi. Ela não pensou duas vezes, e retribuiu o beijo, que tornou-se mais profundo e apaixonado. Tiveram de se separar para recuperar o fôlego.
- Eu te amo tanto Shi! - Rin abraçou-a novamente.
- Eu também te amo...do jeito que você é!
Permaneceram abraçados por um bom tempo, até que não aguentaram e caíram no sono. Rin já não se sentia mais solitário. Já não se importava com o fato de os outros sentirem medo dele; ele tinha Shiemi, e ela o amava como ele era e, isso, era o suficiente.