A Nova Casa

  • Andone
  • Capitulos 3
  • Gêneros Darkfic

Tempo estimado de leitura: 12 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 3

    Existem mil maneiras de errar.

    Hentai, Heterossexualidade, Nudez, Sexo, Spoiler, Violência

    Hey!

    Desculpem a minha demora, fico muito envergonhada com isso. :(

    É que esses dias eu estive meio enrolada com os estudos, e tive também algumas provas e tal.

    Mas agora posto um capítulo novinho para vocês!

    Espero que gostem!

    2.

    Magnólia, três da manhã.

    Um calafrio percorreu todo o corpo de Lucy. A noite estava demasiadamente fria, e o simples choque do vento contra as janelas da casa era excessivo incômodo.

    Lucy estava deitada em sua cama, inerte. Seus cabelos já haviam perdido toda a sua beleza e seus olhos castanhos já não tinham mais aquele brilho semelhante ao mais belo chocolate. Ela estava completamente destruída, tanto de corpo quanto de alma.

    Enrolada no seu macio cobertor, ela sentia o frio nas veias. Sentia sua garganta explodir em chamas, ardendo de tal forma que não conseguia suportar. Sua cabeça doía bastante e se não estivesse tão fraca e debilitada, estaria muito provavelmente urrando de dor.

    Lucy encontrava-se muito frágil, e não conseguia pensar em absolutamente nada. Seu corpo arrepiava-se com um simples mexer dos seus lábios. Sua pele era porcelana e seu corpo tremia intensamente. Era como se sua alma tivesse fugido do seu corpo, abandonando-o em um lugar pior que o próprio inferno. E, também o deixando em imensa situação de risco.

    Lucy nada ouvia, nem enxergava. Estava fraca demais até para abrir os olhos. No seu estado, parecia mais um zumbi. Não se mexia e tampouco reagia à dor que sentia. A única prova de que estava viva era a sua ofegante respiração.

    O grande sofrimento transformara-se em dor agonizante. Lucy não aguentava mais, e na verdade nem mesmo sabia o motivo de continuar vivendo.

    Uma lágrima escapou do olho da menina, percorrendo a pele pálida da mesma, umedecendo-a.

    Já não suportava mais imensa tristeza.

    Caiu em prantos. Ainda não se movia; apenas chorava numa tentativa se eliminar seus problemas.

    Lucy permaneceu assim até que, enfim, adormeceu.

    O sol surgiu lentamente no céu que antes era apenas trevas. Lucy dormia calmamente, e suava muito. Sua pele voltara ao tom rosado original, e já não estava mais arrepiada.

    Os raios quentes penetraram os vidros das janelas, iluminando o cômodo inteiro. Um novo dia estaria por vir, o que era uma péssima notícia para Lucy.

    Ela acordou exausta. Mesmo com mais uma noite mal dormida, forçou-se a levantar e abrir seus olhos. Averiguou todo o seu quarto com o olhar, com medo de encontrar algo estranho.

    Seus olhos castanhos pousaram na sua escrivaninha, arregalados.

    Sobre o tampo de madeira, estava algo que ela nunca imaginaria encontrar.

    Um buquê de rosas vermelhas.

    Prudentemente, aproximou-se das flores. O aroma suave e balsâmico lhe invadiu as narinas, extasiando-a.

    Absorta, tomou para si o ramalhete. As rosas eram de um veemente tom carmesim, e era a única energia aprazível naquele lugar.

    Respirando o olor brando das delicadas rosas, Lucy pela primeira vez esqueceu-se das vicissitudes da sua vida; olvidou-se de todos os seus problemas e dificuldades. Só queria recender o agradável cheiro das flores de cor carmim.

    Lucy assustou-se. O que estava fazendo? O que estava pensando?

    Pavorosa, soltou o buquê, que caiu e espalhou o floreado por todo o piso. A loira olhava, espantada. Só agora parou para pensar. Quem havia deixado aquelas flores ali?

    Não custou a notar que, junto com as inúmeras pétalas dispersas no chão, havia um pequeno e singelo envelope.

    Ainda temerosa Lucy hesitou um pouco. Entretanto, logo se abaixou para pegar o invólucro de uma possível carta.

    Seu rosto vertia algumas lágrimas devido ao susto que levou, e a tristeza também estava presente nas gotas que caíam dos seus olhos.

    Com as mãos bastante trêmulas, rasgou o papel. Tinha bastante medo do que iria encontrar, é verdade, mas pensava que não poderia ser maior estorvo do que tudo que já passou.

    Retirou a carta. Era uma pequena folha de papel, mas que parecia ser bastante antiga. Lucy concentrou-se no escrito. Na verdade, não passava de um bilhete sucinto. Lia-se nele:

    Isso assustou bastante Lucy. Ela largou o papel no chão, e tapou sua boca com as mãos, antes que começasse a gritar.

    Automaticamente, encostou-se A e na porta, como se algo estivesse acercando-a morosamente.

    Por que as coisas só tendiam a piorar?

    ? Lucy! Lucy! Lucy!! ? ouviam-se gritos que, paulatinamente, iam ficando mais intensos e chorosos. ? Lucy!!

    Os olhos da garota abriram-se, e a primeira coisa que ela atinou foi o fato de que se situava em um hospital.

    ? Lucy!

    A loira entreviu uma garota de estatura baixa e de cabelos azuis chorando. Não demorou muito a identificá-la; era Levy McGarden, sua melhor amiga em Nova York.

    ? Levy!! ? as duas enlaçaram-se em um abraço carregado de surpresa e saudades. ? Como me encontrou?

    A esta altura, Lucy chorava também. Mas, diferentemente dos outros dias, agora estava feliz. E faz muito tempo que não desfrutava desse sentimento...

    ? Eu fui à sua casa algumas semanas atrás, quando finalmente cheguei da minha longa viagem ao Brasil. Virgo me contou tudo o que aconteceu, e assim que soube vim correndo e peguei o primeiro voo que achei para Tóquio. Depois eu vim para Magnólia e saí perguntando a toda a vizinhança, até que me indicaram sua casa...

    ? E depois? ? Lucy quis saber. ? Como vim parar aqui?

    Levy suspirou pesadamente.

    ? Eu bati na porta inúmeras vezes, mas não houve resposta. Achei até que você não estava, mas ouvi um baque estranho. Então dei um jeito de abrir a porta e te encontrei no seu quarto, desmaiada. Como sua testa sangrava, te trouxe aqui. O que houve?

    Lucy reparou o curativo. Tentava lembrar-se do que aconteceu, mas tudo que lhe vinha à mente eram rosas de cor escarlate intensa.

    ? Eu... Eu não lembro ? fechou os olhos, apertando-os.

    ? Tente, ao menos... Bom, eu vou ter que ir agora, você precisa descansar. Depois, se lembrar de algo, me fale ok?

    Lucy consentiu, e a única coisa que escutou foi o som da porta do aposento se fechando.

    Inquieta e túrbida, ela tentava recordar-se de quaisquer peripécias anteriores ao seu inesperado desmaio. O que, de certa forma, a incomodava bastante.

    Forçou o seu pensamento a voltar atrás, mas tudo o que via eram flores espalhadas pelo chão. Que nexo teriam aquelas flores com ela?

    Suspirou cruciante. Já tinha forçado demais a sua mente, e isso a fez adquirir uma leve dor de cabeça.

    Afinal, por que estava tão incomodada com algo que nem lembrava advir? Por algum motivo, a falta destas lembranças era um pesar em sua vida, um grande estorvo.

    Lucy tentou, com certa dificuldade, içar-se da maca. Conseguiu ainda dolorida. Ao levantar-se, reparou que algo caíra de sua roupa. Era um pequeno papel.

    Lucy abaixou-se, lentamente para pegá-lo. Leu.

    E se arrependeu profundamente de ter tocado nisto novamente, trazendo à tona todas as suas lembranças de volta.

    E, sinceramente, preferia que elas nunca mais voltassem.


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