Na torre da liga tudo continuava como esperado. Missões e mais missões. Os vilõess estavam atacando cada dia mais, pra variar. Alguns meses se passaram desde a briga de Carter com John. Com isso, se aproximava o natal, uma data comemorativa dos humanos e um pouco desconhecida aos heróis. Nesse clima natalino, enquanto estavam numa das salas da liga, parecia que Bruce e Diana estavam se entendendo:
- Bruce, é sempre assim? Vocês, humanos, celebram o natal com toda família? - perguntou Diana
- Os que tem família sim. ? disse secamente Bruce.
Diana logo entendeu e pensou consigo mesmo: ?como eu pude esquecer que ele não tem família??, logo começou se desculpar:
- Me desculpe Bruce, eu esqueci. Acredito que esse não é um bom assunto para conversarmos. Falei sem pensar, me desculpe mesmo.
- Não se desculpe Princesa, todo ano é assim. Não tem como ficar indiferente, mesmo não querendo, lembro-me dos que amei e perdi.
- Por Hera! Bruce, nunca vi você falando assim, sendo tão sincero e... ? interrompeu Diana
- E...? ? prosseguiu Bruce ? Pode dizer Diana, tão sincero "e" o que?
- Sensível. Diante de todas as discussões que já tivemos, não imaginei que fosse possível conhecer esse seu lado mais emotivo. Essa data deve mexer muito com o coração dos humanos.
- Mexe sim Diana, e mesmo não sendo a melhor hora, esse é o motivo que não me deixa te amar como eu queria. Eu não suportaria te perder.
Ela não podia acreditar no que estava ouvindo. Bruce a amava? Será que não seria o efeito do ?natal? que o deixou tão vulnerável? Ele estava ali abrindo seu coração para Diana, sem brigas e sem discussões. Foram poucas as vezes que isso aconteceu. Diana se aproxima de Bruce e acaricia seu rosto:
- Eu nem sei o que dizer Bruce. Você sabe que eu o amo, nunca pensei que sentiria isso mais sinto. Só que... ? Diana para de falar mais continua acariciando o rosto de Bruce e olhando para ele.
- ?Só que? o que Diana? Você não acredita em mim? Não era essa a conversa que você sempre me cobrava? ? perguntava Bruce sem entender.
- Sim, eu sempre quis que nós dois nos entendêssemos querido e ainda quero. Mais, eu nunca te vi assim, eu fico com medo de me envolver em suas palavras e depois você voltar a agir como antes. Sejamos francos Bruce e não quero que você se ofenda, por favor. Mais eu preciso que você seja sincero comigo. É por causa de todo esse clima natalino que você está melancólico? Eu preciso saber se você realmente encontrou o momento certo para dizer que me ama ou se toda essa festa humana de natal, com encontro em família e tudo mais, mexeu no seu emocional. É por isso você esta me dizendo essas coisas?
Bruce a olhava com ternura. Ele compreendia o medo de Diana, sabia que não demonstrava muito sentimentalismo por ela e por isso toda a desconfiança. Os dois permaneceram em silêncio até que Diana rompeu:
- Não precisa responder Bruce, eu posso imaginar a resposta.
- Não Princesa, você não pode ficar imaginando coisas que não existem. Eu sei que das vezes que estamos juntos, nós mais brigamos ou discutimos do que conversamos. Para mim o natal não é lá grandes coisas desde que aprendi a viver sozinho e contar apenas comigo. Fico parecendo mais um humano fragilizado do que o próprio Batman. Mais hoje, te olhando aqui, eu vejo nos seus olhos que você sente o mesmo. Eu quis lhe dizer de uma vez por todas o que sinto.
- Mais Bruce, você seria capaz de abrir mão do nosso amor por medo? Medo de me perder?
- Sim. Se esse sentimento colocasse sua vida em risco, sim.
- Eu não consigo acreditar! ? levantou Diana inconformada. Ela não queria discutir, era bom conversar francamente com Bruce, mais ouví-lo dizer assim com tanta franqueza a deixou chateada.
- Eu não quero te chatear ? dizia Bruce aproximando-se de Diana. ? eu te amo Princesa e estou sendo sincero como nunca fui.
- Como pode me amar e não querer ficar junto? Por que não escolhemos simplesmente viver esse amor? É tão complicado assim? Bruce eu agradeço sua franqueza mais eu não aceito ficar longe de você.
Os dois já estavam próximos o suficiente para querer evitar o beijo. Bruce e Diana se entregaram aquele beijo como se fosse o ultimo. Bruce a abraçava e a trazia cada vez mais para si, sentia o calor do corpo dela ao seu. Diana interrompe o beijo e ainda abraçada pergunta:
- Me diga sr Bruce Wayne, você acha mesmo que seríamos capazes de resistir ao que sentimos um pelo outro?
- Não. O que você sugere então? Colocar sua vida em risco Diana?
- Minha vida nunca estaria em risco por amar você e sim porque servimos a liga e temos muitos inimigos. Eu quero viver esse amor com você Bruce e enfrentar o que tiver que enfrentar ao seu lado.
- Diana... a vontade de ficar junto de você é maior. Mais não espere que eu seja o tempo inteiro assim, romântico. ? disse Bruce num tom mais descontraído. ? e brincalhão. Eu não sou assim, você sabe e conhece bem. Brigamos mais que todos os vilões e heróis juntos.
- E eu não sei? Mais prefiro discutir pertinho de você! ? dizia Diana abraçada a Bruce. ? E vamos começar no natal, passaremos juntos e você vai me mostrar tudo o que há nessa data. É o meu primeiro natal então trate de caprichar Bruce Wayne.
Enquanto Bruce e Diana começaram a viver esse amor, Flash estava com Shayera ajudando ela a escolher um presente a Carter. Flash foi ajuda-la meio contrariado, ainda não gostava muito de Carter.
- Compra qualquer coisa pra ele! O que você der, ele vai amar. ? sugeriu Wally
- Pra que você veio me ajudar então hein? Se é pra ficar de má vontade pode voltar. ? rebateu Shayera
- Calma Shay, eu só quis ser prático.
- e sincero... ? interrompeu Shayera. ? Eu sei muito bem que você não gosta de Carter e é por causa do John mais não vejo você agindo assim com Vixen por minha causa. John refez a vida dele e eu estou refazendo a minha Wally. Você é meu amigo e o que eu mais queria é que você tentasse se dar bem com Carter.
- Mais eu não sei explicar Shay... Eu não consigo sentir pela Vixen o que sinto por ele.
- Você está falando sério? Por que se for, não conseguiremos manter nossa amizade. Você é como um irmão pra mim mais eu não aceito...
- Shay você não entendeu? ? interrompeu Flash. ? Eu gosto de John, Batman, mais nenhum deles é tão próximo a mim como você. Eu gostava da ideia de ver você e John juntos, mais eu não consigo imaginar você com Carter, eu tenho ciúmes oras! Quando eu digo que não consigo sentir pela Vixen o que sinto por Carter, é porque eu não tenho ciúmes do Lanterna e nem daria né?! ? Flash até tentou se manter sério enquanto falava, mais logo terminou fazendo brincadeirinha, como sempre.
- Wally seu bobo! Com ciúmes de Carter? Mesmo namorando ele, você ainda faz parte da minha vida e sempre fará! Eu o amo como um irmão, sabe aqueles que dão muito trabalho? Então, é você. ? ria de Flash
- Depois eu é que sou o engraçado né?! ? retrucou Flash.
- Pois é... Aprendi com alguém. Agora vamos nos apressar porque eu ainda tenho que preparar o jantar para Carter...
- Oba... vai rolar um jantarzinho?! Eu já estou ficando com fome.
- E vai continuar. Você não está falando sério não é Wally? ? perguntava rindo ? o jantar hoje é a dois, não vai dar pra ser a três não.
- Nossa, como você é amiga. Queria ver se fosse pra mim se você seria tão dedicada.
- Prometo que depois preparo para você um jantar delicioso, tudo bem seu menino manhoso?
- Tá bom, eu vou cobrar.
Flash e Shayera continuaram a busca pelo presente de Carter até encontrar. Eles ainda retornaram a torre da Liga. Flash foi chamado por Superman e Shayera procurava Diana, como não a encontrou no quarto, foi a sala de treinamento ver se encontrava lá:
- Di-a-na... desculpe eu não sabia que você estava treinando, não quero atrapalhar. ? disse Shayera surpresa ao encontrar John.
- Tudo bem, aqui é um entra e sai mesmo. ? retrucou John
- Pois é, e eu estou saindo.
- Espere Shayera. ? pediu John
- John eu não quero brigar, então, é melhor eu sair.
- Espere! Preciso lhe dizer uma coisa.
?Que me ama e que vai ficar comigo? ? pensou Shayera
- Eu não tive a chance de agradecer seu namorado. Agradeça ele por mim, por favor.
- Agradecer o que? ? perguntou Shayera
- Ele sabe.
- É claro, mais eu quero saber.
- Bem, pelo que sei não há segredos entre vocês, então você não tem com o que se preocupar, ele te contará. ? disparou John
- Tudo bem John, você... ? Shayera é interrompida pela entrada de Vixen
- Querido, estou pronta! Podemos ir? ? entrou sem perceber que atrapalhou a conversa deles. ? ah, você por aqui Shayera, tudo bem? Atrapalho algo?
- Não Mari, Shayera veio a sala de treinamento atrás da Diana, mais como não a encontrou, já estava de saída não é Shayera?
- Isso mesmo. ? respondeu Shay
- Entendi. ? disse Vixen ? bom... eu vou pegar umas roupinhas pra você John. Não demora porque já estou pronta querido.
- Tudo bem, já estou indo.
- E eu também vou. ? interrompeu Shayera.
- Só mais uma coisa. ? disse John. ? avisa ao Carter que aquilo no seu apartamento, não se repetirá. Eu entendi o recado dele. Avisa também que não me oponho mais a entrada dele na torre. E pra terminar ? avisou John ? não precisamos fugir um do outro. Não me interessa mais o que você faz da sua vida como a minha vida não deve lhe interessar mais. É mlhor agirmos como adultos maduros, sem piadinhas ou indiretas.
- John, eu entendi o recado e avisarei ao Carter. Quanto as nossas vidas, eu concordo. Cada um vivendo a sua. Agora se você me da licença, tenho que procurar Diana. ? Shayera se retirou da sala e como precisava preparar o jantar de Carter, para comemorar o aniversário dele, decidiu que a procuraria depois.
A conversa com John não foi tensa, foi boa, ao menos eles nã brigaram. Ela percebeu que embora sentisse algo por ele, não sentiu toda aquela palpitação no seu coração como antes. Estava bem e decidiu não pensar muito nisso, queria pensar em seu jantar com Carter. Ela queria que fosse especial!