Xeque-mate, a virada

  • Finalizada
  • Aanonimaa
  • Capitulos 31
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 9 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 11

    Décimo primeiro ato ? Eminente Perigo

    Álcool, Estupro, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Décimo primeiro ato ? Eminente Perigo

    Lady Abel Oblivion Araghon

    ? Isso é muito mais do que imaginávamos.

    ? Aquele Cloud é realmente muito bom.

    ? É assustador. Imagina se ele vira nosso inimigo?

    ? O General apenas está dando um boi para ele, deixando-o atacá-lo abertamente.

    Nada estava tão longe daquelas palavras. Na plateia, homens vestindo trajes informais comentavam em voz alta, gritavam palavras de incentivo e assobiavam, animados com a exibição que ocorria na arena.

    O tilintar de espadas se cruzando fez todos urrarem de expectativa.

    ? Você está bem? ? perguntou Sephiroth baixinho, enquanto forçava sua espada contra a de Cloud, muito perto dos rostos um do outro.

    ? Não vou perder a compostura só com tão pouco combate ? respondeu o mais novo arrogantemente, empurrando com a espada a de Sephiroth e hesitando para trás, colocando a espada no chão e respirando fundo.

    O General avançou na direção dele. O sobretudo de líder esvoaçando por causa da velocidade do ataque, o chão de areia levantando poeira sob os pés do mais velho. Cloud guardou a espada na bainha e usou-a para defender-se. O corpo flexível acompanhava o ritmo de Sephiroth com graça e elegância, eles pareciam dançar na arena.

    Os soldados vibravam, havia muito mais naquela apresentação do que nas normais, nas anteriores àquela. Normalmente havia um clima sutil e indiferente entre Kadaj e Sephiroth, deixando claro que a luta era algo formal e limitado. Mas, entre aqueles dois, nada disso se encaixava. O clima entre eles era luxurioso. Era como se tivessem prazer em lutar, e isso excitava quem assistia.

    Cansado de ver o mais novo apenas esquivar-se, o General partiu para cima dele, dessa vez, com irritação. Seu ataque fez a espada de Cloud voar longe e, na sequência, ergueu-a ao céu, pronto para acabar com a exibição ao tocar o ombro do mais novo ? a luta acaba se o ombro for tocado.

    Tudo aconteceu muito rápido aos olhos de quem assistia. Em um momento eles suspiraram, desanimados pelo fim da exibição, uns até resmungavam porque iriam perder sua aposta, e no outro momento Cloud estava ajoelhado do outro lado da arena, arfante, e havia areia espalhada por todo o local em volta do General.

    O silêncio que se seguiu foi cortante e todos aguardaram que a vista fosse liberada. E aos poucos foi. Enquanto isso, Cloud erguia-se limpando os lábios. Juntou as duas mãos na frente do rosto e sussurrou algumas palavras desconexas, logo levando uma delas até as costas, acima da cabeça, puxando algo de dentro do paletó no mesmo instante em que Sephiroth surgia do meio da areia, indo na direção dele.

    O rapaz fez o mesmo, correndo na direção do General e desembainhando a espada, fazendo-a ir contra a outra fortemente. A lâmina piscou azul, tornando-se de tal cor enquanto Sephiroth forçava-se contra ele, determinado.

    Não sabia o quanto Cloud era capaz, mas precisava tentar. Moveu-se depressa para as costas do outro, pronto para acertá-lo, mas foi barrado pela mão do rapaz, segurando a bainha muito próxima de seu ombro.

    ? Isso foi perigoso ? a voz suave soou fria, e no segundo seguinte Cloud sumira. O barulho de uma espada sendo guardada na bainha seguiu-se do som de Cloud pisando em sua espada ? a que jazia no chão ?, fazendo-a erguer-se até sua mão ao chutá-la para o alto. O rapaz sorriu ao fitar o mais velho, seus olhos brilhando como rubis, deixando o General, por um segundo, intrigado ?, muito perigoso.

    E rapidamente as duas espadas estavam presas na cintura do Sargento. A que Cloud pegara do chão tomava um tom de vermelho como chamas, enquanto a outra continuava com seu tom de azul como a cor das águas puras de uma nascente.

    Sentindo o perigo, o General suspirou. Então lá estava de novo o Cloud da apresentação contra Kadaj, aquele que deixara-o embasbacado e surpreso só de lembrar-se da cena. Não gostava daquela situação. Mas nada podia fazer senão continuar com aquilo, esperando que Cloud fosse capaz de conter-se. Todos estavam ali, observando, esperando, absorvendo das habilidades deles.

    O General ergueu a espada na direção de seu oponente, balançando-a suavemente no ar, fazendo desenhos suaves, de um lado para o outro, e logo começando um pequeno cântico. Era um ritual de paralisação, mas, antes mesmo que ele fosse capaz de chegar na terceira linha, sentiu uma espada perfurar seu peito, bem onde fica o coração.

    Sua boca abriu-se em um ?o? ao cair ajoelhado. Não era possível que Cloud houvesse atravessado sua barreira de ar. O que aquele rapaz era? Abaixou os olhos, fitando a espada de gelo em seu peito, cuja ponta cruzara seu corpo, fazendo-o jorrar sangue. Pôs a mão na boca, cuspindo uma quantidade exagerada de sangue. Sua vista turvando-se, os olhos se fechando enquanto seu corpo já ia inconsciente de encontro ao chão.

    Quem assistia não conseguia entender nada. De um momento para o outro o General caíra ajoelhado, pôs a mão na boca tossindo e despencou ao chão, ficando imóvel. Do outro lado da arena, Cloud fitava o corpo no chão com indiferença. Em seu rosto um pequeno desenho brilhava em vermelho, se movendo em uma velocidade rápida pela testa, queixo, bochecha e parando um pouco no centro das sobrancelhas.

    Todos queriam saber o que houve, mas ninguém tinha coragem de ir lá ou perguntar.

    Os quatro Senhores de FF olhavam a cena quietos. Cid e Zack estavam de olhos arregalados, Reno sorria incrédulo e Vincent segurava-se na cadeira para não ir até a arena. O silêncio que se seguiu foi constrangedor, mas Cloud quebrou-o ao sumir e aparecer diante do Coronel, arqueado sobre ele, fitando-o bem fundo nos olhos.

    Olhos vermelhos em olhos vermelhos, e Cloud pareceu perdido por segundos, até ele repentinamente puxar uma espada e colocá-la no pescoço de Reno, fazendo todos estremecerem.

    ? Sinto cheiro de falsidade em você ? comentou, a voz grave passava longe da doce e aguda de Cloud ?, medo, apreensão, dúvida, insegurança, indignação, raiva. Sim, raiva, ódio. Odeie-me. Isso! Não se contenha ? ele narrava cada um dos sentimentos de Reno naquele momento.

    E pulando para trás ao gargalhar, Cloud desviou de um soco do Tenente-Coronel com habilidade, apontando a espada para Cid quando ele deu um passo em sua direção.

    ? Ei Cloud, volte aqui, nossa luta ainda não terminou e você será desclassificado se ficar fora da arena ? a voz autoritária de Sephiroth fez-se ouvir.

    ? General! ? gritou a multidão.

    ? Sephiroth! ? gritou Zack e Vincent.

    ? Ora ora, se o generalzinho não está ainda vivo ? escarneceu Cloud, pulando para dentro da arena ao guardar a espada.

    ? É necessário muito para que a minha alma saia deste corpo ? respondeu sarcasticamente, batendo a mão para tirar a poeira de sua roupa.

    ? Estou vendo, e acho que da próxima vez terei que fazer um esforcinho maior ? comentou o rapaz dando uma risadinha.

    ? Você me surpreendeu! Quem diria que eu cairia numa ilusão de que havia sido morto? ? questionou Sephiroth para si mesmo, franzindo o cenho.

    ? É espectacular ver as pessoas matarem a si mesmas acreditando em uma ilusão ? concordou rindo, sumindo quando Sephiroth deu um passo em sua direção.

    ? Agora a luta vai ficar séria ? avisou o General ao pegar sua espada do chão.

    ? Venha, mestre dos ventos, faz tempo que desejo lutar com você ? zombou Cloud, brincando com uma mecha de seu cabelo loiro ao aparecer no muro que limitava a arena.

    Sephiroth movimentou sua espada, fazendo um redemoinho que foi na direção de Cloud. O rapaz protegeu-se cruzando as espadas ? ainda embainhadas ? em sua frente, mas um segundo ataque foi lançado em sua direção. Sem ter escolha, desembainhou a espada vermelha, chamas saíram dela, e Cloud lançou um ataque, as chamas batendo contra o redemoinho e dispersando-se pela arena.

    Os expectadores assustaram-se, afastando-se para trás, tentando fugir do fogo que misturava-se ao vento. Nenhum deles queria perder um segundo sequer do combate, os olhos piscavam por pura necessidade.

    E alheios à plateia, Cloud e Sephiroth prosseguiam naquela batalha que há muito perdera seu verdadeiro sentido. Ambos pareciam estar em outro mundo, serem até outras pessoas, como se a luta houvesse consumido seus corações.

    Cloud correu até Sephiroth, fazendo suas espadas se chocarem, a força imposta um contra o outro logo levou-os a saltarem para trás, mas o General foi mais rápido e avançou sobre o mais novo que, sem outra escolha, fez o que pôde para proteger-se.

    A espada vermelha voou das mãos pequenas quando Cloud foi jogado para trás, chocando-se contra os limites da arena bem embaixo de onde Cid, Reno, Zack e Vincent estavam. Com a pancada, o muro rachou e caiu sobre o rapaz, obrigando os homens em suas cadeiras a saírem dali às pressas.

    A plateia calou-se, prendendo o fôlego ao ver o que o General havia feito. Quando ele começou a caminhar na direção de Cloud, todos pensaram que ele iria ajudá-lo, mas Sephiroth apenas ergueu a espada, preparando-se para dar o próximo golpe.

    Vincent e Zack prepararam-se para detê-lo, e Cid preparou-se para ajudar os espectadores a saírem dali, caso fosse necessário. Três passos de Sephiroth para frente, um balançar de espada e o som de um trovão.

    Um relâmpago caiu bem em cima das pedras onde Cloud estava e, diante da fumaça que se ergueu, o rapaz surgiu. Seus cabelos esvoaçantes enquanto fios de eletricidade saíam de seu corpo. Os olhos estavam escondidos pela franja e, quando Sephiroth balançou mais uma vez sua espada, o Sargento correu em sua direção.

    A espada vermelha voou até suas mãos e, ao ser pega por mãos firmes, recebeu uma descarga elétrica e logo tornara-se um com seu mestre, soltando faíscas e tornando-se cada vez mais avermelhada.

    Todos pararam. O pânico tomando-os ao ver que nenhum dos dois hesitaria. Deus do céu, o que estava acontecendo ali? Parado, Sephiroth preparava seu golpe enquanto Cloud corria na direção do General.

    Em um lampejo o tilintar de espadas foi ouvido e, com surpresa, todos viram Cloud segurar o ataque de Sephiroth com sua espada. Mas a surpresa maior foi quando viram, em sua outra mão, a espada azul ser pressionada contra o pescoço do General, pronta para matá-lo.

    ? General! ? chamou Tseng repentinamente, aparecendo na porta da arena e atraindo a atenção de todos. Ignorando o modo como Cloud e Sephiroth estavam, começou logo a falar: ? Nós estamos sendo atacados! Demorará cerca de 10 minutos para os inimigos chegarem até os arredores de nossa base. São os Cães do Inferno e vêm de Tempestade com seu exército. Quais são as ordens?

    ? Como assim estamos sendo atacados? ? questionou Reno horrorizado.

    ? É isso mesmo, Senhor. O grupo de vigilância acabou de me avisar ? respondeu Tseng.

    ? Algo precisa ser feito imediatamente. Cid, prepare o primeiro grupo de ataque para manter-nos um passo à frente. Zack, prepare o esquadrão de defesa. Eu irei resolver as coisas por aqui ? disse Vincent aproximando-se lentamente de Cloud e Sephiroth.

    Os soldados na arquibancada comemoravam o fim do tédio de apenas treinar enquanto ouviam as ordens de evacuação e alerta vermelho que Cid e Reno davam. Zack e Tseng já haviam saído pela porta dos fundos para liberar as armas dos soldados.

    Demorou cerca de um minuto para que a arena estivesse silenciosa e praticamente vazia, tirando pelos três que encaravam-se indiferentes.

    Vincent pretendia tomar a palavra, mas o corpo de Cloud indo ao chão fê-lo calar-se. A espada azul do rapaz sumiu, juntamente com o barulho da vermelha contra a areia e a corrente elétrica que, aos poucos, desapareceu do corpo dele.

    ? Cloud, ei ? chamou Vincent, preocupado.

    ? Ele ficará bem. ? a voz fria de Sephiroth fez-se soar. ? Já não posso garantir o meu grupo. Mas faz parte, e também há tempos que não recebemos um inimigo em nosso território. ? o General virou-se, arrumando o sobretudo sobre os ombros e guardando sua espada. ? Coronel, Sargento, vamos, temos uma batalha para vencer! ? bradou começando a andar.

    Vincent abaixou-se para pegar a espada e a bainha de Cloud e ajudou o rapaz a caminhar. Os olhos dele estavam vidrados e aos poucos perdiam a coloração avermelhada.

    O caminho da arena até o quarto de Sephiroth foi repleto de gritos e brincadeiras por parte dos soldados que, animados, não viam a hora de batalhar contra outro exército.

    Sephiroth respondia com exclamações de exaltação enquanto Vincent tentava contê-los, e quando eles chegaram ao destino, Cloud já havia recuperado a consciência e sorria tímido para o amigo.

    ? Cid, mande Cornélius e Brucios virem até o meu quarto? Não, não sei se eles ainda estão na propriedade? Sim, tenho um serviço para eles? O mais breve possível? Estarei mandando o Vincent para a frente de batalha com vocês? Cloud ficará aqui e irá depois? Sim, certo? Não? Ok ? dizia Sephiroth ao telefone, assim que eles entraram no quarto ele fez uma ligação interna, sabendo que os inimigos não podiam ouvir.

    Enquanto Sephiroth falava, Cloud e Vincent mantiveram-se em silêncio. O Coronel foi ao banheiro e pegou o kit de primeiros socorros do General, apressando-se em cuidar das feridas de Cloud, mesmo que ele dissesse que elas não doíam. E era verdade, de fato não doíam. Ele sentia um incômodo no corpo, como se houvesse feito exercícios pesados enquanto dormia, mas fora isso, não havia nada.

    Era como se ele não se lembrasse da surra que havia levado de Sephiroth na arena. Nem daquela pancada horrível contra o muro, ou dele desmoronando sobre si.

    ? Quer que eu cuide de seus ferimentos também? ? questionou Vincent quando notou que Sephiroth observava-os.

    ? Não é necessário, eu estou indo para a frente de batalha ? deu de ombros, indo até o banheiro e deixando os outros dois sozinhos por poucos minutos.

    ? Ele não tem jeito ? suspirou Vincent.

    ? Eu posso entendê-lo. ? suspirou Cloud. Quando o Coronel fitou-o como se ele fosse um monstro, pôs-se a explicar. ? Seu exército está sendo atacado e seus soldados em perigo. Ele pode não demonstrar, mas está receoso.

    ? Eh? Nossa, você parece conhecê-lo muito bem ? havia uma pitada de humor e sarcasmo na voz do mais velho, Cloud deu de ombros.

    ? É algo previsível.

    ? Chega dessa conversa mole ? repreendeu Sephiroth ao voltar para o quarto, com o tronco exposto e molhado.

    ? Você tomou banho? ? perguntou Vincent surpreso.

    ? Não dá tempo. Eu só molhei o peito, estava suado por causa da exibição ? respondeu andando até seu guarda-roupa.

    Naquele momento a porta foi aberta e por ela entrou Cornélius, que falava animadamente com alguém atrás de si ? Brucios, que entrou logo em seguida, fechando a porta. Os dois vestiam o uniforme do exército de modo impecável.

    ? Mandou nos chamar, General? ? perguntou o mais velho respeitosamente.

    ? Sim. Como vocês sabem, estamos sendo atacados. Nós, os cinco, iremos para a frente de batalha, além da fronteira. Quero que vocês fiquem no limite do país junto de Cloud. A barreira ainda está erguida, mas eles estão tentando derrubá-la. Preciso que cuidem de Cloud ao mesmo tempo em que impedem qualquer tentativa contra o nosso território. Trabalhem juntos ? ordenou enquanto vestia novamente sua farda e o sobretudo ? mas agora um novo e limpo.

    ? Por que o Senhor não mantém Cloud por aqui? ? Brucios perguntou, ignorando o riso resignado de Vincent e o suspiro do Sargento.

    ? Cloud não ficará aqui parado, mas quero que ele prometa que se manterá dentro do nosso território. Por isso mesmo que vocês três irão para seus postos enquanto converso com ele sobre o assunto ? disse serenamente, pegando de dentro do guarda-roupa uma arma, que foi posta no cós da calça, em suas costas.

    Entendendo que Sephiroth queria ficar a sós com Cloud, Vincent chamou Brucios e Cornélius para fora. Antes de sair o mais novo ainda brincou com o Sargento, bagunçando seu cabelo e sussurrando algo para ele, que fê-lo rir, tudo sobre o olhar atento e avaliativo do General.

    Sozinho com Sephiroth, Cloud suspirou. Aquilo tudo estava acontecendo rápido demais.

    ? Vem ? chamou Sephiroth sentando na beirada da cama e abrindo os braços, esperando que Cloud fosse até ele.

    E o moço foi, sem qualquer hesitação. Sentou sobre uma das pernas do General e deitou a cabeça em seu peito, sentindo os braços fortes rodearem sua cintura, puxando-o para si. Inspirou, adorando aquele cheiro másculo de Sephiroth, com uma leve pitada de tabaco.

    ? Eu preciso, mais do que tudo, que você me obedeça firmemente dessa vez. ? comentou Sephiroth, escondendo o rosto no pescoço do rapaz. ? Há uma barreira protegendo as propriedades do meu exército, mas, nos últimos tempos, alguém está enfraquecendo-a por dentro. Como são poucos os que sabem sobre a barreira, está sendo difícil descobrir quem é o culpado. Eu quero que você fique dentro da barreira. Se for capaz de atacar alguém e proteger o exército de dentro dos limites, ótimo. Mas fique seguro.

    ? Eu estou com medo Sephiroth ? contou Cloud verdadeiramente, vendo o homem levantar a cabeça para fitá-lo nos olhos.

    ? Com medo? ? questionou sorrindo, interessado.

    Cloud balançou a cabeça positivamente, seus olhos se enchendo de lágrimas. Fungou fortemente.

    ? Você tem um jeito muito feio de chorar ? disse o General rindo, limpando a única lágrima que escorreu pelo rosto alvo.

    ? Eu não quero perder tudo isso, não quero perder você ? assumiu, outra lágrimas rolando por seu rosto.

    ? Oh, você não irá perder nada, Cloud. ? acalmou-o delicadamente. ? Vamos sobreviver e vencer, acredite em mim.

    ? Eu acredito! Mas estamos falando de um exército de Tempestade ? comentou preocupado.

    ? Esqueça desses detalhes. ? disse, autoritário. ? Agora, antes que eu vá, me dê um beijo de boa sorte.

    Os olhos verdes brilhavam maliciosos e, mesmo estando repleto de preocupação e receio, Cloud não conseguiu conter uma gargalhada feliz por ver que, apesar de tudo, Sephiroth continuava o mesmo.

    Eslaçando-o pelo pescoço, uniu os corpos, aproximando os rostos.

    Os lábios de Cloud gentilmente tocaram os de Sephiroth, que apertou-o contra si pela cintura. O rapaz fechou os olhos ao deslizar os lábios pelos do outro, lentamente, enroscando seus dedos nos fios longos e albinos. Aos poucos sentiu-se relaxado ali, no colo do General e, sutilmente, deslizou sua língua para a boca do outro, que liberou a passagem ao gemer contra a boca de Cloud.

    As mãos nos cabelos foram até a nuca de Sephiroth, mantendo-o firmemente no lugar, enquanto Cloud explorava aquela cavidade tentadora. Tocou sua língua na do outro, convidando-a para que juntas compartilhassem daquela sensação. Elas tocavam-se lentamente, levemente, deslizando uma sobre a outra.

    O beijo guiado por Cloud era lento e doce, muito parecido com ele. Sephiroth manteu-se quieto, deixando que o rapaz fizesse o que queria, mas quando Cloud gemeu contra a boca do outro, apertando-o mais contra si, Sephiroth segurou-o com força e virou-se, jogando-o na cama e ficando por cima.

    Afastou os cabelos da testa de Cloud, mantendo a cabeça dele erguida, seus olhos maliciosos presos firmemente nos preguiçosos do Strife. Sorriu maldoso, aproximando muito as bocas, fazendo-as tocarem-se levemente.

    ? Quando tudo isso acabar eu vou te foder nessa cama ? comentou lascivamente, ouvindo um gemido agoniado do rapaz, mas dando de ombros, beijando-o ferozmente.

    Os lábios de Sephiroth exigiam tudo o que Cloud podia oferecer, e sua língua puxava a outra para que trabalhassem juntas. O beijo feroz tornou-se molhado tão logo a batalha entre as línguas passou-se fora das bocas, e Sephiroth forçava sua ereção contra o quadril de Cloud, deixando claro o quanto estava excitado. As mãos do menor corriam pelas costas do General, por cima do sobretudo, e quando um barulho de vários pés correndo invadiu o quarto, Sephiroth cessou o beijo com um selinho casto nos lábios inchados e outro na testa de Cloud.

    ? Vamos, temos uma batalha a vencer ? anunciou, levantando e estendendo a mão para Cloud, ajudando-o a levantar-se.

    E, de mãos dadas, os dois caminharam até a porta lateral da mansão, onde os tanques de guerra e os soldados saíam em direção à fronteira, prontos para o combate.


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