Outro Caminho

  • Finalizada
  • Alckmenna
  • Capitulos 12
  • Gêneros Aventura

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 9

    Confissões

    Heterossexualidade, Nudez, Sexo

    - Não vai?- disse ele levantando o olhar ? Mas e aquela história de querer ser imortal?

    - Isso não importa agora...

    - Como assim não importa?! ? bradou Bulma ? Estou há três dias na maior aflição por conta desse seu comportamento estranho e simplesmente você diz que não importa? Claro que importa! O que foi Vegeta? Decidiu ficar por pena de mim?

    - Não fale besteiras, sua mulher insolente! ? disse ele irritado ? Eu não sei o que é sentir pena! Lembre-se de quem eu sou, e de onde eu vim! Sentir pena é coisa de fracos como o Kakaroto! Além disso, a última pessoa da qual eu sentiria pena é você.

    - E então Vegeta? Por que quer ficar?

    Vegeta sabia muito bem a resposta dessa pergunta. Mas o orgulho estava corroendo-o por dentro. Ele precisava dela. Precisava tê-la todas as noites. Nunca antes alguém tinha demonstrado preocupação ou cuidado por ele sem interesse. Mas ela... Ela era a única que teve a ousadia de asilá-lo. Sem desconfianças, dúvidas ou medo. E agora? Agora, ele precisava dessa mulher mais que tudo na vida. Ela lhe deu um filho. Um filho que não queria é verdade, mas era SEU filho. A SUA descendência. A SUA ETERNIDADE. E agora o moleque estava desaparecido. Não era seu filho deste tempo, mas ainda sim era seu filho. Bulma do futuro se sentiria arrasada se o garoto não voltasse. Ele não queria vê-la sofrer. Seja em qualquer dimensão. Lembrou-se da sua última conversa com o rapaz: ?- Mas pai, é isso mesmo o que o senhor quer? Ser imortal? Ver seus entes queridos serem consumidos pelo tempo enquanto o senhor fica de planeta em planeta buscando conquistar e exterminar??. Não, não era isso que ele queria.

    - Anda Vegeta, me responde! ? ela o pressionava.

    - Escute mulher, mas escute bem porque provavelmente nunca mais você vai ouvir isso de mim. ? disse ele segurando-a pelos ombros.

    ?Só dessa vez, mas só dessa vez vou engolir meu orgulho. Quem sabe assim ela para com essas histerias.?

    - Estou preocupado com o moleque. Por mais que ele seja um imbecil, sentimentalista, ele é o meu filho. Também não quero que você fique histérica desse jeito lá no futuro se ele não voltar. E por falar em futuro, também não quero que você se una a nenhum verme aqui como você pretende fazer por lá. Você é MINHA mulher e assim vai ser até quando eu quiser. ? quando disse isso ele corou - Escute Bulma: a vida eterna não vale à pena se eu tiver que presenciar a sua morte e a do pirralho. Quando eu almejava a imortalidade, eu só queria ser o mais forte para derrotar aqueles que se atreveram a me humilhar. Eu queria me vingar de Frezza e derrotar Kakaroto. Agora isso já não tem mais sentido.

    Bulma olhava pra ele incrédula. Não acreditava que ele tinha finalmente assumido que se importava com ela e com Trunks. Seja neste tempo ou no futuro. ?Sim! Ele nos ama filhinho! Eu sempre soube disso.?

    - Vegeta, eu... ? a voz dela vacilava ? Eu... Não sei o que dizer...

    - Não há nada pra dizer. Eu não vou e pronto.

    Embora estivesse angustiada com sumiço de Mirai Trunks, o coração dela estava cheio de alegria ao concluir que o saiyajin sentia amor por eles. A palavra ?amor? não saiu da boca de Vegeta, mas ela sabia que seria assim. Ele mesmo não sabia o que sentia, nem porque sentia, mas o fato é que sabia que não poderia viver longe dela. Os pensamentos deles foram interrompidos pelo toque do telefone. Bulma desceu rapidamente até a sala e atendeu.

    - Alô! ? disse Bulma.

    - Olá Bulminha! ? respondeu a senhora Briefs.

    - Mãe? A que horas vocês vão voltar?

    - É isso que eu queria falar: A festa aqui está ótima! O bebê Trunks é a sensação da festa! Todas as esposas dos cientistas ficaram encantadas com ele. Só vamos retornar no fim de semana querida! Espero que não se importe...

    - No fim de semana? O Trunks não vai dar trabalho? Olha se a senhora quiser eu posso ir buscá-lo...

    - Ah não querida! Todos estão adorando ele por aqui. Mas se você quiser vir não tem problema. Traga o Vegeta bonitão.

    - Acho que não mamãe. Estou trabalhando em um projeto por aqui. Se a senhora diz que Trunks não vai atrapalhar, tudo bem. Está tudo bem com ele, não está?

    - Ele está ótimo, querida! Não precisa se preocupar. Vou desligar, ok?

    - Tudo bem. Divirtam-se. Dê um beijo no Truks por mim.

    Ela retornou ao quarto. Vegeta estava lá pensativo.

    - Algum problema Vegeta?

    - Você disse que Trunks foi atrás de mim naquela região de deserto não é?

    - Sim.

    - Aqueles mirrajianins possuem scouteres. É impossível que não tenham identificado a presença dele naquela região. Além disso, eu não consigo sentir o KI dele em lugar nenhum. É como se ele estivesse sem sentidos...

    - Mas Vegeta. Quem seria tão forte capaz de deixar Trunks sem sentidos?

    - Esse é o problema. Além de mim e do pirralho filho do Kakaroto não existe ninguém neste planeta capaz de deixar ele neste estado. O filho de Kakaroto não teria motivos para fazer isso e eu também não.

    - Então...

    - Eu não sei o que está acontecendo. Mas vou voltar à nave do mirrajianins. Acho que aquela mulher mentiu pra nós.

    - Mas esses seres não são tão poderosos quanto Trunks. Eles não foram capazes de derrotar um mero servo de Frezza...

    - Você tem razão. Mas de qualquer forma tenho que ir lá e dizer a eles que eu não vou aceitar o que ela me propõe.

    - Certo. Eu posso ir com você?

    - E o que você quer ir fazer lá?

    - Não sei... Talvez você tenha razão e eles saibam algo sobre o Trunks...

    - Está certo.

    Ela realmente queria saber do paradeiro de Trunks. Mas também não perderia a oportunidade de ver a cara de Selva quando Vegeta disser que não vai com ela.

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    Na nave dos mirrajianins Siraya indagava Selva.

    - Selva, por que não eliminamos logo esse mestiço que está aí? Não vamos ganhar nada mantendo ele vivo. Se Vegeta souber que estamos mantendo ele como prisioneiro é capaz de nos matar. Se o eliminarmos logo, podemos nos livrar do corpo e ninguém jamais saberá que ele esteve aqui.

    - Siraya, eu já disse que é pra manter o garoto vivo. Posso tirar muito proveito disso. ? respondeu ela.

    - Eu não entendo. Isso pode estragar os nossos planos. ? disse ele aborrecido.

    - Nada disso. Preciso saber exatamente como esse rapaz veio do futuro. Traga ele até aqui.

    - Isso não vai acabar bem...

    - Eu decido se acaba bem ou não.

    Siraya foi buscar Trunks. O guerreiro do futuro estava sob o efeito da terceira dose da droga. Ainda estava com o corpo dormente, mas já começava a sentir sensibilidade nas extremidades do corpo. Ao que parecia a cada aplicação a droga fazia menos efeito. ?Eles precisariam aumentar a dose a cada aplicação, mas me deram a mesma quantidade. Em algumas horas poderei ter o domínio sobre o meu corpo novamente.? Pensou. ?essa mulher não quer apenas derrotar a criatura que ameaça o seu planeta. Ela pretende outra coisa. Mas o quê??. Neste momento Siraya chegou para levá-lo.

    - Vamos garoto! Selva quer vê-lo.

    ?Finalmente poderei descobrir os verdadeiros planos dessa mulher.?

    Trunks foi levado à presença de Selva.

    - Ora meu rapaz, que bom vê-lo novamente. Espero que meus soldados estejam lhe tratando bem.

    - Por que você me mantém aqui? Eu quero sair!

    - Não tem medo da morte?

    - Se você quisesse me matar já teria o feito.

    - Vejo que além de forte, você é inteligente. Isso você com certeza não herdou dos saiyajins.

    - O que você pretende?

    - Eu já lhe disse: levar a paz para Mirraj. Ser a soberana absoluta do planeta!

    - Imagino que o seu prometido não esteja contente em saber que pretende se casar com o meu pai.

    - Siraya? Ele não passa de um incompetente. Ele não é capaz de defender o planeta. Por isso preciso de Vegeta.

    - Então você o enganou? E o que você acha que meu pai vai fazer quando descobrir que não poderá se tornar imortal?

    - Até lá eu já teria um filho dele. Os mestiços saiyajins ao que me parece são muito mais fortes que os de raça pura. Acredito que Vegeta não me faria mal se eu esperasse um filho dele. E quando me filho tivesse força o suficiente para proteger Mirraj, Vegeta já não seria necessário, então...

    - Você é louca!

    - Pode ser. Mas assim além de governar Mirraj eu vingaria minha família por tudo o que os saiyajins fizeram com ela!

    - Os saiyaijins? Como assim?

    - Minha ancestral, Megaira, era uma saiyajin. Ela foi uma das mulheres mais fortes da raça e lutou como ninguém na conquista do planeta Vegeta. O primeiro rei Vegeta, foi atingido gravemente nessa batalha e esteve a ponto de morrer. Ela o tirou do campo de batalha e o curou. Quando a guerra cessou e o saiyajins saíram vitoriosos, o rei Vegeta tinha que escolher uma esposa. Ela esperava ser a escolhida, mas o rei preferiu a princesa Blosson, por ela ter poderes místicos e de conceder a imortalidade. Megaira ficou profundamente irada e matou a princesa antes que o casamento acontecesse. Quando o rei soube, mandou executar Megaira e exilou sua família no planeta Mirraj. Mirraj era um planeta sem recursos. Segundo os meus antepassados era difícil viver ali. Depois, minha família acabou se misturando com a raça dos mirrajianins. As gerações foram passando e a história acompanhava a família. Quando descobri que tinha sangue de saiyajin nas veias, decidi que procuraria o planeta Vegeta e os faria pagar!

    - Que história... Mas os seus companheiros sabem disso?

    - Não sabem e nem vão saber. Se você contar alguma coisa pra eles, eu mato a sua mãezinha terráquea.

    - O meu pai não deixaria você nem chegar perto dela.

    - O que você acha que ele prefere meu caro: uma mera humana ou ser imortal?

    Trunks calou. Ele não sabia essa resposta. No fundo tinha medo de descobrir.

    - pode ser que meu pai prefira ser imortal. Mas o que você quer comigo?

    - Preciso saber como é possível que você venha do futuro.

    - Sou de um futuro vinte anos na frente deste. Na minha época surgiram adversários muito poderosos que eliminaram praticamente todos os guerreiros da Terra, inclusive os saiyajins. Minha mãe então construiu uma máquina do tempo para que eu pudesse vir a este tempo e pedir ajuda antes que os inimigos surgissem. Consegui avisá-los a tempo e por isso hoje a Terra está em paz e os guerreiros todos vivos, exceto Goku que se sacrificou para salvar o planeta. Quando voltei para o futuro já estava forte o suficiente e fui capaz de derrotar os adversários sozinho. Isso foi há um ano. Então voltei para trazer notícias do futuro e encontrei essa situação entre meus pais.

    - Interessante. Uma máquina do tempo? Onde posso conseguir?

    - Só existe uma e é minha. Por que acha que eu daria pra você?

    - Ora garoto... Não teme pela sua mãe?

    O corpo de Trunks já tinha recuperado parcialmente a sensibilidade. Ele fingia ainda estar inerte por conveniência. Também escondia o KI.

    - Me tire daqui.

    - Onde está a máquina do tempo?

    - Não vou te dizer. E se você não me tirar daqui logo, vai se arrepender. ? Trunks sentia o KI de Vegeta se aproximar.

    - Você é muito petulante para quem está vulnerável.

    De repente os scouteres dos mirrajians detectaram um KI já esperado.

    - Vegeta está aqui. Veio dizer que vai partir conosco. ? disse Selva.

    - Soldados! Levem o moleque para a cela novamente.

    Dessa vez Trunks não ficou passivo diante da ordem. Conseguiu se libertar das amarras e elevou o KI ao máximo que conseguiu. Do lado de fora da nave Vegeta percebeu a presença do guerreiro do futuro.


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