Jantar com meus pais e a nova vizinha

NARUTO POVs:

-Além de inteligente tem um ótimo talento com maquiagem. -disse minha mãe. -Posso te pedir um favor?

-Claro, Kushina-san.

-Maquie a cara do meu filho pra que eu não tenha que ficar olhando pra esse rosto desfigurado.

-Vem comigo, Naruto-kun. -disse ela, com um sorriso.

Subimos até o seu quarto. Ela abriu a porta do closet, me fazendo entrar lá. Ela me sentou numa cadeira super confortável e em menos de cinco minutos meu rosto já parecia ter voltado ao normal. Ao me levar para a sala, onde minha mãe avaliava a decoração com olhos brilhantes, Hinata me fitava, tentando ver se tinha conseguido me fazer voltar ao normal com sua maquiagem milagrosa.

-Filho, senti tanta saudade do seu rosto! -falou meu pai, nos fazendo rir.

-Minato, você só precisava se olhar no espelho. -falou minha mãe. Ela emburrou. -Esse filho não saiu nada parecido comigo.

-Mas o Nagato parece mais com você do que comigo. -retrucou meu pai.

-Hei, eu ainda estou aqui. -disse eu.

-Ah, sim. -falou minha mãe. Eu era o filho caçula da família. De repente, minha barriga roncou. Fomos para a sala de jantar, que exalava um delicioso cheiro.

-Bom, como eu sou vegana, só tinha produtos de origem vegetal aqui. -disse, com um sorriso sem graça. De repente, sua feição se tornou sombria, e pude sentir um calafrio percorrer minha espinha. -Nunca deixe crianças de 5 anos assistirem documentários sobre a origem da carne, só falem que os bichinhos vão pro céu. - falou, voz saindo sinistra. De repente, ela voltou ao normal, mas eu ainda estava cagadim de medo. -Espero que não se importem de comer só vegetais. -disse Hinata.

Todos nos servimos, e assim que minha mãe deu a primeira garfada, seus olhos começaram a brilhar.

-Que sabor maravilhoso! Os ingredientes maravilhosamente misturados, os sabores perfeitamente combinados... Hinata, sua comida é demais!!!

Sorri. Pela segunda vez na vida vi minha mãe elogiar alguém na cozinha. E nunca vi ela ter uma reação tão...cômica.

-Me sinto feliz que ache isso, Kushina-san.

-Que isso, é a pura verdade. E pode me chamar de Kushi-chan. -disse minha mãe, com um sorrisinho.

Meu pai, ao levar a primeira garfada na boca, arregalou os olhos.

-Bendita comida dos céus! Hinata-chan, como sua comida é maravilhosa!!! -disse ele. Ok, pro meu pai ter uma reação dessas a comida dela deve ser espetacular.

-Não é, Minato? -falou minha mãe. Eles se levantaram e começaram a fazer uma dança que mais parecia um ritual de invocação satânica. Não sabia se ficava constrangido pelo comportamento dos meus pais ou se eu rio dos dois.

-Claro!!!

-Arigatou. -disse Hinata, corada. Peraí, desde quando ela cora?

Quando eu levei a primeira garfada na boca, o mundo parou. Só existia eu e esse maravilhoso sabor. Era simplesmente a coisa mais deliciosa que eu já havia saboreado!! Nem me importei, comecei a chorar de emoção.

-Filho, por que você tá chorando? -perguntou meu pai, preocupado.

-Esse sabor me emociona! -eu disse. Gota geral e poker face por parte dos meus pais, e Hinata atingiu outro nível de vermelho. -É como flutuar num arco íris, como se minha boca tivesse um orgasmo, como se o mundo parasse!!! -disse. Eles me olharam.

-Como eu queria ter gravado essa reação. -disse minha mãe, com uma cara triste.

-Eu tenho gravada, tem câmeras em cada cômodo dessa casa para a minha segurança. Se você quiser eu te mando por e-mail. -disse Hinata. Oh não, eu tava ferrado. Próximo sucesso do Youtube: Naruto chora após comer a comida de sua vizinha.

-Iria adorar.

Continuamos a comer aquela maravilhosa comida, feita por aquelas mãos de deusa. Sério, as mãos da Hinata eram as melhores em tudo. Em cozinhar, em tocar (ela era uma das maiores músicas do mundo, e mesmo assim eu não sabia, será que eu sou tapado ou cego?), em me fazer enlouquecer... ok, vou parar com os pensamentos pervertidos agora.

A sobremesa foi servida, um doce gelado de frutas vermelhas. Minha mãe ao dar a primeira colherada, pegou as mãos da Hinata e começou a beijá-las.

-Suas mãos fazem milagres!! -disse minha mãe.

Meu pai ao provar, repetiu o ato da minha mãe.

-Foi a melhor coisa que provei na minha vida!!!

Ao provar a sobremesa, senti o maravilhoso gosto das frutas misturando-se perfeitamente entre si e o açúcar. Senti um toque azedinho de limão e um toque suave de baunilha, além da refrescância da menta. Era o segundo melhor gosto que já provei, perdendo apenas pro dos lábios da cozinheira. Novamente estava chorando, agora abraçando Hinata, minha cabeça apoiada em seus seios.

-Simplesmente perfeito!!!-disse.

HINATA POVs:

Ok, aquela reação do Naruto-kun me pegou totalmente desprevinida. Senti quase tanta vergonha do que quando lembrei da nossa noite e da nossa manhã selvagem. Devo admitir que tinha sido a melhor noite da minha vida. Aquela família com certeza era cômica. Quando Naruto se soltou de mim, pude provar a obra prima que havia criado. Certamente tinha ficado bom, mas ainda não era a minha melhor.

-Arigatou. -falei. Devo estar corada.

-Que tal se depois da janta você nos mostrasse o seu trabalho? -perguntou Kushina.

-Em qual área? -perguntei.

-Na que você preferir. Se bem que eu gostaria que você me ensinasse alguns golpes de defesa pessoal. -respondeu ela.

-Claro, mas eu acho mais adequado amanhã. Terei mais tempo de te ensinar.

-Bom, já está ficando tarde. Pode nos mostrar o quarto onde vamos ficar.

-Bom, vocês tem três opções. Geralmente eles são ocupados por meus amigos, Shino e Kiba, mas esse fim de semana eles estão viajando. -expliquei, se bem que eu meio que já sabia em que quartos eles ficariam. Eu conhecia Minato e Kushina há muito tempo, se bem que eles me pediram para não contar pro Naruto e me pediram pra fingir que eu não os conheço, se bem que seria meio difícil eu falar que não conheço o Minato, porque meu nome está nos arquivos da firma de advocacia da época que eu estagiei lá.

Kiba e Shino haviam viajado hoje de manhã para Suna, visitar meus amigos Gaara, Kankuro, Temari e Shikamaru, além do resto dos retardados que não couberam na minha mala. Fazia duas semanas que não os visitava, mas minha agenda não deixava.

Mostrei os quartos. Naruto babou no quarto laranja que fica do lado do meu e Minato e Kushina ficaram no quarto de Kiba, no primeiro andar.

Assim que eles se retiraram para seus quartos, tomei um longo banho, passei o hidratante (hábito tão antigo quanto passar protetor solar, afinal eu não quero ficar vermelha que nem um pimentão e muito menos com a pele ressecada), escovei os dentes e lavei os cabelos, não nessa ordem necessariamente. Vesti uma regata de cetim preta com um gatinho roxo e o short de cetim roxo com estampa, além da calcinha de renda preta. Amarrei os cabelos em duas maria-chiquinhas e passei creme hidratante no rosto. Ouvi alguém bater na porta. Era Naruto.

-Errr... você pode tirar essa maquiagem por favor?

-Claro.

Retirei a maquiagem de seu rosto, fazendo uma careta ao vê-lo todo roxo e vermelho novamente. Apliquei uma máscara de pepino na pele dele, o deixando com a pele verde. Essa máscara era capaz de acelerar o processo de fazer a cara dele voltar ao normal, se bem que ela estaria novinha em folha em 2 dias. Acho que exagerei um pouquinho essa semana, e o rosto dele foi a maior vítima. Pus um plástico por cima da máscara (cortando 4 buracos para a boca,os olhos e o nariz), porque eu sabia que ele não ia lavar meu travesseiro.

-Olha, eu apliquei uma máscara no seu rosto que vai fazer ele voltar ao normal. Assim que você acordar, tome um banho para tirar, tudo bem?

-Claro, Hime. -disse ele, com um sorriso.

-Já pode ir.

-Espere. Hinata, a gente vai continuar com essa amizade colorida? -perguntou ele.

-Por mim tudo bem. -falei. Ele abriu um sorriso enoooorme.

-Tá certo. Oyasuminasai.

-Oyasuminasai. -respondi. Ele me beijou profundamente, me segurando pela cintura, e depois me olhou com aquele ar de criança travessa, correndo até o quarto laranja. Ri do ato infantil, voltando pro quarto e depois de me jogar na cama, indo para o mundo dos sonhos. Ou dos pesadelos, não lembro direito. Só sei que numa parte eu chorava com o Slender Man e em outra eu bebia com os unicórnios.