Outro Caminho

  • Finalizada
  • Alckmenna
  • Capitulos 12
  • Gêneros Aventura

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 5

    Trunks e Vegeta

    Heterossexualidade, Nudez, Sexo

    Amanhecia na Corporação Cápsula. Vegeta passou noite em claro, pensando nos acontecimentos do dia anterior. Naquela noite, excepcionalmente, ele ficou ao lado de Bulma que dormia profundamente depois da noite de amor que tiveram. Mesmo gostando de estar com ela, ele se odiava por estar tão vulnerável a uma mera humana. Ela era mãe de seu filho. Um filho mestiço é verdade. Mas era SEU filho e com o potencial para ser um guerreiro poderoso. Sim. Ele amava os dois, já admitira para si mesmo. Mas jamais demonstraria, seja pra quem for. Por outro lado, o instinto sayajin despertava nele a ambição de ser o guerreiro mais poderoso do universo. ?Só conseguindo a imortalidade seria possível superar os poderes de Kakaroto e daquele pirralho, filho dele... Mas de que adianta? Kakaroto está morto. E não me interessa lutar com aquele garoto que nem sequer tem gosto pelas lutas. Conquistar planetas, lutar com guerreiros poderosos e governar o universo. Sim! É disso o que eu preciso. Eu sou o príncipe dos saiyajins! Um soldado de classe alta. Não posso deixar que essas bobagens humanas me prendam e me impeçam de conquistar os meus objetivos. Mas... Será que Bulma viria comigo??. Vegeta ainda estava preso a esses pensamentos quando ela acordou.

    - Hum... ? disse ela ainda meio sonolenta ? Vegeta você ainda está aí?

    - Algum problema?

    - Não, não. Aliás, eu adoro quando você fica aqui comigo ? disse ela abraçando-o e dando beijinhos no pescoço. ? Se quiser se mudar pro meu quarto você sabe que...

    - Não comece com essas besteiras ? Disse ele levantando ? Além disso, seria uma grande perda de tempo. Talvez em breve...

    Ele calou. Não sabia se aquela era o momento certo de contar o que estava ocorrendo. Além disso, Mirai Trunks estava ali. ?Do jeito que aquele idiota é sentimentalista é capaz de querer me impedir?.

    - Talvez o quê Vegeta? ? indagou Bulma.

    - Esqueça. Estou com fome. Peça que alguém prepare algo para eu comer.

    - Tudo bem. Vou olhar o Trunks primeiro. Vá relaxar um pouco na hidromassagem. Você parece estar meio tenso.

    Dito isso, ela foi atender o bebê Trunks. Banhinho, fraldas limpas, mamadeira... ?Aff, ser mãe é difícil!? pensou. ?Mesmo para alguém que tem muitos empregados?. Aliás, ela fazia questão de cuidar de Trunks. ?Eu mudei tanto, Kami!? É verdade que Bulma era uma egoísta e até meio histérica. Quando Trunks nasceu ela aprendeu o que é amar incondicionalmente alguém. A personalidade dela até ficou mais calma. ?Mas espero que ninguém abuse da minha paciência, senão verão quem é Bulma Briefs! Hihihihihihih?.

    Ela desceu com o bebê Trunks. ?Hum, não há ninguém na cozinha...?. Mirai Trunks estava no laboratório, onde o Dr. Briefs explicava o funcionamentos das primeiras máquinas criadas por ele. A Srª Briefs tinha ido à uma confeitaria comprar as guloseimas para o desjejum.

    - Bom dia papai, bom dia Trunks. ? disse ela entrando no laboratório.

    - Bom dia! ? responderam os dois ao mesmo tempo.

    - O que vocês estão fazendo ai? ? Ela perguntou.

    - Ora querida ? respondeu o Dr. Briefs ? Estou mostrando ao Trunks as nossas primeiras invenções. Além disso, quero que ele me explique como funciona a máquina do tempo.

    - Sim, sim, claro... Mas, papai, você viu a Quimmy? ? indagou ela se referindo à empregada robô.

    - Desliguei a Quimmy para fazer alguns reparos e atualizações. Mas sua mãe foi encomendar o nosso café da manhã. Veja ela já voltou!

    Nisso a srª Briefs entrou com um funcionário da confeitaria. Eram caixas e caixas de pães, bolos, doces e pastéis.

    - Iu-uh, queridos, vamos tomar café da manhã! Ah, o jovem Trunks deve estar faminto.

    - Só você mesma mamãe...

    Todos estavam na mesa do café. Bulma dava papinha para o bebê Trunks, Dr. Briefs lia o jornal e a Srª Briefs enchia Mirai Trunks de perguntas indiscretas.

    - Ora mamãe! Não chateie o Trunks com essas perguntas.

    Assim que disse isso, Vegeta apareceu na cozinha. Ele sentou em silêncio como sempre fazia e começou a fazer o seu prato.

    - Olá pai. ? disse Trunks meio vacilante ? Que bom lhe ver novamente.

    Vegeta se limitou a acenar com a cabeça.

    - Vim contar a vocês que derrotei os andróides e Cell no futuro.

    - Bulma já me disse. ? falou Vegeta ? E imagino que você tenha parado com os treinamentos...

    - Bem, a Terra está em paz agora e...

    - Bobagem! Um guerreiro de verdade nunca deve parar de treinar. E se a Terra está em paz, talvez não seja um bom planeta para um saiyajin viver...

    Bulma encarou Vegeta. ?O que ele queria dizer com isso? Será que ele pensa em...?. Ele a olhava nos olhos. Aqueles olhos azuis que o fuzilavam.

    - Bom, pai... No futuro não existe ninguém com quem eu possa treinar... Além disso, preciso ajudar a minha mãe e reerguer a empresa.

    - Mas ela já não precisará mais de você não é? ? disse Vegeta com um misto de mágoa e sarcasmo ? Já tem um verme disposto a casar com ela!

    - Já chega! ? gritou Bulma levantando da cadeira. ? Não sei nem porque contei isso a você Vegeta! Vamos parar com essa conversa.

    - Ora mulher atrevida! Como ousa a falar comigo desse jeito?!

    Os dois se encaravam. ?Que mulherzinha atrevida e orgulhosa!? pensou Vegeta. Ele cerrou os punhos, rangeu os dentes e saiu. Bulma suspirou aliviada.

    - Vamos continuar tomando nosso café em paz, sim? ? disse ela voltando ao seu lugar.

    Todos concordaram.

    Depois do café, cada um foi para o seu canto. Srª Briefs foi levar o bebê Trunks para passear e exibi-lo para as vizinhas. Dr° Briefs foi consertar Quimmy, a empregada robô. Bulma e Mirai Trunks ficaram na cozinha conversando.

    - Poxa mãe, o meu pai está com o gênio mais difícil do que nunca.

    - Eu sei Trunks. Sabe, tem algo de errado com o Vegeta...

    - Algo de errado? Como assim?

    - Não sei te explicar. Ele sempre foi muito reservado e grosso desse jeito mesmo, mas parece que tem algo que ele não quer me dizer...

    - E o que a senhora acha que é?

    - Eu acho que o Vegeta se cansou de viver aqui conosco. ? disse ela baixando os olhos numa expressão de tristeza.

    - Ora mãe não diga isso! Você acha que ele teria coragem de abandonar a mulher e o filho dele?

    - Eu sei que é difícil pra você entender Trunks. Pra mim mesma foi difícil entender o conceito de família dos saiyajins. Talvez se ele tivesse oportunidade faria isso. Mas não quer dizer que ele não sente nada por nós. Ele só não coloca esses sentimentos acima de seus objetivos. Aliás, esse é uma das qualidades do seu pai que mais me agradaram: a obstinação.

    - E que objetivos o meu pai pode ter? Goku está morto e a Terra está em paz...

    - É disso que eu tenho medo meu filho. ? falou ela encarando Trunks.

    - Pois irei descobrir o que o meu pai esconde. ? disse Trunks determinado. ? Não permitirei que a senhora e nem eu soframos novamente pela ausência dele!

    - Trunks, vai com calma ? advertiu Bulma ? Se ele se aborrecer conosco as coisas ficarão mais complicadas.

    - Está certo mãe, serei cauteloso.

    Saindo dali, Trunks foi procurar Vegeta. Ele estava treinando na máquina de gravidade.

    - Pai? ? chamou ele batendo na porta da nave.

    - O que você quer?

    - Eu queria conversar um pouco com o senhor...

    - Entre.

    Trunks entrou na nave. A gravidade era muito alta, era difícil manter a concentração ali. Mas precisava descobrir o que Vegeta escondia.

    - Está tudo bem com o senhor? Eu o achei aborrecido pela manhã...

    - Ora, moleque insolente, e o que você tem a ver com isso?

    - Nada, mas achei que algo o estivesse incomodando.

    - Nada está me incomodando, ao contrário! Saiba que eu tenho possibilidade de ser o guerreiro mais poderoso do universo, através da imortalidade.

    - Imortalidade? Como assim?

    Vegeta relatou os acontecimentos anteriores para Trunks. Embora ele achasse Trunks um idiota por cultivar sentimentos humanos tão profundamente, de certa forma tinha orgulho dele pelo mesmo ser um guerreiro forte. A SUA descendência. Além disso, por uma razão que ele desconhecia, confiava nele para revelar o que estava acontecendo.

    - Você não vai contar nada disso pra Bulma, está entendendo?! ? Falou Vegeta ameaçador.

    - Mas pai, é isso mesmo o que o senhor quer? Ser imortal? Ver seus entes queridos serem consumidos pelo tempo enquanto o senhor fica de planeta em planeta buscando conquistar e exterminar? ? Falou Trunks com um pouco de mágoa, mas com autoridade.

    - Garoto, você não entende nada sobre os saiyajins!

    - Não entendo mesmo. Nem posso, pois o único que poderia me ensinar alguma coisa morreu quando eu ainda era pequeno. E se o senhor insistir com isso, aquele bebê lá fora também não entenderá nada sobre os saiyajins.

    Vegeta o encarou. ?Como esse moleque insolente ousa??

    - Escute Trunks: eu não me importo com o que aconteça com a Terra ou com qualquer um que viva nela. Eu sou o príncipe dos sayajins! Tenho a obrigação de honrar a minha raça e não permitir que ela desapareça para sempre.

    - E para isso vai abandonar sua mulher e seu filho? O senhor pensou na possibilidade do que essa mulher falou ser tudo uma grande mentira? E se ela não for a reencarnação dessa lendária princesa? Ficará preso a ela pelo casamento.

    - Não ficarei preso a nada. Se o que essa mulher disse for mentira, não hesitarei em exterminá-la. Aliás, assim que eu me tornar imortal tratarei de matá-la.

    - Não acredito que está me falando isso! ? disse ele com decepção.

    - Bom, eu ainda não me decidi totalmente... Mas existe uma grande possibilidade de que eu aceite essa proposta.

    - E quando a minha mãe vai saber de tudo isso?

    - Eu contarei a ela quando eu achar conveniente. Não quero que você diga uma palavra do que houve aqui!

    - Está certo. Mas isso é um erro meu pai.

    - Vamos ver. Agora me deixe. Quero continuar o meu treino.

    Trunks saiu da nave arrasado.


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