Capítulo 25

Dois dias se passaram após aquele atentado com a família de Milo. Ele ainda permanecia na mesma casa onde sua noiva foi morta.

Naquele dia, Camus ligou para o médico loiro para ver se ele conseguia ressuscitá-la. Mas infelizmente a moça havia partido dessa para uma melhor junto do pequeno bebe.

Milo ligou no dia seguinte para seu irmão Kardia contando dessa tragédia. Ele ficou muito chateado e triste com isso. Milo lhe contou que iria voltar para casa. Kardia perguntou se ele queria fosse lhe buscar em sua casa. Milo não pensou duas vezes. Aceitou a companhia de seu irmão para voltar para sua casa.

Camus quando soube que seu grande amor platônico iria embora, começou a se desesperar. Ele não queria que Milo fosse embora. Foi então que a ideia lhe veio à cabeça. Chamar Milo para morar com ele e seu primo Dégel. Claro que o mais velho não curtiu nem um pouco disso. Mas se fosse para o bem do escorpiano ele iria ajudar. Ele foi ajeitar o outro quarto que tinha na casa. Não ia deixar de ajudar o amigo de seu primo. Mas que isso era estranho era. Porque queriam tirar todos de circulação e só a noiva e o bebe que morreram? Era para Milo ter sido morto só que ele se salvou e precisava dar graças aos deuses por isso.

Infelizmente, Kardia teve que contar o que aconteceu a sua mãe. A velha senhora se entristeceu muito. Ela não chegaria a ver sua neta ou seu neto. Essa dádiva lhe foi tirada por psicopatas. Após essa notícia, a velha mulher foi para o quarto com a ajuda de seu filho mais velho.

Assim que deixou sua mãe no quarto, ele foi para a cozinha tomar uma bebida gelada. Optou por uma garrafa de uísque. Queria poder afogar as mágoas por ele se quer conhecer o bebe de Tétis. Mesmo que na barriga da mesma.

Kardia se dirigiu ao jardim na frente da casa e lá ficou um tempo. Ele só não contava que seu vizinho o visse junto de seu sobrinho. Kardia estava tão distraído que nem notou q eles se aproximavam.

Mais alguns dias se passaram após o enterro de Tetis. Shaka decidiu que era hora de fazer uma visita ao seu menino.

O policial loiro quase surtou quando Genbu lhe contou sobre o que teve com Kiki. Eles estavam num namoro sério. E sempre que podia, Genbu levava seu pequeno para sua casa e sua cama.

Shaka já o advogado meio maluco mais depois dessa... Genbu foi classificado a pior pessoa lunática da fase da Terra. Agora sim o outro tinha perdido o juízo de vez.

O policial tinha falado com Dohko sobre ele se encontrar com Mu para um passeio só ele e o menor. Dohko deixou, mas só depois de falar com o namorado. Shion quase infartou mais uma vez. Mas depois de Dohko lhe acalmar deixou. Mas com algumas condições que o médico aceitou numa boa.

Shion estava com Mu do lado da portaria junto com Kiki e Genbu. esses últimos de mãos dadas e não estavam nem aí pra quem os vissem.

Assim que Shaka chegou, Mu teve um pouco de receio. Apenas eles iriam sair a sós. E se o mais velho tentasse estupra-lo? Mas ele se conformou, pois ele nunca fez nada consigo. Apenas cuidou deles quando ele ficou todo machucado.

O loiro não ia longe dali. Ele ia apenas leva-lo para tomar um soverte ou comprar aquelas frutas com chocolate ou aquela maça do amor bem caramelada.

Os policiais que estavam à paisana, foram juntos. Afinal não podiam deixa-los a sós a mercê da sorte do próprio azar.

Shaka optou pelas frustas. Mais precisamente o abacaxi com cobertura de chocolate. Mu acabou nos morangos caramelados e nos que tinham cobertura de chocolate. Mas Shaka havia comprado duas maças do amor. Ele nunca havia feito aquilo com seus outros namorados. Mas com Mu era diferente. Ele quis comprar as maças.

O guri acabou se sujando um pouco coisa que ele nem notou, mas o homem sim. Ele fiocu tentado em limpar com a sua boca, mas se segurou.

Foi aí que o menino lhe olhou e acabou pedindo um pedaço daquele abacaxi com cobertura de chocolate.

- S-Sha-ka m-me d-dá u-um p-pe-da-ço des-se ab-abaca-xi? ? Disse o menino meio estranho. Afinal ele não falava nada. A sua voz saiu meio rouca pela falta de uso e bem baixa. O suficiente para o maior ouvir.

- Mu você está falando? Porque não pediu para me contar? Eu estava louco para saber se você voltaria a falar.

Mu acabou pegando um aparelho eletrônico que Shion lhe deu e começou a escrever algumas coisas nele.

- ?Nós preferimos manter segredo por enquanto. Se eu falo um pouco além eu me canso muito fácil. Ainda estou me acostumando a falar?.

- Tudo bem. Mas eu fico muito feliz em poder lhe ouvir falar mesmo que só um pouco. Aqui pode morder o meu abacaxi.

O menino olhou com estranheza. Como assim ele podia morder um pedaço da fruta dele? Aquilo estava estranho.

- Vamos pode pegar. Se você não pegar eu mordo e te dou na boca como um bebe.

O menor ficou vermelho com esse comentário. Algo que não passou despercebido pelo médico. Então Mu mordeu um pedaço da fruta com um pouco de timidez.

O caldo da fruta acabou escorrendo um pouco pelo queixo do menor. Mu conseguiu limpar com a língua o que deu. Shaka não aguentou ficar só olhando e se inclinou limpando ele mesmo com a ponta do dedo o caldo que escorreu e um pouco do chocolate dos morangos.

Mu queria de alguma maneira um lugar para se esconder de Shaka. Como ele pode fazer isso? Ainda bem que o policial não o tinha beijado. O garoto estava imóvel. Não se mexia pra mais nada. Apenas respirava. Ele ameaçou a olhar para Shaka e o viu que ainda estava bem próximo de si. Parecia que ele iria lhe dar um beijo. Mu tentou se afastar, mas o maior não permitiu tal coisa. Ao invés disso, Shaka o puxou para mais perto. Queria lhe contar uma coisa. Foi com um sussurro no pé do ouvido que lhe contou.

- Eu terminei com Ikki. Você se lembra dele não é mesmo? Eu terminei para tentar algo a mais com uma pessoa que eu não sei se vai me aceitar. Mas eu posso esperar. Não vou fazer como Genbu.

Mu arriscou a perguntar quem era a pessoa, mas com a sua voz falhando um pouco, apenas saiu um ?quem, pessoa??

Mas Shaka entendeu a pergunta e apenas sorriu para Mu. Não ia lhe contar ainda.

Mu agora tinha vontade de fazer a mesma coisa que seu irmão mais novo. Gostaria apenas de experimentar um beijo como o Kiki lhe descreveu uma vez.

Shion ficou em casa com Dohko. Este bem que queria dar uns pegas no shion. Mas este sempre fugia alegando que ainda tinha medo.

Porém, Dohko conseguiu o que tanto queria. Ele só conseguiu beijar um pouco seu grande amor. Nada ainda de ir pra cama com ele. O médico moreno o respeitava.

Shion acabou cedendo um pouco. Um beijo aqui, outro ali. Uma passada de mão aqui e ali e só. Quando Dohko tentou enfiar as mãos para dentro da camiseta deste, ele segurou seu punho e retirou a mão boba de lá. E assim ele apartou o beijo que eles trocavam.

- Dohko me desculpa, mas você sabe que eu...

- Sim eu sei Shi... Só que eu não aguento mais esperar. Esses beijos que consigo trocar com você não me deixam em paz. Eu só consigo pensar em mais e mais. Mas você sabe que eu vou lhe esperar mesmo que demore.

- Me desculpe. Vou tentar me entregar aos poucos, mas eu preciso pensar. Eu sei que estou demorando muito com meus pensamentos, mas... Eu não consigo. ? Disse Shion já com lágrimas nos olhos.

- Calma. Não chora. Eu não suporto te ver chorar.

- Me desculpe amor.

- Shhhhh... Calma. Eu vou saber esperar o momento certo. Ele virá é só ter paciência.

- Obrigado Dohko. Por tudo. E por sua paciência comigo.

Genbu tinha ido par um passeio com seu ? agora ? namorado Kiki. Eles tinham bem perto do prédio onde moravam. Tinham ido a padaria comprar algumas coisas. O garoto queria coisas doces. Balas, bolo, pão doce, sorvetes,...

Os doces acabaram dando umas ideias ao maior nada castas com o pequeno. Em uma delas, o famoso chantilly sendo passado no corpo do menos e ele o lambendo. Genbu teve que se controlar para não se animar demais ali dentro. E sim. Genbu levou o chantilly sem que o menor soubesse disso. Hoje ele ia usar o chantilly. No corpo do pequeno. Aquele dia promete.

Kanon voltou para seu lugar de direito. Ele abandonou o Camus... Quer dizer... O pinguim na sala e conseguiu sua cama de volta. Só não conseguiu fazer com que Saga parasse com a grave de sexo. Ele fazia de tudo para seu irmão. Teve até uma vez em que ele ficou nu em cima da cama, mas mesmo assim não teve efeito.

Na verdade teve efeito sim. Saga quando o viu assim sua vontade era de se jogar em cima dele e transarem até não aguentarem mais. Mas Saga estava sendo bem autoritário. Não ia deixar que seu irmão o tocasse por tempo devido aquela brincadeira de jogar água em seu rosto.

O mais novo teria que coloca-lo na parede se quisesse algo a mais com ele. E isso Kanon iria fazer, mas não seria agora. Ainda tinham alguns casos a serem resolvidos. Pois quanto mais cavavam mais coisas apareciam a tona.

Shura queria pedir sua transferência para a Espanha depois do ocorrido com a família de Milo. Mas nunca que sua transferência saia. Ele não deixou de falar com Milo e nem Milo com ele. Afinal não foi culpa do espanhol aquilo que aconteceu. Tétis disse que ficaria bem sozinha. Ele não queria ter ido, mas ela foi insistente. Ele deveria ter voltado e ficado lá com ela até que Milo chegasse com Camus.

Shura tinha acabado de se casar. Ele não teve lua de mel devido a esse impasse que ele e Camus tiveram. A única coisa boa disso tudo foi que as ligações e bilhetes anônimos pararam de vez. Nunca mais infernizaram a vida de Milo.

A esposa de Shura era uma verdadeira cobra. Mas só quando ficava brava. Ela era uma boa pessoa. E eles se amavam muito. Isso era o importante.

Em uma semana, Kardia conseguiu sair de onde estava. Infelizmente sua mãe não aguentou a notícia da morte da noiva e bebe de Milo. A velha senhora veio há falecer um tempo depois e Kardia não estava com cabeça pra ir a lugar algum. Sísifo foi quem cuidou da velha casa quando este partiu para Athenas. Cidade onde seu irmãozinho morava e trabalhava. Ele ainda estava muito abalado com tudo aquilo. Mas se ele pudesse, iria ajudar nas investigações daquele caso do irmão. Milo lhe contava tudo o que acontecia.

E ele realmente estava disposto a ajudar no que for.

Mu e Kiki estavam jogando videogame em casa. Shion estava cuidando da comida e Dohko felizmente estava de folga depois de não ter parado um pouco casa. Eles haviam chamado Shaka e Genbu para o almoço. E logo após todos iriam um pouco à praia para relaxarem um pouco.

Genbu foi o primeiro a chegar. Ele trouxe a sobremesa. Um bolo de chocolate com recheio cremoso de chocolate meio amargo e cobertura de chocolate com chantilly e morangos.

Kiki assim que viu o bolo ficou envergonhado. Ele se lembrou do dia em que o advogado lhe passou chantilly no corpo e ficou lambendo tudo depois. O pior foi quando Genbu passou chantilly no dedo e o levou até a entrada do mais novo penetrando com o mesmo.

Kiki amou aquele dia. Mas quando viu aquele bolo com aquela cobertura ele ficou bem vermelho, mas que logo foi passando e voltou a sua cor original.

Passando um tempo, a campainha da porta toca. Era Shaka. Ele trouxe algumas bebidas como refrigerante. Nada de álcool caso eles forem de carro para a praia. Mu ficou um pouco corado, pois ele se lembrou do dia em que saiu com ele e quase rolou um beijo entre eles. Dos irmãos, ele era o único que não tinha achado aquela pessoa em especial.