Capitulo VI

Ao amanhecer, Julia levantou, um pouco antes do sol nascer. Não queria incomodar Scott, e sua família. Julia pegou sua , raposa com cuidado, para não acordar as , outras mocas. Jane que , ficou mais amiga , de Julia acordou meio sonolenta. Mas Julia, a envolveu novamente nas cobertas, e a afagou, ate ela brevemente retornar , ao seu sono.

Julia, pegou suas coisas, e se ocultou novamente em sua capa. Sem fazer barulho algum , saiu e foi ate , o lago. Ela gravou o caminho de volta, para o lago. La, ela brevemente se banhou, e voltou para sua casa.

Com toda a cautela, ele entrou em casa, rapidamente. Scott estava certo, a vigilância estava, forte aquele dia. E como sempre fazia. Ela agora mais calma, coloca a sua raposa no chão, e segue até uma pequena dispensa. La , ela pega uma , carne de veado que estava, salgada e defumada, e da para o animal.

Enquanto isso, ela se arrumou. Enrolou o corpo , com uma faixa bem apertada, para esconder suas curvas. Colocou uma ,roupa grosseira, que cobria ela ate o pescoço. O cabelo, como agora, não cortava mais, sempre usava, uma toca meio suja e grosseira, para escondelo. A desculpa que dava , para usa-la, era que um dia um cavalo, mastigou seu cabelo , pensando que era feno.

E assim, foi Julia para o estabulo, sempre com sua fiel companheira do lado.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Enquanto isso, Scott e Loeure acordaram cedo, para resolver, alguns assuntos. Eles foram então, ao comodo das mocas. Loeure queria , resolver o assunto sobre Julia, o mais rápido o possível. Ele não sabia , dizer o porque, mas pressentia algo sobre ela.

Chegando ao quarto, bateu na porta, e chamou Kateriny , a mais velha das irmãs de Scott.

- Kateriny.- Ele falou baixo.- Venha aqui! ? Loeure

- Sim pai. ? Ela fala ainda meio sonolenta.

- Va, chamar Julia!- Loeure

A moca, foi. Mas para o alivio de Scott, ela voltou rápido.

- Pai, ela não esta mais aqui. E Jane, me falou agora, que ela levantou cedo, e foi embora.- Kateriny informa, curiosa com o assunto que seu pai queria, com a estranha.

- Obrigado! Pode voltar, e acordar suas irmãs. Já passou da hora , de levantar.- Loeure

- Sim senhor! Mas o que o senhor, queria com ela pai?- Kateriny o olha desconfiada.

- Coisas, que não lhe dizem respeito! Agora , va. ? Loeure faz uma cara de poucos , amigos e da a ordem.

A jovem temendo , seu pai o obedeceu.

Scott, respirou mais aliviado, com o fato de Julia não estar. Não queria pressionar , ela a nada. Mesmo sabendo, que desde que ela entrara, na vida dele, ele começou a se sentir vivo, novamente.

O pai de Scott começou a desconfiar, que a moca, ouvira algo sobre a conversa deles. E que por isso, ela saiu sorrateiramente , sem avisar ninguém.

- Sera, que ela, entendeu alguma coisa da nossa conversar, Scott?- Loeure

- O senhor tem alguma duvida, meu pai? É claro, que ela ouviu! Por que o senhor, acha que ela, sairia cedo, sem avisar ninguém? Ela ficou assustada!- Scott

- Pelos deuses! Ela veio aqui procurando refugio, e ela se sentiu ameaçada!- Loeure

- Scott! Va, ver onde essa menina esta! Ela deve estar , perdida por ai! Lilian, não me perdoaria, se a filha dela sumisse, por minha causa!- Loeure

- O senhor tem certeza, que é filha dela?- Scott

- A face dela, é idêntico ao de Lilian, se ela fosse ruiva, e de olhos mel, e alta , seria a copia da mãe. Mas a voz, o jeito de andar, de falar o temperamento, o rosto. Parece que os deuses, estão querendo brincar comigo! E a historia, bate completamente, com o relato, da ultima pessoa que a viu, antes dos romanos, levarem ela. Tudo leva a crer que é filha dela. Ate o poema, que so os grandes magos sabem, ela recitou corretamente.

- Agora, va atraz dela, antes que algo de mau aconteca , com ela e eu não me perdoe! ? Loeure.

Scott, saiu a procura de Julia, também sentindo um temor, por aquela jovem, tão pequena, tão delicada, tão bela. Ele jurou para si , mesmo que acabaria com qualquer um que tentasse, machuca-la. Embora sentisse, um pouco de culpa por aceitar tal acordo. Mesmo sem nunca ter, tocado nela como homem. Temia, que a aquela, mulher fosse tocada, possuída por outro homem, antes dele. No fundo, queria ele ser o único, a possuir aquele corpo, aquela mulher. Ao rever, esses pensamentos que iam e vinham, em sua mente, finalmente notou , que o que sentia por ela, era mais que desejo, compaixão, amizade . Era paixão , que o deixava tremulo, dos pes a cabeça.

Pela primeira vez, em quase dois anos, senti algo amais por uma mulher. Uma paixão, que se mostrava ser, tão forte e ate mais intensa, quando a que teve, por sua primeira esposa.

Ele precisava, encontrar, Julia.

Depois de um longo dia de trabalho, Julia estava novamente voltando para a sua casa, quando notou, um movimento diferente, perto de sua casa. Na hora ela , já desempunho sua arma. E se pois a rondar a casa, quando ela ouviu um assovio, vindo da mata. Ela se aproximou com resseio. Mas viu quem era. Era Scott, aliviada ela perguntou.

- Por deus Scott! O que você, quer? Eu quase tomei um susto!- Julia fala voltando a arma , na bainha.

- Eu queria saber se gostou, de dormir com os bárbaros ?-Scott a ironiza.

- Seu bobo! É claro que gostei! Espere um pouco que vou pegar minhas coisas.- Julia foi em casa, pegar umas coisas para se banhar. E foi ate o lago com ele. La ela se banhou, mas mandou ele ficar de costas. Rindo ele obedeceu. Ela se enxugou, e passou seus óleos. Scott quase, se virou quando sentiu o perfume, liberado dos óleos que tocavam a pele dela, mas ela o repreendeu, e ele voltou a sua posição.

Quando ela já estava vestida, ele conversou com ela.

- Julia. Venha aqui, por favor. ? Ele falou mansamente, e sentou- se no gramado, perto da margem.

- O que foi Scott?- Julia perguntou já sentando-se ao seu lado. Logo a pequena raposa, se aproximou dos dois, ficando no meio. Julia pacientemente, o aguardou começar, um dialogo.

- Julia, você ouviu, eu o meu pai discutirmos ontem?- Scott

- Não! Eu estava, brincando com Jane, e a vulpex. E também, estava tentando , entender as suas irmãs, e irmãos. Mas só. Logo depois, sua mãe me guiou, ao quarto, para dormir.- Julia estranhou o comentário.

-Ainda bem!- Scott

- Por que?- Julia

- Nos achamos, que você saiu, sem avisar, ninguém por que... Podia, não ter gostado do assunto!- Scott

- Não, eu sai daquele jeito, por que eu não queria incomodar ninguém!- Julia

- Voce, podia ter, se perdido!- Scott fala preocupado.

- Que nada! Eu fiz o caminho, de volta ate o lago, e do lago voltei pra casa. Eu tinha , que trabalhar, ou alguém estranharia, a minha ausência.- Julia

- Pelo jeito, você é mais esperta do que eu pensava.- Scott a observa com , uma certa admiração.- Voce sabia, que é linda!- Scott a ve corar.

- Voce , que é muito gentil! ? E Julia da um sorriso sem graça, e vira a face.

Então Scott, pega gentilmente no queixo dela, e o vira para ele encara-la novamente.

- Não sou não, você é muito linda!- E ele lentamente , vai se aproximando dela, ate quase encostar, os lábios nos dela, e sussurra.- Verdadeiramente, linda!- E a beija, Julia que nunca havia beijado ninguém, antes revirou os olhos, com a sensação. E sentiu- se fraquejar, como se tivesse bebido vinho forte. Scott, beijo-a devagar, no inicio. Depois que , viu ela se render, a investida . Ele intensificou o beijo.

Scott, a beijou intensamente, por um bom tempo. Depois a soltou, ao observa-la notou, que ela estava, bem corada, e ofegante. Como ela ficava linda, assim. Julia recuperou, um pouco de ar, mas ainda ofegante, perguntou.

- SCOTT!!!- Ele fala espantada.- Por que fez isso?- Ela pergunta meio confusa, mas mostrando uma certa satisfação.

- Julia, me desculpe! Voce não gostou!?- Scott.

- Não! Quero dizer sim! Oh céus! ? Ela tentava colocar os pensamentos , no lugar. Enquanto ele dava, um leve sorriso. ? Não foi isso, que eu perguntei. Eu quero saber, por que me beijou?- Julia fala meio corada.

- Julia. A muito tempo, que eu não sinto, por uma mulher, o que eu sinto, por você. ? Scott

- O que você, quer dizer com isso?!- Julia, estava com o coração na boca.

- Eu so, amei uma mulher, na minha vida! A minha esposa, Sabrina, que morreu a 2 anos, durante um parto. E a perda dela, feriu-me fundo. Mas depois , que a conhecia. Não sei.Mas me sinto, novamente daquele jeito. Julia, eu te amo! Eu a quero.- Scott a olha fixo.

Julia, mal podia acreditar naquilo.

- Scott, eu acho que você, esta confundindo as coisas!- Julia se levantou, com o animal no colo.

- Não! Eu tenho certeza! Tanta certeza, que você era o motivo , da discussão, com o meu pai ontem!- Scott

- Como assim?- Julia pergunta, agora intrigada.

- Meu pai, queria que eu , a tomasse, como mulher ontem. Seria uma forma, de você ficar com nossa, família e não precisasse, de ir embora. Se tornando minha mulher, eu a protegeria. Mas eu não , queria forca-la a nada. E nem queria usar, a sua situação, para facilitar a minha.- Scott

- E se eu não tivesse, dormido cedo ontem?!- Julia fala assustada.

- Pode ter certeza, que brigaria com meu pai, e arrumaria , uma outro jeito. Mas não, a forcaria, a ficar comigo.- Scott

Julia assustada, e impressionada se retira.

- Tenho que ir Scott, já esta ficando tarde!- Ela recolheu sua coisa de pressa.

- Venha comigo, então.- Ele estende a mão a ela.

- Scott, eu acho melhor , nos não nos vermos, mais!- Julia fala, sumindo na escuridão da floresta.

Scott tentou alcanca-la, mas já era tarde. Não via mais , sinal de Julia. Scott se sentiu, culpado por beija-la. Mas ao menos, se nunca mais a visse, se lembraria dos lábios dela.

Correndo, com o coração apertado, Julia chegou em sua casa. Ao entra, fechou todas as portas, e janelas. Acendeu a chaminé, e se pois a pensar, enquanto o fogo consumia.

Pensou sobre tudo que, se passava pela sua, vida. Dedilhou, seus lábios e sentiu novamente, em seus pensamentos, os lábios de Scott. Os lábios de um homem. Julia sempre pensou, que passaria sua vida inteira, sem ao menos tocar, os lábios de um homem. Aquele beijo, seria algo , que Julia guardaria sempre na memoria, se ela não o vesse, novamente.

Passando, quase 2meses, Julia já estava preocupada, com seu pai e seu irmão. Nunca ele demoraram tanto numa , missão quanto aquela. Julia já tinha feito 18 anos, a menos de uma semana. Mas depois ela se acalmou, pois ficou sabendo, naquela semana, que dentro de 10 dias os homens retornariam. Ela mal pode conter, a sua alegria. Dentro de 10 dias, seu pai e seu irmão, estariam devolta,para lhe contar mais historias heroicas.

Sua raposa já estava adulta, e curiosamente ela andava, se comportando de uma maneira, que ela não sabia explicar. Ela andava sonhando muito, com sua mãe, naqueles dias. E com algumas coisas estranhas também. Ela sonhava, com pessoas a chamando, pedindo ajuda. Sonhava com vozes saindo, da lago. Outro dia ela sonhou , que estava no lago, e de repente ouviu vozes, pedindo socorro. Ao sair do lago, sua raposa que esperava, na margem, estava com os olhos , brilhando. Brilhando uma luz intensa, que logo a tomou, por completo. Fazendo ela virar, uma raposa coberta de luz. Então ela corria em direção de Julia,e entrava no corpo dela. Fazendo com que a luz tomasse, conta do corpo de Julia. Depois desse sonho ela sempre acordava assustada.

Um dia faltando 2 dias para a chegada, de seu pai, e seu irmão, Julia limpou tudo a casa. E foi cacar . Colocou sua capa, se escondeu bem, pois quando cacava, gostava de ficar a vontade, para ter liberdade de movimento. Deixou avisado, aos soldados, que iria cacar, e se embrenhou na mata. Julia estava atenta com seu arco, aguardando o menor dos movimentos.

De repente, sua raposa começou, a se mover de maneira estranha, e saiu em disparada. Julia foi correndo atraz dela. Seu movimento chamou a atenção de Scott, que estava cacando também, ao ver a capa lembrou de Julia, e foi atrás. Estranhou ela sair , correndo sem rumo.

De repente, Julia estava de frente ao lago, mas tinha perdido a raposa de vista. Nesse momento ela , a chama mas não aparece. Ela estava, muito cansada, então ela se aproxima do lago, e enche as mãos de agua, e as leva , a boca, para saciar a sua sede. Ela lava o suor, do rosto, e da um ultima olhada, no seu reflexo na agua. Quando ela olha, ve sua face encoberta, por uma mascara, que nunca viu antes. Então as imagens de seu sonho, vem atona.

- O que foi isso?- Julia grita assustada. E vozes a certam.

-precisamos, de você. Voce, é a nossa escolhida!

- Escolhida do que? Quem são vocês? Ela rodeia assustada.

- somos, o seu destino!

- Que destino?- Então ela ve, a raposa como, em seu sonho. Os olhos brilhando de luz. E a luz tomando o animal, por completo. Por fim ela corre, em direção a Julia e entra no corpo dela. Como no sonho, uma luz intensa toma conta do corpo de Julia. E ela desmaia.

Quando a luz cessa, Scott vai ver o que aconteceu, com Julia. Ela esta caída ao chão, desacordada, e usando a capa. Scott a pega, no colo. Ela estava, muito quente, e em alguns momentos, Scott podia ver fagulhas de fogo, saindo dela. Preocupado, ele a leva ate a aldeia. Para cuidar, melhor dela.