Capítulo 24

O homem pelo qual havia feito àqueles crimes bárbaros, na aquela praia fora condenado à morte. Não havia constado que aquele infeliz era doente mental. Ele apenas disse para Shaka que gostava de ver outras pessoas sofrendo. Ele tinha prazer em fazer isso a essas mulheres. O policial ficou horrorizado. Em seu país de origem nunca teve casos assim. E se tivesse ninguém divulgava nada para não assustar a população e provocar revolta. Lá eram apenas condenados de morte por crimes de estupro.

Dentro de alguns dias, esse homem perderia a vida. Onde? Isso era segredo de estado. Ninguém podia ficar sabendo. Nem mesmo o próprio médico e policial: Shaka.

O loiro saiu tarde da delegacia. Mas não o bastante para voltar para casa antes da janta. Mas ele estava preocupado com outra coisa. Não sabia por que não conseguia tirar a imagem de Mu de sua cabeça. Será que o garoto pretendia alguma coisa? Ele esperava que não. Shaka nem viu a hora em que chegou a sua residência.

Ele guardou seu carro na garagem e entrou. Ele só não esperava encontrar com Ikki em sua casa. Já que o moreno estava lá, ele iria acabar com tudo o caso que tinham. Bom na verdade, não tinham mais nada.

? Oi amor. Você está bem?

? Ikki. Nós precisamos conversar.

Dégel era um primo de Camus. Ele estava muito preocupado com ele. Camus não saia de perto de Milo pelo que o mesmo estava passando. Sabia que seu primo e mais um colega de profissão ficaram encarregados deste caso. Ele dividia a casa com Camus. Mas o rapaz quase nunca parava em casa. E quando parava, logo ia para a delegacia trabalhar. Dégel chegou a pedir para que o mais novotrocasse de emprego. Algo que não tomasse muito de seu tempo, mas ele sempre recusava. O mais velho sempre soube dessa paixão platônica que Camus nutria pelo colega de profissão.

Na casa dos arianos, as coisas estavam calmas até demais. Mu sempre de preto e com seus cabelos presos num rabo de cavalo amarrado na altura das costas tampava seus pertences nas orelhas. Coisas que ninguém sabia. Pelo menos não seus irmãos e Dohko. O libriano havia feito o jantar. Kiki se quer deu as caras por lá. Por um lado era melhor. O menor ficaria triste demais com a melancolia dele. Até mesmo o próprio Shion estava muito mal com isso. Não sabia mais o que fazer. Os gatos não saiam de perto de Mu. O garoto sempre soltava um meio sorriso quando olhava os bichanos. E sempre que podia passava as mãos nas pequenas cabecinhas deles. Mu estava amando ter esses filhotes de gatos junto dele. Mas por alguma razão desconhecida, ele ficava pra baixo, mas isso sempre melhorava quando os gatos ficavam com ele. Parecia que os felinos entendiam o adolescente e não queriam que ele ficasse daquele jeito.

Genbu estava preparando a janta daquela noite. Seu precioso menino ainda não tinha acordado. ?Acho que peguei pesado com ele?. Foi o que pensava. Assim que a comida ficou pronta, ele foi até seu quarto acordar a bela adormecida. Quando chegou, encontrou o pequeno ainda deitado em sua cama. Parecia bem feliz. Ele teve que ter muito autocontrole para não tomar o pequeno em seus braços assim que acordasse. O advogado ficou mexendo nos longos cabelos do menor para que ele pudesse acordar. E estava funcionando. Ele só parou de mexer quando Kiki despertou de vez e olhou para o homem do seu lado.

? Achei que não fosso mais acordar. Peguei pesado com você não foi?

? Não. Está enganado. Foi ótimo. Em tudo.

? Humm... Só espero que não chamem de pedófilo tarado. Você bem sabe que isso foi errado. Eu devia ter parado no começo e...

? Genbu, eu queria. Claro que no começo eu realmente não queria nada disso, mas depois... Bom o que importa é eu e você queríamos isso. E eu tive o melhor final de tarde que poderia ter.

? Eu também tive um final de tarde maravilhoso ao seu lado. E faria de novo. Mas eu vim te chamar pra comer. Você deve estar faminto.

? De fato, estou com fome. Mas preciso de um banho.

? Quer ajuda no banho? ? Disse Genbu malicioso.

? Sabe acho que irei aceitar sua ajuda.

? Haha... Será que você consegue se sentar e levantar?

? Claro que consigo.

Assim que Kiki se sentou na cama, ele soltou um pequeno gemido de dor. Genbu percebeu que ele gemeu e fez uma careta de dor. Provavelmente o menor ficaria alguns dias sem poder se sentar direito.

? Está doendo? ? Genbu lhe perguntou gentil.

? Um pouco. Mais não é nada que deva se preocupar. Até que bom sentir isso.

? Como? Você é masoquista por acaso?

? Não.

? Então porque disse que é bom sentir isso?

? Porque parece que você ainda está dentro de mim. É por isso. Eu gostei de você dentro mim.

? Você só ser meio louco... Mas já que é assim... Vou com você tomar um banho. Assim podemos repetir a experiência o que você me diz, amor?

? A-amor? Quer dizer que você realmente...

? Quer dizer que eu te amo. Muito. Ainda esta achando que é mentira né? Mais não é. Eu amo você desde que eu te vi pela primeira vez.

? Genbu...

O guri não pode terminar de falar, pois o mais velho o calou lhe dando um beijo. Assim que eles sentiram a falta do ar, Genbu pegou seu precioso Kiki e o levou para o banheiro e entrou com ele na grande banheira que ele tinha naquele local. Eles acabaram se amando mais algumas vezes. Depois, uma ajudou a dar banho no outro para poderem jantar.

Assim que terminaram o banho, Genbu emprestou uma roupa sua para o garoto. Ficaram um pouco grandes. Mas que logo iriam ser desnecessárias.

O homem precisou aqueceu um pouco mais a comida, pois pela demora, ela esfriou um pouco.

Ele serviu um pouco da comida ao pequeno e depois se serviu. Comeram conversando um pouco e dentre uma dessas conversas, Genbu disse que tinha uma surpresa para ele logo depois de jentarem. Genbu planejava pedir o menor em namoro, mas não ia falar disso com o pequeno. Iria falar com Shion sobre isso. Podia não parecer, mas ele era das antigas, mas um pouco moderno.

Ikki ainda estava puto da vida. Como assim Shaka se cansou dele? Ele gritava alto. Estava muito bravo com Shaka. Sempre fez o que loiro lhe pedia. Na cama, isso quando iam sempre fora ele que recebia Shaka. Nunca o contrario. Shaka não deixava que Ikki lhe fizesse isso. E agora ele estava terminando esse relacionamento de longos anos? Mas por quê?

? SHAKA, PORQUE VOCÊ ESTA FAZENDO ME FALA. VOCÊ TEM OUTRO NÃO É? OU SERIA OUTRA?

? Você que tá muito enganado. Eu nunca tive outros relacionamentos estando com você. Mas você sempre seus casos. E sem eu saber. Você sabe muito bem que eu não suporto traição. E que foi que fez? Traiu-me na primeira oportunidade.

? Eu nunca fiz isso! Você que se enganou.

? Ahh nunca me traiu é isso? Você é um tremendo dum mentiroso. Quero que você saia desta casa agora. ACABOU Ikki. Você sabe também que eu nunca senti nada por você. NADA.

? Você esta fazendo confusão, loiro. Eu te amo. Muito.

? Ahh é mesmo? Pois não parece. Se você me amasse mesmo, jamais teria me traído. Eu não confio mais me você.

? Mas amor, eu...

? Chega! Não me chama assim. Quando você voltar a ser digno da minha confiança você nem ira perceber. Agora sai da minha casa. Só quero você como um amigo. Agora se não ficar satisfeito, será apenas um mero conhecido.

? Isso não vai ficar assim Shaka. Você vai se arrepender ao estar rompendo o nosso namoro.

? Ikki vai embora. O que nós tivemos foi bom. Mas um dia acaba. E acabou.

? Tudo bem. Se isso é um adeus então tá bom. Adeus Shaka.

Dois meses se passaram, e Genbu pediu a Shion para namorar com Kiki. O mais velho quase teve um troço. Mu e Dohko se mataram de tanto que riram nesse dia... Kiki ficou sem saber onde se esconder. Ele não esperava que Genbu lhe pedisse em namoro.

Dohko ficou sabendo do que rolou na casa de seu primo. Mas o libriano mais velho pediu para que Genbu não entrasse nos detalhes. Shion ficou sabendo sobre esse caso assim que chegou a casa. Ele tinha ido ao mercado com Mu e Kiki. Kiki quase teve o futuro namorado castrado. Ou morto. Dohko teve dar um jeito de segurar o namorado para que ele não matasse o outro. E Mu fugiu com o irmão mais novo e com o advogado.

Nesses dois meses, Mu estava bem melhor. Já estava conseguindo falar algumas coisas. Poucas palavras com ?oi? o nome dos irmãos, de Dohko, do advogado. Alguns ainda não sabiam. Queriam manter segredo por enquanto. O garoto ainda usava cores escuras. Mas tinha parado de tentar se matar. Ainda se cortava. Eram os pulsos, um pouco nos braços, e agora fazia pequenos cortes em uma de suas pernas. Ele fazia isso para que as antigas lembranças não voltassem. Mas era impossível. Quanto mais se cortava ele voltava no passado. Ele não estava cumprindo a promessa feita a Shaka. De que não ia mais se cortar. E falando no médico loiro. Fazia tempo que ele não o via ou mesmo o advogado falando dele. Ele bem que gostaria de visita-lo qualquer dia desses. Mas Shaka estava passando por alguns problemas. Isso era o Genbu lhe falava.

Na casa de Milo as coisas estavam melhores. As ameaças haviam parado. Porém isso era uma coisa que eles não podiam se descuidar. Tétis voltou para seu trabalho. Milo voltou também voltou para sua vida normal na delegacia. Mas Camus e Shura sempre revezando quem ficava sua casa na casa de Milo.

Numa bela noite, Milo voltava para sua casa acompanhado de Camus na viatura. Algo estava errado. A rua estava silenciosa demais. Mas isso de nada importava. Ele só queria chegar em casa e ficar perto de sua noiva e de seu bebe. Ainda não dava para saber o sexo da criança. Tetis ainda estava de quatro meses. Só saberiam no mês que vem. Só mês que vem não chegou para tetis nem para a criança.

Shura tinha ido embora. Hoje era a vez de Camus ficar na casa. Tetis disse ao espanhol, que ele já podia ir embora e que ela ficaria bem sozinha. Milo chegaria logo com Camus.

Assim que Shura foi embora, Tetis foi tomar um banho. Um grande erro. Shura assim que saiu da casa da mulher, ficou com mau pressentimento. Algo iria acontecer naquela casa. Ele só torcia para que seus colegas de trabalho chegassem logo.

Alguém invadiu a casa dos noivos. E abriu o gás. Deixou que ficasse vazando todo o gás para matar a família. A pessoa que invadiu saiu da casa achando que todos estavam lá dentro. O gás que foi aberto servia em toda a casa. Até mesmo no chuveiro. Milo tinha dois animais na casa. Um gato e um cachorro. Não se sabe como, mas os animais saíram correndo pela entrada de animais a partinha na porta da cozinha que dava o quintal.

Quando Milo chegou a casa com seu amigo, estava tudo silencioso. Aquela hota Tetis estava acordada esperando pelo noivo. Milo e Camus começaram a estranhar. Eles saíram do carro as pressas. Camus foi atrás da moça e Milo foi ver onde seus animais estavam. Ele os achou no quintal e estavam ofegantes. Ele pegou os dois transportadores e os colocou dentro. A sorte era que os transportadores eram grandes.

Camus olhou nos quartos, e na suíte do casal. Ele começou a ficar meio tonto. Não sabia o porque. Assim que entrou na suíte, a porta do banheiro estava trancada. Ele tentou abrir a porta pelo lado de fora, mas não dava. Ele pensou em gritar para Milo, mas o amigo estava procurando pelos os animais de estimação. Ele então arrombou a porta. Assim que entrou no recinto, enconrou a moça caída no chão do Box. Ele tocou no punho dela para ver se tinha pulso.

Camus arregalou os olhos ao notar que ela não tinha mais pulsação. A moça estava morta.

Aquilo parecia mais suicídio, mas ela não iria fazer algo assim. Foi então que ele se lembrou de uma coisa importante. Os telefonemas e bilhetes anônimos. Então seu cérebro se lembrou de outra coisa. A casa do amigo era com gás. Ele saiu correndo atrás de onde ficava o registro do gás. Estava aberto. Camus conseguiu fechar o gás e começou a procurar pelo melhor amigo. Agora viria a parte pior. Contar desse ocorrido para Milo. Mas onde estava Shura? Ele e o espanhol tinham combinado de trocar de lugar assim que um deles chegasse para tal coisa.

Quando Camus achou o amigo, ele estava ajeitando os animais num lugar seguro. Como ele iria dar essa notícia a ele? Ele parecia tão feliz com a mulher e o bebe que iriam ganhar. A mãe dele e o irmão adotivo também estavam felizes pela chegada do pequeno bebe. Como ele, Camus, um simples policial iria dar essa notícia? ?Milo, eu sinto muito mais sua mulher e o bebe estão mortos!?. É ele realmente estava em maus lençóis. E Shura? Este devia estar em casa. Mas como fazer com que o espanhol voltasse para lá? Bom, seria realmente ele a dar a notícia. Ele só rezava para que os deuses o ajudassem nisso.

? Milo, precisamos conversar.

? Conversar? Conversar sobre o que Camus?

? Sobre a sua noiva. Tenho uma má notícia pra te contar.

? Má notícia? Que história é essa Camus? Fala logo! Estou ficando preocupado.

? Calma que é assunto muito sério. Então tente manter a calma.