Luta, Amar, Luta, Amor

- Então vejo que ficou mais forte. - disse a menina pegando os digicódigos do pilar com o seu digivice.

Wizardmon não disse nada para a menina.

- CuteShroomon ganhe tempo com eles enquanto os digicódigos não são todos capturados. - ordenou Kaseki.

- Pode deixar! - respondeu o digimon.

CuteShroomon ficou cara a cara com Wizardmon. Com um lance rápido, CuteShroomon começou a socá-lo, mas o digimon feiticeiro conseguia se defender com sua varinha-bastão.

Wizardmon se defendia tão rapidamente, que parecia saber, ou previa os próximos ataques de seu adversário.

- Pare de gracinha, CuteShroomon! - gritou a menina vendo a luta. - Ataque-o com toda a força.

***

Em um trailmon que havia acabado de sair da Cidade dos Princípios, estava indo em direção ao sul do Digimundo. Para a Cidade dos Computadores.

- No que você está pensando, Kouji. - perguntou seu irmão aproximando-se dele que estava olhando para o lado de fora da janela.

- Eu? É...

- Pode falar. Somos irmãos, esqueceu? - disse Koichi observando o irmão. - Pode contar, sou todos os ouvidos.

- Sabe quando você gosta de alguém? - perguntou Kouji cabisbaixo.

Koichi ficou paralisado com a pergunta do irmão. Ele relembrou logo de Kiki, e que J.P. também estava a fim dela.

- Sei, sim... - respondeu Koichi meio sem jeito. - Você está gostando de alguém?

- Sim, mas... não sei como dizer para essa pessoa que gosto dela, principalmente porque sei que tem um amigo que a ama.

- E quem é essa pessoa, mano?

- Você já deve saber quem é. - respondeu o menino nervoso. - Eu a amo, mas não posso trair meu amigo por ela, e por isso vivo brigando com ele.

- Espera aí! - exclamou Koichi concluindo de quem o irmão estava falando. - Você tá dizendo que está gostando da Zoe? - perguntou levantando do banco do vagão sorridente.

- Isso mesmo. - respondeu ele. - Mas porque esse sorriso estampado no rosto?

- É que posso também te contar um segredo meu...

- Segredo? - perguntou Kouji curioso.

- Sim. - respondeu Koichi. - eu também estou gostando de uma garota, mas tem um cara afim dela, conversei até com a Zoe...

- E o que ela disse? - interrompeu Kouji.

- Ela conseguiu me entender, e disse para guiar o meu coração, mesmo que isso possa magoar um amigo, temos depois que fazê-lo entender...

- Você quer dizer que devo falar com ela sobre o que meu coração quer dizer à ela?

***

- Continue lutando, CuteShroomon. Já estou quase acabando de completar a ruptura deste digicódigo.

- Sim, Kaseki Kai! - respondeu o digimon. - Soco HiperSônico! - atacou ele dando socos que eram velozes e saiam sons extra barulhentos e perturbadores.

"Não vou conseguir me desviar destes ataques violentos por muito tempo.", pensou Wizardmon se defendendo com a sua varinha, a cada soco que vinha em sua direção. "Tenho que pensar em algo rápido, mas o quê? Pensa, Wizardmon! Pensa!"

- Soco HiperSônico. - atacou o inimigo de Wizardmon novamente.

- Já sei! - berrou Wizardmon. - Jogo Mágico. - atacou criando uma ilusão de cenário.

- O quê? Onde estou? - se perguntou CuteShroomon perdido na escuridão criada por seu adversário.

- Você está perdido em uma de minhas ilusões. - respondeu Wizardmon. - Você já pode se render.

A menina, ainda continuava a pegar os digicódigos do pilar, e por isso gritava para CuteShroomon, para que ele percebesse que aquilo era somente uma ilusão, era mentira.

- Isso não é de mentira! - retrucou Wizardmon após ouvir o que a menina disse. - Ele só conseguirá sair se me encontrar.

- Starmon e Pickmons, apareçam! - disse a menina fazendo com que seus digimons aparecessem enquanto ainda continuava a capturar os digicódigos, que era uma quantidade muito grande. - Entrem na ilusão que Wizardmon criou e liberte CuteShroomon.

- Pode deixar, governanta! - respondeu Starmon partindo para dentro da ilusão com os Pickmons.

***

Em um outro trailmon estavam Takuya e Zoe. Takuya estava se aproximando de Zoe com um sorvete que tinha acabado de comprar com um vendedor dentro do vagão.

- Que um sorvete, Zoe?

- Aceito! - respondeu ela admirando o céu afora.

- O que foi? - perguntou Takuya procurando ver o que a menina tanto olhava.

- Estou me perguntando algo.

- E o que seria?

- Digamos que... você acredita mesmo que Omnimon pode estar fingindo somente para ajudar Lucemon?

- Não sei... eu até posso acreditar.

- Mas por que? - perguntou Zoe. - ele parece ser um digimon do bem.

- Mas então porque ele quis tanto que saíssemos logo daqui do Digimundo?

- É isso! - disse Zoe. - Isso me perturba. Se ele é um guerreiro antigo, ao qual já protegeu o Digimundo com seus poderes, por que agora trabalharia para o mal?

- Há tantas coisas... se ele realmente estiver somente sendo usado, assim como aconteceu com Koichi?

- É claro! - respondeu Zoe juntando todas as peças em sua cabeça. - Não somente ele como as crianças que tem aqueles digivices diferentes do nosso.

- Mas por que você está tão preocupada? - perguntou Takuya fitando os olhos da menina.

- Porque eu não consigo admitir que ele realmente esteja trabalhando para Lucemon, assim como aquelas crianças. - respondeu ela olhando fixamente para os olhos do menino.

Quando Zoe ia virar para se sentar no banco, sem querer bateu o joelho na beira do banco, fazendo com que seu sorvete voasse e ela ela caísse. Porém, Takuya segurou-a por baixo de seus braços e ergueu-a antes dela cair no chão. O sorvete de Zoe, não caiu no chão, e sim na cabeça de Takuya, que nem percebeu o ocorrido.

- Obrigado! - agradeceu ela dando um pequeno risinho.

- O que foi? - perguntou Takuya.

- Meu sorvete...

- O que tem ele?

Zoe continuou a rir apontando para a cabeça do amigo. Takuya pôs a mão na cabeça, e pegou o sorvete, jogou janela a fora e passou a mão no cabelo para limpar.

- Sabe o que eu podia fazer agora? - perguntou Takuya vendo que a amiga não parava de rir dele.

- O quê? - perguntou ela com a mão na boca ainda rindo.

Takuya passou o dedo em seu sorvete, pegando um pouco do creme.

- Isso! - disse Takuya passando o dedo melado de sorvete na bochecha de Zoe.

- Ah, é assim?! - exclamou Zoe pegando um pouco do creme de sorvete da casquinha de Takuya. - Coma um pouco disso. - disse pondo sua mão na boca do Takuya para que ele comesse o sorvete.

E a brincadeira romântica se inicia, será que tudo vai acontecer como nos filmes?