Ao pé da montanha prateada, silenciosamente aconchegado, se encontrava um prédio semelhante a uma taverna[1]. Uma construção de pedra avermelhada, com duas grandes torres nas laterais e um belo jardim na frente. Portas de madeira lustrosa e imensas janelas com vidros esfumaçados. Flores em canteiros e um lago repousavam na parte de trás. Essa é a Arceus Guild e... Espera, aquilo é um menino atravessando a janela?
Caído em meios aos cacos estava um garoto ruivo. Ele vestia roupas em estilo ninja completamente cinzas; seu nunchaku estava encoberto em meio às folhas de uma árvore. O jovem parecia ter uns 18 anos, era forte e alto, com cabelos vermelhos brilhantes e olhos incrivelmente prateados repletos de fúria. Tinha um rosto bonito e um tanto misterioso, suas mãos enluvadas estavam cerradas em punhos e seus belos dentes brancos travados com força.
― Eu já disse! Eu vou encontrar a garota e não você, Silver! ? outro jovem gritou, surgindo do buraco da janela.
Esse por sua vez tinha cabelos pretos explosivos e sorria maliciosamente para o ruivo. Vestia uma roupa de cavalaria vermelha e marrom, com ombreiras de prata brilhante. Estava mascando uma fina barrinha de chocolate que se sobressaia por entre os dentes pontudos. Pela postura, podia-se facilmente confundi-lo com mais um daqueles rapazes metidos a conquistador, mas olhando bem para suas feições jovens e seus os olhos dourados infantis, talvez você pudesse o confundir com alguém da realeza de tão belo... Talvez.
― Acha mesmo que um idiota como você ia ser capaz de escoltar uma dama? ? Silver gritou de volta
― Eu sou um cavaleiro! Meu trabalho é escoltar damas! ? o outro agora estava do lado de fora do prédio, observando o amigo se levantar.
― Desculpe te informar, mas você está mais para um cavalo, Gold.
A dama em questão era ninguém menos que a terceira integrante do futuro trio Beast, conhecida por ai pelo nome de Crystal Erischo, a lutadora de Violet.
Falando na moça, vamos dar uma olhada no que ela está no fazendo no momento.
Ela era bonita e Eusine sabia disso. Claro, ele não fazia ideia da razão de estar tão atraído por ela, afinal, na primeira vez que a vira, ela estava coberta de lama, sentada na porta da hospedagem[2] onde ele estava morando.
Agora, enquanto ela escovava os cabelos, a única vontade de Eusine era protegê-la de qualquer um que lhe tentasse algo.
― O meu nome é Crystal, mas meus amigos me chamam de Crys. ? ela tinha a voz de um anjo.
― Somos amigos, senhorita Crystal? ? isso era mentira, mas Eusine disse assim mesmo.
― Claro que somos. Você me ajudou e nem me conhece direito, ao contrario dos meus colegas de guilda.
― Mas pelo que a senhorita contou, eles também não a conhecem, senho... Crys.
Crystal agora estava terminando de prender seus cabelos azulados, no reflexo do espelho, Eusine podia ver os olhos cristalinos da garota o olharem de forma carinhosa.
Pela fama dela, esse tipo de olhar não era para qualquer um.
― Você quer que eu a leve até sua guilda, Crys? ? Eusine questionou, levantando-se da forma mais galante possível.
― Claro, se não for incomoda-lo. ? ela também se levantou e com a ajuda do novo amigo, vestiu o curto kimono rosado.
A viagem não foi demorada e Eusine era uma boa companhia.
Ele havia contado a Crystal sobre sua guilda, sobre todas as suas aventuras com seus companheiros e suas glorias, cada vez mais ela ficava encantada com tudo aquilo.
Crys nunca estivera em uma guilda, desde que nasceu foi induzida a treinamentos e estudos, assim como sua amiga Platinum Berlitz. As duas foram criadas em meio a livros, tendo apenas a presença da outra e dos demais órfãos da Academia Earl.
Platinum era uma boa menina e assim como Crystal, ela havia ganhado um convite para integrar uma das guildas mais prestigiadas do país de Kanto.
― Você conhece alguém nessa guilda? ? Eusine perguntou quando eles entraram na trilha que levava até o prédio da Arceus Guild.
― Apenas duas pessoas. Minhas amigas Platinum e White. ? Crystal respondeu sorrindo.
― Elas já são parte de lá faz muito tempo?
― Só a White, ela está lá faz dois anos. Platinum e eu fomos convidadas pelo mestre da guilda faz algumas semanas. Eu ainda não posso acreditar que vou para uma guilda de verdade!
― Mas a senhorita já tem uma reputação estabelecida, afinal, você era e ainda é o orgulho da Academia Earl. Sua amiga Platinum também, o meu mestre queria convida-la, mas no dia que foi procura-la, descobriu que ela era jovem demais para estar numa guilda.
― Eu me lembro disso, foi no ano passado, Platinum tem 15 agora, logo logo ela fará 16 anos.
― 16 é uma idade mágica para uma menina, certo?
― Sim, é.
Enquanto isso, Gold e Silver permaneciam em sua briga, agora a tornando física novamente.
― Eu vou buscar ela! ? o garoto de cabelos negros berrou, desviando de um chute.
― Eu vou! ? Silver gritou já com o rosto vermelho.
― Eu!
― Eu!
― Nenhum dos dois. ? uma voz feminina disse. Crystal.
Gold sentiu como se seu coração tivesse pulado uma dezena de batidas. Quando mais jovem, ele até já tinha ouvido falar dessa sensação, os antigos chamavam de amor à primeira vista, mas ele nunca havia pensado que ia sentir isso por alguém.
Silver estava de queixo caído, literalmente. De pé diante dele estava alguém para se ter respeito, Crystal era a menina que ele queria apresentar para sua irmã, Blue. A sensação de vê-la finalmente era tão boa, que ele podia sentir seu rosto se tornar mais quente que brasa.
Só não espero que eu esteja fazendo cara de bobo, que nem o Gold. Silver pensou.
― Vocês estão atrasados. ? Crystal disse novamente.
Os dois garotos pararam para estuda-la. Fisicamente ela não parecia uma lutadora, era uma moça comum, seu corpo era delicado e aparentemente frágil. Tinha a pele alva e uniforme. Estava vestida com um macacão preto curto e um kimono floral em tons de rosa e roxo. Preso na cintura havia uma faixa amarela com duas contas pretas nas pontas. Esse mesmo kimono tinha mangas longas que lhe escondiam as mãos e ocasionalmente deslizavam pelos ombros, os deixando assim expostos.
Ela não chegava a ter um rosto infantil como Yellow, mas também não tinha feições maliciosas como Blue. Era apenas séria. Estava com os lábios em um biquinho fofo e os olhos azuis como a pedra que derivou o seu nome encaravam os dois brigões de modo frio. Os cabelos índigo pareciam quase pretos na luz do por do sol.
De braços dados a Crystal estava um homem que parecia uma versão ?mercado popular? de príncipe encantado. Vestia um terno que para Gold o fazia se assemelhar a uma uva; tinha cabelos castanhos entupidos de algo que parecia baba de Miltank e os olhos azulados mais feios do mundo.
― Okay, Eusine, por que você está com a nossa garota? ? Gold perguntou arrogantemente.
― Sua? Eu encontrei a Crys em péssimas condições por causa de vocês. Não se deixa uma dama sozinha na chuva, Gold. ? Eusine respondeu sorridente.
Antes que outra briga pudesse começar, Silver arrastou Gold para dentro do prédio e tratou de levar rapidamente as malas da sua nova companheiro junto.
Crystal havia feito uma anotação mental: seus novos colegas de guilda eram estranhos.
Ela mal tinha se despedido de Eusine quando o garoto ruivo a puxou para dentro, por meio segundo, Crys havia se sentido indignada, depois, parecia que ela tinha entrado em um mundo novo.
A guilda por dentro era bem diferente do que Crystal imaginava. Parecia como se fosse decorado especialmente para um rei... Ou melhor, vários reis. Afinal, aquela era a Arceus Guild, abençoada pelo próprio Deus.
Era um grande salão com paredes brancas, luzes avermelhadas e vários e vários vitrais coloridos, ilustrando a criação do universo, como uma igreja. Arceus estava em toda a parte, brilhando em seu mais alto esplendor no topo do teto, formando assim uma imagem dele mesmo reluzindo em um tipo de palco, com certeza o mestre falava lá.
No lado direito havia uma espécie de bar, a parede em si era composta inteiramente de bebidas e copos coloridos.
Na extremidade oposta se encontrava uma área de descanso. Sofás dourados, mesas de madeira e mais copos estavam espalhados de forma agradável.
Não havia nada no centro, nada além de um vazio.
― Onde vocês comem? ? Crystal perguntou confusa.
― Lá fora. Esse espaço aqui no meio é para demonstrações e dança. ? Silver explicou levemente sorrindo, como se estivesse lembrando-se de algo divertido.
Enquanto Crystal e Silver subiam as escadas do fundo do salão, Gold permanecia no mesmo lugar, refletindo sobre porque diabos seu autointitulado arqui-inimigo, Eusine Yamato, estava escoltado a sua nova companheira.
Como ele odiava Eusine.
― Espera... Ele foi mostrar os quartos para ela? ? Gold perguntou para si mesmo, antes de sua mente poder formular uma resposta, ele já se encontrava correndo pelos degraus.
Platinum estava simplesmente adorando o passeio. O garoto loiro, Pearl, parecia animado quando falou sobre as áreas de esportes e o menino fofinho, Diamond, disse que fazia toda a comida com o maior amor do mundo.
Pelo bolinho que ela havia ganhado, com certeza ele era o melhor cozinheiro da região.
― Vou te mostrar o dormitório feminino, você vai morar lá. ? Pearl falou
― É bem bonito. Nossa senpai[3], Yellow... Bem, ela é responsável por cuidar das meninas novas que chegam aqui. ? Diamond disse, ele parecia nervoso.
― Yellow? A Yellow? ? Platinum perguntou espantada.
Yellow Del Bosque Verde era um ícone quando se tratava de magia e invocação. Dois anos atrás, Platinum disse em uma brincadeira na Academia Earl que ela seria a próxima Yellow se conseguisse entrar numa guilda.
É hora de provar que você pode, Platz. Ela pensou confiantemente.
Em um segundo, a garota estava esperando algum de seus guias lhe responder, no outro, ela se via caindo diretamente para o chão.
A queda foi dolorida. Seu rosto havia batido diretamente contra o piso de madeira frio, ia com certeza deixar uma marca roxa. Platinum podia sentir um peso extra contra suas costas; havia um par de braços jogados em cada lado de sua cabeça e ela podia ouvir alguém emitir sons doloridos próximos ao seu ouvido.
― Gold-kun, você poderia sair de cima da senhorita?- Diamond perguntou enquanto Pearl estendia a mão para o senpai.
Gold estava se achando um idiota. Com a primeira novata ele já tinha causado má impressão e com a segunda parecia ainda pior pela expressão dela.
A menina devia ser a tal Platinum Berlitz, ela era mais nova que Crystal, devia ter uns 15 anos. Estava com um vestido cor de rosa e uma capa lilás de seda presa por uma joia escura. Nas mãos segurava um cetro com uma linda pedra colorida na ponta. Tinha cabelos longos de um tom escuro de índigo e olhos que variavam entre o prata e o dourado, combinando com o tom de pele extremamente claro dela.
Ela era bem pequena, mas tinha um rosto bem sério.
― Eu sou Platinum, a nova invocadora. ? a garotinha disse se curvando de forma educada.
― Faz tempo que alguém não se curva para mim. Olá, eu sou... - Gold disse sendo interrompido pela menina.
― Você é Gold, o Cavaleiro do Fogo.
― Existe algo que você não saiba? - por meio segundo, Gold se sentiu desconfortável.
― Eu sei tudo sobre todo mundo daqui.
Era oficial, a garotinha estava dando um pouco de medo no nosso cavaleiro. Claro, ele tinha uma legião de fãs e algumas até tentaram invadir a guilda para lhe roubar coisas, mas o modo como Platinum falou com ele chegava a ser mecânico demais, sem emoção.
Assim como aquelas pessoas de sua infância faziam.
?Sim, senhor Gold?, ?É para já, pequeno mestre Gold?, ?Sua senhoria gostaria de alguma coisa??. Ele lembrou dolorosamente.
― Você é mais estranha que o Silver, garotinha. ? Gold falou, tentando voltar ao seu normal. ― Falando nisso. Vocês viram aquele idiota, Diamond e Pearl? Ele passou com uma menina muito bonita. Eles estavam indo para os quartos.
― Silver-senpai tem uma namorada? ? Diamond perguntou inocentemente.
Gold não sabia se começava a rir ou se abraçava o menino. Ele era tão ingênuo as vezes que até Blue se sentia mal às vezes por falar coisas inadequadas perto dele.
Diamond Kyamerotto era um bom menino, além de ótimo escudeiro. Ele, assim como o colega, Pearl, vieram de muito longe apenas para seguir seus sonhos, se tornarem cavaleiros admiráveis, por isso eles passavam boa parte das manhãs treinando com Black, Red e o próprio Gold.
Diamond era simplesmente incrível na hora de agir, ele tinha muita coragem, mas como os planos de Pearl eram sempre loucos e mal feitos, o menino acabava por se machucar.
Ele era fofo e adorável. Parecia mais jovem do que era. Tinha o corpo robusto e estava começando a criar músculos mais definidos. Seus cabelos escuros estavam bem despenteados e havia manchas de sujeira em seu casaco marrom e em suas calças. Os olhos azuis pareciam mesmo esperar por uma resposta sobre Silver e ele sorria animadamente.
O escudo azul escuro semelhante ao corpo de Dialga estava preso em suas costas e ele segurava a lança inspirada em Palkia que pertencia a seu amigo Pearl.
― Silver-senpai merece uma namorada, mas pela cara de Gold-senpai, a garota é dele. ? Pearl explicou sua teoria ao amigo.
― A garota não é dele. A garota é a minha senpai, Crystal Erischo. ? Platinum parecia menos mecânica agora, dava para sentir o orgulho na voz dela.
O rosto de Pearl de repente de iluminou.
Ele era um pouco mais alto que Diamond e agora parecia ainda mais alto graças aos pequenos pulos que estava dando. As roupas dele eram como as do amigo, só que em um tom mais claro de marrom e no momento, menos sujas também. O escudo espelhado em Palkia havia caído no chão e até o seu ?topete? loiro impecável parecia desgrenhado.
Pearl parecia uma criança pequena quando sorria daquela forma. Os olhos amarelados brilhavam intensamente e suas mãos enluvadas batiam contra o corrimão da escada.
Ele sempre fora muito enérgico, mas agora, Gold sentia que tinha que sair da frente antes que fosse atropelado pelo kohai[4].
― Diamond, você escutou? Crystal está aqui! Temos que conseguir o autografo dela antes que Emerald consiga! ? antes mesmo de o outro menino responder a pergunta, Pearl o agarrou e saiu correndo em disparada pela guilda.
Platinum estava confusa, era isso mesmo? Seus guias tinham lhe abandonado no meio do passeio com o senpai que havia esbarrado nela?
― Vamos, vou te mostrar a guilda. ? Gold falou, oferecendo o braço para Platinum.
O passeio com Gold foi tranquilo, o prédio era tão grande e tão cheio de passagens secretas que em nenhum momento eles se encontraram com os outros.
Antes de chegarem ao pátio a céu aberto que servia de refeitório, Platz parou seu acompanhante e perguntou:
― Por acaso você não estaria gostando da Crys-senpai, estaria?
― E-E se eu estiver? Há algum problema para você? ? Gold estava com as bochechas levemente coradas.
― Eu conheço você. Acredite, ela não é como as meninas que você está acostumado a brincar. Por favor, não faça a burrice de se apaixonar por ela.
As estrelas iluminavam o pátio central da guilda de uma forma tão bela que Crystal queria chorar. As mesas de piquenique eram apenas oito, enfileiradas no canto do espaço aberto, próximo a entrada do outro prédio. No resto de grama que havia, toalhas coloridas foram estendidas de forma aleatória, mas que desse para todos verem o céu.
No momento, White ? que havia acabado de chegar com seu parceiro Black ? estava trazendo os talheres e pratos e os colocando na mesa que ficava no centro.
― As toalhas são uma para cada um de nós. As em tons de vermelho são de Ruby e Red. As em verde são do Green e do Emerald. As azuis são uma sua, uma da Sapph, uma do Diamond e a outra é da Blue. A amarela é da Yellow e a dourada do Gold. A prateada pertence ao Silver, a branca é minha, a preta do Black, a alaranjada do Pearl, a meio cor de ouro, meio prata é da sua amiga Platinum e a outra que eu acabei de guardar é do meu colega, o Hugh-kun. ? White falou sorrindo.
― Eu preciso acordar ele? ? Crystal perguntou apontando para o ruivo deitado em sono profundo em cima da outra mesa.
― Ele teve um dia duro. Você sabe, deixar ele e Gold sozinhos na guilda acabou em uma janela quebrada, Black foi concertar. É melhor deixar Silver dormir.
― Pelo menos ele não é como Pearl. Ele não ronca. ? com o sapato, Crys apontou para seus dois fãs cochilando na grama.
White deu uma risada breve e abraçou Crys.
― CHEFE! Socorro! Chefe! Eu colei a minha mão nos vidros! Socorro! ? Black gritou desesperado. White deu de ombros e foi ajuda-lo.
Enquanto observava os pontinhos luminosos no céu negro, uma mão pousou no ombro de Crystal.
― Está gostando da Arceus, Crys-senpai? ? Platinum perguntou sorrindo.
― Eu fui abandonada na chuva, conheci um homem bonito chamado Eusine, presenciei uma briga, tive que fugir de um pokémon espírito enfurecido junto com meu novo amigo ninja, reencontrei uma velha companheira, descobri novos fãs, quase tive meus ouvidos estourados pelos gritos de um garoto e fiquei correndo feito louca por horas. ? Crystal enumerou.
― Seu dia foi louco.
― Todos aqui são loucos. Eu gosto disso, as melhores pessoas são assim.
As duas sorriram.
― Crystal-senpai? ? a pequena invocadora perguntou
― Sim?
― Se eles são loucos, imagine os outros companheiros.
Crystal não queria imaginar, mas ela sentia que essa era seu lugar, assim como era o lugar de Platinum.
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[1] É como um bar medieval, alguns também era prostibulos, mas na maior parte das vezes são apenas bares ou salões de festas.
[2] Hospedagem é um tipo de hotel medieval. Algumas pessoas moravam lá integralmente, outras ficavam apenas algumas noites.
[3] É usado para alguém mais novo ou de menos experiência quando vai se referir a alguém com mais experiência ou mais velho. No caso da fic, Yellow é a senpai/senior do Diamond porque ela está na guilda há mais tempo. Para a Platinum, ela também seria uma senpai/senior porque ela também usa magia e invocação, só que em um nível superior.
[4] É um sufixo de tratamento para alguém mais novo que você, seu aprendiz ou algo assim. É a mesma coisa que junior. Quando Crystal disse que Platinum era sua junior, ela quis dizer no sentido delas virem do mesmo lugar e estudarem juntas, mas Platinum era de uma série mais baixa que Crys.