Histirias de terror

  • Finalizada
  • Kakashifoda
  • Capitulos 13
  • Gêneros Sobrenatural

Tempo estimado de leitura: 53 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 10

    Atormentada

    Linguagem Imprópria, Violência

    Atormentada

    Meus olhos jaziam inchados devido ao choro. A saudade já estava batendo. Meu coração estava apertado. Perder um namorado e ainda ser acusada pela morte dele era mais do que eu podia suportar. Henrique foi encontrado morto há dois dias. A cabeça havia sido decepada. Há horas atrás, eu estava chorando em seu velório, mas sua mãe Samantha me expulsou de lá, me acusando de ser a assassina e me acusando injustamente. Ela achava que eu o havia matado porque havíamos discutido bem na frente dela. Isso culminou com o ódio mortal que ela sentia porque eu estava ?roubando o filho dela.?. Ah Henrique? Você vai fazer falta. Se foi e deixou meu coração partido. Como eu o amava? Deitei-me em minha cama. O telefone toca e eu o procuro. Encontro-o dentro de minha bolsa. Era Cristian, um de meus melhores amigos. - Oi Cristian. ? digo. - Olá, Anne. Como você está? - Ah. Na medida do possível, sim. - Que bom. Você não acredita no que aconteceu! - Ah droga, o que foi agora? - Sua sogra tão querida se suicidou. Que? Como assim se matou? - Do jeito que alguém se mata. Enfiou uma faca no próprio pescoço. - Uh, me poupe dos detalhes! Isso é serio? - E claro que é. Um vizinho escutou um barulho estranho na casa dela e quando foi lá ver o que era, encontrou a megera mortinha da silva! O telefone cai de minhas mãos. Fico pasma com o que acabo de ouvir. Deito em minha cama e puxo o cobertor até o topo da cabeça. Queria que ele fosse algo que me protegesse de meus próprios pensamentos. Acordo no meio da noite, assustada. Senti algo me tocando. A sensação foi estranha. Meu cobertor estava amontoado no canto do quarto e minha porta estava aberta. Estranho, eu tinha certeza de que tinha a fechado antes de dormir. Sento-me. - Tem alguém aí? ? pergunto, mas não obtenho resposta. Levanto-me e checo a casa, mas não há nada. Volto até o meu quarto e desabo em minha cama. Levanto revigorada no dia seguinte. Vou fazer um café e percebo um estranho chiado. Vou ver e descubro que a televisão está ligada. Fato estranho. Eu estava sozinha em casa. Meus pais estavam em lua de mel novamente. Aquela televisão não devia estar ligada. Checo a casa novamente, mas só eu estou ali. Mais tarde, por volta das 18h, resolvo sair para espairecer um pouco. Minha cabeça ainda estava confusa e debilitada. Ando e ando pelas múltiplas ruas até o escurecer. Já deviam ser umas 20h quando resolvo voltar pra casa. Volto para o carro e dou a partida. Estou a alguns minutos andando até que algo chama minha atenção. Uma dessas luzes malucas que acendem quando algo passa por elas acende, mas sem nada ali. - Que estranho. ? digo. Viro para frente, mas de repente Samantha aparece ali, toda ensangüentada. Aos gritos, piso no freio e o carro derrapa até parar. Meus olhos procuram o corpo a minha frente, mas não há mais nada ali. Atordoada e confusa desço do carro e procuro por qualquer vestígio do corpo ali, sangue ou qualquer coisa, mas não encontro. Volto pro carro e sigo até em casa. Já em casa, pego o telefone e ligo para Carol, uma amiga muito querida por mim. - Alô? ? ela diz - Alô, Carol, aqui é Anne. - Oi amiga! Como você está? - Por favor, amiga, estou assustada. Será que você pode dormir aqui em casa comigo esta noite? - O que aconteceu? - Tem umas coisas estranhas acontecendo que estão me deixando muito assustada. - Está bem amiga, vou falar com meus pais e vou logo, logo pra aí. - Muito obrigada. Estou te esperando. Beijo. Tchau. Desligo o telefone e vou preparar as coisas. Arrasto um colchão do quarto de hospedes até o meu quarto, o forro e estendo um cobertor sobre ele. Carol chega. Vou abrir a porta. Conversamos um pouco. Explico detalhadamente para ela tudo o que estava acontecendo, mas ela, sempre tão cética, não acreditou. Nem se deu ao luxo de tentar inventar uma desculpa plausível e relevante para tudo o que eu lhe disse. Já deitadas em nossas camas, o papo continuou, mas tratei de logo o dar por encerrado. Carol, nossas aulas começam amanhã. Temos que dormir mais rápido. - Hum. Muito obrigada por me lembrar disso. ? disse sarcástica ? Boa noite. Viro-me na cama, me perdendo em meus pensamentos, mas logo estou dormindo. Mas uma estranha luz no meio da noite me acorda. Chamo por Carol. - Carol, acorda, eu acho que tem alguém aqui! ? chamo-a e digo sussurrando em seu ouvido, e a vejo lentamente acordar e reclama - O que? O que você está dizendo? ? ela pega seu celular e olha as horas. ? Você me acordou às 3 da manhã! Quem estaria aqui às 3 da manhã? - Não sei, mas alguém está. ? digo baixinho. Ela acaba de acordar e assente com a cabeça. Me levanto e procuro algo que possa usar com o arma. Pego o tripé da minha guitarra. Quem for que estivesse ali, iria apanhar. Vou na frente e Carol vem atrás de mim. O cômodo brilhava intensamente e ofuscava minha vista, mas eu não conseguia encontrar a fonte. De repente, tudo fica escuro. - Mas o que está acontecendo? ? me viro para perguntar a Carol, mas me interrompo quando não a vejo ali. - Carol? ? chamo, mas um silêncio morto se instala ali. Até que os gritos de Carol cortam o silêncio. Viro-me e vejo assustada e desnorteada, mãos misteriosas puxando-a pra dentro de uma parede. - Carol! Carol! - Anne! Me ajuda! Socorro! ? ela agoniza. Corro até ela. A parte de baixo do seu corpo já estava dentro da parede. Seguro forte em suas mãos e tento puxá-la, mas uma corrente elétrica atravessa meu corpo e me faz soltar as mãos dela. Todo o seu corpo mergulha na parede e seus gritos cessam, mas ficam ecoando em minha cabeça. - Carol!? Carooool! Corro desesperada pela casa, abismada com o que vira. O que aconteceu? Caio no choro por Carol. Passo em frente ao espelho e paro ali. Escrito com sangue, amplas letras vermelhas ali diziam ?Vá Embora!?. Grito quando a imagem de Henrique se reflete ali no espelho. Em desespero, corro até a rua. - Socorro! Alguém me ajuda! ? grito loucamente, mas ninguém me ajuda. Então o carro que repousava em minha garagem liga sozinho e começa a vir atrás de mim. Saio correndo no meio da rua pedindo ajuda, mas ninguém aparece. As portas do carro se abriam e fechavam, o som se alterava entre ligar e desligar. - Porque você quer me matar, Henrique? ? grito. Acuada entre o portão e o carro, pulo em direção ao chão e o carro se choca contra o portão atrás de mim. Corro desesperada até a minha casa, entro e tranco a porta. Agora, o fantasma de Carol estava no espelho e dizia: Vá Embora. Tampo meus olhos e mergulho em minha cama, tentando deixar tudo aquilo pra trás. Uma mão maligna toca o meu pé e se enrola nele, os dedos perversos apertando e deixando marcas quentes. Olho pra lá. Samantha, furiosa, me encarava enquanto suas mãos subiam por minhas pernas. Chega a meu pescoço e começa a me apertar. Começo a sufocar. Exasperada, tento me livrar daquelas mãos raivosas. Começo a perder as forças. Luto contra ela, mas é em vão. Meus olhos vêem vacilantes atrás dela, o fantasma de Henrique surgir. Tento gritar, mas não consigo. Eu ia morrer. Junto com Henrique, o fantasma de Carol também aparece. Tento suplicar com o olhar, mas estou perdendo as forças. Então me surpreendem e começam a lutar contra Samantha. Depois de muito custo, conseguem tirá-la de cima de mim. Respiro aliviada, ainda com dificuldades devido a esganadura. Não entendia nada do que estava se passando. Os fantasmas desaparecem. Minha casa começa a tremer. Desesperada, luto para sair dali o mais rápido possível, mas as portas e janelas se trancam. Quando passo pelo espelho, Samantha olha pra mim furiosa, enquanto ri histericamente. A casa começa a desabar. Sinto mãos misteriosas me tocarem e me puxarem em direção a parede. Minha visão se turva, e quando volto a enxergar, estou do lado de fora da casa. Henrique e Carol estão ao meu redor. A casa cai. Observar aquilo doeu profundamente. Todas as minhas lembranças estavam ali. Mas consegui escapar. Aliviada, olho para Henrique e Carol. Eles estavam juntos na frente do portal claro e alvo. Despedem-se com um aceno de mãos e entram lá dentro. Um portal negro se abre e um ser preto e sombrio sai de lá de dentro. Ele entra em minha casa e sai puxando Samantha por uma corrente. Ele entra e puxa ela pra dentro. O portal se fecha. Mas os olhos de Samantha me encarando, suas mãos me enforcando, sua vontade de me matar, ficará pra sempre em sua memória.


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!