Capítulo Único

Minha insegurança

A luz acabou. Estou escrevendo á luz de velas, literalmente. Não sei por que, mas minha imaginação é mais fértil no escuro, antes de ir dormir imagino milhões de coisas, imagino de tudo, agora não é diferente e meu corpo grita para que de alguma maneira eu compartilhe estas idéias, imagens, histórias, contos enfim tudo o que a minha cabeça ?produz?.

Sempre existe uma parte de mim que pergunta: ?E se...? e logo esta parte levanta vários motivos negativos que podem/irão acontecer quando eu divulgar as minhas criações. E mesmo eu sem querer acabo concordando com ela, mantendo em segredo o que se passa ou o que eu crio e no fim minhas histórias e contos que antes deviam ser compartilhados aos quatro ventos viram meus segredos guardados às sete chaves dentro de mim. Sei que não sou única sei que existem outros iguais a mim, outros que imaginam milhares de coisas, mas tem medo de divulgar a outras pessoas suas criações.

Juro que queria mudar, ser tão confiante como vários outros autores e escritores que já vi, mas a insegurança esta agarrada em mim, me prendendo em fortes amarras as qual parece nunca se arrebenta me mantendo prisioneira.

A luz voltou e aos poucos vou perdendo toda a minha ?criatividade noturna?, com certeza isso é bem estranho fazer o que?! Essa sou eu. Não posso esquecer-me de tentar me libertar desta prisão imaginária que a insegurança me prendeu e tentar entender o motivo ao qual para uns a insegurança não passa de um simples sentimento e para mim uma força tão forte capaz de me fazer mais uma vítima.