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Capítulo 3 - McKinnon e Evans
1º de Setembro de 1994 - Expresso de Hogwarts.
- Quem são vocês? - perguntou um dos gêmeos
- Não te interessa - respondeu Sarah sorrindo debochadamente
- Nunca as vimos em Hogwarts antes - insiste o outro gêmeo, ignorando a resposta de Sarah
- Agora já viram - diz Sarah vendo a paisagem passar rapidamente
- Tecnicamente, estamos no expresso de Hogwarts - diz o 1º gêmeo
Sarah abre e fecha a boca sem saber o que responder. Ela sabia que ter acordado cedo a deixaria de mal humor pelo resto do dia, mas aqueles garotos estavam sendo legais com ela. Por que não ser legal com eles? Parecia que só agora havia caído a ficha de que estava indo para Hogwarts. Diante do silêncio de Sarah, Amber resolve se manifestar:
- Quais são os seus nomes? - pergunta
- Esse é o George e eu sou o Fred - diz o 1º gêmeo
- Não, eu sou o Fred e você é o George - diz o 2º
- Foi o que eu disse!
- Não! Você disse que seu nome era Fred
- Mas eu sou o Fred.
Sarah olha divertida para a cena enquanto o outro garoto revira os olhos. Era inegável que ele estava acostumado a esse tipo de discussão. Da primeira vez é engraçado, mas com o tempo se torna cansativo.
- Meu nome é Lee Jordan - se apresenta - O da direita é o Fred, como ele disse, e o da esquerda é o George.
Fred e George param de discutir, olham para Lee e falam em uníssono:
- Estraga prazeres!
- Vocês fazem isso com todo mundo - diz Lee
- Bem, já dissemos os nossos nomes. Quais são os seus? - pergunta George
- Vocês não vão nos deixar em paz até falarmos não é mesmo? - Sarah pergunta entediada
- Não - os três respondem juntos
- Eu sou Sarah McKinnon e essa do meu lado é Amber Evans - diz Sarah
- Por que nós nunca as vimos em Hogwarts? - pergunta George
- É o nosso primeiro ano - responde Amber distraída
- Vocês não tem cara de primeiranistas - diz Fred
- E não somos primeiranistas - diz Sarah - Apenas é o nosso primeiro ano em Hogwarts, mas não é como se nunca tivéssemos estudado magia
- Vieram de que escola, então? - pergunta Fred
- Beauxbatons - responde Amber
- Vocês não tem sotaque francês
- Nascemos aqui - responde Sarah - mas nos mudamos para a França.
Fred acena com a cabeça pensativo.
- Já ouvi seu sobrenome de algum lugar - fala olhando para a Sarah
- É... Minha mãe disse que tínhamos parentes distantes aqui com o mesmo sobrenome. Ouvi falar que morreram durante a Guerra Bruxa - Sarah improvisa
- Aliás, dissemos nossos sobrenomes, mas vocês dois não - diz Amber
- Weasley - diz George.
Então, Amber se lembra da matéria no Daily Prophet. Ela até sentiu uma familiaridade naqueles dois, mas não sabia de onde. Sarah pareceu pensar a mesma coisa, pois olhou de soslaio para Amber e voltou a observar a paisagem.
O tempo passou tão rápido que elas nem tinham percebido que estava anoitecendo. Em poucas horas estariam entrando em Hogwarts. A moça do carrinho de doces, a certa altura, passou e todos eles pediram vários doces que degustaram durante o restante da viagem.
Algum tempo depois, Sarah acabou caindo no sono enquanto Amber lia silenciosamente algum livro. História da magia, provavelmente. Quase 3 horas depois, uma garota de pele escura abre a porta da cabine.
- Vocês ainda não se vestiram? - pergunta
- Não. Por que? - pergunta George
- George, acorda! Já estamos chegando em Hogwarts! - diz a garota.
George de repente parece que levou um choque elétrico.
- Já? - pergunta Lee assustado
- O que seriam de vocês sem mim? - diz a garota saindo da cabine, enquanto revira os olhos.
Amber, que escutara tudo o que a garota disse, começa a sacudir Sarah.
- Sarah, acorda - diz
- Só mais cinco minutinhos - resmunga Sarah
- Sarah, precisamos nos trocar. Já estamos chegando em Hogwarts - Amber insiste enquanto Fred, George e Lee saem da cabine com as mudas no braço.
Sarah acorda assustada. Esfrega os olhos para acordar e olha em volta como se não pudesse acreditar que tudo era real.
- Anda logo, Sarah! - diz Amber abrindo a mala, pegando uma muda de roupa e fechando a persiana da janela (aquela janela que tem na porta da cabine, até, porque, a janela mesmo não tem cortina nem persiana).
As duas se trocaram em silêncio e se voltaram a se sentar.
- Onde estão aqueles três? - pergunta Sarah já mais acordada
- Saíram para que nos trocássemos, né - diz Amber e Sarah fica percebe o que disse
- Oras, você me entendeu! - diz um pouco irritada
- Não sei. De qualquer forma estamos chegando em Hogwarts, eles devem já estar esperando para descer.
Mal Amber acabou de falar e o trem começou a diminuir a velocidade. Sarah olha pela janela e geme.
- Vamos ter de atravessar o lago com esse tempo? - pergunta Sarah (N/A: Para entrar no clima; www.rainymood.com som de chuva :3)
- Droga - Amber concorda pegando um casaco na mala - Vamos perguntar a Hagrid se temos que ir com o pessoal do primeiro ano
- Provavelmente - diz Sarah - Mas tenho esperança de que, com esse tempo, nós possamos ir com a carruagem
- Isso me leva a outra pergunta... Vamos ser selecionadas junto com os alunos do primeiro ano? Na frente da escola toda?
- Não vai ter uma crise de timidez agora, né?
- Você sabe que não gosto de chamar a atenção
- Então se prepare porque podemos enganar os alunos, mas não os professores.
Amber sabia que Sarah estava certa, por isso ficou calada. As duas esperaram 2 minutos para os corredores darem uma brecha para elas saírem e, então, seguiram para fora. Assim que puseram os pés para fora do trem, sentiram mais frio do que já sentiram em uma noite chuvosa em Village D?Enchan-Loire. Amber colocou o casaco, que tinha pegado na mala, em cima de suas cabeças para tentar impedir a queda da chuva.
- Eu me arrependo de não ter trazido um guarda-chuva - diz Amber
- Bem, não é nossa culpa. Não estava chovendo mais cedo - diz Sarah caminhando em direção ao gigante.
Hagrid, tradicionalmente, pergunta se todos estão lá e segue para o lago com todos os alunos do primeiro ano. Algumas garotas cochicham olhando para Amber e Sarah.
- Essa gente não tem mais o que fazer! - exclama Sarah olhando para um grupinho que desvia o olhar ao escutar o que ela disse
Amber e Sarah se sentam no barco com duas garotas desconhecidas. Se bem que, para elas, qualquer pessoa seria desconhecida, já que era o primeiro ano delas em Hogwarts.
- Se não morrermos de afogamento morreremos de hipotermia - reclama Sarah esfregando os braços
- Para de reclamar - manda Amber.
Uma hora, um garotinho do primeiro ano caiu no lago, o que fez Sarah começar a rir e Hagrid parar a travessia para resgata-lo, mas a lula gigante o empurrou de volta para o barco. Apartir daí, o garotinho ficou sentado ao lado de Hagrid, vestindo o seu casaco de toupeira.
Ao que pareceram horas depois, finalmente os barcos pararam perante Hogwarts. Todos os alunos do primeiro ano andaram o mais rápido possível para dentro de Hogwarts, no local indicado por Hagrid.
- Bem que tia Minnie poderia ter feito uma excessão nessa chuva. Para irmos de carruagem - Sarah murmura para Amber - Mas tenho que admitir que o garotinho caindo no lago foi engraçado
Mal Sarah acabou de falar, a professora McGonagall desceu as escadas apressada.
- Desculpe o atraso, professora McGonagall - pede Hagrid - Tivemos uma travessia complicada
- Não quero saber - McGonagall o corta - Alunos do primeiro ano me sigam. E vocês duas também - acrescenta - Serão selecionadas depois dos alunos do primeiro ano.
A professora McGonagall sai andando com os alunos atrás dela. Então, ela para próximo ao Salão Principal para lhes dar o costumeiro discurso. Sarah não presta atenção já que sua mãe já lhe contara tudo sobre Hogwarts, mas Amber, mesmo sabendo de tudo aquilo também, escuta a professora por educação.
O olhar da professora McGonagall se demora ao olhar para Sarah e Amber, principalmente Sarah.
- Agora, me sigam - pede professora McGonagall entrando no Salão Principal
- Ótimo! Vou ser selecionada junto com um bando de pirralhos! - reclama Sarah
- Ela disse depois - contradiz Amber
- Mas vou entrar no Salão Principal com um bando de pirralhos.
Professora McGonagall deve ter escutado porque logo se virou para as duas.
- Se quiserem ficar na porta esperando seus nomes serem chamados, fiquem a vontade - diz McGonagall voltando a andar com os alunos do primeiro ano.
As duas se encostam na parede. Quando todos os alunos do primeiro ano se alinham, aquele garotinho que caiu no lago ergue os polegares para um aluno da Gryffindor, que deveria ser o seu irmão e diz encantado:
- Caí no lago!
Sarah segura o riso com mais força do que antes e Amber lhe dá um olhar repreensor.
Amber coloca o casaco que servira antes de guarda-chuva, mesmo este estando molhado. Todos os alunos do primeiro ano, inclusive as duas, tremiam de frio.
A professora McGonagall coloca um banquinho de três pernas diante dos novos alunos e, em cima, um chapéu de bruxo, extremamente velho, sujo e remendado o qual Sarah sabia que era o Sorting Hat.
Como esperado, os alunos do primeiro ano se assustam, quando a boca do Sorting Hat aparece e começa a cantar:
A thousand years or more ago
When I was newly sewn,
There lived four wizards of renown,
Whose names are till well known:
Bold Gryffindor, from wild moor,
Fair Ravenclaw, from glen,
Sweet Hufflepuff, from valley broad,
Shrewd Slytherin, from fen.
They shared a wish, a hope, a dream,
They hatched a daring plan
To educate young sorcerers
Thus Hogwarts School began.
Now each of these four founders
Formed their own house, for each
Did value different virtues
In the ones they had to teach.
By Gryffindor, the bravest were
Prized far beyond the rest;
For Ravenclaw, the cleverest
Would always be the best;
For Hufflepuff, hard workers were
Most worthy of adminission;
And power-hungry Slytherin
Loved those of great ambition.
While still alive they did divide
Their favourites from the throng,
Yet how to pick the worthy ones
When they were dead and gone?
Twas Gryffindor who found the way,
He whipped me off his head
The founders put some brains in me
So I could choose instead!
Now slip me snug about your ears,
I?ve never yet been wrong,
I?ll have a look inside your mind
And tell where you belong!
Os aplausos ecoaram pelo Salão Principal no momento em que o Sorting Hat terminou.
Então, a professora McGonagall explicou como funcionava e começou a seleção, até que:
- Creevey, Dênis!
O garotinho que havia caído no lago adiantou-se tropeçando no casaco de Hagrid.
- É o garoto que caiu no lago! - disse Sarah desnecessariamente
- Eu sei - Amber revirou os olhos - Eu estava lá com você.
Sarah mostra a língua para Amber no momento em que Hagrid entra discretamente no Salão por uma porta atrás da mesa dos professores e acena para alguém na mesa da Gryffindor.
Logo, Dênis Creevey é selecionado para a Gryffindor e começa a conversar animadamente com o, provavelmente, seu irmão mais velho. Logo, todos os alunos do primeiro ano são selecionados.
O professor Dumbledore se levanta e Amber se sente esperançosa de que não seriam selecionados na frente de todos os alunos. Os alunos olham confusos para a professora McGonagall que não guardou o banquinho e que trocou o pergaminho.
Sarah olha divertida para Amber. Poucos alunos da Gryffindor, inclusive os gêmeos Weasley, percebem a presença das duas nas portas do castelo. Os gêmeos acenam para Sarah que retribui alegremente.
- Eu sei como devem estar morrendo de fome, mas peço um pouco mais de paciência, pois a seleção ainda não terminou - se pronuncia Dumbledore.
Isso deixa os alunos ainda mais confusos e começam a surgir burburinhos.
- Silêncio! - diz professor Dumbledore por cima de todo o barulho.
Todos se calam e logo a professora McGonagall levanta o pergaminho.
- Agora a seleção das alunas transferidas de Beauxbatons. Já sabem a regra - diz, a segunda parte, para as duas - Evans, Amber - chama.
Pouco a pouco, todos os alunos do Salão Principal, olham para as portas.
Na mesa da Gryffindor, Rony continua reclamando da demora e Hermione franze o cenho.
?Eu já ouvi esse sobrenome em algum lugar? pensa.
Amber caminha até o banquinho, tremendo de frio e nervosismo, torcendo para não dar de cara no chão.
Logo, ela senta no banquinho e a professora McGonagall coloca o Sorting Hat na cabeça dela.
- Olha só que o temos aqui - reflete o Sorting Hat dentro da cabeça dela - Senhorita Potter. Devo lhe dizer que é idêntica a sua mãe tanto na aparência quanto na personalidade. Sim, eu posso ver tudo aqui.
Amber aguarda a decisão dele.
- É muito leal e paciente, se daria muito bem na Hufflepuff. Mas também é muito inteligente, talvez a Ravenclaw seja a sua casa. É corajosa... Eu já sei onde vou lhe colocar.
Um momento de silêncio e o Sorting Hat grita para todos:
- Gryffindor!
A mesa da Gryffindor mais a Sarah aplaudem a escolha do chapéu.
Professora McGonagall abaixa o pergaminho e fala o último nome da lista:
- McKinnon, Sarah
Os puros - sangues estranham o sobrenome (menos os Weasley).
Sarah caminha normalmente em direção ao banquinho enquanto Amber senta-se na mesa da Gryffindor e torce os dedos debaixo da mesa.
- Essa é da Slytherin - diz Draco para Blaise mas, como o Salão está em silêncio, todos o escutam.
Sarah para no meio da caminhada se vira para Malfoy.
- Só nos seus sonhos - diz ironicamente voltando a caminhar para o banquinho enquanto Fred, George, Lee mais alguns Gryffindors riem da cara fechada de Malfoy.
?Quem aquela garota pensa que é? Ela vai me pagar, por isso!? pensa com raiva.
Sarah se senta e a professora McGonagall coloca o Sorting Hat na cabeça dela. Mal o chapéu toca a cabeça dela e já declara:
- Gryffindor!
Novamente, a mesa da Gryffindor aplaude enquanto os gêmeos e Lee continuam rindo da cara de Malfoy. Sarah se levanta e se reúne ao lado de Amber animadamente.
O professor Dumbledore se levanta:
- Apenas duas palavras - sorri com os braços abertos em sinal de acolhimento e boas-vindas - Bom apetite
- Aprovado - dizem Harry e Rony um pouco distantes de onde as garotas estão.
E, assim, os pratos se enchem de comida. Sarah come como se fosse a primeira vez que visse comida em anos.
- Sarah! - bronqueia Amber
- Estou com fome! - se justifica Sarah sem dar ouvidos a amiga.
Fred e George se sentam do lado das garotas.
- Esse foi o mais lindo fora que eu já vi o Malfoy receber... - diz Fred limpando uma lágrima imaginária
- ...Estou emocionado - completa George.
Sarah gargalha e o jantar segue normalmente com os gêmeos contando o que aprontavam em Hogwarts e Amber gemendo internamente ao perceber que Sarah arrumara cúmplices. Se já era missão impossível controla-la só imagina com cúmplices.
Logo depois, chegou a sobremesa, a qual Sarah comeu com a mesma vontade que o jantar.
- Saco sem fundo - brinca Amber quando as sobremesas desaparecem das mesas e o professor Dumbledore se levanta para dar o discurso.
- Então! - exclama Dumbledore, sorrindo para todos - Agora que já comemos e molhamos também a garganta, preciso pedir mais uma vez sua atenção, para alguns avisos.
Fred e George reviram os olhos já sabendo o que viria.
- O Sr. Filch, o zelador, - Sarah faz uma cara de quem entendeu já a situação - me pediu para avisa-los de que a lista dos objetos proibidos no interior do castelo esse ano cresceu, passando a incluir Ioiôs-berrantes, Frisbees-dentados e Bumerangues - de - repetição. A lista inteira tem uns 436 itens, creio eu, e pode ser examinada na sala do Sr. Filch, se alguém quiser lê-la.
Os cantos da boca de Dumbledore tremeram ligeiramente.
Ele continuou:
- Como sempre, eu gostaria de lembrar a todos que a floresta que faz parte de nossa propriedade é proibida a todos os alunos, e o povoado de Hogsmeade, àqueles que ainda não chegaram à terceira série
- Graças a Merlin estou na terceira série - murmura Sarah feliz
- Tenho ainda o doloroso dever de informar que este ano não realizaremos a Copa de Quidditch entre casas
- O que? - perguntam Sarah e Amber
Harry olha para Fred e George e eles xingam Dumbledore em silêncio, chocados demais para falar.
- Sacanagem! Justo no ano em que eu entro em Hogwarts! - reclama Sarah e, para espanto dos gêmeos, Amber concorda
Dumbledore continuou:
- Isto se deve a um evento que começará em Outubro e irá prosseguir durante todo o ano letivo, mobilizando muita energia e muito tempo dos professores, mas eu tenho certeza de que vocês irão aprecia-los imensamente (?duvido? Sarah reclama). Tenho o grande prazer de anunciar que este ano em Hogwarts...
Mas neste momento, ouviu-se uma trovoada ensurdecedora e as portas do Salão Principal se escancararam.
Um homem estava parado à porta, apoiado em um longo cajado e coberto por uma capa de viagem preta. Todas as cabeças do Salão Principal se viraram para o estranho. Ele abaixou o capuz, sacudiu uma longa juba de cabelos grisalhos ainda escuros e começou a caminhar em direção à mesa dos professores.
Um ruído metálico e abafado ecoava pelo salão a cada pessoa que ele dava. Quando alcançou a ponta da mesa, virou à direita e mancou pesadamente até Dumbledore.
Mais um relâmpago cruzou o teto e deu para ver as feições do homem. Um rosto coberto por cicatrizes (N/A: Gente, eu não vou ficar descrevendo. Essa parte tem no livro).
O estranho chegou perto de Dumbledore e apertou-lhe a mão. O diretor a apertou murmurando palavras enquanto o estranho negava com a cabeça, sem sorrir, e respondia em voz baixa. Dumbledore assentiu com a cabeça e lhe indicou o lugar vazio à sua direita.
O estranho se sentou, puxou o prato de salsichas para si, cheirou-o, tirou uma faquinha do bolso e espetou a salsicha para começar a comer. Seu olho normal fixava as salsichas enquanto o olho azul continuava a dar voltas na órbita registrando tudo ao seu redor.
- Gostaria de apresentar o nosso novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas - disse Dumbledore, animado, em meio ao silêncio - Prof. Moody
Normalmente todos os novos membros do corpo docente eram recebidos com aplausos, mas dessa vez apenas Dumbledore, Hagrid e Amber aplaudiram rapidamente, por educação. Isso fez Hagrid observar a menina. Ela lhe era familiar, ele só não sabia de onde.
- Assustador - Sarah murmura para Fred e George com um sorriso de canto
Todos estavam hipnotizados pela aparência do novo professor. Moody parecia indiferente à recepção que recebera. Ignorando a jarra de suco de abóbora à sua frente, tornou a enfiar a mão no interior da capa, puxou um frasco de bolso e bebeu um longo gole. Quando levantou o braço para beber, sua capa se elevou alguns centímetros do chão e deu para ver, por baixo da mesa, um bom pedaço de uma perna de pau, que terminava em um pé com garras.
Dumbledore pigarreou outra vez, chamando a atenção de alguns alunos.
- Como eu ia dizendo - recomeçou ele sorrindo para os alunos -, teremos a honra de sediar um evento muito excitante nos próximos meses, um evento que não é realizado há um século. Tenho o enorme prazer de informar que, este ano, realizaremos um Triwizard Tournament.
- O senhor está BRINCANDO! - exclamou em voz alta Fred Weasley
A tensão que invadira o salão com a chegada de Moody repentinamente se desfez.
Quase todos riram e Dumbledore deu risadinhas de prazer.
- Não estou brincando, Sr. Weasley - disse ele -, embora, agora que o senhor menciona, ouvi uma excelente piada durante o Verão sobre um trasgo, uma bruxa má e um leprechaun que entram num bar...
A professora Minerva pigarreia alto.
- Tia Minnie sempre estragando a diversão - diz Sarah
Professora McGonagall que escutou o que ela disse, lança um olhar repreensor para a garota enquanto alguns alunos seguram o riso.
- É, talvez não seja a hora... Onde é mesmo que eu estava? Ah, sim, no Triwizard Tournament... Bom, alguns de vocês talvez não saibam o que é esse torneio , de modo que espero que aqueles que já sabem me perdoem por dar uma breve explicação, e deixem sua atenção vagar livremente. O Torneio Tribruxo foi criado há uns setecentos anos, como uma competição amistosa entre as três maiores escolas européias de bruxaria - Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang.
- Ah, fala sério! - reclama Sarah enquanto Amber segura o riso - Beauxbatons vai vir para cá?
- Sim, senhorita McKinnon. Agora poderia deixar o professor Dumbledore terminar de explicar? - diz McGonagall irritada, o que fez Sarah calar a boca e Dumbledore continuar:
- Um campeão foi eleito para representar cada escola e os três campeões competiram em três tarefas mágicas. As escolas se revezaram para sediar o torneio a cada cinco anos, e todos concordaram que era uma excelente maneira de estabelecer laços entre os jovens bruxos e bruxas de diferentes nacionalidades - até que a taxa de mortalidade se tornou tão alta que o torneio foi interrompido.
- Taxa de mortalidade? - sussurrou Hermione, assustada. Mas os outros alunos não se importaram, exceto Amber que também pareceu preocupada.
- Durante séculos houve várias tentativas de reiniciar o torneio - continuou Dumbledore -, nenhuma das quais foi bem-sucedida. No entanto, os nossos Departamentos de Cooperação Internacional em Magia e de Jogos e Esportes Mágicos decidiram que já era hora de fazer uma nova tentativa. Trabalhamos muito durante o Verão para garantir que, desta vez, nenhum campeão seja exposto a um perigo mortal. Os diretores de Beauxbatons e Durmstrang chegarão com a lista final dos competidores de suas escolas em Outubro e a seleção dos três campeões será realizada no Dia das Bruxas. Um julgamento imparcial decidirá que alunos terão mérito para disputar a Taça Tribruxo, a glória de sua escola e o prêmio individual de mil galeões.
- Estou nessa! - sibilou Fred Weasley para os colegas de mesa e ele não era o único animado com a possibilidade de ser o campeão de Hogwarts
Mas, então, Dumbledore recomeçou a falar, e o salão se aquietou.
- Ansiosos como eu sei que estarão para ganhar a Taça para Hogwarts, - disse ele - os diretores das escolas participantes, bem como o Ministério da Magia, concordaram em impor este ano uma restrição à idade dos contendores. Somente os alunos que forem maiores, isto é, tiverem mais de dezessete anos, terão permissão de apresentar seus nomes à seleção. Isto - Dumbledore elevou ligeiramente a voz, pois várias pessoas haviam protestado indignadas ao ouvir suas palavras, e os gêmeos Weasley, de repente, pareciam furiosos - é uma medida que julgamos necessária, pois as tarefas do torneio continuarão a ser difíceis e perigosas, por mais precauções que tomemos, e é muito pouco provável que os alunos abaixo da sexta e sétima séries sejam capazes de dar conta delas. Cuidarei pessoalmente para que nenhum aluno menor de idade engane o nosso juiz imparcial e seja escolhido campeão de Hogwarts. - Seus olhos azul - claros cintilaram ao perpassar os rostos rebelados de Fred e Jorge o que não passou despercebido por Sarah - Portanto peço que não percam tempo apresentando suas candidaturas se ainda não tiverem completado dezessete anos. As delegações de Beauxbatons e de Durmstrang chegarão em Outubro e permanecerão conosco a maior parte deste ano letivo. Sei que estenderão as suas boas maneiras aos nossos visitantes estrangeiros enquanto estiverem conosco, e que darão o seu generoso apoio ao campeão de Hogwarts quando ele for escolhido. E, agora, já está ficando tarde e sei como é importante estarem acordados e descansados para começar as aulas amanhã de manhã. Hora de dormir! Vamos andando!
Dumbledore tornou-se a sentar e virou-se para falar com Moody. Ouviu-se um estardalhaço de cadeiras batendo e se arrastando quando os alunos se levantaram para sair como um enxame em direção às portas de entrada do Salão Principal.
Sarah e Amber seguiram o fluxo enquanto Fred e George ficaram para trás com Harry, Rony e Hermione.
- Fala sério! Por que eles colocaram restrição de idade? - diz Sarah um pouco irritada - Aposto que Fred e George vão enganar esse juiz imparcial
- Teve taxa de mortalidade, Sarah - diz Amber assustada
- E daí? O que é a vida sem risco?
Logo, elas identificam um grupo de Gryffindors e os seguem. Não que elas não soubessem a localização do Salão Comunal, simplesmente não sabiam a senha.
- Asnice - diz uma garota de cabelos ruivos. Mas o tom de ruivo dela não era o mesmo ruivo - avermelhado do de Amber, era mais um ruivo - alaranjado.
O quadro da mulher gorda girou para a frente, expondo um buraco na parede, no qual todos passaram. Amber e Sarah seguiram para os dormitórios femininos junto com as outras garotas.
Passaram pelos dormitórios do 3º ano, no qual, a garota ruiva, entrou.
- Boa noite, Amber - deseja Sarah entrando no dormitório
- Boa noite, Sarah - retorna Amber voltando a subir as escadas até que encontra os dormitórios do 4º ano.
Amber encontra uma porta de madeira com uma folha de papel fixada na porta, indicando os nomes de quem dormiria lá, com o seu nome. Entra no quarto e sente uma sensação estranha. Era a primeira vez que ela e Sarah se afastariam por causa da diferença de um ano de idade.
Ela encontra duas garotas conversando, mas ao ver mais ou menos o tipo de conversa que elas tem, ela vai em direção à sua cama sem dizer mais nada.
Tira a mala da cama e a coloca do lado, tira um pijama lá de dentro, entra no banheiro e se troca. Depois, volta ao quarto, desliga o seu abajour e deita-se. Não demora muito para que ela caia no sono.