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Tempo estimado de leitura: 54 minutos
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E aqui está o final da Shortfic
Fanfic tbm postada no Nyah!
Espero que gostem :3
Boa leitura!
Passaram-se meses desde aquele encontro, e eu não o vi mais. Nunca me esbarrei com ele e também não ficava xeretando no clube do Kendô. Nami sempre me bombardeava de perguntas quanto ao Kenshi-san, eu sempre dizia a mesma coisa: ?Nunca mais o vi!?. Isso não a contentava, mas a fazia ficar quieta.
Tenho que admitir que às vezes me pegava relembrando d?aquela noite, estaria mentindo pra mim mesma se negasse isso, mas foi apenas um caso de uma noite, e nada mais. Continuaria pensando assim, se o futuro não me reservasse uma surpresa.
?? Era o que me faltava: Pneu furado! Eu tenho um macaco e um estepe, mas e se eu for trocar o pneu e o macaco não suportar o peso, levando o carro a cair em cima de mim? Será que faria uma poça grande de sangue? Acho melhor chamar um mecânico. ? revirei minha bolsa até achar meu celular. ? Perfeito! Sem bateria. Vou dar uma volta pra ver se encontro algu... Olha só... Estava mesmo precisando da ajuda de um cavalheiro.
?? Hã?!... ? me encarou por um tempo. ? Ro-Robin? Você tá me seguindo?
?? Ora Kenshi-san... Vejo que se lembra do meu nome.
?? Eu fiz uma pergunta!
?? Não seja tão ríspido. Tire sua carranca; ficaria ainda mais gracioso sem ela. Mas te respondendo, não estou te seguindo. Eu trabalho aqui. Sou professora. Acho que comentei isso.
?? Irritante!
?? É uma surpresa para minha pessoa, você recordar meu nome. Pensou muito em mim?
?? P-Pensar em você? Acorda mulher. Robin é um nome comum.
?? Você ficou um tanto surpreso quando me viu.
?? Coisa da sua cabeça.
?? Será mesmo? ? saí de perto do meu carro, caminhando até onde ele estava. ? Será que você realmente pensou em mim? Sente algo por mim? ? Perguntei já a centímetros dele. ?Apaixonou-se por mim em apenas uma noite? ? disse em um sussurro. Ele ficou totalmente tenso, sem reação alguma. Ali, a milímetros dele, podia ver claramente sua camiseta branca marcando seu corpo devido ao suor; exalava um cheiro afrodisíaco de homem. Ah! Aquele cheiro!
?? Você consegue ser ainda mais irritante! Inacreditável. ? Disse se afastando de mim com certa fúria, mas sua face estava corada (?).
?? Espere Kenshi-san... Preciso de ajuda.
?? Mas o que é?
?? O pneu... Pode trocar o pneu do meu carro? ? ele sem mencionar uma palavra, virou nos calcanhares e concedeu meu pedido. Minutos depois...
?? Pronto! Já pode voltar pras suas múmias.
?? Dizendo assim, parece até que te incomodo, Kenshi-san.
?? E muito por sinal.
?? Oe... Robin! ? gritava Nami. ? Zoro? Faz o que aqui?
?? Ué Nami, terminei minhas aulas no clube... Agora estava indo pro meu Dojô quando essa aí me chamou.
?? ?Essa aí? seria eu, Kenshi-san? E Nami, de onde surgiu tanta intimidade com ele?
?? Ah Robin, Sanji é amigo dele... Descobri logo depois daquele dia. Gomene não ter falado antes.
?? Por que Nami? ?Essa aí? perguntava por mim?
?? Na verdade Zoro, não. Dos dois aqui, quem me perguntava era você, e sobre...
?? Urusai*! Eu vou ir embora. Tenho mais o que fazer!
?? Quer uma carona, Nami-chan? ? perguntei sorrindo.
?? Não gosto quando você diz ?Nami-chan? com esse sorriso.
?? Vamos... Aceite a carona. E passe em minha casa. Parece que temos bastante assunto para conversar.
?? Deixa pra próxima...
?? Vamos. Eu insisto! ? assim, levei-a até minha casa.
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?? Sente-se! Nem preciso dizer pra ficar a vontade, né?! Vou fazer um café.
?? Claro. Arigato Robin. ? estava na cozinha passando o café e preparando uma bandeja com biscoitos, bolo creme de leite e o açúcar. Quando voltei para a sala, deparei-me com a mesa abarrotada de livros com Nami debruçada sobre a mesma.
?? O que é tudo isso Nami?
?? Você disse que teríamos muito o que conversar. Achei que fosse sobre o trabalho.
?? Isso fica pra outro dia. ? disse depositando a bandeja no espaço que sobrava da mesa, servindo uma xícara para Nami. ? Então quer dizer que o Kenshi-san perguntava sobre mim Exatamente o que, Nami-chan?
?? Ora Robin... Coisas de homem. Se você estava saindo com alguém. Se você pensava nele. Esse tipo de coisa.
?? Então ele realmente pensava naquela noite.
?? Deve ter sido ?A? noite né Robin-neesan, por que o coitado vive no mundo da lua.
?? E como sabe disso?
?? Ele frequenta muito o restaurante do Sanji... Parece que os únicos lugares que ele consegue chegar sem se perder são: o restaurante; sua casa, se estiver sóbrio; o Dojô dele; e só.
?? E como ele consegue ir para Ohara?
?? Mapa! Tive que fazer um pra ele... Robin por que você não dá uma chance pra ele?
?? Ele é mais novo que eu...
?? Desde quando isso é empecilho pra você? Já ficou uma vez com ele.
?? Nami... Eu não tenho sentimentos por ele.
?? Então por que de vez em quando você suspira pelos cantos, relembrando certosmomentos picantes?
?? Não posso negar que tenho atração física por ele, mas ficar com ele só por isso seria muito cruel da minha parte.
?? Se o Zoro ao menos fizesse as coisas que eu falo... Mas ele é um idiota! Orgulhoso e machista.
?? Fala o que pra ele Nami?
?? Nada de mais... Só pra ele te agarrar de jeito que você se derrete por ele.
?? Nami! ? a repreendi.
Ficamos conversando até bem tarde. Dei uma carona para Nami até sua casa. Como ela era nova no emprego, ainda não teve condição financeira para comprar seu carro, mas a conhecendo, isso não demoraria.
Estava retonando para meu prédio, quando aviso certo esverdeado em um bar, rindo, acompanhando de uma bela jovem. Cabelos curtos e negros. Usava óculos e trajava um look despojado. Uma calça skinning jeans, um all star vermelho de cano médio, uma blusa preta, caída no ombro, tendo um lenço no pescoço. Realmente uma bela jovem. Parei no sinal vermelho, e aproveitando-me disso, os observava. Algo me incomodou bastante quando vi a jovem segurar a mão esquerda de Zoro com as suas mãos e lhe sorrir. Eles pareciam um casal. Raios! Ele já me esqueceu? Meu incomodo aumentou, quando ele correspondeu o carinho, com um afago nos curtos cabelos negros da jovem. Parei de observá-los ao ouvir buzinas de carro me alertando que o sinal abrira.
?? ?Ora Nico Robin, mas o que está acontecendo com você? Vocês não tem nada um com outro, então por que esse incômodo?? ? pensava até chegar ao meu apartamento e em jogar na cama. ? Preciso dormir!
Algumas semanas se passaram, e desde o dia do ?pneu furado?, constantemente me esbarrava com Zoro pelo campus, que fingia não me notar. Até certo ponto eu achava engraçado. Ria às vezes quando isso acontecia, até o dia em que ele veio conversando com a tal jovem de semanas atrás. Riam e gargalhavam. A piada deve estar ótima! ? pensava. Entrei na sala dos professores séria, o que era estranho, pois sempre aparecia com um sorriso no rosto.
?? O que foi Robin?
?? Roronoa fica andando pra cima e pra baixo com sua namoradinha. Aqui é local de trabalho.
?? Hmmm... Até que ele não é tão burro.
?? Disse algo Nami?
?? Que muito me surpreende você ter essa alteração de humor... Seria ciúme?
?? Eu já disse... Não tenho sentimentos por ele.
?? Estou vendo. Robin, admita que tem pensado nele ultimamente. Você vem agindo estranho há algumas semanas.
?? Culpa sua!
?? Minha?
?? Sim. Veio e me disse aquele monte de coisas sobre ele e...
?? E até onde me recordo, foi você quem perguntou. Robin, o que foi? Qual o problema?
?? Se por algum momento ouve algo relacionado a sentimento, isso foi perdido. Ele tem andado com uma jovem muito bonita, mais nova que eu... E se ela for mesmo namorada dele. Não quero estragar a felicidade de ninguém. ? nossa conversa foi interrompida quando a porta se abriu.
?? Robin?! ? chamou-me o orientado do setor de arqueologia.
?? Sim, Crocodile-san?
?? Precisamos conversar sobre uns assuntos do nosso setor. Parece que alguns alunos encontraram alguns fósseis nas redondezas. Estão empolgados, esperando por você. Como eles dizem: A melhor arqueóloga e a professora mais gata tem que estar aqui!
?? Eles sempre exageram no que dizem. ? respondi com um sorriso, já me levantando e o seguindo. ? Depois continuamos Nami.
?? Ok. Sem problemas.
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A conversa com aqueles jovens eufóricos foi bem turbulenta e cansativa. Muitas perguntas, muitas ideias e muitas teorias. Em casa, depois de um longo banho, coloquei um vestido de malha verde, de mangas compridas, calcei uma sapatilha preta, peguei um livro e fui para a rua, na verdade, indo para a praça que tinha a poucas quadras do meu prédio. Sempre que fazia esse percurso, ia a pé, para curtir a brisa contra meu rosto. Na praça, sentei-me em um banco que ficada debaixo de uma robusta árvore. Ajeitei-me e comecei minha leitura.
Como as horas passam rápido quando se esta com um bom exemplar em mãos. Já podia ver o por do sol deixar o céu com aquele tom alaranjado. Baixei meu livro, admirei um pouco o céu, aproveitando o clima agradável.
Pensei em me levantar e me retirar, mas fui impedida por uma mão que me pressionou contra o banco. Olhei para trás pensando ser ?meu? Kenshi-san, mas para meu desespero, me deparei com um cano de um revólver.
?? Quietinha moça, ou você vai conhecer São Pedro mais cedo! ? Era o que me faltava! ? Vamos belezinha... Passe tudo o que tem aqui.
?? Eu tenho apenas um livro. Não sabia que assaltantes eram tão cultos. ? Ele me pegou pelo braço, me levantando, ficando cara a cara com ele, enquanto o cano gélido da arma serrava em minha barriga.
?? Você está em uma péssima situação pra fazer piadas, não acha?
?? Você é a segunda pessoa, em toda minha vida, que diz que eu sou uma pessoa engraçada. Eu podia jurar que eu era bastante séria.
?? Cala a boca! ? apertou a arma contra minha barriga. ? Até que olhando você de perto... Você é bem bonita... Bem... Gostosa.
?? Nem ouse tocar um dedo em mim?
?? Fará o que? Se abrir a boca pra gritar, estouro sua barriga.
?? Por favor, me solte. Você já viu que eu não tenho nada em mãos.
?? Assim é melhor, mas é tarde pra isso. Me interessei em seu corpo.
?? Por favor... Não faça isso. ? eu tentava argumentar, mas quando ele encostou sua boca em meu pescoço, em um ímpeto, acertei meu joelho contra sua masculinidade. Ele me soltou gemendo de dor. Aproveitei-me disso para correr.
?? Desgraçada! ? não consegui correr muito, pois senti seus braços me empurrando, me fazendo ir de encontro ao chão, logo se deitando sobre mim, desferindo beijos em meu pescoço.
?? Para! Por favor, para! ? é incrível como ninguém faz nada pra ajudar. Tudo bem que o parque estava deserto, mas deveria ter alguém por ali, algum covarde com medo de se chamar. Chamassem a polícia ao menos.
?? Até certo ponto achei que isso fosse um encontro romântico, mas vejo que a moça em questão, não está gostando disso. ? Graças a Deus! Estou salva! ? Solta ela!
?? Zoro! ? nunca fiquei tão feliz em vê-lo.
?? Quer que eu a mate? Se não se afaste... ? antes que ele terminasse sua frase, Zoro avançou sobre ele, e com sua katana, arrancou-lhe a arma, e com o lado cego da espada, acertou-lhe as costas, o deixando caído no chão.
?? Você vive me dando trabalho, sua irritante! Você tá bem?
?? Sim... Arigato Kenshi-san. ? disse em um fio de voz, levando minhas mãos a minha face.
?? Agora que você chora? Manteve-se forte até agora. Por que isso agora?
?? Alívio! Obrigada! ? ele disse me oferecendo a mão para me levantar.
?? Não fiz mais que a obrigação de um homem; ajudar uma mulher em perigo, mesmo ela sendo irritante. ? eu ri.
?? Quer ir até minha casa tomar um chá ou um café?
?? Tem sakê?
?? Tenho vinho. ? ele fez uma cara cômica. ? Mas podemos comprar sakê no caminho. ? depois de alguns minutos de caminhada, resolvi quebrar o silêncio. ? Kenshi-san... Onde está sua namorada?
?? Namorada? Tem certeza que sou eu?
?? Sim. Era uma bela jovem de cabelos negros e curtos, usava óculos, já disse que ela era jovem, mais jovem que você e principalmente eu?
?? Já sim, irritante... Agora jovem de cabelos negros e curtos... Será? Ah... Ela não é minha namorada.
?? Mas pareciam serem bem íntimos...
?? Tem me vigiado Nico Robin?
?? Não, foi coincidência. Estava passando de carro há algumas semanas e te avistei em um bar com essa jovem.
?? Enciumada? Essa é nova para mim.
?? Não estou enciumada... Só perguntei por que você está sem sua acompanhante... ? fui interrompida por meu celular. ? Só um minuto, Kenshi-san. ? disse parando em um lado mais tranquilo da calçada, atendendo meu celular. ? Nico Robin falando... Ah, que bom Crocodile-san... Hoje à noite não posso, sinto muito... Sexta?! Posso pensar e te responder amanhã? Depois do expediente? Onde?... Ah, sei sim. Então até amanhã.
?? Pelo visto terá uma semana agitada. ? pude sentir sua ironia ai.
?? Bastante. ? novamente meu celular tocou. ? Desculpe-me Kenshi-san, tenho que atender. É um aluno. ? e novamente atendi o chamado do aparelho. ? Oi Law, é a Robin falando... Law, se você me ligou pra falar sobre isso, é melhor desligar... Não Law, não... Eu não tenho ninguém... ? conversava de costas para Zoro, enquanto do outro lado da linha, Law me bombardeava de perguntas. ? Não, Law entenda... Não me incomodo em passar o resto da minha vida sozinha... Law, por favor, isso não vai acontecer. Olha, vou desligar. Não quero me alterar com você. Adeus!
?? Você é bem popular, né?
?? Nem tanto, Kenshi-san... São só umas crianças que mal saíram sãs fraldas querendo flertar com a professora mais velha. Pura libido. ? disse abrindo a porta de uma mercearia. ? Escolha o sakê Kenshi-san. ? vi que ele pegou um sakê qualquer, ele parecia estar interessado em outra coisa, mas manteve-se calado.
---- Dez minutos depois -----------------------
?? Sinta-se a vontade. Vou pegar umas taças. ? Não demorei muito e já estava de volta.
?? Acho que seu celular tocou. ? disse aceitando uma taça.
?? Ah! Obrigada. Vou verificar. ? assim que olhei para o visor, não gostei muito do que vi. ? Por Deus, que garoto insistente.
?? É o seu aluno?
?? Sim. Infelizmente.
?? Ele deve te admirar muito.
?? Admirar nada. Já disse antes, isso é libido. Ele vive me rondando, mandando sms?s indelicados, e se atreve dizer estar apaixonado por mim. Sinceramente, eu acho que ele somente deseja meu corpo, que não é tão grande coisa.
?? Eu entendo o garoto.
?? Entende? Como assim. ? disse terminando de servir o sakê.
?? Deve ser difícil ter uma professora bonita como você. E seu corpo é sim desejável. ? eu não queria, mas corei com isso.
?? Deixe de besteiras. Enquanto você está em seus... Vejamos... Vinte e poucos anos, eu já tenho meus vinte e oito, quase na casa dos trinta.
?? E desde quando isso a deixa menos atraente? Você é sensual, sua irritante. ? disse tomando todo conteúdo da taça.
?? É mesmo Kenshi-san? Sou atraente?
?? Bastante.
?? Sua companheira também é.
?? Eu já disse, eu não tenho nada com ela. Ela se chama Tashigi, é minha prima, quase uma irmã. ? senti-me aliviada com isso.
?? Então você ainda está livre Kenshi-san. ? constatei.
?? Digamos que sim, já você, tem bastante ocupação.
?? Você me ofende assim... Acha mesmo que eu ficaria com alguém tão mais novo que eu? Ele tem apenas dezoito anos.
?? Não vejo isso como um problema. Eu sou mais novo que você, e tivemos uma noite agradável. ? a conversa fluía de tal forma que nem percebemos que a garrafa de sakê estava na metade.
?? Você não aparenta ter a idade que tem, e se comporta como um homem... Quando quer...
?? Eu sou homem, e me comporto como tal. ? disse virando mais uma taça de sakê. Não sei ao certo se era o efeito do álcool, ou se era a presença dele, mas eu estava começando a sentir calor e minhas mãos, oh minhas mãos, estavam às poças.
?? Quando quer Kenshi-san... Do contrário, você não consegue manter uma conversa decente com uma mulher por muito tempo.
?? Consigo sim.
?? Claro. Podemos levar horas a fio essa conversa.
?? Com certeza. Pode me responder uma coisa?
?? Oh, claro.
?? Você já sentiu desejo por algum de seus alunos? Especificamente, esse tal de Law. ? engasguei com o sakê.
?? Mas que pergunta. Não posso negar que gosto do fato deles me admirarem como mulher, mas não ficaria com nenhum deles. Muito menos com ele.
?? Não foi isso que te perguntei. Já sentiu?
?? Não, mas ele me beijou uma vez. Não posso negar que gostei, mas isso morreu ali. Você também deve ter uma porção de mocinhas atrás de você, principalmente no clube. Fiquei sabendo que houve um aumento incrível de inscrições femininas no Kendô. Engraçado, não?
?? Não gosto de crianças... Gosto de mulher madura e experiente. ? senti meu estômago revirar com tal argumento. Levei a taça a minha boca, enquanto sentia-o se aproximar mais de mim, já que estávamos sentados um do lado do outro. Depositei a taça sobre a mesinha. Ele já estava a centímetros. ? Assim como você, sensei. ? subiu um arrepio por minha coluna, se espalhando por todo meu corpo, fazendo meus pelos eriçarem.
?? N-Não me chame assim.
?? Por que não? Você me chama de Kenshi-san e eu não me incomodo. Ou te chamar de sensei, despertou algo em você?
?? Pare com isso, Kenshi-san. ? disse me levantando com as taças em uma mão e a garrafa vazia em outra. ? Já volto.
?? Não precisa ficar irritada. ? ele dizia me seguindo.
?? Não estou irritada. Só não me chame de sensei. Não sou sua professora, e isso faz com que eu me sinta ainda mais velha. ? coloquei por fim, as taças e a garrafa sobre a pia.
?? Eu gosto dessa sua versão. ? disse atrás de mim.
?? Que versão? ? perguntei sem me virar.
?? Irritada e sem jeito. ? disse me prendendo contra a pia, passando de leve, seu queixo em meu pescoço, inalando meu perfume.
?? Kenshi-san... É melhor parar... ? dizia aos sussurros.
?? Se você realmente quiser... ? depositou um beijo em meu pescoço. ?... Eu paro. ? mordeu minha orelha. Dessa vez estava diferente. Não era apenas desejo, tinha algo a mais ali. Eu devo admitir, fiquei com ciúmes dele, e parecia que ele também ficou com ciúmes de mim, mas não poderia ser amor, não. Ainda era muito cedo pra isso. ? Vou entender isso como um ?continue?, sua irritante. ? disse depositando uma série de beijos em meu pescoço, e com suas mãos, apertava minha cintura. Meu coração estava acelerado; minha barriga revirava. Eu estava nervosa. Mas por quê? Ainda não sabia. Mantive minhas mãos apoiadas à pia, me mantendo de pé, até o momento em que ele me pegou pela cintura e me virou, sentando-me no balcão da pia.
?? Kenshi-san... ? sussurrava. ? É melhor p-parar... Voc-cê pode encontrar alguém melhor, hmmm... ? dizia aos sussurros, entre alguns gemidos.
?? Cala a boca mulher. ? parou bruscamente me olhando, o que me assustou. ? Não entende que não quero outra mulher, por que você é a melhor. Você é a única que me tira do eixo, e é você quem tem que resolver isso. ? disse a última parte em meu ouvido, logo mordendo minha orelha.
Estava pensando em uma coisa. Em nossa, fogosa, noite, não trocamos um beijo se quer, e agora, minha boca ansiava pela sua. Levei minhas mãos até seu pescoço e o puxei para um beijo. Sentir seus lábios quentes tocarem os meus, me fez estremecer. Minha língua buscava a sua com pressa, enlaçando-a. O gosto do álcool só me fazia querer mais aquele beijo. Ele também, pelo visto, pois colou uma das mãos em mina nuca aprofundando o beijo, enquanto a outra me deslizou sobre o balcão, se encaixando entre minhas pernas. Ar? Quem precisava se ar? Respirávamos sofregamente pelas narinas, evitando o espaço entre as bocas. Sua mão livre deslizou por minha coxa, indo para dentro do meu vestido, apertando meu bumbum com certa força, me levando a soltar um leve gemido; o que rompeu nosso, tão intenso, beijo.
?? Você tem um beijo gostoso. ? ele disse mordendo meu pescoço, e com suas mãos erguia me vestido.
?? Claro, já que sou uma velha experiente... ? me beijou. E meu vestido já estava em minha cintura.
?? Você não é velha. Entenda isso. Você é perfeita. ? Por que diabos era tão bom escutar aquilo dele?
?? Kenshi-san... Quando você quer, você é bem gentil.
?? Não sou gentil. ? parou suas carícias e me olhou. ? Faz meses que eu quero você. Que eu só penso em você, mesmo você sendo uma irritante, e é isso que mais me irrita. Você ocupar tanto espaço dentro de mim.
?? Zoro... Você...?
?? Me apaixonei por você. É triste admitir, mas eu quero você. ? como isso me pegou de surpresa. Não disse nada. Apenas o beijei. O que eu responderia? Eu amo você? Só que havia um problema, eu não tinha certeza de nada!
Em um piscar de olhos estávamos nus em minha cozinha. Era instigante fazer isso ali, mas os planos mudaram assim que ele me tomou nos braços e só me soltou em cima da cama, ficando por cima de mim. Beijos, beijos e mais beijos. Mãos quentes por todas as partes do meu corpo. Eu tremia a cada toque; arfava a cada beijo em meu corpo. Dedicou-se a meus seios com carinho, tanto com suas mãos como com sua boca. Como era bom. Seguiu seus carinhos até minha intimidade; quase gritei, mas me contive. Empurrei-o na cama, e segurei sua masculinidade. Fiz carinhos e usei minha boca, até ele não se aguentar e voltar a ficar por cima de mim, me beijando. Sentir seu membro me tocar daquela forma, internamente, me fez ir ao céu e voltar. Por Deus, como ele é bom! A cada penetração, eu gemia mais alto, e ele arfava cada vez mais. Depois de um longo tempo, estávamos os dois exaustos na cama.
?? Fica comigo.
?? Não sei se posso.
?? Por que não Robin? Ou você está em dúvida entre mim e tal de Crocodile?
?? Crocodile? Ele é meu supervisor. Aquele telefonema era sobre trabalho.
?? Então está interessada no tal de Law?
?? Não! Já disse que não. Está com ciúmes?
?? Então por que não pode ficar comigo? E não to com ciúmes.
?? Por que eu não sei se o que sinto é amor, ou fogo de palha.
?? Ficando comigo você vai descobrir. Eu posso te conquistar. Eu sei que vou.
?? Zoro, não alimente esperanças em cima de incertezas. Acho melhor você ir.
?? Você vai mesmo me dispensar?
?? Por favor, Zoro, me dê um tempo para absorver tudo isso. Deixe eu me entender. Agora vá.
Zoro se vestiu e eu nem me levantei para me despedir. O ouvi bater com certa força a porta quando saiu. Óbvio. Estava irritado comigo e frustrado com a resposta que eu lhe dei.
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Uma semana se passou, e eu não fazia nada direito. Estava desatenta ao meu trabalho. As piadinhas dos meus alunos não tinham efeito. E fiz algo que antes não tinha feito. Tirei Law da minha aula uns dias atrás. Eu não estava sendo eu. Minha paciência estava inconstante. E, claro, Nami percebeu.
?? Vai ficar assim até quando?
?? Está falando exatamente de que Nami?
?? Zoro conversou comigo e com Sanji sobre vocês. Por que não me contou?
?? Não havia necessidade.
?? Vai deixá-lo livre?
?? Não posso prendê-lo. Ele não é meu.
?? Ele se sente seu! Robin, os olhos dele brilham quando fala de você, e sabe o que ele me disse ontem?
?? Não tenho ideia.
?? Que já que você não se decide, ele vai desistir de vocês, e vai dar chance pra uma garota que vive atrás dele. Isso pra te esquecer. Você quer isso. ? isso me deu uma pontada no peito.
?? Como assim outra?
?? Você entendeu. E acorda Robin, por que ela é muito bonita. Extravagante, meio gótica, mas bonita. E ama o Zoro.
?? Que bom que tem alguém que o ame. Assim ele será feliz.
?? Por Deus! Eu avisei. Agora a escolha é totalmente sua. ? Eu realmente não queria vê-lo com outra, mas ele não era meu.
O dia foi estressante. Não consegui me concentrar em nada, e no estacionamento, tive uma surpresa desagradável. Zoro com uma jovem de longos cabelos róseos. Eles conversavam. Riam. Você teve sua chance Nico Robin! Já estava na porta do meu carro quando ouvi uma coisa.
?? Onegai, Kenshi-san! ? Kenshi-san? Quem o chama assim sou eu!
?? Não Perona. Aqui não.
?? Mas é só um beijinho, Zoro.
?? Não.
?? Por que não, Kenshi? ? isso começou a me irritar.
?? Olá Kenshi-san!
?? R-Robin?! Tudo bem?
?? Vejo que está ocupado.
?? Essa é...
?? Perona, a namorada dele.
?? Incrível como os sentimentos das pessoas evoluem rapidamente. Como um amor, uma paixão vai a nada em apenas uma semana.
?? Não dia isso Robin. Você não sabe de nada.
?? Sei mais do que você pensa. E você garotinha... Quantos anos você tem mesmo? Quinze? Dezesseis?
?? Eu tenho...
?? Não me interessa sua idade. Só não quero que chame esse homem por esse apelido!
?? Eu o chamo do que eu quiser.
?? Não de Kenshi-san! Esse apelido fui eu quem deu, e somente eu posso usá-lo.
?? Quem você é pra falar isso. Eu sou a namorada dele. ? ela tinha razão. Eu na tinha ligações com ele.
?? Você está certa. Seja feliz Roronoa. ? voltei para meu carro, mas antes que eu desse a partida, vejo alguém sentar no banco do carona.
?? Você está com ciúmes?
?? Não. ? disse olhando para o volante.
?? Não minta pra mim! ? disse me puxando pelo blazer preto que eu trajava.
?? Você deve estar explodindo de felicidade por me ver assim.
?? Pelo contrário, ao te ver sofrendo, eu sofro junto.
?? Zoro... ? não contive lágrimas. Senti seus braços me envolverem em um abraço aconchegante. ? Perdão por ser tão indecisa, por ter te feito sofrer. Desculpa Zoro.
?? Acho que de nós dois, quem mais sofreu foi você, tentando afastar seus sentimentos. Eu te amo, sua irritante!
?? Eu também te amo, Kenshi-san. ? ele me beijou. Aquela sensação mágica, as borboletas no estômago. Tudo voltou.
?? Zoro! Mas o que significa isso.
?? Significa Perona, que a chance que ia te dar, não darei mais, já que quem eu quero, está comigo.
?? Zoro, eu não vou aceitar isso!
?? Aceite ou não, você é quem decide, mas eu amo Nico Robin! Vamos pra sua casa?
?? Vamos. ? dei-lhe um selinho e liguei o carro.
?? Zoro! Zoro! Volta aqui! Zorooo! ? saímos, ignorando os gritos da jovem Perona.
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Depois de um mês morando juntos, decidimos nos casar. Acreditem, eu, Nico Robin me casei. Nós, de um jeito torto, já estávamos convivendo a um ano, não exatamente como amantes, mas nos conhecíamos, e nós não queríamos mais ficar separados. Um mês depois descobri que estava grávida. Era uma menina. Os meses se passaram voando, e quando percebemos Hana já havia nascido. Um lindo bebê de cabelos negros intensos e olhos azuis como os meus.
Mais três anos se passaram, nesse tempo, Nami conseguiu se casar com Sanji, e se estabeleceram muito bem. O restaurante ia bem, e Nami era uma excelente professora, além das aulas na faculdade, dava palestras pelo mundo. Nesses três anos que se passaram, tivemos nosso segundo filho, Jin. Nami que escolheu seu nome. A chamamos para ser a madrinha, e ela disse que só aceitaria se o nome do bebê fosse Jin, que segundo ela, era uma grande joia. Jin era a cara de Zoro. Olhinhos pretos e cabelos verdes.
Eu continuava dando minhas aulas na Universidade de Ohara, não tanto quanto antes. Agora me dedicava mais aos meus dois filhos e ao meu marido. Nami que estava feliz com isso, pois segundo ela, eu não tinha uma vida. Zoro conseguiu criar sua tão sonhada rede de escolas para espadachins. Havia apenas algumas filiais, mas já era um começo extraordinário.
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Cinco anos mais tarde, tivemos uma surpresa. Estava grávida. Como contaria para Zoro que estava novamente grávida? Era minha folga. Preparei um jantar bem gostoso em família. Já terminava de colocar a mesa quando ele chegou.
?? Oi amor, como foi seu dia. ? perguntei dando-lhe um selinho.
?? Foi bem produtivo. Consegui expandir os negócios. Temos mais cinco filiais agora. Pode falar meu amor, eu sou gostoso. ? ri dele.
?? Sim, você é muito gostoso. ? disse em seu ouvido. ? Prepare-se para o jantar. Vou chamar as crianças. ? levei minha mão ao seu rosto e depositei um beijo em sua face.
***
Mais tarde no quarto...
?? Zoro... Preciso falar uma coisa com você, e é sério.
?? Você está doente? É algo grave?
?? Não estou, mas é grave.
?? Ai meu Deus Robin, o que foi?
?? Eu... Eu... ? não sabia como falar, então, peguei sua mão e a depositei sobre meu ventre.
?? Sério?
?? Sim. ? disse sorrindo. ? Me desculpe, meu amor. Eu não fiz de propósito, mas aconteceu.
?? Por que você está se desculpando. Não poderia estar mais feliz. ? me deitou na cama e me beijou. Tivemos mais uma noite tórrida de amor. Meses depois, tinha em meus braços minha, doce, Hina. Cabelos negros como os meus, e olhos negros como os de seu pai. Meus filhos, na verdade, Jin ficou muito enciumado com a irmã. Perdeu o lugar de caçula, mas continuaria sendo o garoto do papai. Decidi fazer uma laqueadura para não ter mais surpresas. Três filhos estavam de bom tamanho para nós.
-------- Agora ---------------------
Acordei com o sol batendo contra minha face. Espreguicei-me gostosamente na cama e beijei meu marido.
?? Bom dia, meu amor.
?? Bom dia. ? ele me respondeu com aquele sorriso encantador.
?? Dormiu bem?
?? Sim. Muito bem. E você?
?? Muito bem. Tive um sonho incrível. ? disse sorrindo enquanto vestia meu roupão preto de seda.
?? Ah! Fica mais um pouquinho. ? fez beicinho.
?? Covardia isso, Zoro. ? dei-lhe um beijo. ? Mas não posso. Daqui a pouco as crianças acordam.
?? Então vou com você. ? colocou uma calça de moletom preta e me seguiu, abraçado a minha cintura.
?? Mas é pra me ajudar e não me agarrar. ? disse sorrindo.
?? Vou tentar resistir a essa tentação... Não consigo. ? me empurrou contra a parede do corredor descendo o lado esquerdo do meu roupão beijando meu ombro.
?? Você é terrível, um menino muito mal. ? sussurrava em seu ouvido arranhando suas costas.
?? Ah! Por favor. Papai, mamãe, se querem fazer esse tipo de coisa, por favor, façam no quarto. ? nos repreendia Hana. Rimos da carinha dela.
?? Mil desculpas minha filha, mas quando você tiver seu namoradinho, você vai entender como a mamãe se sente. ? disse a abraçando.
?? Quero ver quem será o corajoso quem encostará um dedo em minha filhinha. ? retrucou Zoro.
?? Isso é algo inevitável, meu amor. E pense. Ele desejará fazer com Hana, o mesmo que você deseja comigo. ? sussurrei a última parte em seu ouvido.
?? Robin, se você queria fazer tortura psicológica, parabéns, você conseguiu. ? disse indo para o banheiro, me deixando rindo da situação.
?? Ohayo Okaa-san... A Hina acordou.
?? Ohayo meu filho. ? dei-lhe um beijo. ? Vocês dois se aprontem para café, que já, já eu o preparo.
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Estávamos reunidos na sala. Eu sentada no colo de Zoro, enquanto nossos filhos brincavam no carpete.
?? Como estão Nami e Sanji?
?? Bem... O parto de Nami está previsto para o mês que vem.
?? Quem diria, Sanji vai ser pai. ? ele dizia fazendo um carinho em meu ombro.
?? Olha só quem fala. Se casou e teve três filhos.
?? Mas por que você era a esposa. Você mudou minha vida. Você acha mesmo que se fosse a bruxa da Nami, eu estaria casado? Nunca! ? ri e lhe dei um beijo.
?? Eu te amo, Kenshi-san.
?? Não mais que eu, mulher irritante. ? me deu um selinho, e voltamos nossos olhares para nossos filhos, que brincavam felizes. E o que mais me encheu os olhos, foi o olhar que os três nos lançaram sorrindo e dizendo...
?? Daisuki, Okaa-san e Otou-san. ? Hina como era mais novinha demorou mais.
?? Vai Hina, fala: ?Daisuki, Okaa-san e Otou-san?. ? dizia Hana para a irmã menor. Ela veio até nós e pronunciou...
?? ?Mama, Papa... Daasuki?! ? e pulou sobre nós, seguida pelos irmãos, que fizeram o mesmo, caindo todos deitados no sofá, as gargalhadas.
Minha vida não tinha mais o que ser acrescentando. Eu vivia no paraíso junto com esses quatro.
?? Amo vocês! ? disse sorrindo para todos, e nos apertamos em um abraço.
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The End!