Olá leitores! Peço desculpa o atraso, voltei ás aulas, e o tempo livre acabou-se :/
O Lavi pede desculpas por mim >.<
Boa Leitura!
Mais uma vez, na enfermaria. Só que agora no meu lugar estava Lavi, o meu colega/desconhecido exorcista. Agora com os ferimentos tratados e sem estar ?inundado? de sangue, podia ver como ele era de melhor forma. Ruivo, com os cabelos a cairem-lhe sobre o rosto enquanto dormia e o tapa-olho no olho direito, dava-lhe um ar descontraído, como alguém que estivesse bem com a vida.
Dormia ruidosamente e com os braços demasiado abertos,como a espreguiçar-se.
Apesar de parecer que estava a dormir profundamente, acordou com a nossa entrada.
? Lenalee! Diz que me trouxeste comida! A comida daqui não presta! ? o pobre rapaz parecia desesperado e esfomeado, dando-lhe um ar cómico.
? Baka! Primeiro tens de sair daqui, depois pensas nisso. ? Lenalee deu-lhe uma palmada ao de leve.
Ainda não tinha reparado que eu estava aqui, mas quando reparou, o seu olho esquerdo brilhou de entusiasmo.
? STRIKE! ? Disse, babando-se.
Fiquei assustada, Lavi não tirava os olhos de mim, então encolhi-me atrás de Lenalee, escondendo-me.
? Estás a ver, Lavi? Assim assustas a pobre rapariga. ? Disse Lenalee muito divertida, a rir à gargalhada. Pôs o braço à volta do meu pescoço embora eu seja uns 3 centímetros mais alta. ? Esta aqui é a Ally, é a irmã do Allen.
Lavi ao início pareceu confuso, mas logo expressou um grande sorriso.
? Sou o Lavi, prazer. ? estendeu a sua mão para que eu a apertasse.
Estendi a mão de volta e ao tocar-lhe, para minha surpresa, senti um calor confortável. Depois de o cumprimentar, depressa me desfiz do nosso contacto ? Quem diria que um Allen-rapariga ia ser tão atraente.
Lavi voltou a sorrir radiantemente, enquanto eu olhava para o chão envergonhada.
Reparei que o velho Bookman não estava ali. Fiquei um pouco preocupada.
? O Bookman? Ele está bem?
? Quem? O panda ji-ji? Ele ontem à noite já estava bom.
? Não sou nenhum panda ji-ji, aprendiz idiota.
Ouvi a voz não sei de onde, e quando dei por mim , Lavi estava a levar um kick voador por parte do Bookman.
? Itai! ? Queixou-se Lavi, com o olho à mostra um pouco roxo.
Do nada, ouvi um estrondo muito grande vindo dos pisos mais baixos da ordem.
Olhei para Lenalee, pela expressão dela, estava-se a interrogar o que teria acontecido.
E eu, para ser sincera estava um pouco preocupada.
? Vou ver o que se passou. ? Disse.
Eu vou contigo! Respondeu Lenalee.
Deixei a enfermaria a correr, com Lenalee atrás de mim.
Tentei descer a escadaria o mais depressa possível, mas acabei por falhar um ou dois degraus da escada. Não caí, mas estava quase.
Rapidamente chegámos à cave da Ordem quando ouvi outro estrondo. O som parecia caixas a caírem. Vinha do armazém da divisão de ciências.
Parei em frente à porta fechada, pronta a atacar quando abrisse a porta.
Olhei para Lenalee, para saber se estava pronta, e acenou para que eu continuasse.
Respirei fundo umas cinco vezes. Tinha que me concentrar, ninguém sabia o que podíamos encontrar, tinha que estar preparada para tudo.
Abri a porta com força, com um pontapé.
Não estava nada à espera com a cena que se encontrava à mminha frente.
Caixas de cartão, dossiês, folhas e outros instrumentos mais estranhos revestiam o chão. Parecia que tinha passado um furacão por aqui.
Komui estava numa cadeira ligado, enquanto gritava por socorro.
Reever-san segurava uma seringa com um líquido verde, prestes a injectar Komui, e Bak segurava um gatinho branco.
Bak, ao ver Lenalee, desmaiou e Won apressou.se a ajudá-lo, deixando escapar o gatinho que segurava.
? Vocês as duas, fechem a porta! Não deixem o gato sair! ? ordenou-nos Reever.
Eu fechei a porta, claro, não por querer que o gato sofra, mas para entender o que se passava.
? Nii-san, o que é que se está a passar aqui? ? perguntou Lenalee aborrecida cruzando os braços à volta do peito.
? Estamos a tentar criar uma vacina para curar a alergia do teu irmão, já que essa peste entrou aqui não sei como, vamos usá-la de forma útil para fazer anti-corpos. ? Reever respondeu por Komui, falando do gatinho mais que fofo sentado atrás de mim.
? Lenalee-chan! Salva o teu irmão desta tortura! ? Suplicou Komui.
? Libertar, podemos, mas e o gato? São regras não o ter na ordem devido à alergia do Komui.
? Eu posso ficar com ele! ? sugeri. Ficou tudo com cara de espanto a olhar para mim. Continuei a argumentar. ? Se ele ficar no meu quarto, não há o problema da alergia.
? E os dias de missões?
? Sempre posso pedir a alguém. Como o Timothy, por exemplo. Ele ainda está a aprender, não vai para missões durante algum tempo. O que me diz Komui? É possível ficar com ele?
? Por mim tudo bem, desde que me tirem daqui? ? disse Komui, Parece que toda a gente se esqueceu da situação em que ele estava.
? Yosh! Vou levar esta bolinha de pelo. ? Peguei ao colo o gatinho. Este rapidamente adormeceu no meu colo, depois de tanta agitação.
Saí do armazém e encaminhei-me para o meu quarto.
Pelos corredores, a bolinha de pelo branca ia se aconchegando nos meus braços.
O calor que provinha daquele frágil e pequeno corpo era de certa forma confortável.
Antes de ir para o meu quarto, passei pelo refeitório pedir duas tigelas, uma para a água e outra para a comida, e ainda alguns patés.
Finalmente no quarto, larguei o bichinho e ele logo foi ronronar para cima da minha almofada.
Coloquei as tigelas já preenchidas ao lado do roupeiro com uma caixa de cartão e jornal, fiz uma caixa para as necessidades, que pus na minha pequena casa de banho.
Quando acabei, procurei pelo gato fofinho.
Estava a dar voltas enquanto ronronava em cima da cama.
Sentei-me ao pé dele, que não me ligou nenhuma.
? Próximo passo: o nome! ? agora falo com animais, estou maluquinha, só pode.
? Que tal Hoshi?
O gato fixou muito os olhos azuis e depois deu um ?Nyah? como que se me fosse matar se eu desse aquele nome.
? Ok, já percebi, não gostas desse. E que tal Suki?
Continuou a olhar para mim com olhos de desprezo.
? Akira, não? ? O mesmo olhar continuava. Este gatinho era mesmo teimoso. ? E Akihiko? ? Nada na mesma.
? Ok, e então... Yukiko?
A expressão dele mudou completamente.
Miou contente e ainda foi amassar para o meu colo, a ronronar.
Toquei no pelo. Era macio... parecia veludo. Ao fazer-lhe festas, os músculos do meu corpo iam relaxando.
Sentia-me sem dúvidas muito mais calma.
? Então Yukiko, bem-vindo à família! ? cada vez tinha mais certeza que estava a ficar maluca, ao falar assim com um gato.
Miou mais uma vez animado e, com o passar do tempo, adormeceu no meio do ronronar.