Laços de Guerra - 1ª Temporada

  • Finalizada
  • Clenery
  • Capitulos 17
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 5 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Capítulo 1 - Expulsa

    Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Spoiler, Violência

    Notas nas notas finais

    25 de Agosto de 1994

    Haviam se passado 13 anos desde que Lily e James Potter haviam morrido. 13 anos desde que Marlene forjou sua morte para proteger a sua filha (e sua afilhada). 13 anos desde que Sirius foi preso por um crime que não cometeu (e 1 ano que havia fugido de Azkaban).

    Eram 10 da manhã de uma quinta-feira próxima à Village D?Enchan - Loire, na França. Em uma casa pequena, uma mulher percebe uma coruja batendo insistentemente na janela e abre-a para que ela passe.

    A coruja deixa a carta a qual carregava na mesa da cozinha e vai embora. Marlene franze o cenho estranhando. ?Uma carta no meio das férias escolares das meninas? O que Sarah aprontou dessa vez?? pensa. Não haviam dúvidas que Sarah havia puxado o lado maroto de ambos os pais. O problema é que Sarah parecia não compreender que o motivo de estarem na França era para a segurança da própria. Não que Marlene acreditasse que Sirius fosse perigoso afinal sabia que fora Pettigrew quem entregara James e Lily à Voldemort.

    Assim que olha para a carta percebe que ela tem o selo de Beauxbatons e suspira derrotada.

    - Não acredito nisso! - se lamenta.

    Mesmo sabendo do que se trata, ela abre a carta e a lê. Depois joga a carta sobre a mesa e sobe as escadas com pressa. Bate com força em uma porta.

    - SARAH SUSAN BLACK, VENHA À COZINHA AGORA! - grita.

    As duas meninas que dormiam serenamente no quarto, acordam assustadas com as batidas na porta e o grito. Elas escutam, sentadas nas suas camas, os passos de Marlene indo para o andar de baixo.

    A ruiva se vira para a morena:

    - Você está encrencada! - diz se levantando

    - É, eu sei... - responde Sarah com um sorriso maroto

    - O que você aprontou dessa vez? - pergunta Amber calçando os chinelos.

    Sarah dá de ombros.

    - Sei lá! Apronto tanto... - diz se levantando a contragosto

    - Parece que dessa vez foi sério - diz Amber saindo do quarto.

    Sarah olha para a porta em expectativa. Será que ela havia conseguido? Seguiu Amber escada abaixo até a cozinha onde Marlene encontrava-se em pé com os braços cruzados.

    - Tudo bem... Vamos conversar! - diz Marlene cansada

    - O que aconteceu? - pergunta Amber

    - Sarah foi expulsa - estende a carta com o selo de Beauxbatons - Explodiu a sala da Madame Maxime e passou de todos os limites!

    - Você sabe que eu nunca quis ir para Beauxbatons - se defende Sarah

    - Isso não é desculpa! - diz Marlene

    - Eu simplesmente não aguentava aquela escola de patricinhas! - diz Sarah - E gays - murmura

    Desde o primeiro dia? - Marlene levanta a sobrancelha ignorando o murmúrio de Sarah -Porque é desde o primeiro dia que você apronta de propósito para ser expulsa!

    - E como alguém apronta sem ser de propósito? - diz Sarah mas se cala quando vê o olhar de Marlene

    - Há uma razão para nós morarmos na França e há uma razão para você não ir à Hogwarts - diz Marlene

    - E posso saber que razão é essa? - pergunta Sarah

    - Sarah, você é nova demais para entender...

    - Eu tenho 13 anos

    - Exato, 13 e não 18. Se eu, que sou uma adulta, não consigo entender direito, como você, uma garota de 13 anos, vai entender?

    Enquanto mãe e filha discutiam, Amber tomava o café normalmente. Era comum essas discussões entre as duas, tão comum quanto as discussões entre Sarah e si própria.

    - Por que você fica guardando esses jornais, Marlene? - pergunta Amber ao ver algumas edições antigas do Daily Prophet em cima de uma cadeira.

    Marlene dá de ombros sem saber o que responder. Sarah começa a tomar o seu café da manhã.

    - Então... Não vai nos mandar para Durmstrang? - pergunta Sarah ansiosa

    - Não sou louca a esse ponto - responde Marlene pensando - Eu vou contar a vocês o que aconteceu... - decide se sentando - Mas tem coisas que eu não vou poder contar. Eu só vou contar o básico para vocês ficarem preparadas

    - Tudo bem - diz Sarah tensa

    - Como vocês sabem, Voldemort estava atrás dos Potter, talvez por eles serem ótimos aurores e terem o desafiado diversas vezes saindo impunes - Marlene começa a contar - Então, Dumbledore decidiu que eles fariam o feitiço Fidelius. Como vocês sabem o feitiço Fidelius é ?um feitiço extremamente complexo que implica esconder algum segredo em uma pessoa?. No caso, esse segredo era a localização dos Potter. E o fiel do segredo era o Sirius. Ou seja, só ele poderia contar a localização dos Potter e só ele sabia, fora eles próprios. Mas, de última hora, o Sirius achou que seria melhor mudar o fiel do segredo. Achou que daria muito na cara se fosse ele o fiel, se os Death Eaters fossem atrás dele não teria informação nenhuma para retirar e, assim, os Potter estariam seguros. Só que Peter Pettigrew, o que se tornou o fiel do segredo, era um Death Eater. Então, ele contou a localização à Voldemort e aconteceu tudo o que aconteceu. Ao que eu saiba, depois, Sirius foi atrás de Pettigrew e tentou esclarecer a história. Pettigrew cortou o dedo, matou alguns trouxas e... Se transformou na forma animaga dele, fugindo. Então, o Ministério da Magia e todos acharam que Sirius quem havia entregado Lily e James e matado todos aqueles trouxas. Por isso que ele estava em Azkaban. E eu desconfio saber o por que ele fugiu. O Daily Prophet do ano passado... Tem a fotografia da Molly e da família dela. E no ombro de um dos filhos mais novos, tem um rato com um dedo faltando.

    Amber e Sarah ficam caladas por um momento, tentando absorver a notícia.

    - Bem, a noite do ?incêndio? na minha casa foi provocada por Bellatrix Lestrange. Nós simplesmente nos odiávamos desde o colégio e ela criou uma grande obsessão em tentar me matar. Eu me cansei de ficar fugindo dela, foi horas antes de... - ela para. Fora horas antes da morte dos seus melhores amigos e horas antes de Bellatrix torturar os Longbottom até a loucura - Eu consegui escapar, mas dei a entender que estava morta. Então, tudo aconteceu e eu não pude suportar a dor - ela respira fundo - Entendi na hora o que tinha acontecido. Fui a casa deles e... A vi toda destruída. Foi um tempo antes de Hagrid e Sirius irem para lá. Ninguém sabia que você existia porque Lily tomou o extremo cuidado com isso - disse para Amber - então eu te tirei de lá. Não pude evitar que Harry ficasse com os Dursley, infelizmente, porque a irmã de Lily é insuportável e deve ter o maltratado todos esses anos por ele ser bruxo. Então, vim com vocês duas para cá. Eu não tinha mais motivos para ficar na Inglaterra.

    - Mãe... - diz Sarah arrependida - Eu não sabia

    - Tudo bem - Marlene sorri fracamente - De qualquer forma, eu acho que já está na hora de voltarmos para lá. Não podemos fugir para sempre!

    - Não estaria dizendo isso se eu não tivesse sido expulsa - aponta Sarah

    - Eu tenho pensado nisso faz algum tempo... Só me tem faltado coragem...

    - Nunca mais diga isso! Você é a Gryffindor mais corajosa que eu já conheci! - diz Amber seriamente.

    Marlene dá um sorriso de canto e o assunto morre.

    Depois do café da manhã, Marlene se pôs a escrever uma carta à Dumbledore e Madame Maxime. Amber e Sarah, sem nada para fazer, decidem ficar no quarto.

    - Está tudo bem com você? - Sarah pergunta para Amber

    - Está... E só que... É muita coisa para digerir! - responde Amber olhando para um ponto qualquer

    - Sei como se sente... - balança a cabeça se animando - Mas pense pelo lado bom! Vamos estudar em Hogwarts!

    - Você não entende a preocupação da Marlene? O ministério da magia, só de saber o seu sobrenome, vai cair em cima de vocês duas. Com certeza vão dizer que vocês ajudaram na fuga de Sirius Black mesmo estando na França todos esses anos

    - Usamos os sobrenomes maternos! Grandes coisas! Ninguém presta atenção no sobrenome da pessoa

    - Os McKinnon estão supostamente mortos

    - Parente distante - dá de ombros

    - Evans é um sobrenome trouxa... Poderia ser comum - reflete

    - Viu? Minha ideia é brilhante! E você poderá ficar perto do seu irmão... Mesmo ele não sabendo que é seu irmão. Vai contar a ele?

    - Talvez... No momento certo...

    - Ou seja: nunca - levanta uma sobrancelha

    - Ei! Isso não é verdade!

    - Está com medo!

    - Eu não estou com medo!

    - Amber... Você está com medo.

    - Não, eu não estou com medo. Vou estudar na mesma escola que o meu irmão e ele não sabe que eu existo, pois eu duvido que a vaca da minha tia tenha dito a ele. Até porque duvido que ela saiba! E não faço questão que ela saiba, de qualquer forma...

    - Ei! Se acalma!

    Amber respira fundo.

    - Vou ler o meu livro para... me distrair! - se pronuncia depois de alguns minutos em silêncio

    - Ok... - responde Sarah olhando pela janela

    Algumas horas depois...

    - Marlene decidiu que seria melhor que já se mudassem para a Inglaterra. Então, ao fim da tarde várias malas e caixas estavam espalhadas pelo assoalho do primeiro andar.

    - E aonde vamos ficar? - pergunta Sarah

    - Fui conferir e a casa dos McKinnon está intacta - diz Marlene - A segunda, digo. Era uma casa de emergência. Já enviei a carta à Dumbledore e ele já me respondeu com a carta de aceitação em Hogwarts e a lista de materiais. Amanhã sairemos para comprar os materiais. Sei que está meio em cima da hora, mas Madame Maxime só escreveu a carta de expulsão hoje... Então não tem muito o que eu possa fazer.

    Assim, Marlene murmurou ?Nox? e aparatou com as meninas rumo a Londres.


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