Assumindo o Sentimento - E Agora?

  • Finalizada
  • Fedesa
  • Capitulos 1
  • Gêneros Yaoi

Tempo estimado de leitura: 22 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 1

    O Que acontece Agora?

    Homossexualidade

    Bom esta é uma continuação de minha outra fanfic - Assumindo o Sentimento - . Espero que gostem.

    Boa Leitura.

    Depois daquele dia, em que eu me declarei para o Usagi-san, eu tenho ficado mais a vontade ao lado dele, mesmo assim não repeti as palavras que ele tanto queria ouvir e que tanto me cobrava. Três simples palavras, mas que para mim tinham um grande significado. Não falaria novamente se não houvesse motivo, pois em minha opinião elas expressam todo o sentimento que eu nunca vou poder demonstrar completamente em ações. Elas mostram o quanto eu amo aquele homem. O meu Usagi-san.

    Ainda assim acho que ele entende o quanto essas palavras significam para mim, pois depois de tanto tempo me cobrando, ele parou. Talvez tenha ficado chateado, porém já tentei explicar várias vezes o porquê de eu não falar mais e toda vez ele sempre fazia a mesma coisa. Simplesmente sorria e me afagava os cabelos.

    Um dia fiquei realmente irritado com essa sua atitude e meio que explodi, falando tudo o que achava sobre esse assunto. Usagi-san ficou meio surpreso, mas não falou nada e então saiu para se encontrar com a Aikawa-san, me deixando sozinho em casa. Ás vezes não gosto nada dos encontros desses dois, mas sei que é só para se tratar de trabalho, afinal se o Usagi-san me ama tanto quanto diz amar, ele nunca me trairia. Mesmo assim isso sempre acaba me incomodando.

    Decidi então dar uma volta, comprar algumas coisas para o jantar e talvez algumas flores ou chocolates para fazermos as pazes, já que eu odiava ficar brigado com ele por muito tempo. Foi então que eu encontrei, casualmente, o Sumi-senpai e começamos a conversar.

    ? Sumi-senpai, o que você faz quando alguém o pressiona muito em um assunto? ? Perguntei tentando saber o que ele faria na minha situação.

    ? Por que esse assunto Misaki-kun? Alguém está te pressionando? ? Ele parecia preocupado.

    ? Bem... digamos que sim. Mas o que você faria em minha situação? De que maneira você acha que seria melhor resolver?

    ? Eu não sei. Depende muito da situação e da pessoa também, tanto da que está sendo pressionada quanto da que está pressionando. ? Respondeu como se fosse a coisa mais natural.

    ? Como assim senpai? Não entendi muito bem.

    ? Bom... como eu posso explicar? ? Perguntou para si mesmo. ? Bem, se a pessoa é muito especial, você tem de arranjar um jeito de dizer, de modo delicado, gentil, para ela parar de lhe pressionar. Assim você não a magoaria, ainda mais se fosse uma situação delicada. Deu para entender melhor agora? ? Me perguntou com seu costumeiro sorriso.

    ? Sim Sumi-senpai. Muito Obrigado. ? Respondi e saí correndo. E agora? Eu tinha sido um tanto grosso com o Usagi-san. Como eu poderia contornar essa situação, resolver esse problema? Decidi que, como eu planejara antes, compraria um buquê de flores. De preferência rosas vermelhas, que significam paixão, amor, exatamente o que eu sentia por ele. Estava agora confiante de que nos resolveríamos e ele entenderia meus sentimentos sem eu precisar lhe falar algo. Tudo enfim se acertaria.

    Fui andando a passos apressados para o apartamento que dividíamos. Com certeza ele já deveria ter chego de sua pequena reunião. Digitei rapidamente o código de entrada do prédio e corri para o apartamento tão desejado.

    Estava tão ansioso para fazermos logo as pazes que me atrapalhei todo na hora de abrir a porta. Quando finalmente consegui abri-la, gritei um alegre ?Tadaima? que foi morrendo aos poucos diante a cena que vi.

    Aikawa-san estava limpando a boca, de meu Usagi-san, que estava suja. O motivo desta ação? Simples. Eles estavam almoçando juntos. Como se fosse um encontro, pelo menos era isso o que eu entedia dessas ações. Ele não me esperou. Quebrou nossa promessa. Ele estava tão chateado a este ponto? Eu o magoei tanto assim?

    Meu coração estava aos pedaços. Nunca pensei que algo assim poderia acontecer conosco. Justamente nós que tanto nos amávamos. Mesmo assim decidi fingir que estava tudo bem, que me deparar com esta cena não me magoara nem um pouco, e a cumprimentei educadamente, mesmo que minha vontade fosse sair dali correndo e chorar como nunca em um ombro amigo.

    ? Ohayou Aikawa-san. Já faz um tempo que não lhe vejo. ? Indaguei com falso ar de alegria. ? Como foi à reunião?

    ? Há quanto tempo Misaki-kun. A reunião ainda não acabou, por isso Usami-sensei me convidou para almoçar. Continuaremos logo depois. ? Olhei, pela primeira vez desde que entrara naquela casa, para o Usagi-san. Ele estava impassível. Sua fisionomia era a mesma de sempre.

    ? Ehh... Usagi-san, eu só passei para lhe avisar que Sumi-sempai me chamou para almoçar com ele e eu aceitei. Então só vim deixar as compras e ir, tudo bem? ? Perguntei esperando alguma reação de desaprovação por sua parte. Uma reação que não veio. Ao invés disso veio à confirmação que fez meu coração quebrar de vez.

    ? Tudo bem, só não volte muito tarde. ? Respondeu e logo depois recomeçou a comer.

    Me dirigi então para a cozinha e guardei tudo rapidamente. Saindo de casa um pouco devagar, para ele não suspeitar de nada. Depois de sair de casa percebi que não havia pego minha carteira, então não tinha dinheiro nem para pagar um taxi, muito menos para almoçar. Mas do que isso importava se só o que eu queria fazer era chorar?

    Sentei-me no meio fio e comecei a chorar. Parecia uma criança quando se via longe dos pais, perdida. As pessoas passavam por mim se perguntando, talvez, o que havia acontecido, se eu precisava de ajuda. Porém tudo o que eu queria era estar sozinho, no meu canto. Me remoendo por um dia ter discutido com o homem que eu amo.

    Não sei quanto tempo se passou. Se foram horas, minutos ou, simplesmente, alguns segundos, só sei que alguém havia tocado em meu ombro e me oferecido um lenço. Levantei, lentamente, a cabeça para ver quem seria tal pessoa a fazer isso por mim e me deparei com meu senpai. Sumi-senpai estava sentado ao meu lado com seu típico sorriso, porém com o semblante um tanto preocupado.

    ? O que está fazendo aqui Misaki-kun? E por que está assim? ? Perguntou-me o que queria saber. Mas eu nada respondi. Me joguei em seus braços sem me importar com o que as pessoas pensariam. Só sabia que meu ombro amigo havia finalmente chego.

    Misaki Pov. Of.

    Usagi Pov. On:

    Já fazia algum tempo que Misaki, enfim, havia confessado seu amor por mim. Fiquei muito feliz com seu ato e eu, inocentemente, achei que depois daquilo tudo mudaria, que ele não teria mais vergonha de falar para todos que estávamos juntos, que poderíamos andar de mãos dadas nas ruas, por exemplo.

    Por um tempo tudo foi as mil maravilhas. Vivíamos trocando carinhos, sorrindo como bobos um para o outro o tempo todo. Mas eu queria mais. Eu queria que ele dissesse novamente que me amava, para que eu pudesse novamente me sentir tão feliz, tão completo. Pedia para que ele dissesse, porém ele nunca voltou a repetir as palavras que eu tanto necessitava. Misaki havia me explicado o quanto essas palavras significavam para ele e eu o entendia, pois o amava. Mas será que eu não valia o esforço? Será que ele não poderia falar palavras tão especiais, para ele, para mim? Ele não me amava tanto quanto eu o amava?

    Não sei quando foi, mas de repente me via sempre pedindo para ele repetir que me amava, porém ele nunca repetia. Estava ficando novamente inseguro. Ficava o tempo todo pensando se Misaki não tinha outra pessoa para quem dizer que amava e sempre que pensava nessa hipótese só me vinha à cabeça uma pessoa. Sumi Keiichi.

    Aquela era uma das pessoas a quem eu jamais confiaria nada que fosse especial para mim. Ele não me parecia totalmente confiável e eu, sinceramente, não sabia o porque de Misaki sempre andar com esse sujeito. Entretanto a ideia de que Misaki e ele pudessem ter algo logo me saiu da cabeça, até um certo dia. O dia em que Misaki explodiu por minhas ações serem sempre as mesmas, por eu nunca demonstrar totalmente meus sentimentos.

    Brigamos. Misaki me disse que estava cheio de eu ficar lhe pressionado sobre o mesmo assunto, que ficasse irritado ou que não insistisse. Confesso que fiquei surpreso, afinal não era sempre que brigávamos e justamente por este motivo eu não sabia o que dizer, então me lembrei de que tinha uma reunião com a Aikawa sobre meu novo trabalho e sai. Sem dizer-lhe mais nada.

    Cheguei à editora sem rumo. Parecia que não havia mais chão sobre os meus pés. Nunca pensei que ele pudesse se sentir assim, porém eu não poderia desabafar com alguém, não era do meu gênero, então simplesmente guardei tudo para mim e fui para a bendita reunião. O problema é que ela se estendeu mais do eu esperava e então sem querer ficar sozinho naquela casa enorme, convidei a Aikawa para almoçar comigo, afinal Misaki ainda poderia estar chateado e talvez nem lembrasse mais de nossa promessa.

    Como estava realmente muito chateado não prestava muita atenção em como estava comendo, só percebi que havia sujado minha boca quando Aikawa veio em minha direção. Mas aí é que estava o grande problema. Misaki havia chego em casa todo feliz, pude perceber, de certo estava arrependido e queria fazer as pazes, o que certamente eu aceitaria, pois odiava ficar brigado com ele. No entanto pude perceber que sua alegria havia morrido ao me ver com Aikawa tão perto de mim.

    Sabia que ele não gostava disso, que tinha ciúmes dela. Então agora ele com certeza deveria estar pensando alguma bobagem, porém pela feição de seu rosto, ele não me pareceu se importar muito com isso, só parecia estar surpreso, o que de certa forma me desapontou. Cumprimentou-a de forma educada e logo depois se dirigiu a mim, perguntando-me:

    ? Ehh... Usagi-san, eu só passei para lhe avisar que Sumi-sempai me chamou para almoçar com ele e eu aceitei. Então só vim deixar as compras e ir, tudo bem? ? De novo esse cara. Porque ele sempre estava no meio de alguma coisa referente ao Misaki? Não gostei nada de saber sobre isso, pensei até em tranca-lo no quarto e nunca mais deixa-lo sair só para nunca mais ouvir esse nome. Porém se ele não havia demonstrado ciúmes pela Aikawa eu é que não daria o braço a torcer.

    ? Tudo bem, só não volte muito tarde. ? Respondi e voltei a comer. Sei que foi uma atitude infantil, mas se ele preferia ficar com aquele sujeito ao invés de fazer as pazes comigo eu teria que aceitar.

    Misaki não demorou muito a sair. Foi então que perdi o que restava da minha paz. Fiquei me perguntando aonde iriam, o que fariam depois do suposto almoço, se Misaki voltaria ainda hoje. Muitas perguntas rondavam minha cabeça e me deixavam com uma imensa vontade de correr atrás de meu querido moreno de olhos verdes.

    ? Está tudo bem Usami-sensei? ? Despertei de meus conturbados pensamentos pela voz da Aikawa. Por um momento havia até esquecido de que ela estava ali.

    ? Não. ? Respondi. ? Não tenho mais cabeça para continuar a reunião. Será que podíamos continuar outro dia? ? Perguntei confiante de que ela aceitaria meu pedido e foi isso que ela fez.

    ? Claro, vejo que você não está muito bem agora. Descanse, marcamos a reunião outro dia. ? E assim recolheu suas coisas e rapidamente saiu. Me deixando ali. Sozinho. Fui até a porta, não sei porque motivo, mas algo me dizia para ir ali. Talvez meu subconsciente quisesse me mostrar alguma coisa que havia passado despercebida por meus olhos.

    Eu estava certo. Realmente havia uma coisa que passou despercebida e ela estava bem ali, em minha frente, jogada no chão. Era um lindo buquê de rosas, rosas vermelhas. Foi então que tive a certeza de que Misaki realmente queria fazer as pazes comigo quando chegou e que deu uma desculpa para sair porque ficou, certamente, magoado.

    Fui um tonto ao não perceber os verdadeiros sentimentos de meu amado. E agora, onde ele estaria? Decidi que não perderia mais tempo e que iria ligar para ele, para imediatamente busca-lo e esclarecermos tudo. Porém quando ia em direção ao telefone vi o celular de Misaki em cima da mesa de centro da sala. Teria então de procura-lo nem que fosse em toda a cidade, mas eu iria acha-lo.

    Usagi Pov. Of.

    Misaki Pov. On:

    Sumi-senpai viu que eu não estava nada bem e me convidou para almoçar, o que veio a calhar já que eu não tinha dinheiro. Fomos a um pequeno restaurante de Rámen, um pouco afastado do centro, e enquanto esperávamos nossos pedidos contei tudo o que havia acontecido a ele, afinal o senpai era como o meu porto seguro, em quem eu sempre poderia confiar.

    ? Misaki-kun sinto muito por você, mas será que não entendeu alguma coisa errado? Afinal, Aikawa-san avisou que a reunião durou mais do que o esperado. ? Tentou defende-lo.

    ? Você não entende Sumi-senpai. Ele quebrou nossa promessa. Não há justificativas para isso. ? Falei a verdade, pois eu sinceramente não via razão, mesmo que por questão de educação, de ele ter quebrado nossa promessa. Ele poderia ter me esperado não? Ou será que ele já não se importava tanto assim comigo? Que estava tendo um caso com a Aikawa-san? Não pude suportar pensar nisso e desabei a chorar novamente.

    ? Não fique assim Misaki-kun. Se você está sofrendo tanto então termine logo com isso. Você não pode ficar nessa dúvida para sempre. Há outras pessoas no mundo, deve haver uma que realmente o mereça. ? Falou já terminado seu rámen. Acho que o senpai estava tentando me animar, mas não estava dando muito certo. ? Vamos, já está ficando tarde.

    ? Então eu tenho que voltar, eu avisei que não chegaria muito tarde.

    ? Misaki-kun, se você está tão chateado com o Usami-sensei não deveria voltar para o apartamento dele hoje. Venha dormir em minha casa. ? Falou já me arrastando para fora da loja. Estava começando a ficar assustado com o comportamento do senpai, afinal ele nunca se comportou assim.

    ? Mesmo assim senpai acho melhor eu voltar, vai que as coisas se resolvem. ? Tentei argumentar, mas o que eu realmente queria era ficar longe dele. Sumi-senpai estava agindo de um modo muito estranho e eu estava com medo.

    De repente senti minhas costas bateram, com certa violência, no que achei ser uma parede. E quando percebi Sumi-senpai estava, aos poucos, se aproximando de meu rosto. Foi então que percebi sua real intenção. Tentei separar-me dele, porém o senpai era muito mais forte e me prensou com mais força sobre a parede.

    Estava começando a me desesperar, pensando que não deveria ter saído de casa e muito menos ter brigado com o Usagi-san. Meu desespero só aumentou quando ele enfim estava conseguindo chegar aos meus lábios. Porém para minha surpresa nada aconteceu. Quando abri meus olhos pude ver Sumi-senpai no chão e o Usagi-san vindo em minha direção.

    Percebi então que, de algum jeito, Usagi-san havia conseguido me achar e quando me viu com o senpai ficou tão nervoso que lhe dera um soco. Era nisso que eu queria acreditar, mas e se ele estivesse ali somente por causa de sua responsabilidade sobre mim? Não importa. O que importa é que agora poderei ir embora com ele.

    ? Você está bem Misaki. ? Perguntou com a voz levemente rouca. Aparentava estar preocupado e com bastante raiva. Ainda assim podia ser só fruto de minha imaginação. Mesmo assim respondi.

    ? Sim, está tudo bem. Eu só quero ir embora, por favor. ? E assim, atendendo ao meu pedido, deixamos Sumi-senpai ali e fomos para casa. No carro ficamos em silêncio. Perguntas e mais perguntas rondavam minha cabeça, mas eu não consegui falar nada. Talvez por ainda estar surpreso ou então por medo da resposta que teria.

    Misaki Pov. Of.

    Usagi Pov. On:

    Andei a cidade inteira, parando por fim no centro. Talvez alguém o tivesse visto ali e pudesse me ajudar. Comecei então a entrar de loja em loja para ver se tinham visto meu moreno por ali, porém ninguém me deu a resposta que eu tanto ansiava. Sentei-me em um banco em frente a uma loja. Estava desesperado. E se alguma coisa de ruim tivesse acontecido a ele? Eu não saberia o que fazer. Sem o Misaki minha vida não seria mais a mesma, nada mais faria sentido.

    Quando já estava perdendo as esperanças, um senhor, já de idade, para minha frente e pergunta-me como era o jovem a quem eu tanto procurava. Respondi-lhe, falando-lhe todos os detalhes, os quais eu lembrava nitidamente bem. O senhor então dá um sorriso e me responde que o viu não faz muito tempo na companhia de um outro homem de óculos e me diz que estavam indo em direção ao restaurante rámen um pouco mais afastado do centro.

    O agradeci rapidamente e fui praticamente correndo para esse tal restaurante. O homem que o velho senhor citou só poderia ser Sumi Keiichi, o homem a quem eu mais detestava no mundo. Se o senhor estivesse realmente certo eu teria de me apressar, pois as coisas poderiam não ficar muito boas.

    Pedia informação às pessoas sobre esse tal restaurante e todas me respondiam que eu estava no caminho certo. Não via a hora de chegar, pois estava começando a ter um mau pressentimento. Quando finalmente cheguei ao tal restaurante, os funcionários me avisaram que as pessoas por quem eu procurava aviam saído há pouco tempo.

    Saí apressadamente do restaurante, sempre seguindo a mesma direção, até que encontrei o que procurava, e como eu previa nada de bom acontece quando esse cara está metido no meio. Ele estava querendo agarrar o meu moreno, o meu Misaki, e isso eu não iria deixar.

    Deixei a raiva se apossar de meu corpo e fui para cima dele com tudo, dando-lhe um forte soco em seu rosto, fazendo-o cair no chão e depois me encarar. Depois que ele finalmente se deu conta do que havia acontecido deixou as coisas como estavam e saiu de lá, deixando-me finalmente sozinho com meu moreno. Fui aproximando-me devagar de seu corpo e perguntei:

    ? Você está bem Misaki. ? Minha voz saiu rouco devido nossa proximidade e ao acontecimento anterior. Estava muito preocupado com ele, se Misaki estivesse ferido eu não perdoaria nunca, ainda assim me raiva era visível só de imaginar o que poderia ter acontecido se eu não tivesse chegado a tempo.

    ? Sim, está tudo bem. Eu só quero ir embora, por favor. ? Compreendi que ele estava assustado, afinal Sumi era, para ele, a pessoa mais confiável. Sendo assim o guiei em direção ao meu carro silenciosamente, tentando assim ajuda-lo a por seus pensamentos em ordem.

    No entanto minha cabeça também estava bem conturbada. Nunca mais o deixaria sair sozinho por aí, nunca mais queria correr o risco de algo lhe acontecer. Nunca mais. Como cada um tinha seus pensamentos em lugares diferentes, ninguém pronunciou uma só palavra durante todo o percurso. Mas quando chegássemos em casa eu tiraria essa história a limpo e tudo enfim se esclareceria.

    Abri a porta de casa e entrei. Misaki estava logo atrás de mim, com o rosto abaixado sentou-se no sofá e suspirou. Sabia que ele queria falar alguma coisa, mas eu começaria me esclarecendo.

    ? Misaki, você realmente está bem? Não está ferido? ? Perguntei só para ter certeza e ele somente assentiu positivamente. ? Porque mentiu hoje no almoço? Por que simplesmente não ficou e disse o que realmente queria?

    ? Você estava acompanhado, não queria incomodar. Além do mais você estava chateado comigo não é? Até se esqueceu de nossa promessa. ? Respondeu-me finalmente levantando a cabeça e pude ver que seus olhos estavam marejados.

    ? Não iria incomodar. Eu só a convidei por educação, nada mais. E eu pensei que você estivesse tão chateado comigo, por estar lhe pressionado, que havia se esquecido de nossa promessa, eu não queria ficar sozinho, melhor eu não consigo mais ficar sozinho. Eu preciso de você Misaki. Eu te amo, você sabe.

    ? Então você não está tendo um caso com a Aikawa-san, Usagi-san? ? Como imaginei, ele havia ficado pensando besteiras. Sorri com isso, porém ainda perguntaria sobre outro assunto.

    ? Não tenho nada com ela que não seja profissional. Mas e você Misaki? O que estava fazendo com aquele sujeito? Sabe que não gosto que ande com ele, ainda mais depois de hoje, você nunca mais falará com ele.

    Usagi Pov. Of.

    Misaki Pov. On:

    Era assim que eu gostava de ver o Usagi-san, expressando seus verdadeiros sentimentos, seu ciúme. Só não sabia que por não dizer aquelas três palavras ele voltasse a ficar inseguro. Confesso que só então percebi que o Usagi-san se sentia da mesma forma que eu, o que foi um alívio, pois no fim só havíamos tirado conclusões apressadas e no fim nos amávamos como sempre. Apressei-me a responder sua pergunta.

    ? Eu me encontrei com ele por acidente enquanto saia daqui, Sumi-senpai sempre foi meu confidente. Para qualquer coisa que eu tinha dúvida eu perguntava a ele, e dessa vez não foi diferente, mas eu nunca imaginaria que o senpai fosse tentar algo desse tipo. Vou ficar um tempo sem falar com ele.

    ? Me desculpe Misaki, por não mostrar meus sentimentos da maneira que você gostaria, mas eu quero que você saiba que eu sempre vou lhe amar, só a você e mais ninguém, entendeu?

    ? Eu é que peço desculpas Usagi-san. Eu deveria ter lhe dito que lhe amava, afinal você é a pessoa mais importante para mim e se eu não falar essas três simples palavras de tanto significado para mim, para você, pra quem mais eu vou falar? Eu te Amo Usagi-san. ? Finalmente falei o que estava preso em minha garganta. Levantei-me do sofá e segui em sua direção, mais precisamente em direção aos seus lábios, começando um beijo lento e cheio de carinho. Dessa vez não tentaria nada, deixaria que Usagi-san me fizesse seu do jeito que ele quisesse.

    Misaki Pov. Of.

    Usagi Pov. On:

    Eu novamente estava me sentindo completo em ouvir aquela pequena declaração de meu moreno. Só ele conseguia me deixar assim. Eu necessitava dele mais que tudo no mundo e podia sentir que ele sentia o mesmo em relação a mim. Podia chegar a essa resposta somente pelo jeito que ele me beijava. Misaki me deixaria fazer tudo o que eu quisesse, ele estava totalmente entregue.

    Para começar precisávamos ir para um local apropriado, então o peguei no colo, sem me desfazer do beijo, e fui subindo as escadas com cuidado para não deixa-lo cair. Quando finalmente chegamos a porta de meu quarto o coloquei no chão e abri a porta, deparando-me com meu habitual quarto escuro, perfeito para aquela situação.

    Para continuar de onde paramos, beijei-lhe o pescoço e fui adentrando, devagar, o quarto escuro, tomando todo o cuidado possível até chegarmos, finalmente, a cama onde o deitei lentamente e voltei a beijar-lhe os lábios com carinho e amor, porém desta vez havia também desejo e luxuria. Misaki correspondia ao meu beijo sem problemas e pude até sentir suas mãos começarem a contornar meu corpo, me acariciando.

    No entanto queria ir com mais calma, aproveitar o momento, sentir cada parte de seu corpo como se fosse à última vez que eu o estivesse tocando. Separei nossos corpos para poder admirar meu pequeno moreno. Ele estava lindo como sempre. Misaki me olhava com uma expressão confusa, sorri para ele e disse novamente:

    ? Eu te Amo. ? Desta vez Misaki havia correspondido ao meu sorriso, mas ainda assim havia ficado corado. Porém parecia que ele também tinha algo a dizer e foi então que eu vi que nossas vidas mudariam dali por diante.

    ? Eu também te amo Usagi-san. ? Pela primeira Misaki havia me respondido, me deixando ainda mais feliz e com mais desejo. Sorri-lhe novamente e comecei a retirar sua camisa, para logo depois tirar a minha. Distribuía beijos por toda a extensão de seu pescoço, só ouvindo-o gemer baixinho no pé de meu ouvido. Se ele queria me deixar louco estava conseguindo, mesmo não sendo muito difícil com ele em meus braços.

    Misaki arranhava fracamente minhas costas enquanto eu descia meus beijos em direção ao seu peito nu, onde me deliciei com os bicos rijos de seus mamilos. Porém eu queria mais. Queria tudo o que ele pudesse e estivesse disposto a me oferecer. Então comecei um rastro de saliva em seu abdômen, só não indo mais além porque sua calça me impedia.

    Tirei-a imediatamente, junto de sua boxer, para poder enfim me deliciar com seu membro já rijo. Foi então que Misaki foi a loucura, seus gemidos, ou melhor gritos, denunciavam que estava adorando minhas carícias. Com um último grito, gozou em minha boca, e então sua respiração foi voltando ao normal.

    No entanto eu não pararia agora. Levantei meu rosto e pude me deparar com dois olhos verdes me fitando. Não resisti e voltei a beijar-lhe a boca, dessa vez fazendo-o provar o próprio gosto. Enquanto o beijava, ia retirando o que restava de minhas roupas. Parando o beijo pedi-lhe que molhasse meus dedos, coisa que prontamente atendeu, e assim recomecei a masturba-lo.

    Quando percebi que meus dedos já estavam suficientemente molhados, retirei-os da boca de Misaki e os introduzi em sua entrada. Sabia que incomodaria um pouco, mas era necessário ou então seria pior mais tarde. Não demorei muito para finalmente colocar meu membro em seu orifício, entrando devagar e de maneira prazerosa. Finalmente acostumados, comecei a aumentar o ritmo das estocadas, deixando-as no tempo certo, em nosso tempo de prazer. Não tardei a gozar e Misaki também, gozando desta vez em meu peitoral.

    Tudo o que queríamos agora era descansar, então nem nos importamos com um banho. Misaki se aninhou em meu peito, ficando em uma posição confortável para ambos, e logo adormeceu. Fiquei acordado durante mais algum tempo, só o observando e perguntando-me como ele podia ser tão lindo. Perguntava a Kami-sama se eu realmente o merecia, porém não queria saber a resposta, afinal não importava o que acontecesse ele estaria sempre comigo. Enfrentaríamos tudo, disso tenho certeza, para podermos ficar juntos, então nada mais importava. Somente ele. Ali, em meus braços.


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