A promise unforgettable

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    16
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capítulo Único. - A promise unforgettable

    Homossexualidade

    Era noite. Todos já estavam na cama. Estavam cansados demais por procurarem por mais um longo dia as penas da princesa. Aquele novo mundo era muito belo e as pessoas que ali habitavam se mostravam muito gentis e sorridentes.

    Eles haviam chegado lá há pouco tempo, porém Mokona sentia a presença de uma das penas mesmo que fosse fraca. Naquele dia procuraram por pistas o dia todo, sem muito sucesso. Estavam muito cansados e logo que chegaram à hospedaria logo trataram de ir para seus quartos.

    Porém Kurogane e Fye não conseguiam dormir. Por mais que precisassem daquele descanso, suas mentes estavam eufóricas demais para conseguirem ter ao menos um bom sono.

    Kurogane não aguentando mais ficar deitado sem conseguir dormir, levantou-se silenciosamente para não acordar os demais, porém, não percebeu que um orbe dourado o fitava na escuridão daquele quarto.

    A noite estava fria e o céu estava bem estrelado. Kurogane estava sentado em um degrau da escada que levava à porta de entrada daquela pequena, mas confortável hospedaria. A lua estava cheia e muito brilhante aquela noite, proporcionando o cenário perfeito para levar Kurogane a pensamentos estranhos, porém agradáveis.

    Desde a primeira vez que havia fitado um belo par de olhos azuis safira seu mundo interno havia sido desmoronado, como em uma avalanche.

    Ele tentava esconder mas aquele mago o encantava profundamente.

    Mesmo com todos aqueles apelidos que odiava tanto, aqueles falsos sorrisos, com todas as mentiras e traições ele tinha que admitir que o elo que havia se formado entre ambos se tornara muito forte, e bem além do que uma simples amizade.

    Perdido naqueles pensamentos, o ninja não havia percebido que alguém estava se aproximando de si a passos calmos e leves. O vulto daquele ser chegou de uma forma tão doce que nem foi notado. Porém Fye estava angustiado demais para apenas observar o moreno. Foi então que em meio a um suspiro ele sussurrou aquele nome que era o causador da sua angústia:

    - Kurogane...

    Aquela voz sublime e gentil pegou o ninja de surpresa. Despertando-o de seus pensamentos, ele queria apenas ser capaz de levantar e olhar para trás com um sorriso em seu rosto, porém não querendo perder a pose apenas manteve sua expressão indiferente e soltou em um tom baixo e grave:

    - Você deveria estar lá dentro idiota! Aqui fora está muito frio.

    - Eu não consegui ficar lá dentro Kuro-Sama. Eu não posso dormir e você sabe disso. - Disse Fye com uma voz calma, porém cansada.

    Kurogane queria poder xingá-lo por usar aquele apelido imbecil, porém, ver que o mago não estava muito bem, pois desde que virara vampiro não conseguia mais comer nem dormir, deixava o seu coração doendo e sua consciência muito pesada.

    - Sente-se aqui! - Disse o ninja apontando para um espaço vazio do seu lado direito.

    Lentamente Fye se aproximou do moreno e sentou-se ao seu lado. Kurogane apenas o observava pelo canto dos olhos.

    O silêncio permaneceu entre os dois por um bom tempo. Ambos observavam a lua no auge da sua beleza. Pensamentos pairavam naquelas mentes, palavras queriam ser ditas e sentimentos queriam ser transmitidos, porém nenhuns dos dois ousavam quebrar aquele silêncio.

    Até que Fye se cansou de ficar ao lado do seu amado sem ao menos poder tocá-lo. Então resolveu deixar seu medo e sua vergonha de lado e encostou a sua cabeça no ombro do ninja. Este por sua vez, ficou surpreso com a ação do loiro, pois nunca haviam se quer dado algum abraço ou outra qualquer demonstração de afeto um pelo outro. Entretanto ele não se intimidou e logo puxou aquele frágil mago para um abraço aconchegante e muito acolhedor.

    Ter Fye em seus braços era algo mágico. Quantas e quantas vezes em sonhos ele imaginara aquela cena?

    O loiro se sentindo mais relaxado envolveu seus braços no pescoço de Kurogane e com a boca muito próxima ao ouvido do moreno, sussurrou com sua voz rouca:

    - Eu preciso de você Kurogane-san. Por mais que eu mostre o contrário, eu sempre irei ser dependente do seu sangue, do seu corpo e principalmente do seu coração!

    Aquelas palavras entorpeceram a mente daquele forte ninja. Ele sentiu o mundo todo desabar em cima de si. Aquilo era algo surreal, talvez ele não tivesse escutado direito. Mas o mago sem dar o direito de Kurogane reagir, tratou logo de entrelaçar seus pequenos e finos dedos aos dedos frios e duros daquela prótese mecânica que Kurogane usava. Sentindo aquele toque quente a mente do ninja começou a voltar para a realidade e com todo cuidado ele levou a mão que estava em volta do mago ao seu olho que passara de azul safira para um dourado intenso.

    - Eu vou cuidar de você Fye, não importa o que aconteça, para sempre eu estarei ao seu lado, para te dar o meu sangue, o meu corpo e principalmente o meu coração que, aliás, sempre foi seu. O nosso elo já estava selado antes mesmo de começarmos essa jornada. O meu braço pela sua vida, e a sua magia por meu braço. Dizendo isso, Kurogane beijou aquele olho e em seguida deu outro beijo mais suave em cima do tampão do olho que havia sido cruelmente arrancado pelo clone de Sayoran naquele reservatório.[/i]

    - Eu prometo que recuperarei o seu olho, nem que para isso eu tenha que matar todos os que interferirem. Eu te farei feliz, nem que para que isso aconteça eu tenha que destruir o mundo e suas dimensões. Eu estarei com você para sempre Fye, para sempre.

    E em meio do seu sorriso mais verdadeiro misturado com grossas lágrimas que escorriam pela sua face branca, Fye puxou o rosto do moreno e em meio a soluços foi capaz de falar o que estava preso em sua garganta desde a primeira vez que tinha visto aquele par de orbes vermelhas.

    - E... Eu te amo. Mais do que a minha própria vida, por todas as coisas existentes na Terra, por tudo o que agente já viveu. Eu te amo Kurogane.

    E como a chave certa da fechadura certa, aquelas bocas se selaram em um beijo terno, cheio de sentimentos e emoções inexplicáveis.

    O beijo não durou muito tempo, mas foi capaz de transmitir tudo o que havia para ser dito.

    Passaram a noite toda ali, a luz daquela lua, um colado no outro, seus corpos bem unidos e aquecidos por um calor diferente do habitual. Um calor que não só aquecia aqueles corpos mas também aquecia aqueles corações.

    Eles não sabiam o que aconteceria dalí para frente, porém, de uma promessa eles jamais poderiam fugir ou esquecer:

    - "Estariam unidos por aquele elo até o fim das suas vidas, e quem sabe, além delas também."


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