My Heart For You.

  • Pusly
  • Capitulos 3
  • Gêneros Amizade

Tempo estimado de leitura: 23 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Vida nova.

    Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

    Os personagens protagonistas dessa história são apenas alusões sobre pessoas reais. Nenhum fato aqui citado seja ele sobre acontecimentos ou mesmo sobre a personalidade dos personagens ocorreu na vida real, ou seja, são fatos fictícios criados por mim. Não tenho o intuito em denegrir ou violar a imagem de ninguém. Personagens originais citados aqui são de minha autoria. Não plagie. Conteúdo feito de fã para fãs, sem visar fins lucrativos. Proíbo o uso de minha história por qualquer outro autor.

    (Fic também postada em meu perfil no Anime Spirit.)

    Boa Leitura :3

    Despertar de uma noite de sono há alguns anos atrás para mim, era sempre uma alegria, mesmo esta sendo inconscientemente. Saber que se está vivo era uma das maravilhas que, na época, eu sequer pensava em admirar. Hoje, sinto falta de tê-la admirado.

    _Nii-san..._ Olho ao meu lado, mais precisamente para a cama pequena rodeada de brinquedos gastos.

    _Bom dia, Kai._ respondo sorrindo para o pequeno, que me olhava por dentre uma fresta de seu cobertor.

    Rapidamente ele desceu da sua cama tocando os pezinhos no chão e corre em direção a minha. Eu sorrio e então abro um espaço para que ele se deitasse em meus braços.

    _Quero leite, nii-san..._Ele ronronou, em seguida deu seu sorriso de dentes infantis.

    _E o que eu ganho em troca?_Perguntei acariciando os fios macios dos cabinhos negros.

    Ele riu baixinho e aproximou seu rostinho me dando um beijo na bochecha.

    Esse era um dos motivos para que eu não desistisse de tudo. Não digo apenas no ato de um singelo beijo em meu rosto, mas sim pelo fato de tê-lo são e salvo ao meu lado. Meu irmão era a única coisa que me restara de uma vida perfeita. Perde-lo estaria fora de cogitação.

    Foram dias difíceis, lágrimas eram habituais em meus dias e eu não enxergava esperança em mais nada. Tudo piorou, quando recebi a notícia de que Kai seria separado de mim. Implorei para todos que conhecia, mas o único a me oferecer ajuda fora Suzuki. Assim que se espalhou pelos quatro cantos do estado sobre a morte de meus pais, a única, por assim dizer, ajuda, veio de quem eu menos esperava. Quando meus pais ainda estavam vivos, eram donos de uma famosa advocacia, na qual Suzuki Akira era estagiário em seu primeiro ano como recém formado como advogado. A primeira lição que aprendi, foi que não se é necessário ter propriedades e nome renomado, para possuir um grande coração. Agradeço a Suzuki, pois mesmo depois que a herança de meus pai se reverteram para pagar dividas e mais dividas de uma vida gananciosa que, admito, nós levávamos, foi a pessoa que se voluntariou para cuidar de dois jovens, sendo um de dezessete anos na época e outro, uma criança de três.

    _Vamos lá então. Pega sua mochila e seu ursinho e deixe-os na sala. Daqui a meia hora temos que sair._ Respondi, me levantando e em seguida fazendo cócegas em sua barriguinha.

    _Kou-chan!_ Ele disse entre as risadas.

    _Nada de kou-chan, sou seu Nii-san!_Eu repreendi me fingindo de bravo.

    Parei as cócegas e então ele pulou da cama e foi pegar suas coisas. Eu fui para a cozinha e coloquei o leite para esquentar no microondas.

    _Kai, vou tomar banho enquanto seu leite esquenta. Liga a TV e fica assistindo enquanto eu não venho ok?_ Gritei da cozinha para que ele pudesse ouvir.

    _Hai!_ Ele gritou novamente, dessa vez passando correndo pela cozinha em direção a sala.

    Fui ao meu guarda roupas e então peguei meu uniforme. Este era composto de uma calça social preta, uma camiseta pólo branca com o nome da livraria e meus tênis all star.

    Entrei no banho, e lá, fiz o Maximo para não demorar. Meus dias vem sendo corridos desde o acidente ano passado, no qual meus pais falesceram. Suzuki abrigara a mim e kai em sua casa, já que eu, na época com dezessete anos não poderia ter a guarda de meu irmão. Foi graças a ele que finalmente, quando completei dezoito no começo desse ano, consegui a guarda de Kai. Foi um momento feliz, mas com ele a responsabilidade de cuidar de uma criança sozinho me assustou, afinal, teria que trabalhar por mim e por ele, coisa que eu nunca fizera antes que meus pais se fossem.

    Sai do banheiro ainda enxugando meus cabelos recém tingidos de loiro. Esse era um fato que eu sempre usava quando meus pais ainda estavam vivos e só agora, depois de meses sem os pintar, tive coragem novamente. Era um pequeno gesto, mas um grande sinal de que eu estava tentando seguir em frente.

    _Nii-san...meu leite!_ Kai pediu da sala.

    _Já vai!_ respondi sorrindo. Kai, com seus quatro anos agora, era uma criança adorável, mas ainda sim, uma criança, o que me faz pensar no que o baixinho poderia estar aprontando enquanto estivesse muito quietinho. Ele era energético, hiperativo.

    Peguei a mamadeira e então medi a temperatura. Estava boa. Fechei-a e então me aproximei do sofá, no qual Kai permanecia deitado assistindo um desenho qualquer.

    _Aqui._ Eu disse, lhe mostrando a mamadeira.

    Ele voltou sua atenção para mim e seus olhinhos brilhavam. Eu sorri. Esse era outro motivo que me fazia continuar a ter esperanças. O sorriso dele para mim, era um combustível infalível que me fazia conseguir trabalhar, para que quando eu o buscasse na escola eu sorri-se e o abrasasse.

    Ele pegou a mamadeira e logo já tomava seu leite, enrolando alguns fios de cabelo em seus dedinhos enquanto voltava a assistir o desenho.

    _Depois que terminar de mamar, vem aqui que vamos te dar banho, ok?_Eu perguntei e ele acenou.

    Voltei para a cozinha e me sentei. Peguei uma caneca e coloquei leite e café, em seguida bebendo e comendo uma fatia de pão amanhecido do dia anterior.

    Sempre dava do bom e do melhor para Kai quando eu podia e não me arrependo disso, mas consequentemente, nunca tinha dinheiro para gastar comigo. Talvez eu começasse a trabalhar durante a noite, mas não haveria com quem eu pudesse deixar Kai enquanto trabalho. De manhã, levo Kai para escola e então começo meu dia. Vou para a biblioteca, na qual consegui trabalho graças a um antigo amigo meu, Takanori, que explicou a situação para os donos e eles me acolheram de braços abertos. No horário do almoço, eu busco Kai e então voltamos os dois para a biblioteca, onde ele ficava em uma ala destinadas a crianças ali. Sentia-me culpado por privá-lo de poder estar em casa, onde teria mais liberdade para brincar, mas no momento, isso é todo o que posso oferecer, já que não quero que passemos fome durante o mês.

    _Terminei._ Kai veio até mim e então eu tomei rapidamente meu café da manha e rumamos para o banheiro.

    _Vai querer levar bolachas hoje?_Perguntei enquanto já esfregava os cabelinhos com o shampoo.

    _Hoje tem?_Kai perguntou animado.

    Sorri afetado para ele. Eram poucas vezes em que eu conseguia comprar algo para que ele levasse para a escola e dividisse com os coleguinhas.

    _Sim, hoje tem._Respondi, agora enxaguando os fios negros.

    _Quelo!_Kai deu um gritinho animado.

    _Travesso!_eu ditei enquanto o enrolava na toalha e desligava o registro.

    Peguei uma muda de roupas e então o troquei. Em seguida, fomos para sala e lá ele pegou sua mochila e se ursinho.

    _Vamos?_Perguntei enquanto esperava ele passar pela porta.

    _Vamos._Ele disse.

    Tranquei a porta e então nos saímos do prédio.

    O local onde morávamos era no bairro mais pobre da cidade. Foi um choque tanto para mim, quanto para ele, já que estávamos acostumados ao luxo, mas mesmo assim, nos adaptamos. Um dia eu daria uma moradia melhor para nós mesmos, mas até lá, temos que nos contentar com o que temos agora.

    A escola de Kai era longe. Optei o colocar em uma escola mais calma, fora do bairro e mais perto do meu local de trabalho. Tínhamos que pegar 2 ônibus todos os dias para chegar até lá, mas Kai não reclamava. Ele não reclamava de nada, então eu sempre me culpava por fazê-lo passar por isso.

    _Hoje a professora vai ensinar o alfabeto cantando uma música!_ ele disse enquanto estávamos sentados em um banco já no segundo ônibus do dia.

    _Que legal!_ eu respondi sorrindo para ele. Estava animado com o que iria aprender hoje.

    _É, ela disse que hoje também teremos aula de educação física...!_Ele disse empolgado, como a bela criança hiperativa que é.

    _Sim, é muito legal! Só tome cuidado pra não se machucar, ok?_Eu ditei ainda sorrindo.

    _Sim, Nii-san._Ele respondeu segurando o ursinho mais ao peito e brincando com ele.

    Assim que descemos do ônibus, peguei-o no colo e andamos mais duas ruas até chegarmos ao prédio escolar. Lá, Kai pediu para que o colocasse no chão e foi correndo pela calçada falar com seus coleguinhas.

    _Aqui está._Eu entreguei a mochila de Kai para a professora que esperava pelos alunos no portão.

    _Obrigado._Ele sorriu, pegando a mochila e chamando todos para entrarem.

    Vi Kai correndo juntamente co seus coleguinhas para dentro, mas este voltou quando me viu ali. Ele correu ao meu alcance e então me abraçou. Eu retribuí.

    _Te amo Kai._ eu disse, acariciando seus cabelos.

    _Também te amo, Nii-san!_ ele disse rindo.

    _Comporte-se!_Ditei enquanto ele já acenava da fila a qual estava.

    E agora, o que me resta a fazer, é ir mais uma vez trabalhar, esperando que algum dia eu possa dar mais conforto a única coisa que importa em minha vida. Meu irmão.


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