Survival

  • Pusly
  • Capitulos 3
  • Gêneros Darkfic

Tempo estimado de leitura: 21 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Olhos fechados.

    Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Violência

    Os personagens protagonistas dessa história são apenas alusões sobre pessoas reais. Nenhum fato aqui citado seja ele sobre acontecimentos ou mesmo sobre a personalidade dos personagens ocorreu na vida real, ou seja, são fatos fictícios criados por mim. Não tenho o intuito em denegrir ou violar a imagem de ninguém. Personagens originais citados aqui são de minha autoria. Não plagie. Conteúdo feito de fã para fãs, sem visar fins lucrativos. Proíbo o uso de minha história por qualquer outro autor.

    (Fic também postada em meu perfil no Anime Spirit.)

    Boa Leitura :3

    O Prédio ao qual me encontrava estava em situações precárias. Janelas ainda em madeira aparentavam sinais da podridão causada pelas fortes chuvas de outono na região. As grades que cercavam a única propriedade em minha vista em quilômetros eram feitas de ferro e estavam enferrujadas devido ao pouco cuidado aparente.

    Flores estavam fora de questão. O terreno era possuidor de apenas uma árvore ao norte, mas a mesma tinha o mesmo porte assustador predominante do local. Galhos secos e cobertos pelo orvalho recente de uma madrugada pouco distante, caiam sobre suas raízes expostas, o que me fazia perceber não haver nada ali, a não ter terra batida e seca. O único caminho até a porta central era dado por pedras irregulares, pouco salientes em relação ao nível da terra.

    Respirava ruidosamente, procurando uma forma de me abrigar não sendo ao local em minha frente, mas os segundos passavam contra mim. O suor em meu rosto certamente deveria agora estar gélido devido à neblina que cercava tanto ao casarão quanto a pequena estrada pela qual cheguei até aqui. Ainda com minhas mãos em meu ferimento, consegui forçar o grande portão e entrei sem ter escolhas.

    Caminhei o mais rápido que meu ferimento me permitiu. Não me permiti sentir-me aliviado já que meu sangue pingava sobre a superfície áspera das pedras e seria uma forma de me desmascararem, já que esses formavam uma trilha com meu cheiro.

    Como previsto, a porta estava trancada. Tentei forçar, mas não tinha forças.

    Prestes a desistir e sair do local antes que me encontrassem, avistei, a alguns metros à frente, uma pequena janela de vidro onde a tranca parecia frágil. Segui até ela e consegui destrancá-la. Sentei no parapeito e pulei para dentro sem nem mesmo me dar à oportunidade de olhar em minha volta. Fechei-a e então me distanciei. Observei-a ainda agoniado pela ansiedade de saber se ali estaria seguro. Pouco tempo depois, finalmente olhei em minha volta. O local permanecia escuro devido às cortinas negras que tapavam qualquer tipo de luminosidade solar. Havia móveis, mas os mesmos estavam cobertos por lençóis e por camadas de poeira.

    Aparentemente ninguém vivia ali.

    Subi as escadas agora tentando não me agoniar pelas fortes dores em meu abdômen perfurado. Parei ao lado à única porta aberta naquele andar. Tentei normalizar minha respiração e antes mesmo de entrar, minhas pernas bambearam fazendo-me reencostar na parede e deslizar até o chão.

    Sem duvida seria meu fim.

    Lentamente, meu estado foi se tornando letárgico e agora os sons me eram mais perceptíveis. Vozes ecoavam pelo local, e me repreendi de não tê-las escutado antes. Fortes urros e aparentes gemidos vinham daquela porta. Arrastei-me até ter uma visão, apesar de mínima, satisfatória para saber o que ocorria ali.

    _Ah...A-Aoi...Mais forte!_ Um homem gemia sobre o lençol de seda vermelha, enquanto outro, este mais forte e imponente, arremetia-se contra o corpo do mais jovem, levando a cama antiga, da qual os barulhos da madeira proeminiam, balançar conforme as fortes estocadas.

    _Então me peça como lhe ensinei._ O homem imponente dissera com uma voz rouca ao ouvido do outro, novamente fazendo com que este gemesse languidamente.

    _P-por favor, Mestre...me foda forte!...ah..._Como resposta, o homem saiu de dentro de si e o virou na cama, deixando o corpo esguio com uma postura exibicionista, na qual o ânus vermelho e pedinte era exposto.

    _Como desejar, minha adorável presa._O homem levou seu membro pulsante novamente em direção a entrada e estocou firmemente.

    _Ahhh!...A-Aoi..._O menor ditava, enquanto seu corpo era arremetido para frente com as fortes investidas, fazendo com que os fios negros e suados, balançassem sobre a face.

    _Peça Kai. Peça e então lhe darei o que deseja._ Aoi, como fora chamado pelo outro, ordenara enquanto aumentava a velocidade empregada em seu ato.

    _Ahh...Me marque...Mestre...Morda-me.

    E então, algo que temia encontrar frente aos meus olhos novamente, aconteceu. Aoi, em uma ultima estocada, deixou seus lábios entreabrirem e de lá, presas afiadas fora expostas e prontamente cravadas na pele alva de Kai. Os gemidos antes languidos e prazerosos, tornaram-se em um urro potente e rouco no qual, o corpo menor se contorcera em prazer, fazendo com que jatos de sêmen fossem expelidos pelo pênis sequer tocado.

    _Isso..._Aoi ditou ao ter seu membro apertado e Gozou logo em seguida, ainda se movendo.

    Olhei para meu ferimento, o qual manchava o piso de madeira. Não podia continuar ali. Logo aquelas criaturas envoltas pelo orgasmo, sentiriam meu aroma e então terminariam o que outros não conseguiram.

    Comecei a me arrastar novamente em direção a escadaria tentando ser o mais breve e silenciosamente que conseguia. Seria inútil tentar não gemer, já que minhas dores se tornavam mais agudas e persistentes.

    O barulho dos dois seres cessou. Estremeci. Tentei levantar-me, já que certamente fora descoberto.

    _Onde pensa que vai... Humano?_ Uma voz ecoou em meu ouvido de forma zombeteira.

    Apressei-me em meus passos, que eram afetados pelas dores. Meu desespero era palpável, enquanto sentia minha visão estremecer à medida que meu corpo se esforçava.

    Senti-me ser levantado e ser arremessado contra os pilares da escada. Gritei.

    _Não quer brincar?_ Novamente a voz perguntou, me pegando pelo sobre-tudo negro e me levantando rente a parede._ Tenho certeza que podemos nos divertir com seu corpo... Antes de te entregarmos nas mãos de Lorde Shiroyama.

    Senti meu pescoço ser lambido e então, minhas esperanças esvaziaram. Seria assim. Acabaria com minha vida nas mãos de um ser ao qual odiei durante meus 18 anos de vida.

    Esperando pela morte certa, fechei meus olhos já turvos pelo cansaço.

    _Ótima escolha, jovem ofi?los.

    Em uma última tentativa, alcancei meu punhal e então, cravei-o em seu abdômen, fazendo-o gritar enraivecido. Poderia ser meu fim, mas não antes de levar essa alma pútrida comigo para o inferno.

    _COMO OUSAS FERIR-ME?_perguntou, me arrastando pelos cabelos até me posicionar em frente aos degraus._Escolheu a pior forma, caro humano. Morrerá como a corja de seus fiéis protegidos.

    Então senti meu corpo ser jogado escada a baixo. Gritei em dor, porém esta já se tornava inexistente, assim como minha vida nesse mundo. Abri meus olhos e pude enxergar o vulto descer majestosamente cada degrau, em minha direção.

    _Terá um fim lento e doloroso em minhas mãos._ditou sorrindo sarcasticamente.

    _Nem mais um passo, Kai._escutei uma voz grave soar, calando assim, o vampiro que antes falava.

    _Sim, mestre._Se afastou e deu espaço para o maior se aproximar.

    Senti meu corpo ser levantado novamente. Meus lábios já mantinham uma coloração avermelhada devido ao sangue que por eles jorrava.

    _Termine o que seu amante estava fazendo..._eu ditei sorrindo propositalmente._Não tenho mais nada a perder!_ditei em meus últimos esforços, cuspindo meu sangue sobre a face alva em minha frente.

    _Se arrependerá de ter-me dito isso, pequeno ofi?los.

    E então, como noite fria e sem esperanças, meus olhos fecharam-se em exaustão.

    Provavelmente jamais se abririam novamente.

    É o que espero...


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