Minha Maldita Chefe!

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Porque só humilhar é para os fracos.

    Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

    voltamos com mais um capitulo ^^

    Saí daquela empresa com os cabelos faltando cair da minha cabeça, tamanho era o meu estresse. Não tem jeito, eu tento, eu juro que faço um esforço enorme para amenizar meu ódio por Sakura, afinal tenho uma pressão e um coração não muito bons pra ficar palpitando de raiva só de vê-la, mas não dá. Todos os dias eu me imagino a matando de tudo quanto é forma. Por exemplo, hoje me imaginei segurando um balde de mercúrio e o lançando naquela cara de palhaça que ela tem, deixando-a tão deformada que nem a melhor plástica a ajudaria.

    Meu celular tocou, e o atendi, adentrando no meu carro. Era Tayuya, uma antiga amiga minha.

    - Caralho! Merda! Você não atende, não é? ? sim, se bobear ela fala mais palavrão do que eu.

    - Estava no local de trabalho, e pare de gritar no meu ouvido?

    Liguei o automóvel, seguindo pro meu apartamento.

    - Porra, eu tô aqui no Aburame?s bar! Vem tomar uma cerveja com a galera.

    - Tayuya não dá. ? buzinei freneticamente, a merda de um carro resolveu estacionar na pista.

    - Dá sim, seu veado, venha!

    - Sério, não posso ir.

    - Humpf. Você que sabe. Tchau gato.

    - Tchau.

    Suspirei pondo o aparelho sobre o banco do passageiro. Merda! Nem me divertir eu posso mais. Por causa da porra daquela Haruno, tenho que refazer meus desenhos tudo de novo, aff, mas ainda bem que tenho a pesquisa mercadológica toda pronta, fora outros.

    Deixei o carro na garagem e adentrei ao meu apartamento dando de cara com um loiro filho da puta jogando confete pro alto e pulando no meu sofá junto dos animais dos amigos dele.

    - Hei, dá pra desligar essa merda? ? pedi ainda calmo. Não posso me descontrolar, claro que esse tipo de pensamento é em vão.

    Meu ódio só ia se intensificando à medida que Naruto cantava aquela música idiota ? Party House ? junto da cambada dele. E o pior, eles nem tinham dó do meu tapete, aparelhos eletrônicos, objetos de decoração... Os palhaços manchavam tudo com os dedos impregnados de gordura e se bobear lançava bebida na parede. Sério, que tipo de retardado faz isso? Será que o Naruto tá dando drogas para esses caras?

    - Naruto. ? chamei o imbecil que sorriu feito um pateta pra mim, me oferendo seu copo babado de cerveja.

    - Veadinho, mas já? ? vinha em minha direção com o rabo entre as pernas. Ele sabia que eu podia mata-lo a qualquer momento. ? Toma.

    - Não quero. Apenas acabe com isso. ? pus um pé pra frente, dando partida até meu quarto, porém paro assim que ouço um berro do loiro. Olhei-o por cima dos ombros tentando ver lógica em todo seu descontrole irracional. ? Apenas faça isso. Não quer me ver pegando minha arma e acertando uma bala no coração de cada um?

    - HAHAHAHAHAHA!

    Ele ria descontroladamente, junto dos ditos serem amigos dele. Aff, só podem ter usado maconha, ou coisa pior. Vai saber.

    - AÍ, seu amigo emo é muito ?graçado? cara.

    - Eu sei. ? Naruto soltava relinches, quase engasgando com a própria saliva. ? Só que não, HAHAHA!

    - Cara, você usou drogas? ? perguntei o óbvio.

    - N-Não. HAHAHAHA!

    E ria junto da cambada drogada.

    Rolei meus olhos seguindo para meu quarto. Com certeza não vai adiantar gritar com aquele bando de retardados fracassados que nem meu amigo mais retardado ainda.

    Tomei banho, vesti-me em uma calça moletom cinza unida de uma camisa preta, e logo em seguida sentei-me à mesa do meu computador. Peguei minhas folhas, meu lápis e tentei tirar algo da minha cabeça para passar pro papel e só depois para o computador.

    Horas se passaram, e tudo que tinha desenhado na minha primeira folha era o rosto de uma certa pessoa com uma faca atravessada no crânio. Enfim, simplesmente nada de inovador vinha a minha cabeça. Algo que impressionasse aquela chefa de merda e principalmente a estrela gostosa do produto.

    - Pense Sasuke, pense!

    Apoiei o cotovelo na mesa, e passei as mãos sobre meus cabelos úmidos, deixando-as paradas entre os fios. Pensar era pouco pra mim. Eu só podia arrancar criatividade do meu cú, e isso me dava raiva. Sério, fiquei dias com minha equipe estudando, planejando, desenhando embalagens para o perfume que mais chamasse a atenção das peruas e adolescentes, e as merdas foram rejeitadas pelo ódio recíproco que aquela vaca tem por mim.

    Por fim, não consegui pensar em nada inovador, acabei deitando em minha cama lá pras quatro da madrugada e por mais que meus olhos estivessem ardendo em sono, não consegui dormir, não ouvindo isso:

    Like a virgin

    Touched for the very first time

    Like a virgin

    When your heart beats

    Next to mine

    Puta merda, depois eu quem sou o veado.

    - HAHAHAHA! DUVIDO QUE VOCÊ CONSEGUE FAZER ISSO, KIBA!

    - EU FAÇO MELHOR! CHUPA IDIOTA!

    Me bateu uma patética curiosidade de ir lá e ver o que eles estavam aprontando, mas não. Tsc, melhor não ver o que meus olhos não querem.

    ...

    Oba! Mais um dia horrível nasceu. Levantei ás oito da manhã, e fodas se eu chegar atrasado naquela droga de empresa. Minha mãe é mais importante que aquilo e a merda da embalagem, que ainda nem foi pensada. Até pensei em deixa-la para minha equipe fazer novamente, mas eu sei que eles fariam merda de novo, então melhor me foder sozinho e dar uma de designer Industrial, ao invés de um gestor plausível.

    Após minha limpeza comunal, vesti uma calça jeans skinny e uma camisa xadreza peto e branca. Sentado em minha cama, calçando meu sapatênis, vi o vulto de um loiro desmantelado adentrando no meu quarto, perturbando-me logo cedo. Só a presença dele já é motivo de estresse, por isso preciso botá-lo logo para fora do mesmo teto que o meu.

    - Argh! Cara, eu estou podre!

    - Bom dia. ? o cumprimentei com ironia, concentrado em fazer o nó do meu cadarço.

    - Só se for pra você. Aqui, você faz ideia do quanto eu bebi ontem?

    - Não sei nada sobre sua patética vida. ? sorri minimamente com a possível cara fechada que ele deve ter feito. ? Tá, você usou muitas drogas, cantou Madonna a madrugada inteira e deu ré no quibe junto do Kiba.

    - Teu cú que eu fiz isso!

    Ergui meu olhar, e ele já estava fuçando meu notebook, possivelmente tentando apagar algum dos meus projetos milionários novamente.

    - Hei, não mexa aí, o que você está fazendo?

    - Não te interessa.

    - Eu estou falando sério, Naruto não apaga nada! ? droga de cadarço que não amarra.

    - Cara! Ela é linda! Não me diga que conhece ela?! ? olhei para a tela, e vi que o retardado visualizava fotos da Hinata presentes em minha pasta.

    - Não conheço. É apenas uma cantora chata que está me dando a maior dor de cabeça.

    De repente Naruto me encarou com uma baba no canto da boca. Me perguntei se ele estava passando mal, ou se era o seu jeito babaca de ser.

    - Consegue marcar um encontro? Tipo, eu e ela sozinhos?

    - Tsc, impossível Naruto. Nunca que em sã consciência ela iria te querer, duvido se até mesmo chapadona ela ia.

    Esse idiota é fissurado na morena dos peitos grandes, ela é a musa das suas punhetas. Fica o dia inteiro ouvindo-a pelo rádio, acabando com minhas poucas horas de descanso.

    Me levantei, pegando a chave do meu carro e minha carteira.

    - Mal humorado como sempre, aliás, está atrasado, hein. Não liga da mulher-dragão-rosa te xingar, não?

    - Tô careca pra isso, Naruto. Tchau, e dê uma limpeza na sala.

    - Tá meu bem, quer que eu te chupe também, é?

    - Vá se foder.

    ...

    Cheguei ao hospital e fui direto para a ala onde se encontrava minha mãe. Aproximei da sala dela e a vi pelo lado de fora. Ela estava com sua costumeira aparência anêmica, nem parecia a mulher cheia de vida que era antigamente. Lembro que Itachi era assim, mas quando o câncer também o afetou, ele ficou parecido com o estado deplorável da minha mãe agora.

    Colei a palma da mão no vidro, e senti uma intensa vontade de voltar logo pra aquela empresa. Estava me sentindo um covarde, e odeio isso, mas não estou a fim de vê-la mais de perto, não naquele estado. Cansei de só choramingar, enquanto minha vida simplesmente se afundava diante dos meus olhos.

    - Sasuke. ? olhei para trás e vi a enfermeira peituda me olhar com mínimo desinteresse. ? Vá lá e fale com ela. ? ordenou com seu impertinente tom de voz.

    - E se eu não quiser?

    - Anda. A sua mãe fala o tempo todo de você. Ela não tem mais ninguém, entende? ? cadê o tom grosseiro, Tsunade? ? Não custa nada ver ela de perto, então... faça isso. ? saiu com a prancheta em mãos e eu por fim decidi entrar.

    Sentei-me perto da dona Mikoto e segurei sua mão fria e magra. Pensei em dizer algo, como um ?bom dia, como você está, mãe??, mas isso soa meio irônico, além de que eu não queria ouvir nenhuma resposta desnecessária. Isso a causaria mais dor.

    - Senti sua falta. ? falou ela com a voz fraca, e eu apenas maneei a cabeça em aprovação.

    O tempo foi passando, e cada palavra que tentava sair de minha garganta era bloqueada por meus pensamentos, os quais tinham sempre uma embalagem no meio.

    - Como você está? ? ela me despertou novamente.

    - Bem. ? mentira, tô fodido, lascado, sem emprego, isso caso não termine logo meu a merda do projeto.

    Ela sorriu minimamente para mim, mas nem isso me confortou.

    A quem eu quero enganar? Minha mãe pode morrer a qualquer instante. Mesmo eu fazendo um esforço enorme para mantê-la aqui e dar a ela ? ou ao menos tentar ? o melhor tratamento contra o câncer de sangue, mas é difícil saber se ela vai melhorar, pois até hoje não encontramos nenhum doador compatível de medula para dar mais esperanças de continuar a vida.

    Por fim, beijei a testa dela e saí dali, sentindo um costumeiro vazio dentro de mim, um vazio oco, e por mais que fosse um oco, era pesado. Não sei, já tentei preencher isso, mas nunca deu certo. Sofri muitas perdas ao decorrer da minha vida, e é inevitável não ficar desse jeito, deprimido feito um idiota, sentindo constantemente uma porra de uma tonelada de ferro querendo sair pra fora do meu peito.

    Chegando à empresa, nem tomei café, fui direto pra minha sala e dessa vez a loira aguada não estava lá pra torrar minha paciência.

    Sentei-me à mesa, e pouco consegui trabalhar. Acabei apoiando meus braços no vidro tão gélido quanto à temperatura da sala, deixando o sono me dominar. Dormi muito, mas muito mal do que de costume essa noite, então preciso repor minhas energias...

    - Hunr, hunr! ? ouvi um pigarro, mas foda-se, não vou acordar. ? Muito bonito, Sasuke Uchiha.

    O quê?! Mas tão rápido?!

    Ergui meu olhar tediado me deparando com a figura da Haruno. Ela mascava um chiclete e fazia questão de soltar aquele barulho enjoativo que tanto incomodava meus tímpanos.

    - O que é muito bonito? Seria eu?

    - Não. Você é patético.

    - Olha, eu não quero discutir com você hoje. ? bocejei involuntariamente, ajeitando a lateral do meu rosto sobre meus braços debruçados. Ao pensar na minha mãe, senti que uma tonelada de ferro era pouco pra descrever o meu peso interno.

    - Não te pago bem pra ficar dormindo e muito menos pra chegar atrasado. Anda, levanta-se e vá trabalhar. ? ouvi o barulho sincronizado do salto dela, deve que a mesma estava se desaproximando de mim. Ótimo. ? E á propósito, como estão minhas embalagens?

    - Quase prontas.

    - Ah, que ótimo. Hei, Sasuke. ? esgueirei meu olhar para ela e avistei seu rosto com um ar de preocupação? Tsc, não, eu estou sonhando acordado, é isso. Voltei á fechar meus olhos.

    - O que foi? Tem mais merda querendo sair da sua boca? ? bocejei involuntariamente.

    - Você... Ãn, você está bem?

    Tô falando, é sonho, mas não custa nada responder.

    - Estou bem, mas ficarei ótimo quando sumir da minha frente.

    - Perfeito, já que está tão bem assim, amanhã já consegue me entrega-las. Estou saindo!

    - Tsc, vai sonhando. ? resmunguei, comparando a voz dela com um martelo que batia constantemente na minha cabeça.

    - Não estou sonhando. Amanhã marcarei a reunião. Esteja pronto.

    Subitamente bati com minhas mãos na mesa, ergui meu corpo, a encarando com repulsa segurando a maçaneta da porta e me olhando com aquele sorriso falso, que falando sério, dá vontade de desmanchá-lo com uma bala acertando em cheio na testa dela.

    - FALA SÉRIO! O QUE DEU EM VOCÊ?! ? perguntei exaltado, e não estou nem aí se um palavrão digno do nível de Tayuya sair da minha boca.

    - Em mim?

    - É, você. Sabe que esse tempo que me deu é curto demais para fazer algo tão inovador, como você quer. Qual o seu problema, Sakura? Acha que eu sou algum masoquista?

    - Muito pelo contrário. ? ela ajeitou o óculo no rosto, sorrindo mais falsamente ainda. ? Apenas me esforço para torna-lo um bom funcionário.

    - Uma merda!

    - Oh, cadê aquele Sasuke cheio do autocontrole? Rá, ele sumiu. ? riu feito uma bêbada.

    Senti vontade de pegar meu notebook e arremessa-lo contra sua cabeça. Só restavam exatos 1% de paciência em mim, e eu me agarrei a isso para não cometer um acidente prazeroso. Ainda sou dependente desse cargo e principalmente do bom dinheiro que ganho com ele.

    - Marque então a apresentação, e já aviso antes, esteja preparada para limpar a baba no canto da sua boca ao ver meu projeto. ? agora suma!

    - Isso ai, ótima ideia, vou levar o meu melhor lencinho, mas não pra limpar minha baba, e sim pra limpar meus olhos, de tanto que vou rir da sua apresentação de merda. Até mais, Uchiha.

    Bateu a porta.

    Desde quando ela tem tanto autocontrole? Mesmo odiando profundamente a insuportável personalidade e atitudes dela, reconheço que no passado ela já foi um pouco, só um pouco melhor.

    Respirei fundo, sentindo-me um pouco mais leve. Acho que sentir raiva dela me deixa mais ocupado, consequentemente me esquecendo de coisas que não acrescentaram em nada na minha vida e verdadeiros objetivos.

    Passei a tarde inteira pensando numa forma de criar embalagens chamativas, mas como sempre, não saiu nada. Nem uma merda saiu. Eu estou totalmente bloqueado quando penso na Hinata abrindo a boca e cantando aquelas musicas mamão com açúcar de deprimir mulheres chifrudas.

    Inferno! Eu e minha maldita boca! Amanhã? Agora é que estou ferrado de vez, a não ser que...

    Liguei pra minha psicóloga sem diploma, a fim de saber se ela tinha algo em mente, algo que me inspirasse. Não que eu goste de pedir ajuda de alguém, sou competente e gosto de fazer quase tudo sozinho, porém reconheço que estou numa situação crítica.

    - Fala, caralho.

    - Você já pensou em lavar sua boca?

    - A escovei hoje, mas e aí, o que você quer? Te conheço Sasuke, só me procura quando quer alguma coisa.

    - Preciso de uma opinião sua, mesmo sabendo que você não é nada feminina...

    (...)

    Finalmente o dia da apresentação tinha chegado. Eu me encontrava em frente ao telão, trajado meu melhor terno azul marinho, segurando um controle de slide em mãos. Todos os cães da HB estavam presentes, com certeza rindo internamente da minha cara, já que eu era quem deveria aprovar ou não algo que saísse do setor criativo. Já outros me olhavam com receio, pois sabiam da minha má fama com a Sakura, e consequentemente esperavam que a mesma já chegasse me dando uma voadora.

    - Bom dia a todos. ? por falar na peça. ? Desculpe o atraso, eu estava atendendo uma ligação da minha filha. ? sentou-se então em sua cadeira, deixando todos na mesa de perfil para ela, e seu olhar lá do fundo se encontrou com meu, um olhar que queria dizer: ?Quero ver você se fodendo geral, seu merda.?

    - Posso começar?

    - Passou da hora. ? e fez questão de olhar o relógio de pulso para dizer que estava com a razão. Rá, como se o telefonema da cria dela com o demônio fosse minha culpa.

    Então o silêncio se completou naquela sala. Fiquei de perfil para todos ao lado do telão, apertando o controle em mãos, deixando a logomarca da Empresa passar junto das notas iniciais, e logo após vindo, obviamente, o esboço do design e o mesmo já acabado.

    - Oh!

    - Que maravilhoso! ? Ino comentou, levando uma careta da melhor amiga.

    Pouco me lixei para a boa impressão, e pus-me a explicar a tal embalagem esboçada na tela.

    - Bem, como podem ver, eu me inspirei na própria estrela do produto pra fazer a embalagem. Então uni o útil ao agradável, deixando a marca da HB representada, indiretamente, nela. Nosso público alvo, além de fazer mais plásticas para chegar ao tão famoso rosto perfeito, na concepção da sociedade, provavelmente usarão mais dos nossos produtos, porque nem só de plástica é feita uma mulher do XXI, elas precisam enaltecer sua beleza, utilizando de fragrâncias, maquiagens e cremes rejuvenescedores...

    - Isso é ridículo! ? rebateu a desgraçada.

    - Sério? E o que sua empresa faz, Sakura? A HB vende produtos para embelezar as mulheres, e todas as mulheres querem sim, mesmo algumas assumindo que não, ter um rosto igual, ou parecido, com a da estrela representada nesse desenho industrial, inclusive você que mesmo tão cheia da grana, ainda não tomou coragem para diminuir o tamanho da sua testa, ah, mas eu me esqueci, isso não tem concerto.

    Muitos se seguravam para não rir, e provavelmente a Haruno embasbacada se segurava era pra não voar em mim e não me fazer em mil pedaços. Sei reconhecer um olhar mortal, e ela constantemente o tem quando me olha, principalmente quando eu a insulto propositalmente.

    - Concordo com sua ideia óbvia, Sasuke. Vou pensar num jeito de diminuir os custos de uma embalagem tão cheia de detalhes... ? falou a gestora de logística.

    - Obrigado Kurenai.

    - É uma ideia fantástica. Eu com toda certeza a aprovo. ? sei que quem deveria aprovar essa merda era alguém chamado Sakura, mas já que ela quis assim, que sofra as consequências.

    (...)

    - Eu também aprovo o design. O que você tem a dizer Sakura? ? disse o senhor Preguiça, também conhecido como o crânio logístico da HB, Shikamaru.

    Ergui uma sobrancelha curiosa pra Haruno, esperando-a dizer alguma coisa.

    - Primeiro, vá se ferrar com todo o seu machismo, Uchiha! ? tomou um gole de café e bateu com força a xícara no pires, assustando seus cãezinhos infiéis. ? E segundo, já vi embalagens melhores.

    - Então porque não as usou?

    - Não te interessa! Mas... ? juro que vi um bico se formando em sua boca. Ela parecia decepcionada, algo que me animou um pouco. ? Bem, eu aprovo. Pode mandar o design para a indústria imediatamente. Agora se me derem licença, eu vou indo.

    - Sakura, hey, aonde você vai?

    - Não te interessa!

    Ino me lançou uma expressão reprovadora, se erguendo da cadeira.

    - Você é cruel, Sasuke!

    - Eu sei. ? ironizei, é claro. Não chego a tanto.

    - Aff, a minha amiga é uma bobona, não sei como ela ainda insiste em conviver com você. SAKURA! VOLTE AQUI TESTUDA!

    E em meio aos risos, olhei sugestivo para os sócios ali presentes. Eles sabiam que só faltavam convencer mais dois coelhos para o meu dia de glória chegar.

    ...

    Meu dia até que não foi um dos piores. Voltei para casa mais cedo, e agora eu estava deitando em minha cama, pensando numa forma de concluir meu plano para tomar a HB e ridicularizar minha chefinha querida em público. Peguei meu notebook e vi que eu já tinha tudo quase pronto. A única coisa que faltava era fazer outros dois sócios da Sakura a traírem, e com certeza eu conseguirei tal façanha. Mal vejo a hora de tomar a presidência e fazer Sakura pagar vintém por vintém das minhas noites mal dormidas.


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