Escute Seu Coração

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    10
    Capítulos:

    Capítulo 12

    Capítulo XII

    Álcool, Linguagem Imprópria, Spoiler

    Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes.

    ESCUTE SEU CORAÇÃO

    Chiisana Hana

    Beta-reader: Nina Neviani

    Capítulo XII

    Atenas.

    Shunrei, Shiryu e Dohko retornam para o Condomínio Olympus.

    (Shunrei) Foi tão estranho sentir a estátua.

    (Shiryu) Ainda não entendo como isso aconteceu.

    (Dohko) Ela é muito sensível, Shiryu. Ela sabe quando você está sofrendo, não sabe, Shunrei?

    (Shunrei) Sim. Sinto algo como um aperto no peito e às vezes é como se eu pudesse ouvir o Shi me chamando.

    (Dohko) E pode mesmo. Vocês são ligados muito intensamente, além do imaginável.

    (Shiryu) Isso eu sei. Eu amo muito essa minha florzinha.

    (Shunrei) Eu também te amo muito.

    (Dohko) Ah, como o amor é belo! Bom, chegamos ao condomínio. Meninos, vocês estão cansados de água ou ainda agüentam mais um pouco? Pensei em almoçarmos à beira da piscina e passarmos uma tarde agradável antes de você irem embora.

    Shiryu e Shunrei olham-se e somente com esse olhar já sabem qual é a resposta.

    (Shiryu) Não estamos cansados.

    (Shunrei) Queremos ir para a piscina!

    (Dohko) Ótimo. Arvanitakis, sirva o almoço lá!

    Na piscina do condomínio, Shiryu, Shunrei e Dohko divertem-se. Dando uma pequena cambalhota, Shunrei pula na piscina. Shiryu e Dohko seguem-na.

    (Dohko) Há quanto tempo não dou uma cambalhota! Que delícia!

    (Shiryu) É ótimo. Mas Shu, evite fazer movimentos bruscos.

    (Shunrei) Não se preocupe, amor. Estou bem!

    (Dohko) Shiryu, não é necessário superprotegê-la. Moderação e equilíbrio sempre, em todas as coisas da vida. Não fique impressionado com a história de Yué. Aconteceu porque tinha de acontecer.

    (Shiryu) Está certo, mestre. Vou tentar não exagerar.

    De bermuda e chinelo de dedo, Aldebaran se aproxima da piscina.

    (Aldebaran) Olá, pessoal! Estava dando uma volta no "condô" e ouvi vocês conversando aqui.

    (Dohko) "Condô"?

    (Aldebaran) É meu jeito carinhoso de chamar o nosso reduto.

    (Dohko) Ah... Condô.

    (Aldebaran, rindo) Hehehe! E como vão os recém-casados?

    (Shiryu) Muito bem, Aldebaran.

    (Dohko, orgulhoso) Tão bem que já vão me dar um netinho.

    (Aldebaran) Ah, já? Meus parabéns! Isso merece uma comemoração! Vou pegar o som e os discos, vou mandar o meu secretário preparar uns quitutes e vou chamar a galera! Vamos festejar!

    (Dohko) Boa idéia, Touro!

    Aldebaran retorna com os outros dourados e a festa começa. Até Máscara da Morte, que de início se recusa a ir, acaba cedendo e aparece na brincadeira. Todos comem, conversam e se divertem, somente o som é motivo de confusão. Cada um deseja pôr a música de seu país e ninguém entra em acordo.

    Ao cair da tarde, Shiryu, Shunrei e Dohko despedem-se de todos e voltam para a casa. Lá, tomam banho, arrumam-se e comem uma comidinha leve que Arvanitakis preparara especialmente para eles. Enquanto jantam, Dohko os observa. Vez ou outra sorri melancolicamente.

    (Dohko) Dá uma dor no coração saber que vocês dois já vão embora. Espero voltar a vê-los muito em breve.

    (Shiryu) Claro, Mestre. O senhor terá que ir ver seu neto.

    (Dohko) Sim! Verei meu neto muitas vezes. Mas antes quero ver essa barriguinha crescendo, crescendo...

    (Shunrei, com os olhos marejados) Ah, eu mal consigo esperar para a barriga aparecer.

    (Shiryu) E eu também.

    (Dohko) É maravilhoso. Principalmente quando o bebê começa a mexer. Mas agora se apressem. Enquanto vocês se arrumavam, ligaram do aeroporto, a aeronave da Fundação GRAAD já está pronta para partir. Arvanitakis já colocou as malas no carro. Eu vou acompanhá-los até o aeroporto.

    Na garagem, quando o carro já está partindo...

    (Saga, com uma mala na mão) Espera!

    (Dohko) Saga? O que houve? Algum problema? Estão quebrando o pau na piscina?

    (Saga) Não. Ehr... Shiryu, sei que vocês estão indo para a China num avião da Fundação. Será que eu poderia pegar uma carona?

    (Shiryu, sem entender) Claro, Saga.

    (Saga, entrando no carro) Excelente! De lá posso pegar um avião para o Japão.

    (Shiryu) Não precisa. O piloto vai nos deixar em Jiangxi e de lá irá para Tóquio.

    (Saga) Melhor ainda! Nossa! Estou sentindo a sorte do meu lado!

    S - - - - A- - - - I - - - - N - - - - T - S - - - - E - - - - I - - - - Y - - - - A

    Tóquio.

    Apartamento de Shun e Ikki.

    Pani está na cozinha fazendo o jantar. Ikki e Pandora namoram na sala, enquanto Shun estuda no quarto. A campainha toca.

    (Ikki) Paniiii! Atende aí!

    (Pani, vindo correndo da cozinha) Sim, senhor. (abrindo a porta) Pois não?

    (June) Hein? Você é...?

    (Ikki) É a nossa nova empregada. O nome dela é Pani.

    (June, entrando) Ah... oi, Pani. (olhando-a de cima a baixo, depois olhando para Pandora e fazendo gestos de "o que é isso?") Pandora...

    (Pandora, sussurrando) Foi o Ikki que arrumou ela sei lá onde.

    (June, depois que Pani vai para a cozinha) Não é jeitosinha demais para uma empregada?

    (Pandora) Não. (pensando) É, sim, seu encosto loiro. Mas o que você tem com isso?

    (June, pensando) Não gostei. (para Pandora) E o Shun?

    (Ikki) No quarto.

    (June, indo para o quarto) Excelente!

    (Pandora) Tá vendo? Parece que a casa é dela. Só não entra direto porque não tem a chave.

    (Ikki) Logo, logo o Shun vai dar uma chave a ela, pode apostar.

    (Pandora) Aí esse encosto loiro vai viver enfiado aqui.

    (Ikki) Esquece ela e vem cá. Vamos continuar o que estávamos fazendo.

    No quarto...

    (June, entrando sem bater) Boa noite, lindinho!

    (Shun, sem tirar os olhos do livro) Boa noite, Ju.

    (June) O que foi?

    (Shun) Nada. É que esse tópico que estou estudando é muito importante, você pode esperar um pouquinho?

    (June) Vai me trocar por um "tópico importante"?

    (Shun) Não é questão de trocar. Eu estudo esse tópico e depois sou todo seu, ok?

    (June) Ok. Vou ficar quietinha.

    Cinco minutos depois...

    (June, impaciente) E essa empregada nova, hein?

    (Shun) Ela é legal. Termino já, já, certo?

    (June) Tá, vou ficar calada.

    (Shun) Obrigado, Ju.

    Cinco minutos depois...

    (June) Acabou?

    (Shun) Ainda não.

    (June) Não acaba nunca?

    (Shun) Só mais cinco minutinhos.

    (June) Tá.

    Cinco minutos depois...

    (June) Cinco minutos. Acabou?

    (Shun, desistindo de tentar estudar e fechando o livro antes de terminar o tópico) Já, Ju.

    (June, pulando em cima dele) Obaaaaaa!

    Os dois trocam alguns beijos e em seguida, June começa a abrir a camisa de Shun...

    (Shun) Espera, June. Eu quero conversar uma coisa com você.

    (June) Agora?

    (Shun) É. Ju, eu não achei legal você ter ido no colégio.

    (June) Eu não fiz nada demais lá, nem bati em ninguém. Só mostrei para as mini-mocréias quem vão ter de enfrentar se se meterem a besta com você.

    (Shun) Eu sei, mas não é certo. Que namoro é esse se você não confia em mim?

    (June) Eu confio! Eu não confio é nas mini-mocréias.

    (Shun) Mas você é minha namorada, tem que confiar em mim.

    (June) Não vou fazer mais, ok?

    (Shun) Melhor assim.

    (June, levantando a camisa dele novamente) Agora relaxe...

    Pani bate à porta.

    (Pani) Senhor Shun, o jantar está servido.

    (Shun) Já vamos!

    (June) Ah, não!

    (Shun) Depois a gente continua. Se não formos agora o Ikki vai me encher, vai ficar comentando coisas sobre o que supostamente estaríamos fazendo.

    (June) Supostamente não, né? Fazendo mesmo.

    (Shun, corando) Vamos.

    À mesa, todos elogiam a comida de Pani. A ex-prostituta se sente extremamente feliz por estar agradando aos patrões.

    (Pandora) Depois de jantarmos, você janta, lava a louça e aí pode se recolher.

    (Ikki) Por enquanto.

    (Pandora) Como?

    (Ikki) Ela vai estudar, né?

    (Pani, surpresa) É?

    (Ikki, pensando) Ai, burra. Tenho que repetir a instrução de concordar com tudo que eu digo. (para Pani) Não é? Você me falou que gostaria de estudar e eu disse que poderia.

    (Pani, meio enrolada, lembrando-se da instrução) Ah, sim, é verdade. Mas não vai ser agorinha, agorinha.

    (Pandora) Se ela vai estudar, quem vai lavar a louça do jantar?

    (Ikki) Você.

    (Pandora) Vai esperando.

    (Ikki) Qual é o problema? Você não lavava antes?

    (Pandora) Antes não tínhamos empregada.

    (Shun) Falou bem, empregada, não escrava. Acho justo que a Pani faça o jantar e se recolha.

    (Pani) Não tem problema, senhor. Eu lavo.

    (Pandora) Eu não vou lavar prato nenhum.

    (Ikki) Isso é o que nós vamos ver. June, está calada hoje.

    (June) É, estou... Já acabou o jantar, querido?

    (Shun) Ah, sim.

    (June, puxando Shun) Então vamos. (pensando) Essa Pandora é intragável, esse Ikki é um chato e essa empregada nova... tsc tsc...

    (Ikki) Que fogo, hein?

    (June) O que disse?

    (Ikki) O que você ouviu.

    (Shun) Ikki!

    (Ikki) O que foi? É a verdade.

    S - - - - A- - - - I - - - - N - - - - T - S - - - - E - - - - I - - - - Y - - - - A

    Estados Unidos da América.

    Hyoga desembarca em Los Angeles. Estar sozinho e enfrentar uma nova vida num país desconhecido são coisas que o deixam um pouco perturbado. E estar longe da pessoa que ele mais amava no mundo, a filha que ainda nem nascera, é uma coisa que dói mais que qualquer outra, exceto a morte da mãe.

    O apart-hotel onde Aaron Knighter lhe fez a reserva era luxuoso e não ficava muito distante do curso, poderia inclusive ir a pé. Nessa primeira semana faria um curso intensivo de inglês para começar as aulas de artes cênicas mais fluente na língua. Aaron tinha conseguido alguns trabalhos para ele, então a agenda estava cheia nessa primeira semana.

    No sábado, saiu para passear, conheceu a cidade, foi ao shopping e comprou um cisne de pelúcia para mandar para a filha.

    Segunda-feira.

    Primeira aula no curso de artes cênicas. A primeira aula é exatamente de Aaron Knighter, o homem que o levara para Los Angeles. No intervalo para o almoço...

    (Rumiko, sentando-se ao lado de Hyoga, falando em japonês) Não é muito comum encontrar um loiro de olhos azuis escrevendo em japonês.

    (Hyoga, em japonês) Sou filho de uma russa com um japonês.

    (Rumiko) Também fala japonês perfeitamente! Mas você é tão loiro! Não tem nenhum traço oriental.

    (Hyoga) Puxei à minha mãe, felizmente.

    (Rumiko) Não gosta de japoneses?

    (Hyoga) Não gosto do meu pai.

    (Rumiko) Ah,ainda bem que não tem nada contra os outros orientais. Me chamo Rumiko.

    (Hyoga) Meu nome é Hyoga.

    (Rumiko) É? O professor chamou você de Alexei.

    (Hyoga) Alexei Hyoga.

    (Rumiko) Lindo nome.

    (Hyoga) Obrigado.

    (Rumiko) E então, já começou a pensar no trabalho mensal?

    (Hyoga) Não é muito cedo? Estamos no primeiro dia!

    (Rumiko) Não! O ideal é começar logo! Se deixar pra última hora, pode não dar tempo. Vamos dar uma olhada na videoteca? Talvez a gente encontre alguma cena interessante para interpretar.

    (Hyoga) Eu estava pensando em fazer isso outro dia.

    (Rumiko) Vamos! Por favor!

    (Hyoga) Está bem.

    E os dois vão juntos para a videoteca. A japonesinha se sente encantada por Hyoga. Ele, por sua vez, sente-se apenas estranho, sem saber se quer deixar que a menina se aproxime. Talvez não fosse uma boa idéia envolver-se agora. O conturbado relacionamento com Eiri acabara há tão pouco tempo. Por hora, ele decide apenas ir à videoteca com Rumiko. Mais tarde pensará direito se é prudente deixar que ela realmente entre em sua vida.

    Continua...


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