Loucura

Soraya estava toda coberta de sangue com uma faca em sua mão e Mary estava no chão esfaqueada, Soraya saiu correndo para fora de casa mas eu não tinha reação.

- Mary querida! ? Me ajoelhei ao seu lado.

- Guilherme meu amor, não foi culpa dela...

Senti seu corpo ficar mole, Mary havia morrido em meus braços.

- Papai o que aconteceu?

Ashley não podia ver aquilo.

- Fique aí fora querida, não entre aqui!

- Sim papai...

O que poderia fazer agora? Por que Soraya havia feito aquilo? Não conseguia entender.

- Filha querida passe pelo jardim, chame à senhora Rose nossa vizinha e fale pra ela chamar a polícia.

- Sim senhor.

Fiquei ali com Mary em meus braços por muito tempo, não conseguia parar de chorar. Até que depois de um tempo ouvi sirenes e um homem entrou em minha casa.

- Senhor Guilherme?

- Minha filha a matou.

- Pode soltá-la por favor?

- Não, vou ficar com ela aqui.

- O senhor tem que soltá-la.

- EU JÁ DISSE QUE NÃO! VÃO PROCURAR MINHA FILHA E ME DEIXAM EM PAZ!

- Senhor, por favor, solte.

Dois homens me pegaram pelo braço e me puxaram.

- NÃO VOU ME SEPARAR DE MARY!

Esmurrei um deles e tentei escapar do outro, mas alguém enfiou uma agulha em meu pescoço me fazendo desmaiar...

Acordei em uma sala de interrogatório e um agente estava lá.

- Senhor, sou agente David e gostaria de fazer algumas perguntas.

- Eu não a matei.

É claro que nunca ninguém ia acreditar em mim, uma loucura eu dizer que uma garota de 10 anos matou sua própria mãe.

- Quem foi então?

- Minha filha, Soraya.

O agente deu uma risada.

- Que história mais louca, o que fez com sua filha, matou ela também?

Eu iria ser preso se não fizesse algo, na hora lembrei-me das câmeras que tinha instalado na cozinha, isso com certeza ia ajudar.

- Eu tenho a prova de que sou inocente.

- E o que seria? Sua filha mais nova? Ela só tem cinco anos, pare de delirar.

- Não falei sobre Ashley, tenho câmeras na cozinha.

O agente parecia ter sido pego de surpresa.

- É melhor que esteja falando a verdade, espere aqui, volto em um instante.

Ele saiu como se a brincadeira dele tivesse sido cortada no meio.

Voltei a pensar no que havia acontecido.

- ?Porque Soraya fez isso? Sei que não foi sua intenção, conheço minha filha, preciso achá-la e protegê-la.?

Estava perdido em meus pensamentos quando de repente vi algo impossível, não podia ser real.

- Olá, querido!!