Escute Seu Coração

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    10
    Capítulos:

    Capítulo 6

    Capítulo VI

    Álcool, Linguagem Imprópria, Spoiler

    Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes.

    ESCUTE SEU CORAÇÃO

    Chiisana Hana

    Beta-reader: Nina Neviani

    Capítulo VI

    Tóquio.

    Shun acaba de pôr a mesa. Ikki já acordou, tomou banho e se arrumou.

    (Ikki, sentando-se à mesa) Vou almoçar logo, falou? Depois vou sair. Pode ficar à vontade com a loira. Só volto à noite. Se voltar. Pode usar minha cama, se quiser. Só toma cuidado pra não arranjar um filho.

    (Shun, muito envergonhado) Pára com isso. Você só pensa nessas coisas?

    (Ikki) E você não?

    (Shun) Eu não.

    (Ikki) Pois devia. Principalmente agora depois que a loira lutadora atacou você. Sim, porque ela deve ter atacado. Você não partiria pra cima dela. (campainha toca) Deve ser ela. (abrindo a porta) Oi, June. Entra aí.

    (June, quase ignorando Ikki) Oi. (abraçando Shun) Shunzinho! Que saudade!

    (Ikki) Tô indo, Shun.

    (Shun) Não vai mais almoçar?

    (Ikki) Como qualquer coisa na rua. Até mais.

    (Shun) Até, Ikki.

    (June, agarrada ao pescoço de Shun) Já que seu irmão saiu, vamos aproveitar para fazer o que interessa?

    (Shun) Ehr... calma, June... Vamos almoçar primeiro.

    (June, beijando Shun) Eu não estou com fome, estou com saudades.

    (Shun) Ju, eu estou mortinho de fome. Passei a manhã arrumando a casa pra você encontrar tudo perfeito.

    (June) Ai, Shun! Não precisava! Bom, já que meu fofinho está com fome, então vamos almoçar. O que eu posso fazer, né?

    (Shun) Melhor assim!

    Shun serve o almoço.

    (June) Você só vai comer mato?

    (Shun) Eu sou vegan, Ju. Não como nenhum produto de origem animal.

    (June) Na Ilha de Andrômeda você comia.

    (Shun) Lá eu não tinha escolha. Agora eu tenho.

    (June) Deve ser por isso que você está tão magrinho. Prova um pedacinho de peixe, prova.

    (Shun) Eu não como isso de jeito nenhum. É carne morta, June!

    (June) Ok, fofinho. Você come seu matinho, eu como a minha carninha, e está tudo certo. Não vou implicar com seus hábitos.

    (Shun) Que bom que você entende, June.

    (June) Não vejo motivo para ficar tentando mudar você. Você já é perfeito do jeitinho que é.

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    Ikki come qualquer coisa num boteco e vai para a academia de luta.

    (Ikki, consigo, entrando na academia) Preciso treinar. Já estou parado há dias. (para os outros lutadores) Cheguei.

    (Hiroshi) Salve! Como foi a viagem à China?

    (Ikki) Foi legal. Quem vai ser a vítima de hoje?

    (Hiroshi) Bom, acho que eu mesmo. Você tem alguma luta marcada?

    (Ikki) Não. Depois que eu ganhei todas as lutas, ninguém ousou me desafiar. Mas eu não luto por isso. É só pra não ficar em casa mesmo. Vamos para o ringue. Estou afim de ver sangue escorrer.

    (Hiroshi) Espero que não seja o meu.

    (Ikki) Será.

    Depois do treino. Um corte no supercílio de Hiroshi sangra bastante. Um fiozinho de sangue escorre pelo canto da boca de Ikki.

    (Ikki) Parabéns! Você melhorou muito. Conseguiu me acertar uma vez!

    (Hiroshi) Treinei muito para isso!

    (Ikki) Você tem futuro. Mas só se eu não estiver no seu caminho.

    Pandora entra na academia.

    (Pandora) Ikki, posso falar com você?

    (Ikki, saindo do ringue) Ora, ora, já voltou? (pensando) Foi mais rápido do que eu esperava.

    (Pandora) Sem gracinhas, por favor.

    (Ikki) O que quer?

    (Pandora) Acho que fui meio impaciente ontem.

    (Ikki) Meio?

    (Pandora) Você pediu! Aquele lugar era o fim! Mas eu admito que não devia ter falado na... nela.

    (Ikki) É, não devia. Eu não estou enganando você. Você sabe muito bem que ela está presente na minha vida e que isso não vai mudar.

    (Pandora) Eu sei. Desculpa.

    (Ikki) Tudo bem. Você vai voltar pra casa?

    (Pandora) É... Vem comigo?

    (Ikki) Vou. Só me deixa limpar esse sangue.

    (Pandora, retirando um lenço da bolsa) Eu limpo.

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    Rozan.

    Mu e Eiri vão até a cidade para a consulta com o médico.

    (Eiri) Isso aqui é bem grande.

    (Mu) É, sim. Os Cinco Picos Antigos são só uma pequena parte desse lugar.

    (Eiri, decidida) Eu gosto daqui. Mu, eu quero ficar.

    (Mu) Tem certeza?

    (Eiri) Sim. Não estamos indo ao médico? Quero que ele acompanhe minha gravidez e quero que ela nasça nesse lugar lindo.

    (Mu, sorrindo como criança) Então vou comprar uma casinha aqui, nós arrumamos tudo e ficamos.

    (Eiri, sorrindo) Eu vou amar.

    No hospital...

    (Recepcionista) Senhorita Eiri.

    (Eiri, respirando fundo) Vamos lá, Mu?

    (Mu) Claro.

    Mu a acompanha e ambos entram no consultório. Depois de examiná-la, o médico conversa com o casal.

    (Médico) Está tudo bem com a senhora e com o bebê, mas podia não estar. Fez muito mal em não procurar um médico antes. Foi uma atitude bastante irresponsável.

    (Eiri) Eu sei, mas é que eu estava passando por uns problemas.

    (Médico) Não tem desculpa.

    (Mu) Ela não vai mais se descuidar, doutor.

    (Médico) Assim espero. E quaisquer que sejam esses problemas, fique longe deles. Nesse momento, você precisa de tranqüilidade, de um ambiente saudável e harmonioso para que o seu bebê se sinta acolhido.

    (Eiri) Pode deixar, doutor. Estou bem longe do problema.

    (Médico) Você está com cerca de 9 semanas de gestação. Aparentemente está tudo correndo dentro da normalidade, mas eu vou pedir exames de sangue, fezes e urina para ter certeza de que está tudo bem. Você vai ter que cuidar da alimentação, fazer exercícios leves e não deve se estressar. Alguma dúvida?

    (Eiri, corando) Sim, doutor.

    Mais tarde, em casa...

    (Eiri) Mu, adorei a consulta com o médico. Ela esclareceu todas as minhas dúvidas, inclusive aquela...

    (Mu) Qual?

    (Eiri, sussurrando no ouvido dele) Se a gente pode fazer amor...

    (Mu) Hum... também gostei bastante da resposta do médico.

    (Eiri) Que tal começar agora?

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    Santorini, Grécia.

    Noite.

    Shiryu e Shunrei acabaram de chegar de Mykonos. Tomaram banho juntos e jantaram no quarto. Agora, Shiryu está deitado e dorme tranqüilamente. Sentada na beirinha da cama, Shunrei o observa. Ele está deitado de bruços, as pernas ligeiramente abertas, a direita flexionada, uma das mãos sob o rosto. Ela acaricia os cabelos dele e dá um beijinho na cabeça.

    (Shunrei, sussurrando) Que coisa mais linda é você, meu amor. A coisa mais linda do mundo com certeza. Dorme tranqüilo, anjo. Dorme...

    Shunrei põe-se a fazer uma coisa que a intrigava desde a véspera do casamento: experimentar as lingeries sexies que Pandora havia lhe dado. Retira uma por uma da mala e olha-as com cuidado. Parecem pequenas e ousadas demais, mas sem dúvida são bonitas. Escolhe a que considera menos ousada: um conjunto de calcinha e sutiã brancos com florzinhas cor-de-rosa. A aparente discrição do conjunto a agrada e ela o veste. Na pele, o conjunto fica praticamente transparente, não esconde praticamente nada, mas é indubitavelmente belo. Ela se sente bonita vestida daquele jeito. Despe esse conjunto e veste outro, dessa vez, de renda preta. Não gosta. A calcinha é minúscula e um tanto apertada. Retira-o depressa e pega um conjunto vermelho. É quase do tom de seu vestido de noiva. Veste-o, olha-se no espelho. O conjunto a faz sentir-se poderosa, perfeita, e é inevitável pensar se Shiryu gostaria de vê-la assim. Shunrei sai de seu devaneio com os aplausos dele.

    (Shiryu, deitado na cama, aplaudindo) Uau! Perfeita!

    (Shunrei, corando) Acha mesmo? Não é muito... muito... vulgar?

    (Shiryu, levantando-se e abraçando-a) Não. É absolutamente lindo. Vermelho combina com você. Estou simplesmente fascinado.

    (Shunrei) Parece que a Pandora entende dessas coisas.

    (Shiryu, beijando a nuca dela) Certamente.

    (Shunrei) Então de vez em quando lhe farei uma surpresa com essas lingeries.

    (Shiryu) Eu vou adorar.

    (Shunrei) Ainda falta experimentar dois conjuntos... quer ver?

    (Shiryu, sentando-se na cama novamente) Claro!

    (Shunrei) Está bem. Se eu ficar vermelha, releve.

    (Shiryu) Se você ficar vermelha, eu vou beijá-la.

    Shunrei retira o conjunto vermelho e veste um com estampa de onça.

    (Shunrei) Que tal esse?

    (Shiryu) Essa estampa não é minha preferida, mas você continua linda.

    (Shunrei) Assim não vale. Você acha tudo lindo!

    (Shiryu) Juro que estou sendo sincero!

    (Shunrei) Hum... vou acreditar! Agora o último.

    Shunrei não consegue concluir a prova das lingeries. Assim que ela despe o conjunto de oncinha, Shiryu a beija intensamente e os dois começam a fazer amor.

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    Moscou.

    Hyoga está num estúdio fotográfico. É uma de suas últimas sessões de fotos na Rússia. Cumprirá todos os compromissos agendados, depois se preparará para a mudança. Enquanto posa para o fotográfo, pensa na filha.

    (Hyoga, pensando) É uma menininha. Adoraria que ela se parecesse com minha mamãe.

    (Fotógrafo, um pouco irritado) Alexei! Está desconcentrado hoje!

    (Hyoga) Desculpe. É muita coisa na minha cabeça.

    (Fotógrafo) Já estou sabendo que vai embora, mas tente não pensar nisso durante a sessão de fotos. Quero você com um ar sexy, não com esse olhar perdido.

    (Hyoga) Eu vou me concentrar.

    Ao final da sessão, ele troca de roupa e vai pra casa. Antes, passa numa loja de produtos para bebês e pede para ver roupas de recém-nascido.

    (Vendedora) Você é aquele cara do filme, não é?

    (Hyoga) Sou sim. Pode me mostrar mais roupinhas?

    (Vendedora) Claro. Claro. Você é mais bonito pessoalmente.

    (Hyoga, sério) Obrigado. Separe estas aqui. Eu queria umas touquinhas e umas mantas também. Daquelas mantas bordadas.

    (Vendedora) Quando vai fazer outro filme?

    (Hyoga) Eu não sei. Mostre-me sapatinhos também.

    (Vendedora) Ai, você estava tão lindo no filme!

    (Hyoga) Me faz um favor?

    (Vendedora, insinuando-se) Até dois.

    (Hyoga) Ponhas as roupinhas numa caixa e faça a conta.

    (Vendedora, pensando) Metido.

    A moça faz o que Hyoga pede e entrega a caixa a ele. Antes de passar no correio, Hyoga compra um cartão, escreve algumas palavras nele e põe dentro da caixa, sobre as roupinhas. Já estava começando a embrulhar o pacote em papel pardo, quando rasgou um pedaço, rabiscou algo e colocou dentro da caixa. Somente então ele fecha o embrulho e vai aos correios para enviar a caixa pelo método mais rápido.

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    Tóquio.

    Apartamento de Seiya.

    Shaka e Seika estão deitados no sofá, ela no colo dele.

    (Shaka) Seika, eu estou adorando ficar aqui com você. Eu nunca tinha sentido tanta felicidade por razões pessoais. O que estou sentindo por você é muito especial e eu gostaria de ficar mais tempo aqui, mas preciso voltar a Atenas.

    (Seika) Ah, não! Eu não quero ficar longe de você.

    (Shaka) Eu também não quero me afastar, Seika, mas é necessário. Tenho que voltar. As aulas na faculdade já vão começar. Agora eu tenho você, preciso pensar no futuro.

    (Seika) O meu irmão herdou muita, muita, muita grana. Não precisa se preocupar.

    (Shaka) Assim você me ofende. Eu não sou o tipo de homem que se submete a ser sustentado pelo cunhado. Quando nos casarmos, você não vai precisar do dinheiro do seu irmão.

    (Seika, com os olhos brilhando) Casar?

    (Shaka) Claro. Eu quero me casar com você.

    (Seika) Aaaaaaaaaaaaah, Shakinha! Que liiiiiiiiiiindo! Eu também quero! Quando? Quando? (pensando) Ai, casar com meu lindo, loiro e dourado! É tudo que eu queriaaaaa!

    (Shaka) Ainda deve demorar um pouco. Mas que bom que ficou feliz.

    (Seika) Feliz? Eu estou radianteeee!

    (Shaka) Então, vou voltar para Atenas em dois dias, mas nas férias virei vê-la.

    (Seika) Hum... esperar até as suas férias? Se a saudade apertar, eu vou para Atenas. Quando você menos esperar eu aparecerei.

    (Shaka) E as suas aulas?

    (Seika) Eu dou um jeito! Não vou conseguir ficar muito tempo longe de você. Eu te amo tanto.

    (Shaka) Eu também te amo, Seika. Antes de conhecê-la, nunca tinha pensando em me apaixonar. Quando eu a vi foi como se outra perspectiva se abrisse para mim, uma visão menos racional, menos divina. Eu me sinto tão humano! E isso é muito bom.

    (Seika) Você ainda não viu nada, Shakinha. Tem coisas muito melhores. (acariciando o peito dele) Coisas ma-ra-vi-lho-sas!

    (Shaka, desconfortável) Erh... Seika, essas coisas não devem ser feitas agora.

    (Seika) Por que não? Você já vai voltar para a Grécia. Vamos aproveitar!

    (Shaka) Não é certo. Faremos isso somente depois de nos casarmos.

    (Seika) Humpf... tomara que não demore muito...

    Enquanto isso, no quarto de Seika, Shina arruma as malas.

    (Seiya) Por que você já vai? O ser meditador vai por causa das aulas na faculdade, mas você não.

    (Shina) Vou porque quero ir.

    (Seiya) Não vai não, lindona. Fica aqui comigo. Por favor.

    (Shina) Eu sou uma amazona. Minha obrigação é estar lá no Santuário.

    (Seiya, interrompendo-a) Ah, conta outra! Essa não cola. Tem uma porrada de dourado lá, não faz diferença se você não voltar. E nem diga que precisa de autorização da deusa, porque eu sei que não precisa.

    (Shina) Eu quero voltar, Seiya.

    (Seiya) Fica. Você pode ficar aqui comigo. Eu vou cuidar direitinho de você. Prometo não forçar a barra.

    (Shina) Eu... eu não sei. Não faz essa cara de cachorro pidão!

    (Seiya) Fica! Fica! (beijando-a) Isso convence você a ficar?

    (Shina) Você é bobo, chato, folgado, ciumento... mas é irresistível.

    (Seiya, piscando um olho) Eu sei. Fica?

    (Shina) Fico.

    (Seiya) Iupiiiiiiiiiiiii! Eu sabia!

    (Shina, rindo) Você venceu. Vou falar com o ser meditador pra ele explicar ao Mestre que...

    (Seiya, interropendo-a) Depois. Agora vamos namorar!

    (Shina) Você não tem jeito.

    (Seiya) Mas você me adora!

    (Shina) É, eu te adoro, seu bobo.

    Continua...


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