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- Mira, estás a demorar mais tempo do que a Jane a escolher um vestido ? a autora da voz aparece, demonstrando ser a irmã do alfa.
- Será que tu até nestas situações tem de ser sarcástica ou irónica? ? Pergunta Mira. No entanto não deixa a outra responder, pois logo exclama ? Ah, para que é que eu pergunto?! Claro que tens de ser!
- O que é que tu estás a fazer aqui? Como te atreves? - Aidou não consegue terminar, pois é interrompido.
- Parece que a demonstração de há pouco não surtiu muito efeito ? A voz já conhecida da Jane diz, como se quisesse usar novamente o seu poder.
- Jane! ? Adverte o alfa, aparecendo ao lado da namorada e rodeando-lhe a cintura, encostando-a ao seu peito.
- Eeeeeuuuu nnnuunca? - Aidou de novo não consegue terminar a frase já que estava quase desmaiando de medo.
- Jane, se viéssemos lutar acredita que já estavas morta ? Mira disse à gémea, para espanto de todos ? Tu tens as tuas obrigações e mesmo que te tenham dado ?folga?, não te esqueças de onde e de quem nasceste.
Estas palavras, dito num tom completamente calmo (como se falar da morte da própria irmã fosse habitual) atiçaram a curiosidade dos presentes.
- Continuas a mesma não é, Daianne? ? Kaname diz com um sorriso.
- Claro que não! Antes, eu já o tinha matado; agora ele está vivo e com a sanidade intacta, isto é, se é que ele a tem ? Jane ri-se, maldosa.
- É, acho que tens razão ? o chefe de dormitório concorda, meio divertido.
- Então ele já sabe ? Kuon suspira, olhando de esguelha para a irmã.
- Ei, não comecem a olhar para mim, só porque vocês?
- Só porque nós nada, Elisabeth. Tu vais explicar tudo ? Naddy corta-a.
- Tá bem. Bem é assim: no passado, na época dos ancestrais, todos sabem que a Ancestral matou-se para salvar os humanos dos vampiros. Nessa época, a nossa primogénita, ainda uma recém-nascida estava quase morta, e o clã Õkamisora desesperado, pois o imprinting do alfa tinha morrido ao dar à luz aquela criança. No preciso momento em que a primogénita estava a morrer a Ancestral ?entrou? no corpo dela. Quando a Lyllian (a primogénita) estava a morrer de velhice fez uma profecia que dizia que a próxima mulher a nascer na linha real directa iria ser diferente de todos da alcateia, podendo essa diferença ser um dom ou uma maldição. Então, quando eu nasci, foi um alvoroço, pois os Anciões queriam me matar.
- Como é que sobreviveste? ? Pergunta Yuuki.
- Quando uma recém-nascida de uns três minutos quase os matou ? riu-se Mira.
- Então, se entendi bem tu és a Ancestral? É por isso que às vezes, tu pareces outra pessoa? ? Zero pergunta, vendo mistérios de infância sendo resolvidos.
- Não! ? Lisa exclama - Eu não sou a Ancestral. Ela ?vive? dentro de mim, eu posso falar com ela e essas cenas todas, mas eu não sou ela.
- Só extremamente parecida. Tu disseste que podias falar com ela. Consegues que outros falem com ela? ? Kaname perguntou.
- Meu Deus! Tu a dizeres que a eternidade não te afectava, mas não é isso que parece ? uma voz mais doce disse.
- Aria ? é a única coisa que Kaname diz.
- Ei, eu vou-vos deixar conversar em paz e isso tudo, mas cuidado que apesar de eu não ouvir a conversa, CONSIGUO E POSSO E VOU sentir tudo, Rianny.
As palavras, ditas na mente da Arianna (a Ancestral) fizeram-na corar.
- Meninas ? Arianna diz ? quando eu voltar da conversa, lembrem-me de ter uma conversazinha com a Lisa. E com a Mira ? disse, vendo a última a rir-se.
- Por favor Rianny, como é que queres que eu pare se é culpa da Lisa? ? Esta pergunta, desesperada.
- Não te preocupes ? sossegou-a a Arianna ? o castigo será apenas umas voltas por algumas lojas de vestidos.
Mal ela acaba de proferir estas palavras, Lisa ?sai? do corpo de Arianna.
- Ei, ei. Eu só tava a avisar que não precisavam de se preocupar com o tempo, podem ficar a conversar o tempo que quiserem ? Lisa explicava ? Rianny, se tu quiseres?
- Se eu quiser nada. Não vou aceitar ? A ancestral corta-a.
- Se ela quiser o quê? ? Kaname indaga.
- Trata de lho perguntar.? E o corpo é meu, não te esqueças? ? Lisa avisa-lhe.
A conversa passa-se no quarto de Kaname, deixando os outros livres para falar.
- Ei, ei ? Jane chama Lisa ? o que é que o Kuran e a Arianna-sama estão a conversar, Lisa?
Todos de viram para ela, esperando uma resposta.
- Não sei nem quero saber ? é a única coisa que obtêm.
- Mas e se ela lhe disser o mesmo que te diz, quando tu usas os homens a teu bel-prazer ? Mira pica-a.
- Rianny não seria capaz disso ? a outra risse.
- Eu não seria capaz de que?
- De dizeres ao Kaname o que sempre lhe dizes ? Kuon explica.
- Aria, desculpa pela coisas que te disse antes ? Kaname diz à irmã do alfa.
- Rianny tu não foste capaz de lhe encher a cabeça com tretas não é? ? Lisa pergunta ameaçadoramente.
- Quais tretas? Ah Kaname esqueci de te ?
- Nem penses ? Lisa fala. Dizendo isso a ancestral desaparece.
- O que é que ela me queria dizer? ? Kaname indaga.
- Que sempre que lhe quiseres falar, avisas-me ? Lisa diz.? Pode ser que a Rianny me perdoe um bocado? pensa.
- E depois eu é que sou manipuladora ? Jane diz, dramaticamente.
- E depois a Mira é que é coscuvilheira ? Lisa rebate.
- É e depois o santo é quem tem asas ? Kuon termina.
- Onde é que estives-te? ? A namorada indaga-lhe.
- Haha-ue e Chichi-ue mandaram uma carta. Querem convidar o Kaname e companhia para ir passar lá estes três dias de férias. Já mandei a resposta.
De repente um rosnado é ouvido e no lugar onde estaria a Lisa estava um enorme lobo branco-acinzentado.