Fiquei pensando na nossa situação até que adormeci, não sei ao certo por quanto tempo. Senti um carinho gostoso no meu rosto e quando abri os olhos, Reita estava de quatro sobre mim.
? Sai de cima de mim, agora! ? Empurrei o loiro, mas com a diferença de força, ele nem se mexeu. Ao contrário, deitou seu corpo, ficando sobre o meu, prendendo minhas pernas com as suas, me impedindo de sair do lugar.
? E se eu não quiser? ? Sussurrou em meu ouvido, senti uma sensação estranha na barriga.
? Aí eu grito e faço o maior escândalo até alguém vir e tirar você daqui. ? Falei, me debatendo nervoso, tentando sair do aperto.
Senti seus lábios rasparem na pele do meu pescoço, o que me fez parar e por pouco deixei um suspiro passar pelos meus lábios.
? O que quer afinal? ? O loiro levantou minimamente para seu rosto ficar de frente do meu.
? O Kai foi conversar comigo depois que você sumiu, disse que era para eu vir falar com você, então estou aqui. ? Encostou seus lábios nos meus, mas não me beijou ? Porque gosta tanto dele? ? Senti seu hálito quente bater contra a minha pele, me desconcentrei de suas palavras, meus olhos caíram sobre sua boca.
? Eu sei que você gosta dele, mas também sei que sente alguma coisa por mim, então vou usar isso ao meu favor. ? O que ele estava dizendo? Não entendia nada que ele falava, só via sua boca se mover e imaginei como seria beijar aqueles lábios.
Puxei Reita pelos cabelos, adentrando em sua boca sem pedir passagem, obrigando sua língua se mover com a minha. Suas mãos apertaram minha cintura, me marcando. Dei um jeito de colocar minha mão entre nossos corpos e apertei seu membro, sua boca se descolou da minha para soltar um gemido.
Escutar a sua voz rouca gemendo meu nome era demais para mim, quantas noites já tinha desejado ter Akira assim, e agora ele aqui em cima de mim, gemendo meu nome, me chamando baixinho, acabava com a minha sanidade.
Voltei atacar aquela boca, massageando seu membro, suas mãos que apertavam minha cintura subiram, me arranhando, levantando minha camisa. Sua mão tateava meu peito, rodeando o meu mamilo, mordi seu lábio em resposta. Ali era uma área sensível, seus dedos apertavam com certa força a minha pele. Foi a minha vez de soltar de sua boca para gemer.
Ele aproveitou a distância tirando de vez minha camisa, seus lábios foram de encontro ao meu mamilo, lambendo e chupando a pele machucada, puxei seu cabelo com força enquanto ele o fazia. Quando achou suficiente, largou o meu mamilo e atacou o outro. Arqueei as costas, estar ali com ele era mil vezes melhor que nos meus sonhos.
Suas mãos seguraram com força minha cintura, fechei meus olhos sentindo uma fisgada em meu baixo ventre, sua boca me largou e vi ele afastar seu corpo.
Reita estava sentado sobre os meus joelhos me olhando, seus olhos estavam indecifráveis.
Não entendi o porquê dele ter parado, fiquei encarando o sorriso malicioso que surgiu no seu rosto, até que a fixa caiu. Ele só estava querendo se vingar por mais cedo. O que queria provar? Que podia fazer o que quisesse comigo?Humilhar-me assim? É cruel brincar com os sentimentos dos outros.
? Desgraçado. ? Levei minhas mãos ao seu peito, tentando empurrar o loiro. Ele franziu o cenho e me segurou pelos pulsos, os mantendo presos sobre minha cabeça.
Mil vezes filho da puta, eu só queria sair dali e nunca mais olhar na cara dele. Meus olhos começaram a arder.
Isso Takanori, acaba com sua dignidade chorando na frente dele. Fechei meus olhos com força, eu não iria deixá-lo me ver chorando, pelo menos isso.
? Lindo. ? Sussurrou contra o meu rosto, senti uma pressão sobre meus lábios
? Taka, ? Me chamou baixinho ? Abre os olhos. ? Não abri, dessa vez ele foi longe demais. ? Onegai. ? Sua voz soou dolorida.
Abri os olhos devagar encontrando os seus curiosos.
? Porque está chorando? Eu nunca te forçaria a nada. ? Eu não conseguia entender ele, nunca entendi suas ações.
? Por que me olhava daquele jeito? Essa brincadeira não tem graça. ? Funguei, segurando o choro.
? Que brincadeira, pequeno? Só queria gravar sua imagem, você não tem noção de como esta mordível desse jeito. ? Sorriu sem jeito me dando um selinho, me fazendo corar ? Temos um sério problema de comunicação, Taka. ? Sussurrou, atacando minha boca, foi um beijo calmo e carinhoso. Deixei a lágrima cair.
? Não chora pequeno, não gosto de te ver triste. ? Limpou minha bochecha, carinhoso.
?Você está me confundindo, Akira.
? O que está confuso, pequeno? ? Soltou meus pulsos, voltando a se sentar sobre meus joelhos.
? Se não está brincando, por que está agindo assim? ? Perguntei, deixando meus braços sobre minha cabeça.
? Você é bem lerdinho, né Taka? ? Eu iria retrucar, mas seu sorriso parecia sincero e não debochado, fiz bico ? Amo essa sua carinha confusa. ? Beijou minha barriga, raspando os dentes no local, descendo até o cós da calça. Suspirei.
? Amo ver você corado. ? Suas mãos abriram o meu cinto, tinha certeza que eu estava quase roxo.
? Amo mais ainda quando você esta com expressão de prazer. ? Colocou sua mão dentro da calça, apertando meu membro.
Soltei um gemido fechando os olhos.
? E com certeza, amo ver você tão entregue assim. ? Abri meus olhos, o vendo largar meu membro para tirar a própria camisa. Quase soltei um suspiro com a visão, Reita era lindo. Por um momento, senti vergonha do meu corpo, mas esqueci de tudo quando ele se levantou e tirou o resto da sua roupa, meus olhos vasculharam seu corpo.
Seu peito subindo e descendo, um pouco suado, sua barriga trabalhada me chamava. Levantei em um impulso, ficando de joelhos na sua frente, levei minhas mãos para sua barriga, acariciando a pele, contornando sua musculatura, desci meus olhos para seu membro, o seu falo rijo meio avermelhado estava com a ponta esbranquiçada pelo seu pré-gozo.
? Não me olha assim, Taka. - Sua voz, que mais rouca que o normal, chegou aos meus ouvidos. Não olhei para seu rosto, a única coisa que eu tinha em mente era em como seria seu gosto.
Foi com esse pensamento que eu me curvei e passei a língua na ponta de seu falo, o gosto era estranho, mas ouvir o gemido alto que ele soltou me incentivou.
Olhei para seu rosto, Suzuki mordia com força seus lábios e me olhava com expectativa, voltei a minha atenção para seu membro, segurei na base e suguei a ponta, o senti estremecer. Coloquei o máximo que consegui dentro da boca, chupando, vez ou outra raspava meus dentes, os gemidos do loiro só aumentavam. Sempre pensei que fosse nojento fazer esse tipo de coisa, mas com ele, não era nojento, era gostoso.
Suas mãos puxavam levemente meus cabelos, seu rosto estava vermelho com uma fina camada de suor, seus lábios abertos que suspiravam e gemiam sem pausa me deixavam quente. A cada gemido arrastado que ele soltava, mais forte eu sugava.
? Taka, desse jeito eu vou gozar. - Disse, puxando meus cabelos, me afastando do seu membro. Não tive coragem de olhar em seu rosto depois do que eu tinha feito.
Akira colocou suas mãos em meu ombro me deitando de novo, se colocando sobre mim, se encaixando no meio das minhas pernas.
? Como consegue se tão tímido e tão ousado ao mesmo tempo? ? Sussurrou em meu ouvido, voltando a atacar meu pescoço, apertando minha bunda. Eu só sabia gemer e esfregar meu corpo no seu a procura de alívio.
Quando o loiro ficou satisfeito com as marcas deixadas em meu pescoço, se levantou, tirando o resto da minha roupa. Ele deitou de novo sobre mim novamente após retirar tudo. Nossos membros se tocaram, fazendo gemidos gêmeos saírem de nossas bocas. O enfaixado colocou sua mão entre nossos corpos e agarrou no meu membro.
? É a minha vez de te dar prazer, baixinho. ? Falou contra minha boca, depositando beijos leves enquanto começa a me masturbar. O abracei, arranhando suas costas, meu corpo se jogava por contra própria na sua mão.
? Ãnh, Kira isso é-é bom.
? Taka, você tem camisinha?
? Só no meu, hmmm, quarto.
? Você se importa se for sem? ? Neguei com a cabeça.
Reita largou meu membro, me virou de costas para ele, levantando meu quadril para me deixar de quatro na sua frente. Senti uma mordida na minha bunda.
? Hey. ? Olhei sobre o ombro.
? Sempre quis fazer isso. ? Piscou, eu ia xingar ele, mas as palavras morreram na minha boca quando senti sua língua tocar minha entrada.
Um ofego saiu de minha boca, aquilo era bom, mas ao mesmo tempo vergonhoso. Nunca alguém tinha me tocado ali antes, me senti uma criança transando com um adulto experiente. Abaixei meus ombros, deitando meu rosto em meus braços.
Quando achou que estava bem lubrificado, sua boca se afastou. Segundos depois, seus dedos entraram em mim.
? Custava ter colocado um de cada vez, múmia? ? Gritei em meio à dor.
? Desculpe, é que esperei muito por isso. ? Senti vários beijos em minhas costas enquanto ele me alargava.
Foi bem desagradável no começo, mas após ele me tocar em um ponto especifico dentro de mim, acabei empurrando meu quadril para seus dedos gemendo, pedindo por mais.
Sua mão se afastou do meu corpo e eu quase chorei por isso, logo em seguida senti uma coisa maior em minha entrada.
? Posso, Taka? ? Assenti.
Seu membro foi se enterrando no meu corpo, fiquei tenso, aquilo doía demais. Mordi meu lábio para evitar o dicionário de palavrões que estava na ponta da língua. Sua mão apertou meu membro quando ele estava dentro de mim.
Suzuki ficou imóvel, mas estava bem claro para mim como estava difícil para ele, pela força desnecessária com que tocava meu membro. Quanto mais ele apertava meu membro, mais meu interior se contraia em torno do seu membro, por consequência mais grunhidos saiam de sua boca.
? Continua. ? Pedi com a voz entrecortada, ainda estava doendo, mas nem eu nem ele aguentávamos mais esperar.
O loiro me obedeceu, tirando seu membro por completo de dentro de mim, voltando com uma estocada rápida, mordi meu braço com força, ao mesmo tempo em que era prazeroso, ardia, doía, mas era só ele me acertar naquele ponto, que eu não sentia dor.
Ondas de choques passavam pelo meu corpo toda vez que ele se enterrava em mim, me deixando arrepiado. A cada estocada, mais eu jogava meu corpo em direção ao seu. Seus gemidos ficavam cada vez mais altos, ele mordia meu ombro, às vezes minhas costas. Suas mãos apertavam com força minha cintura, com certeza eu estaria todo marcado amanhã, porém nem ligava. O enfaixado me estocava cada vez mais rápido, acertando repetidas vezes em minha próstata. Era intenso demais, ele era intenso demais.
Não aguentei muito tempo, fechei meus olhos, sentindo os jatos de sêmen saírem de mim. Minha entrada se apertou contra seu membro, fazendo com que ele gozasse também.
Meu coração batia rápido, minha boca estava aberta, procurando desesperadamente um pouco de ar. Caímos exaustos na minha cama improvisada, aos poucos sentia minha respiração voltar ao normal.
Akira estava em cima de mim, tentando se recuperar com o seu membro ainda dentro de mim. Eu podia sentir seu coração tão rápido quando o meu em minhas costas. Após um tempo, ele se levantou, eu estava tão exausto que só soltei um grunhido quando seu membro saiu de mim.
Ouvi ele mexendo em suas roupas, nem dei atenção, continuando deitado.
? Ei Chibi, você não pode dormir, ainda é Natal. ? Seu corpo voltou a ficar em cima do meu, dando beijinho em minhas costas.
? Não gosto do Natal mesmo, me deixa dormir. ? Minha voz saiu abafada, pois nem a cabeça eu levantei para lhe responder.
- Vem, bicho preguiça. - Suas mãos me seguraram pela cintura, me virando de frente pra ele, abriu minhas pernas e se sentou no meio delas, me puxando para seu colo, fiquei com uma perna de cada lado do seu corpo.
Meu cansaço desapareceu, dando lugar a vergonha, eu ainda estava nu. Coloquei minhas mãos sobre meu corpo, ouvindo ele rir da minha atitude.
? Já vi tudo que tinha para ver, Taka. ? Rolou os olhos, senti minhas bochechas esquentarem ? Eu tenho uma coisa para você, pequeno. ? Tirou um embrulho do bolso de trás da sua calça, me entregando em mãos.
Peguei o pacote, rasgando o papel de presente, me deparando com uma caixinha preta. Não era uma caixinha de alianças, era um pouco maior, talvez um colar?
Abri-a e confirmei minha teoria, tinha dois colares dentro, um deles tinha um pingente com a letra T e o outro com a letra A. Olhei para ele, não entendendo o significado daquilo.
? Ruki, eu sei que você gosta de outra pessoa, mas eu queria que você me desse uma chance. ? Abaixou os olhos. Franzi o cenho com essa resposta.
? Como assim gosto de outra pessoa? ? Seus olhos voltaram para meu rosto.
? O Kai, você parou de andar comigo por causa dele, não é? Porque você gosta dele, mas ele está namorando aquele cara estranho, então se você me desse uma chance, eu posso te fazer esquecer ele.
? Eeeh? De onde você tirou essas coisas?Eu não gosto do Kai!
? Mas, então, porque parou de falar comigo? ? Seu rosto expressava a confusão que estava sentindo.
Corei, foi minha vez de abaixar os olhos.
? Porqueeucomeceiagostardevocê. ? Falei tudo rápido e baixo.
? O quê? ? Seus olhos procuraram os meus, mas eu desviei o olhar.
? Porque eu comecei a gostar de você. ? Dessa vez eu disse devagar, igualmente baixo.
? Ruki, me desculpe, porém eu não estou te escutando.
Suspirei, não tinha mais como fugir, ele já havia dito que gostava de mim, então não tinha mais o porquê de esconder isso.
? Porque eu comecei a gostar de você. ? Falei alto e claro. Seu corpo ficou tenso de baixo do meu.
? E porque diabos se afastou? ? Perguntou inconformado, olhei seu rosto, ele parecia zangado, me encolhi.
? Fiquei com medo. ? Sussurrei.
? De quê?
? De você descobrir que eu gostava de você, de ficar com raiva de mim, e mesmo se não ficasse, você não precisava suportar seu primo gayzinho que tem uma paixonite por você! ? Acabei colocando para fora a angústia que eu sentia, abaixando os olhos em seguida.
Reita suspirou me dando um selinho breve.
? Todos esses anos que você me deixou no escuro, a vontade de te dar uma surra era grande, Takanori. Achei que eu tinha feito alguma coisa de ruim, achei que o problema era comigo. ? Sua voz soava doce.
? Gomen. ? Falei baixo, apertando a caixa em meus dedos.
O loiro mordeu minha bochecha.
? Eu amo você, seu cabeça dura. ? Voltou a deixar um selo nos meus lábios.
Levantei os olhos, ele estava com um sorriso tão lindo, sorri também.
? Também amo você. ? Falei sentindo minha bochechas esquentarem.
? Kawaii. ? Riu.
Mostrei a língua, abaixei os olhos para a caixinha.
? Não queria te assustar te dando uma aliança logo depois de nossa primeira noite, mas também queria que todo mundo soubesse que você já tem alguém. ? Pegou o colar com a letra 'A', colocando em meu pescoço. Eu ri com o comentário.
? Já sabia que nós íamos ficar juntos? ? Perguntei brincando.
? Não, mas eu esperava que sim. ? Falou pegando o outro colar, me entregando ? Coloca em mim? ? Eu assenti, prendendo o colar em seu pescoço. Sorri.
? Você fica bem com a minha inicial no seu pescoço. ? Ele também sorriu. ? Feliz Natal, Chibi.