Um novo jogo começa

Erick Blaine era apenas um garoto com seus 14 anos quando ganhou seu primeiro computador, aos 15 já era vidrado em jogos e coisas do tipo e tinha um grande conhecimento sobre o assunto. Porém havia muitas coisas ainda a se saber sobre esse universo e o jovem Erick pode descobrir tudo sobre ele em seu primeiro dia como um garoto de 16 anos.

- Vamos Erick, hora de ir pra cama! Não esqueça a aula amanhã...

- Certo... Eu quero apenas testar esse novo jogo que ganhei de aniversário... Estou acabando de instalar, não demora e eu vou poder joga-lo.

- Erick... ? Apesar de um tanto impaciente a mãe de Erick parecia entender a excitação do garoto com o novo jogo.

- Mãe, vamos, por meia hora... Eu juro...

A expressão de Erick era uma das típicas expressões que fazem qualquer mão se derreter a atender ao pedido do filho. Ela sabia que era o seu aniversário, e ele sempre fora um bom filho... Ela por fim, acenou com a cabeça um não como quem diz: Não tem jeito. Fechou a porta atrás de si enquanto repetia em voz alta: meia hora ouviu? Meia hora! Claro que o garoto daria um jeito de estender essa meia hora, a menos que...

Ao fim da instalação, o garoto pôs na cabeça um pequeno capacete com visor que acompanhava o jogo, apesar de parecer uma versão simples, Erick não ligava para o formato do capacete, queria vê-lo funcionando. Pôs o jogo pra rodar e logo em seguida encaixou o capacete na cabeça, abaixou o visor e esperou todas as configurações iniciais passarem até que, finalmente...

A tela que Erick via pelo visor era totalmente de um jogo convencional, e parecia muito mais interessante do que daqueles jogos que ele costumava jogar. Após entrar no jogo uma simples pergunta apareceu... VOCÊ REALMENTE QUER JOGAR?

Foi de impulso, mas o sim que o garoto deu correspondia com a sua vontade e no fim, no fim... Tudo apagou! O garoto viu apenas a tela se fechando e algo se formando ao seu redor... Como se fossem milhões de bits e bytes se agrupando e gerando um cenário fantasioso, porém grandioso.

- Ei, ei? Tá acordado garoto? Essa é a sua hora, sua partida vai começar... Ei? Vamos acorde!

Essas palavras entraram nos ouvidos de Erick e com uma pequena descarga elétrica ele foi capaz de acordar e ver ao seu redor, mesmo que com a visão embaçada, m grande espaço cinza com apenas algumas luzes no teto e é claro, podia ouvir uma voz que o mandava repetidamente acordar ou algo do gênero.

- Ah! Muito bem, bela adormecida, finalmente está de pé... Pensei que teria que te dar outra descarga! Vamos, já é a sua vez!

- Hein? Vez de que? Onde estou? E o que é você? ? A cara de espanto de Erick ao ver o pequeno robô ao lado dele foi, sem duvida, cômica.

- Ora, como assim? É obvio que você sabe onde está! Você aceitou entrar pro jogo... Não venha com essa lorota barata que eu não compro, e agora venha, você está atrasado e eu tenho que te preparar!

- Preparar pra que? O que está havendo?

Antes que pudesse entender algo, uma pequena passagem se abriu como mágica. Era uma porta magnética e mesmo sem saber onde ela dava se viu sendo empurrado pelo robozinho através dela para sair numa grande sala com várias estantes cheias de armas e acessórios, além de armaduras de todos os tipos.

A sua frente havia um circulo brilhando no chão pra onde foi empurrado bruscamente, e ao entrar viu uma máquina o agarrar e o vestir com uma roupa estranha que simplesmente se formava a partir dos seus pés e se espalhava subindo pelo corpo.

Mesmo achando tudo estranho ele não podia negar que era algo incrível e seu sorriso teimava em aparecer. Além disso, um bracelete lhe foi dado e posto em seu pulso esquerdo. Até que... Foi solto, a luz que brilhava no circulo abaixo parou e por fim a máquina o soltou no chão bem sutilmente.

- Pronto, agora podemos ir pras explicações básicas... Essa roupa é chamada Traje de combate avançado, ela pode se transformar em qualquer traje que você desejar e pra isso serve esse bracelete, ele comanda o traje através do pensamento. Sei que você é novato, mas... Não dá mais tempo! Demorou muito a acordar bela adormecida, vai ter que se virar e controlar tudo sem teste drive. Uma dica! Pense e se concentre no que quer que a máquina faz o resto. Só mais uma coisa, tente não morrer tá?

- Morrer, como assim morrer?

Mas era tarde, uma luz estranha abaixo dele acabou o teleportando a um lugar totalmente diferente, bem parecido com uma arena... Uma arena cinza e tecnológica com 12 pequenos círculos e um maior no centro. Ao redor, vários outros possíveis jogadores se aproximavam do centro da arena.

Um sentimento de medo tomou Erick, mas ele não tinha escapatória, agora já estava no jogo e tinha que joga-lo. A última coisa que ele se lembraria da sua primeira vez na arena era de uma voz robótica dizendo: É hora do show!