Rose Kiss

Tempo estimado de leitura: 40 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Mudanças

    Heterossexualidade, Spoiler, Violência

    Olá leitores fofos!

    Mais um capítulo desta fic :3

    Tenho andado um pouco bloquiada... Há uma semana que ando no capítulo 6 --'

    A minha amiga já fez a Ally, agora é só uma questão de paciencia da minha parte para criar uma capa dela com o Allen... E nem sei trabalhar com photoshop, desejem-me um bom trabalho!

    Vou deixar de faladeira e vamos ao que interessa.

    Boa leitura!

    Estava numa sala pequena. As paredes eram brancas e bem iluminadas pela luz exterior. Tão bem iluminadas que o excesso de luz me encadeava. Na sala, tocava-se uma bela música de piano.

    Após ter-me habituado à intensidade da luz, notei que a sala era apenas mobilada por um sofá branco e por? um Allen de costas para mim sentado a tocar piano?

    Os seus dedos percorriam avida e velozmente as teclas do piano branco, de onde saiam uma estranhamente agradável melodia. Queria falar com ele, mas não queria interromper a melodia que estava a ouvir.

    ? Allen?

    A música parou e ele virou-se para trás.

    ? Ally? ? Perguntou surpreso.

    ? Soube que estás a ouvir uma transformação horrível?

    ? Hai? Senta-te ali. Vou-te mostrar como tudo aconteceu ? disse ao apontar para o sofá.

    Depois de ter sentado no sofá é que dei conta de que na parede à minha frente havia uma espécie de ecrã.

    Este acendeu-se, mostrando imagens de luta. No meio do desastre e do sangue, distingui o meu irmão a lutar contra um samurai de cabelo longo? Mas que também estava equipado com um uniforme de Exorcista. Lembrei-me do que Komui disse: ?Há três meses atrás, o Kanda, um exorcista nosso, atacou-o e o contacto da inocência com Allen fez com que o Noah dentro dele despertasse?. Identifiquei o samurai como sendo o tal Kanda? De seguida vi-o enterrar a sua espada no peito do meu irmão.

    ?NÃO!?

    A imagem que se seguia mostrava um Allen que desconhecia a enfrentar de cara o Conde. Aquela expressão malvada nos olhos dele não podia ser o meu irmão. Simplesmente não podia?

    ?NÃO!? ?NÃO!? ?NÃO!?

    De seguida vi a mesma expressão malvada, estando ele preso.

    ?NÃO!? ?NÃO!? ?NÃO!? ?NÃO!? ?NÃO!? ? repeti desesperadamente.

    A agonia era grande. Tudo o que eu queria era gritar, deitar toda esta angústia fora.

    Gritei com toda a força que pude, não queria ver nem mais um bocado daquela tortura.

    Gritei mais uma vez, desta vez ainda mais alto, mas agora encontrava-me de volta ao meu simples quarto.

    O meu corpo doía. É normal, tinha adormecido sentada.

    Levantei-me lentamente, procurando pelo relógio de bolso. Quando finalmente o encontrei vi as horas? MEIO-DIA? Tenho que me despachar. Sei que não tenho nada combinado com Komui, mas fica mal uma novata chegar tão tarde. Fui até à mini casa de banho que havia no quarto, onde fiz a minha higiene. Supostamente era para experimentar o uniforme, mas só agora é que me lembrei que não me chegaram a dar nenhum. Teria que passar pelo gabinete do Komui.

    ?Enfim?, suspirei. Saí do quarto praticamente a correr, quando esbarrei contra alguém?

    ? Desculpe?

    ? Moyashi ?

    Moyahsi??? Levantei a cabeça para ver quem era, não conhecia aquela voz, mas arrependi-me depressa. Era Kanda, o homem que fez o meu irmão estar agora a sofrer.

    Imbecil, idiota, irritante, parvo, estúpido, convencido, pervertido, gay? E ia continuar a minha lista mentalmente, se não fosse ele falar.

    ? Q-quem és tu? ? Perguntou muito admirado.

    Não aguentei. Não me consegui aguentar, Está na hora de usar a minha inocência.

    ? ?Innocence: Hatsudou?! ? Murmurei baixinho

    Uma luz verde apareceu nas costas da minha mão direita e alastrou-se ao longo do braço, transformando-o num entrelaçado de caules de roseiras espinhosos.

    Fiz estender os espinhos até sufocar Kanda contra a parede, que com a violência do embate não resistiu e acabou por ficar destruída em grande parte. Ouvi um grito abafado de dor.

    ? Sou a irmã daquele que tentaste matar e fica sabendo que mesmo que sejas exorcista não quer dizer que te perdoe. ? Disse firmemente.

    Com uma katana, que sacou não sei de onde, Kanda cortou os espinhos num só corte. Como é que ele pôde? Eles são praticamente indestrutíveis.

    Um momento distraída foi o suficiente para sentir uma lâmina encostar no meu pescoço.

    ? Não te metas onde não és chamada, pirralha. Se eu quiser posso-te matar aqui e agora. ? Ameaçou-me.

    Ele podia ser rápido mas eu também o era. Num piscar de olhos, rodeei o seu pescoço com o meu ?braço?, como uma cobra preparada pronta a atacar a sua presa.

    ? Diz lá isso outra vez? ? Provoquei. É claro que não queria matar ninguém. No mínimo queria que ele sofresse tanto quanto Allen.

    ? Eu disse? - À medida que ele falava, ia aumentando a pressão dos meus espinhos até escorrer um fio de sangue da sua garganta. Mesmo assim ele continuou a falar meio rouco. - ? para não te met?

    ? Meninos, parem com isso por favor? - Uma voz feminina que eu conhecia interrompeu Kanda.

    Virei-me na direção daquela voz. Era Lenalee. Ela estava um pouco aflita ao ver a nossa luta.

    Desisti, irei lutar com ele noutro dia. Infelizmente não faltará oportunidades de o ver. Larguei-o e o meu braço voltou ao normal.

    ? Oh, bom dia Lenalee. E isto não fica assim Ba-Kanda.

    ? Eu digo o mesmo, Moyashi.

    ? Ally desu! ? Já me ia a preparar para entrar em modo batalha, mas Lenalee correu a abraçar-me para me parar, e só agora é que ela estava acompanhada por um moreno grande.

    ? Etto? O Komui, Lenalee? Onde está? É que me esqueci do meu uniforme?

    ? Nós levamos-te até ele. Vocês ainda não se conhecem não é? ? Lenalee estava a falar claramente de mim e do tal moreno estranho. ? Ally, este é o Marie. Marie, esta é a Ally.

    ? Hai, yoroshiku onegaishimasu ? disse, fazendo uma vénia educadamente.

    ? Digo o mesmo. ? Marie de seguida imitou o meu movimento.

    Durante o nosso percurso, andei sempre ao lado de Lenalee, nunca baixando a guarda. Nunca se sabe o que pode acontecer quando se está com um travesti.

    Chegámos, por fim, ao gabinete de Komui, que se encontrava debruçado sobre papéis.

    ? Nii-san?

    ? Oh, Lenalee-chan! ? Komui, que parecia estar cansado, animou-se logo ao ver a sua irmã.

    ? Komui-nii-san, a Ally ainda não tem o uniforme da Ordem.

    ? Pois é, pois é. Esqueci-me por completo! O que seria de mim se não fosses tu? Bom, aqui tens Ally. Não te importas de ir experimentar na casa de banho aqui ao lado, só para ver se é preciso algum ajuste?? A Lenalee pode ir contigo para te ajudar. Enquanto isso eu e o Kanda vamos ter uma ?conversinha?. ? disse, passando-me uma pasta/mala castanha que continha as minhas roupas.

    Assim que eu e Lenalee saímos da sala, quando fechamos a porta atrás de nós, ouvi gritos do Komui e do Kanda. Não pude deixar de ficar assustada, por muito que goste de ouvir os gritos de dor do Kanda.

    ? O-o que é que se está a passar ali dentro? ? Perguntei a Lenalee.

    ? Lá estão eles outra vez? - suspirou, como se fosse normal. ? É uma longa história.

    ? Sempre me podes contar enquanto me visto?

    Quando chegamos à casa de banho, Lenalee começou a contar-me.

    Contou-me que ele voltou a encontrar o seu amigo de infância renascido, mas que este morreu outra vez, contou-me que ele e o seu amigo faziam parte de um projeto, os segundos exorcistas. Contou-me que a sua arma ficou ?morta?, que ele só hoje regressou da prisão e que conseguiu ?reanimar? a sua inocência. E o modo como o fez é que enfureceu o Komui. E com razão. Não é normal beber inocência líquida das mãos de uma rapariga pura. Neste caso, Lenalee. Bem me parecia que ele era um pervertido

    Enquanto ela me contava isto, mas mais pormenorizado, ia aleatoriamente fazer comentários sobre o assunto no meio de trocas de roupa.

    Acabei finalmente de me vestir.

    Olhei ao espelho e fiquei admirada com o que vi. O preto e o vermelho do uniforme faziam o contraste perfeito com o meu longo cabelo branco. As roupas assentavam-me que nem uma luva. Nem um milímetro mais apertado nem largo.

    Lenalee ia penteando o meu cabelo para fazer um rabo-de-cavalo com uma fita vermelha.

    De facto, esta nova Ally era bonita.


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